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trabalho de enfermegaem ciencia e trabalho 220319

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INTRODUÇÃO
A lombalgia laboral tem se mostrado muito prevalente e é um distúrbio musculoesquelético que interfere diretamente na qualidade de vida no trabalho e sobrecarregando o sistema de saúde devido aos altos índices de absenteísmo e afastamentos atribuídos a ela. A principal razão relatada como fator desencadeante no acometimento da lombalgia é o desequilíbrio entre o esforço necessário para realizar uma atividade e o potencial de execução para esta atividade, ou seja, um desequilíbrio entre carga funcional e capacidade funcional.
Pesquisas nacionais e internacionais revelam que, devido a características inerentes da profissão, bem como as condições de trabalho, a equipe de Enfermagem apresenta alta probabilidade de desenvolver lombalgia, e consequentemente impactar negativamente sobre a qualidade da assistência oferecida à população. Pesquisas revelam que a Enfermagem apresenta uma prevalência de lombalgia com valores expressivos, como em um estudo chegando a 71,5% da equipe, e em outro acometendo 80% dos profissionais. 
Existem diferentes tratamentos para lombalgia, sendo propostos aqueles farmacológicos e não farmacológicos. Dentre as possibilidades não farmacológicas, a massagem tem representado uma alternativa com benefícios principalmente relacionados à dor e promoção de bem-estar.
 A massagem pode ser definida como um 
“conjunto de manipulações dos tecidos moles do corpo. Estas manipulações são realizadas com as mãos e são administradas com a finalidade de produzir efeitos sobre os sistemas nervoso, muscular e respiratório, e na circulação local e geral do sangue e da linfa”. 
Quanto aos aspectos éticos e legais, a massagem faz parte das Terapias Naturais, assim denominadas pela Lei Municipal de São Paulo nº 13.717, desde 2004. Esta Lei respalda o uso da massagem para atendimento à população pelo Sistema Único de Saúde. O Enfermeiro é um profissional da área da Saúde que poderia aplicar esta prática, constituindo-se como uma de suas possibilidades terapêuticas, por meio da Resolução nº 197/1997 do Conselho Federal de Enfermagem.
O que é Lombalgia?
A lombalgia pode ser definida como uma dor na região lombar, ou seja, na região mais baixa da coluna perto da bacia. É também conhecida como "lumbago", "dor nas costas", "dor nos rins" ou "dor nos quartos".
O que é lombalgia?
A dor pode se estender para a região das nádegas, face posterior das coxas mas não muito além do joelho, sem comprometer um trajeto de nervo específico.
Um por cento dos pacientes com lombalgia aguda tem ciática, que é definida como dor irradiada para o território de uma raiz nervosa lombar, frequentemente acompanhada de sintomas como dificuldade para andar e formigamento.
É um problema muito prevalente e pode ser causa de incapacidade. Mais de 90% da população mundial sofre episódio de dor lombar em algum momento da vida e a lombalgia é a segunda causa mais frequente de procura pelos serviços médicos.
Tipos
As lombalgias podem ser classificadas quanto a duração em agudas e crônicas.
Agudas quando apresentam duração de quatro a seis semanas e crônicas quando a duração é maior do que 12 semanas. Cerca de 65-90% dos adultos sofrerão um episódio de lombalgia aguda ao longo da vida, com pico de incidência ocorrendo entre os 35-55 anos de idade
As lombalgias agudas não estão relacionadas a nenhum fator definido e geralmente ocorrem após um esforço físico excessivo levando o paciente a sentir uma sensação de “travar a coluna”.
Cerca de 90% dos pacientes com dor lombar aguda apresentam melhora da dor em 4 semanas e apenas 2-7% evoluirão para sua forma crônica.
A dor crônica ocorre em qualquer idade e em aproximadamente 75-85% dos pacientes que se afastam do trabalho ela se torna recorrente
Fatores de risco
Os principais fatores de risco que podem desencadear a lombalgia são, principalmente, torções musculares, ocasionadas por sobrecarga excessiva, ao levantar mais peso do que a pessoa consegue na academia, por exemplo, ao carregar muito peso, empurrando armários, enfim, atividades corriqueiras que causem sobrecarga nas articulações da coluna e das vértebras.
Causas
Frequentemente, o problema é postural, isto é, causado por uma má posição para sentar, se deitar, se abaixar no chão ou carregar algum objeto pesado. Outras vezes, a lombalgia pode ser causada por inflamação, infecção, hérnia de disco, escorregamento de vértebra, artrose (processo degenerativo de uma articulação) e até problemas emocionais.
Dor nas costas - Foto (enviei por email)
Dor nas costas - Foto (enviei por email)
Sintomas
Sintomas de Lombalgia
Os sintomas da lombalgia são dores localizadas abaixo da décima segunda costela até a prega do glúteo, definida como a região lombar. As dores podem, ainda, irradiar para o meio da coxa.
Buscando ajuda médica
Diagnóstico e Exames
Diagnóstico de Lombalgia
Em mais de 90% das vezes, o diagnóstico e a causa são estabelecidos com uma boa conversa com o paciente e com um exame físico bem feito.
Exames complementares de imagem como raio X, ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética não costumam ser solicitados, mas podem ser pedidos apenas para a confirmação de uma suspeita para o diagnóstico da lombalgia
O exame físico inicial deve ser capaz de identificar uma doença grave como infecção, fratura ou compressão de nervo
O raio X deve ficar restrito aos casos suspeitos de doença lombar grave, baseada nos sinais de alerta. Em alguns guias de condutas o raio-x é sugerido como exame opcional nos casos de lombalgia persistente por mais de 4 a 6 semanas.
Uma revisão sistemática recente sobre exames de imagem concluiu que para adultos menores que 50 anos de idade, sem sintomas sistêmicos (febre, emagrecimento, tosse) o exame de imagem não modificou o tratamento da dor lombar.
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Lombalgia
Embora a lombalgia aguda melhore espontaneamente ao longo do tempo, uma variedade de intervenções terapêuticas estão disponíveis, tais como: analgésicos, anti-inflamatórios, corticoides e relaxantes musculares. O principal objetivo do tratamento da dor lombar aguda é aliviar a dor, melhorar a habilidade funcional e prevenir recorrência e cronicidade.
Saiba mais: Vídeo: acabe com a dor nas costas
As recomendações sumárias para o tratamento da dor lombar aguda segundo o guia de conduta europeu são:
Atividades passivas como massagem, ultra-som, eletroterapia, termoterapia, eletromiografia estimulação nervosa elétrica transcutânea (TENS), laser, tração, assim como programas multidisciplinares e terapia cognitiva comportamental devem ser evitadas para tratamento da lombalgia aguda, pois poderiam aumentar o risco de indisposição do paciente e cronicidade da doença.
Providenciar informação adequada ao paciente, tranquilizando- o sobre sua dor lombar, explicando que geralmente não é uma doença grave e que a recuperação rápida ocorre na maioria dos pacientes
Prescrever medicação, se necessário, para alívio da dor ou para ser usada preferencialmente em intervalos regulares
paracetamol, como primeira opção e anti-inflamatório não- esteróide (AINE), como segunda opção
Considerar a adição por um curto período de tempo de relaxantes musculares
Nem todos os casos de hérnia de disco têm de ser operados. Quase todos regridem com repouso relativo, fisioterapia, hidroterapia, academia terapêutica, pilates, acupuntura e outras medidas não medicamentosas sem que haja necessidade de cirurgia.
Assim, a hérnia murcha e deixa de comprimir estruturas importantes, como os nervos. O tratamento cirúrgico está indicado apenas nos 10% dos casos em que a crise não passa entre três a seis semanas, em pacientes que têm crises repetidas em um curto espaço de tempo ou quando existem alterações esfincterianas (perda de controle para urinar e defecar).
Enquanto, no adulto, a maioria das lombalgias tem causas e tratamentos simples, a dor lombar no adolescente é incomum e com causas que devem ser investigadas cuidadosamente pelo médico reumatologistapara afastar causas secundárias como doenças inflamatórias, como espondilite anquilosante.
Medicamentos para Lombalgia
Os medicamentos mais usados para o tratamento de lombalgia são: analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes muscular
Entre os medicamentos utilizados estão:
Cloridrato de ciclobenzaprina
Toragesic.
Siga sempre à risca as orientações do seu médico e nunca se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita
Convivendo (prognóstico)
Convivendo/ Prognóstico
Praticar atividade física regularmente, manter uma alimentação saudável, evitar sobrepeso, Para evitar novas crises, recomendamos a acupuntura regularmente.
Complicações possíveis
A complicação principal é que as dores piores se tornem crônicas e virem uma hérnia de disco. As dores praticamente param a vida do paciente, atrapalham o trabalho, a vida pessoal
Lombalgia tem cura?
Prevenção
Prevenção
Muitos fatores são importantes para evitar que uma lombalgia aguda se torne crônica. A correção postural, principalmente na maneira de se sentar no trabalho e na escola é essencial. Na fase aguda, a ginástica é importante. Quando fizer exercício com pesos na ginástica, proteja a coluna deitando ou sentando com apoio nas costas. Sempre evitar carregar peso. Não permanecer curvado por muito tempo. Quando se abaixar no chão, dobrar os joelhos e não dobrar a coluna. Para outros esclarecimentos, consulte o seu médico ortopedista.
Saiba mais: Correr com orientação adequada diminui a dor nas costas
Links Úteis
Sociedade Brasileira de Fisioterapia
Referências
Ministério da Saúde

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