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Resumo Pensamentos Filosóficos

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Resumo Pensamentos Filosóficos.
Quando se fixou na terra, o homem passou a viver de forma mais segura e confortável, o que permitiu que ele passasse a refletir a respeito de sua própria condição, indagando sobre suas origens e sobre os fenômenos naturais. Na busca de compreender seu lugar no mundo, ele concebeu primeiro a Teogonia, que vem do grego theos, deus, + genea, origem, representada por um conjunto de deuses que constituíram o saber mitológico desses povos. Os primeiros pensadores gregos foram os pré-socráticos da Escola Jônica, dividida em Escola Jônica Antiga (Tales, Anaximandro e Anaxímenes) e Escola Jônica Nova (Heráclito, Empédocles e Anaxágoras). Porém, eles se concentravam somente no primeiro elemento formador de tudo aquilo que observavam, sem se preocupar com as causas das mudanças. O pensamento filosófico teve início nas colônias gregas, nos séculos VI e V a.C., da região periférica (pré-socráticos) para o centro, em Atenas (sofistas e filósofos socráticos). Há também um questionamento se a filosofia na Grécia não seria produto de filosofias orientais, pertencentes a outras civilizações. Como resposta, há basicamente duas correntes que se ocupam em delimitar essas influências. Uma delas acredita que a filosofia grega seria mesmo resultado da contaminação cultural com pensamento de outros povos. Já a segunda, destaca que a filosofia grega revela-se como produto único dos gregos, livre de qualquer influência estrangeira. Atualmente, o mais correto seria considerar a combinação das duas possibilidades. 42 Unidade I Revisão: Andréia Andrade - Diagramação: Léo - 19/09/2011 A filosofia antiga pode ser dividida em três períodos: • Primeiro período: do século VII até o ano de 450 a.C., de Tales até Sócrates. Caracteriza-se pela formação ou juventude, uma vez que é durante ele que se estuda a natureza, passando a ser conhecido e chamado de Período Cosmológico. • Segundo período: de 450 a.C. até o século III d.C., de Sócrates até o ecletismo. Seu foco central está no ser humano; por isso, essa fase recebeu o nome de Período Antropológico. • Terceiro período: do século I até o século VI d.C. Por três séculos coincide com o período antropológico; mas deixa evidente a decadência da filosofia grega, e seu foco passa a ser Deus ou a união teosófica com Ele. Por essa razão, denomina-se Período Teosófico. Sócrates foi um divisor de águas na história da filosofia na Grécia Antiga, que se divide entre os filósofos pré-socráticos e pós-socráticos, tal foi sua relevância para o pensamento filosófico ocidental. Consagrado na sua época como o mais sábio e inteligente dos homens, Sócrates revelava na sua postura filosófica o quanto era importante levar o conhecimento para os gregos por meio do diálogo como forma pedagógica de transmissão de saber. Ele também acreditava que a alma humana era imortal e que teria recebido a missão do deus Apolo de alertar o homem sobre a necessidade de conhecer a si mesmo. Além disso, duvidava da possibilidade de a virtude ser ensinada, uma vez que a moral pressupõe uma questão de inspiração e não de parentesco, já que pais moralmente perfeitos podem não gerar filhos iguais a eles. Sócrates destacou ainda que suas ideias não eram próprias, mas sim de seus mestres, entre eles Pródico e Anaxágoras de Clazômenas. Chamou a atenção para a limitação da sua sabedoria e da própria ignorância, atribuindo os erros cometidos à ignorância, pois jamais assumiu ser um homem sáb 43 Revisão: Andréia Andrade - Diagramação: Léo - 19/09/2011 HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO Conhecido como o pensador que mais influenciou a filosofia ocidental, Aristóteles nasceu em Estagira, na Calcídica, em 384 a.C. Na condição de discípulo de Platão, ele discordava de uma parte fundamental da filosofia do seu mestre, que concebia dois mundos distintos, um dominado pelos sentidos humanos, em processo de mutação perene, e o outro como sendo das ideias, acessível apenas pelo pensamento intelectual, que é imutável e atemporal. Aristóteles aceitava somente a existência do mundo em que vivemos, alegando que aquilo que se encontra além da experiência humana não poderia fazer sentido algum para o homem. Na filosofia aristotélica, a lógica é considerada como uma introdução para o conhecimento, baseada em uma estrutura de raciocínio que inclui pressupostos criados para que se possa chegar à etapa conclusiva. Se traçarmos um perfil da filosofia medieval pelo seu conteúdo, naquilo que corresponde à sua essência espiritual, podemos conceituá-la como o pensamento filosófico ocidental que vem desde Santo Agostinho e de Anselmo de Cantuária, obedecendo ao mote: “saber para crer, crer para poder saber”. Durante esse período, a filosofia, que tem por objetivo tratar dos grandes problemas do mundo, do homem e de Deus só com as forças da razão, alia-se com a fé religiosa no pressuposto de uma unidade ideológica. Nela, está representado o espírito de toda essa fase da história humana, e nada é mais significativo do que essa unidade espiritual. Como nunca, todos vivem na certeza da existência de Deus, da sua sabedoria, do seu poder e da sua bondade. Nesse sentido, o homem podia dizer, com segurança, que sabia da origem do mundo e da sua própria natureza, cheia de sentido, bem como a sua essência homem e a sua posição no universo, tendo em vista a significação da sua vida e a imortalidade. Enquanto na era moderna indaga-se a respeito da possibilidade da ordem e da lei, na época medieval a ordem estabelece-se como algo evidente, sendo nossa a tarefa de reconhecê-la. No início da patrística, a Idade Média encontrou seu direcionamento, que foi preservado até o final. O padre Agostinho destacou-se entre o clero, assim como Tomás de Aquino entre os escolásticos. Pela sua imensa sensibilidade e pela sua postura compreensiva, Agostinho juntou a patrística grega com o caráter prático da patrística latina, mesmo que os problemas que o preocupassem fossem de ordem prática e moral, como o mal, a liberdade e o destino. Para ele, a filosofia era a solução para os problemas da vida, para os quais apenas o cristianismo podia dar uma solução definitiva. Portanto, seu maior interesse estava restrito aos problemas de Deus e da alma, por serem os mais relevantes. Mesmo minimizando o conhecimento dos sentidos em relação ao conhecimento intelectual, Agostinho afirmou que os sentidos, assim como o intelecto, também consistem em fontes de conhecimento. 44 Unidade I Revisão: Andréia Andrade - Diagramação: Léo - 19/09/2011 A escolástica possui um significado mais limitado quando comparada às disciplinas ministradas nas escolas medievais, entre elas a gramática, a retórica e dialética; a aritmética, a geometria, a astronomia e a música, embora contemple uma conotação mais ampla ao se reportar à linha filosófica adotada pela Igreja na Idade Média. Esse modo de pensar essencialmente cristão buscava respostas que justificassem a fé na doutrina ensinada pelo clero, considerado como o guardião das verdades espirituais. Essa escola filosófica prevaleceu do princípio do século IX até o final do século XVI, época que representou o declínio da Era Medieval, sendo a escolástica o resultado de estudos mais profundos da arte dialética, assim como a radicalização dessa prática. No início, ela foi disseminada nas catedrais e nos monastérios, para depois chegar às universidades. A tarefa dos escolásticos consistia, portanto, em harmonizar ideais platônicos com fatores de natureza espiritual, inseridos no cristianismo vigente ocidental. Mesmo quando Aristóteles é contemplado no pensamento cristão por Tomás de Aquino, o neoplatonismo adotado pela Igreja ainda é preservado, fazendo com que a escolástica seja permanentemente atravessada por dois universos distintos – o da fé herdada da mentalidade platônica e a razão aristotélica. No caso de Agostinho, havia o clamor pelo predomínio da fé em detrimento da razão, ao passo que, em Tomás de Aquino, se acreditava na independência da esfera racional na busca de respostas mais apropriadas, embora não houvesse rejeição à primaziada fé sobre a razão. Podemos afirmar que o tomismo, ou a doutrina escolástica de Tomás de Aquino, adotada oficialmente pela Igreja Católica, caracteriza-se, principalmente, pela tentativa de conciliar a filosofia de Aristóteles com o cristianismo, desfazendo-se das doutrinas que não estavam enquadradas de acordo com os princípios aristotélicos. A obra de Tomás de Aquino pode ser dividida em partes – tratados, questões, artigos, objeções e respostas –, em rigorosa ordem numérica, abordando em sua estrutura a composição do mundo feudal, separado em classes e em estamentos sociais. Como expressão máxima do apogeu do mundo medieval, contemporânea dos castelos e das catedrais, o tomismo consiste em um manancial de ideias, em que a teologia do século XIII encontrou sua forma mais coerente e sólida de formulação. Contudo, o tomismo não foi totalmente aceito pelos escolásticos medievais, sendo adotado apenas na segunda metade do século XVI como arma de defesa e ataque da Contrarreforma da Igreja Católica. Coube a Tomás de Aquino a tarefa de mostrar a solução definitiva para o conflito existente nas relações entre a razão e a fé. Estamos falando de duas ciências – a filosofia e a teologia. A primeira baseia-se no exercício da razão humana, enquanto a segunda, na revelação divina. Apesar de serem 45 Revisão: Andréia Andrade - Diagramação: Léo - 19/09/2011 HISTÓRIA DO PENSAMENTO FILOSÓFICO independentes, apresentam, por vezes, objetos de estudo comuns, como a existência de Deus, a essência da alma, entre outros. Por esse motivo, a distinção entre essas ciências tem origem mais do objeto formal, pois a teologia estuda o dogma pelo método da autoridade ou da revelação, e a filosofia o analisa pela demonstração científica ou pela razão. Portanto, teologia e filosofia não são ciências contraditórias, pois ambas procuram a verdade, e esta é uma só. Na hipótese de uma contradição entre a razão e a revelação, o erro não será jamais da teologia, mas sim da filosofia; pois nossas limitações do ponto de vista do conhecimento racional desviaramse e não conseguiram atingir a verdade. Em resumo, todo ser material existe por causa do cruzamento de quatro causas – material, formal, eficiente e final, que constituem todo ser na realidade e na ordem com os demais seres vivos do universo.

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