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Banco de Questões VI - Direito do Consumidor

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DIREITO DO CONSUMIDOR 
 
 
 
 
1a Questão 
 
 
Analisando o artigo 6º, V, do Código de Defesa do Consumidor, que prescreve: ¿São direitos básicos 
do consumidor: V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações 
desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente 
onerosas¿, assinale a alternativa correta. 
 
 
 
Exige a imprevisibilidade do fato superveniente. 
 
Não traduz a relativização do princípio contratual da autonomia da vontade das partes. 
 Admite a incidência da cláusula rebus sic stantibus. 
 
Almeja, em análise sistemática, precipuamente, a resolução do contrato firmado entre 
consumidor e fornecedor. 
 
 
2a Questão 
 
 
(OAB/Exame Unificado ¿ 2013.2) Carla ajuizou ação de indenização por danos materiais, morais e 
estéticos em face do dentista Pedro, lastreada em prova pericial que constatou falha, durante um 
tratamento de canal, na prestação do serviço odontológico. O referido laudo comprovou a 
inadequação da terapia dentária adotada, o que resultou na necessidade de extração de três dentes 
da paciente, sendo que na execução da extração ocorreu fratura da mandíbula de Carla, o que gerou 
redução óssea e sequelas permanentes, que incluíram assimetria facial.Com base no caso concreto, 
à luz do Código de Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
Inexiste relação de consumo no caso em questão, pois é uma relação privada, que encerra 
obrigação de meio pelo profissional liberal, aplicando-se o Código Civil. 
 
Haverá responsabilidade de Pedro, independentemente de dolo ou culpa, diante da 
constatação do vício do serviço, no prazo decadencial de noventa dias. 
 
O dentista Pedro responderá objetivamente pelos danos causados à paciente Carla, em 
razão do comprovado fato do serviço, no prazo prescricional de cinco anos. 
 
há relação de consumo mas inexiste o dever de indenizar. 
 A obrigação de indenizar por parte de Pedro é subjetiva e fica condicionada à 
comprovação de dolo ou culpa. 
 
 
3a Questão 
 
 
Considerando-se a relação jurídica em face da proteção contratual ordenada pelo CDC, é correto 
afirmar que um consumidor que tenha comprado produto mediante pagamento em 10 prestações 
 
 
 
pode escolher, no ato da compra, se a garantia do fornecedor contra defeitos aparentes ou 
ocultos que ocorram no produto adquirido será ou legal ou contratual. 
 
dispõe de até 7 dias para desistir da compra realizada, desde que ela tenha sido efetuada no 
estabelecimento comercial do fornecedor. 
 
deve ser imediatamente indenizado caso o produto apresente problemas, preferencialmente 
mediante abatimento do valor da indenização nas prestações vincendas 
 
NRA NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA 
 pode liquidar antecipadamente o débito em questão, total ou parcialmente, 
exigindo redução proporcional dos juros cobrados. 
 
 
4a Questão 
 
 
É correto dizer que no CDC a revisão de cláusula contratual terá lugar se ocorrer: 
 
 
 
fato superveniente de alcance particular do devedor. 
 
fato superveniente imprevisível; 
 fato superveniente e álea extraordinária; 
 
fato superveniente e álea normal; 
 
a álea normal ou ordinária; 
 
 
5a Questão 
 
 
Fortunato, empresário, proprietário de uma rede de supermercados nesta Capital, enquanto 
auxiliava seus funcionários na reposição de algumas garrafas de cerveja, colocando-as na prateleira 
de um de seus estabelecimentos comerciais, foi surpreendido pela explosão de um dos vasilhames, 
vindo a ser atingido pelos estilhaços da garrafa, que provocam graves e irreversíveis lesões em um 
de seus olhos. Inconformado, propôs ação de reparação de danos, em face do fabricante do produto. 
De acordo com o CDC e o entendimento atual do STJ, assinale a opção correta. 
 
 
 
Em razão de sua condição econômica de comerciante, caberá a Fortunato, que não se 
qualifica como hipossuficiente e nem como destinatário final do produto, comprovar a 
existência do defeito no vasilhame, para que se possa responsabilizar o fabricante do 
produto pelos danos causados. 
 
a inversão do ônus da prova deve ser determinada pelo Juiz antes da citação do réu, sob 
pena de ofensa ao contraditório. 
 
A explosão do vasilhame configura vício do produto, a atrair, por força de presunção legal, a 
responsabilidade do fabricante, obrigado a indenizar Fortunato, ainda que este não possa, à 
luz do CDC, ser considerado consumidor. 
 
A inversão do ônus da prova, na situação em exame, poderá ser decretada (ope judicis), em 
favor de Fortunato, caso se convença o juiz, em decisão fundamentada, de que existe, no 
caso em julgamento, verossimilhança nas alegações ou situação de hipossuficiência por 
parte do autor. 
 Fortunato, no evento em exame, deve ser legalmente equiparado a consumidor, 
razão pela qual a responsabilidade do fabricante, pelos danos causados ao 
empresário, será objetiva e apurada segundo os ditames do CDC. 
 
 
6a Questão 
 
 
Tommy adquiriu determinado veículo junto a um revendedor de automóveis usados. Para tanto, fez 
o pagamento de 60% do valor do bem e financiou os 40% restantes com garantia de alienação 
fiduciária, junto ao banco com o qual mantém vínculo de conta-corrente. A negociação transcorreu 
normalmente e o veículo foi entregue. Ocorre que Tommy, alguns meses depois, achou que a 
obrigação assumida estava lhe sendo excessivamente onerosa. Procurou então você como 
advogado(a) a fim de saber se ainda assim seria possível questionar o negócio jurídico realizado e 
pedir revisão do contrato que Tommy sequer possuía. A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia, que transfere para o devedor a posse 
direta do bem, tornando-o depositário, motivo pelo qual a questão jurídica rege-se 
exclusivamente pelas regras impostas pelo Decreto-lei nº 911, de 1969, que estabelece 
normas de processo sobre alienação fiduciária. 
 A questão comporta aplicação do CDC e a ação revisional pode ser proposta 
independentemente de medida cautelar preparatória de exibição de documentos, já 
que o pleito de exibição do contrato poderá ser formulado incidentalmente e nos 
próprios autos. 
 
NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA 
 
A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia que transfere ao credor o domínio 
resolúvel e a posse indireta do bem alienado, não havendo aplicabilidade do Código de 
Defesa do Consumidor e, portanto, nem o pedido de revisão na hipótese, haja vista que a 
questão jurídica está submetida unicamente à leitura da norma geral civil, sem a inversão do 
ônus da prova. 
 
A questão comporta aplicação do CDC, mas para propor ação revisional, a parte deve 
ingressar com medida cautelar preparatória de exibição de documentos, sob pena de 
extinção da medida cognitiva revisional por falta de interesse de agir. 
 
 
7a Questão 
 
 
O ônus da prova incumbe a quem alega a existência do fato constitutivo de seu direito e impeditivo, 
modificativo ou extintivo do direito daquele que demanda. O Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, entretanto, prevê a possibilidade de inversão do onus probandi e, a respeito de tal 
tema, é correto afirmar que: 
 
 
 
Será deferido em casos excepcionais, exceto se a inversão em prejuízo do consumidor 
houver sido previamente ajustada por meio de cláusula contratual. 
 Ocorrerá em casos excepcionais em que o juiz verifique ser verossímil a alegação 
do consumidor ou quando for ele hipossuficiente. 
 
O CDC não prevê a inversão do ônus da prova. 
 
Ocorrerá em todo processo civil que tenha por objeto as relações consumeristas, não se 
admitindo exceções, sendo declarada abusiva qualquer cláusula que disponhade modo 
contrário. 
 
É regra e basta ao consumidor alegar os fatos, pois caberá ao réu produzir provas que os 
desconstituam, já que o autor é hipossuficiente nas relações de consumo. 
 
 
8a Questão 
 
 
Analise as assertivas e, em seguida, marque a alternativa CORRETA. 
De acordo com o Direito do Consumidor, não é direito básico do consumidor: 
 
 
 
a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais. 
 
a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e 
difusos. 
 
a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral. 
 
a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova. 
 a dilação dos prazos quando do acesso aos órgãos judiciários e administrativos. 
 
 
9a Questão 
 
 
Assinale a opção que não está de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. 
 
 
 
É direito do consumidor a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e 
serviços, o que inclui a especificação correta de quantidade, características, composição, 
qualidade e preço e a explicitação dos riscos relacionados a produtos e serviços. 
 
É direito do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, incluindo-se a inversão do 
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a 
alegação ou quando ele for hipossuficiente. 
 O consumidor tem direito à modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam 
prestações desproporcionais, mas não à revisão delas em razão de fatos 
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas. 
 
O consumidor tem direito à efetiva reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, 
coletivos e difusos. 
 
 
10a Questão 
 
 
Considerando-se a relação jurídica em face da proteção contratual ordenada pelo CDC, é correto 
afirmar que um consumidor que tenha comprado produto mediante pagamento em 10 prestações 
 
 
 
deve ser imediatamente indenizado caso o produto apresente problemas, preferencialmente 
mediante abatimento do valor da indenização nas prestações vincendas 
 
NRA NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA 
 
pode escolher, no ato da compra, se a garantia do fornecedor contra defeitos aparentes ou 
ocultos que ocorram no produto adquirido será ou legal ou contratual. 
 
dispõe de até 7 dias para desistir da compra realizada, desde que ela tenha sido efetuada no 
estabelecimento comercial do fornecedor. 
 pode liquidar antecipadamente o débito em questão, total ou parcialmente, 
exigindo redução proporcional dos juros cobrados. 
 
 
11a Questão 
 
 
A inversão do ônus da prova de que trata o Código de Defesa do Consumidor: 
 
 
 
É automática se ao consumidor, quando parte de um processo judicial, interessa somente a 
prova de certos fatos constitutivos do seu alegado direito. 
 
O prazo para a reclamação, pelo consumidor, quanto ao vício de produtos duráveis é de 90 
dias. 
 Poderá ser determinada tanto a requerimento da parte, como ex officio. 
 
É admitida, em juízo, sob critérios do juiz, adotados livremente. 
 
Não é automática, depende da iniciativa da parte. 
 
 
12a Questão 
 
 
José, sentindo-se lesado pela loja X ingressa com ação de indenização baseado no CDC contra a 
referida empresa. Sendo assim, o juiz ao apreciar adequadamente a demanda inverte o ônus da 
prova no despacho saneador. Ocorre, que a parte Ré alega, e prova que em momento algum José 
requereu em sua peça inicial a referida inversão. Diante do caso concreto como podemos avaliar a 
atitude do juiz? 
 
 
 
d) O juiz agiu de forma correta pois o CDC não é uma norma de ordem pública, sendo 
assim, tal procedimento poderá ser concedido. 
 a) A atitude do juiz foi correta, haja vista, tratar-se o CDC de uma norma de 
ordem pública, sendo assim, a inversão do ônus da prova pode ser concedida de 
ofício. 
 
e) Nenhuma das alternativas acima. 
 
b) A atitude do juiz foi arbitrária, tendo em vista, que sem a requisição da parte o mesmo 
não poderia inverter o ônus. 
 
c) O juiz agiu de forma incorreta pois ele deve inverter o ônus no momento da sentença 
 
 
13a Questão 
 
 
A inversão do ônus da prova, no processo civil, quando a matéria estiver incluída no âmbito do 
Código de Defesa do Consumidor, é cabível: 
 
 
 a favor do consumidor, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou 
quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiência. 
 
a favor do consumidor, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou for ele 
vulnerável, segundo as regras ordinárias de experiência. 
 
sempre que ao consumidor forem concedidos os benefícios da assistência judiciária gratuita 
 
sempre a favor do consumidor, mas também a favor do fornecedor, se o juiz entender que o 
consumidor é litigante de má-fé 
 
mediante simples requerimento do consumidor que invocar sua vulnerabilidade. 
 
 
14a Questão 
 
 
Na hipótese de ação indenizatória por vício do produto, a inversão do ônus da prova a favor do 
consumidor, quando for verossímil a alegação e quando for ele hipossuficiente 
 
 
 
pode ser determinada pelo Juiz na própria sentença, por se tratar de regra de julgamento e 
não de procedimento. 
 
deve ser determinada pelo Juiz antes da citação do réu, sob pena de ofensa ao contraditório. 
 
prescinde de decisão judicial, ocorrendo ope legis. 
 deve ser determinada pelo Juiz preferencialmente na fase de saneamento do 
processo ou, pelo menos, assegurar à parte prejudicada a reabertura de 
oportunidade para apresentação de provas. 
 
não será cabível nas ações coletivas que tenha como tutela direitos de consumidores. 
 
 
15a Questão 
 
 
Questão 47 do IX Exame da OAB A sociedade empresária XYZ Ltda. oferta e celebra, com vários 
estudantes universitários, contratos individuais de fornecimento de material didático, nos quais 
garante a entrega, com 25% de desconto sobre o valor indicado pela editora, dos livros didáticos 
escolhidos pelos contratantes (de lista de editoras de antemão definidas). Os contratos têm duração 
de 24 meses, e cada estudante compromete-se a pagar valor mensal, que fica como crédito, a ser 
abatido do valor dos livros escolhidos. Posteriormente, a capacidade de entrega da sociedade 
diminuiu, devido a dívidas e problemas judiciais. Em razão disso, ela pretende rever judicialmente os 
contratos, para obter aumento do valor mensal, ou então liberar-se do vínculo. Acerca dessa 
situação, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
Aplica-se o CDC, já que os estudantes são destinatários finais do serviço, mas o aumento só 
será concedido se provada a dificuldade financeira e que, ademais, ainda assim o contrato 
seja proveitoso para os compradores. 
 A empresa não pode se valer do Código de Defesa do Consumidor e não há base, à 
luz do indicado, para rever os contratos. 
 
A revisão é cabível, assentada na teoria da imprevisão, pois existe o contrato de execução 
diferida, a superveniência de onerosidade excessiva da prestação, a extrema vantagem para 
a outra parte, e a ocorrência de acontecimento extraordinário e imprevisível. 
 
n.r.a. 
 
Aplica-se o CDC, mas a pretendida revisão da cláusula contratual só poderá ser efetuada se 
provado que os problemas citados têm natureza imprevisível, característica indispensável, 
no sistema do consumidor, para autorizar a revisão 
 
 
16a Questão 
 
 
(Defensor Público - 2017) Prevê o artigo 6° , VIII, do CDC, como direito básico do consumidor: VIII 
¿ a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no 
processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil aalegação ou quando for ele hipossuficiente, 
segundo as regras ordinárias de experiências (...) 
Nesse sentido, é correto afirmar: 
 
 
 
a) A hipossuficiência a que alude o dispositivo é apenas a de ordem econômica. 
 c) Trata-se de norma de caráter geral, aplicável a priori a todo e qualquer litígio civil 
que envolva consumidor e fornecedor, independentemente de seu conteúdo. 
 
d) O dispositivo aplica-se somente aos casos em que o consumidor figure como autor da 
demanda. 
 
e)Verificada a hipossuficiência do consumidor em um dos fatos probandos, o ônus probatório 
em relação a todos os outros fatos será invertido automaticamente em seu benefício. 
 
b) O dispositivo expressa caso de inversão do ônus da prova ope legis. 
 
 
17a Questão 
 
 
Quando o magistrado entende que o consumidor é hipossuficiente em processo judicial e determina 
que cabe ao fornecedor a prova de que não foi causador da lesão alegada pelo autor da demanda 
reparatória, estamos diante de um exemplo do instituto de: 
 
 
 
Impossibilidade de prova. 
 
Prova do fato impeditivo do direito. 
 
Equivalência das provas. 
 Inversão do ônus das provas. 
 
Responsabilidade probatória clássica. 
 
 
18a Questão 
 
 
Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de 
Viagens e Turismo ¿X¿ um pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, 
hospedagem por sete noites, e seguro saúde e acidentes pessoais, este último prestado pela 
seguradora ¿Y¿. Após chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma gastrite severa e Marcos 
entrou em contato com a operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo 
informado que não havia médico credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, que 
manteve Elisabeth internada por 24 horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Paris, 
tudo às suas expensas. Partindo da hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismo já que havia liberdade de 
contratar o seguro saúde viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando de 
venda casada, não há responsabilidade solidária na hipótese 
 
O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de 
turismo responderia por falhas na organização da viagem, e não pelo seguro porque esse foi 
realizado por outra empresa. 
 O casal poderá acionar judicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha 
do serviço tenha sido da seguradora, em razão da responsabilidade solidária 
aplicável ao caso. 
 
NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA 
 
O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora 
simultaneamente por se tratar da hipótese de litisconsórcio necessário e unitário, sob pena 
de insurgir em carência da ação. 
 
 
19a Questão 
 
 
(OAB/CESPE ¿ 2006.2) Acerca do direito de proteção ao consumidor, assinale a opção correta. 
 
 
 
Na execução dos contratos de consumo, o juiz pode adotar toda e qualquer medida para que 
seja obtido o efeito concreto pretendido pelas partes em caso de não-cumprimento da oferta 
ou do contrato pelo fornecedor, salvo quando expressamente constar do contrato cláusula 
que disponha de maneira diversa. 
 
Nos contratos regidos pelo Código de Defesa do Consumidor, as cláusulas contratuais 
desproporcionais, abusivas ou ilegais podem ser objeto de revisão, desde que o contrato seja 
de adesão e cause lesão a direitos individuais ou coletivos. 
 Segundo o princípio da vinculação da oferta, toda informação ou publicidade sobre 
preços e condições de produtos ou serviços, como a marca do produto e as 
condições de pagamento, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação, 
obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que 
vier a ser celebrado. 
 
Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
Em todo contrato de consumo consta, implicitamente, a cláusula de arrependimento, 
segundo a qual o consumidor pode arrepender-se do negócio e, dentro do prazo de reflexão, 
independentemente de qualquer justificativa, rescindir unilateralmente o acordo celebrado. 
 
 
20a Questão 
 
 
(Analista/Advogado 2015 - DPE/MT - FGV) Em relação à cobertura de tratamento experimental por 
operadora de plano de saúde, assinale a afirmativa correta: 
 
 
 
O consumidor poderá optar pelo tratamento experimental às expensas da operadora de 
plano de saúde, ainda que o tratamento convencional se mostre eficaz. 
 
A obrigação da operadora de plano de saúde de custear o tratamento experimental está 
expressamente prevista no CDC. 
 A operadora de plano de saúde deve custear tratamento experimental se houver 
indicação médica. 
 
É abusiva a cláusula de contrato de plano de saúde que vede a cobertura de tratamento 
experimental em qualquer caso. 
 
A operadora de plano de saúde será compelida a custear o tratamento experimental apenas 
quando houver cláusula expressa no contrato. 
 
 
21a Questão 
 
 
(ANS 2007 - FCC - ANALISTA EM REGULAÇÃO - ESPECIALIDADE DIREITO) Rita recebeu em seu 
domicílio a visita do representante comercial da empresa "Conforto Ltda." oferecendo colchão 
ortopédico por preço módico. Interessada no produto, pois estava sofrendo de fortes dores nas 
costas, Rita firmou contrato de venda e compra, pagando a quantia cobrada, e, no ato do negócio, 
recebeu do representante comercial o colchão ortopédico. Porém, decorrido cinco dias do 
recebimento do colchão, que não apresentava vício, Rita, não obtendo melhora nas dores em suas 
costas, resolveu desistir do contrato, entretanto após o encerramento do horário comercial. Nesse 
caso, para comunicar a desistência do contrato à "Conforto Ltda.", resta para Rita o prazo de: 
 
 
 
C- dez dias. 
 
E- vinte e cinco dias. 
 
B- cinco dias. 
 
D- quinze dias. 
 A- dois dias. 
 
 
22a Questão 
 
 
No Código de Defesa do Consumidor, consideram-se: 
 
 
 
prescricional o prazo para a reclamação por vício aparente dos produtos e decadencial o 
prazo para reclamar por vício oculto dos produtos. 
 prescricional o prazo para o exercício da pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto e decadencial o prazo para reclamar pelo vício do 
produto 
 
decadenciais os prazos de exercício de pretensão condenatória e prescricionais os das ações 
constitutivas. 
 
decadencial o prazo para o exercício da pretensão à reparação pelos danos causados por fato 
do serviço e prescricional o prazo para a reclamação por vício aparente ou oculto de produto 
ou de serviço. 
 
indistintamente os prazos prescricionais ou decadenciais, porque ambos se sujeitam à 
interrupção e à suspensão. 
 
 
23a Questão 
 
 
Acerca da responsabilidade por vícios do produto e do serviço nas relações de consumo, assinale a 
opção correta. 
 
 
 
Quando forem fornecidos produtos potencialmente perigosos ao consumo, mesmo sem haver 
dano, incide cumulativamente a responsabilidade pelo fato do produto e a responsabilidade 
por perdas e danos, além das sanções administrativas e penais. 
 
A reparação por danos materiais decorrentes de vício do produto ou do serviço afasta a 
possibilidade de reparação por danos morais, ainda que comprovado o fato e demonstrada a 
ocorrência de efetivo constrangimento à esfera moral do consumidor. 
 
O fornecedor pode eximir-se da responsabilidade pelos vícios do produto ou do serviço e do 
dever de indenizar os danos por eles causados se provar que o acidente de consumo ocorreu 
por caso fortuito ou força maior ou que a colocação do produto no mercado se deu por ato de 
um representante autônomo do fornecedor. 
 
NRA NENHUMADAS RESPOSTAS ACIMA 
 A explosão de loja que comercializa, entre outros produtos, fogos de artifício e 
pólvora, causando lesão corporal e morte a diversas pessoas, acarreta a 
responsabilidade civil do comerciante decorrente de fato do produto, se fi car 
demonstrada a exclusividade de sua culpa pelo evento danoso. Nesse caso, aos 
consumidores equiparam-se todas as pessoas que, embora não tendo participado 
diretamente da relação de consumo, venham a sofrer as conseqü.ncias do evento 
danoso 
 
 
24a Questão 
 
 
Sobre a proteção contratual e a validade de regras contratuais no mercado de consumo, assinale a 
afirmativa correta. 
 
 
 
Apenas é possível ao contrato estipular a inversão do ônus da prova, em favor da 
fornecedora, se direitos equivalentes, em termos processuais, forem concedidos aos 
consumidores 
 Não vale a cláusula que estipula, de antemão, representante para concluir outro 
contrato pelo consumidor. 
 
Nas relações de consumo, a indenização pode ser contratualmente limitada, mas apenas em 
situações previstas em negrito, no contrato. 
 
É perfeitamente possível e vinculante a cláusula de arbitragem prevista em contrato de 
adesão. 
 
NENHUMA DAS RESPOSTAS ACIMA 
 
 
25a Questão 
 
 
Com relação a inversão do ônus da prova no âmbito do Código de Defesa do Consumidor é correto 
afirmar: 
 
 
 
O CDC adota a inversão do ônus da prova ope judicis. 
 
O CDC adota a inversão do ônus da prova ope legis. 
 O CDC adota a inversão do ônus da prova ope legis e ope judicis. 
 
A inversão do ônus da prova nas relações de consumo pode e deve ser utilizada de forma 
irrestrita quando envolver relação de consumo. 
 
 
26a Questão 
 
 
ANS ¿ 2007-Antônio realizou compra no valor de R$ 150,00 correspondente aos gêneros alimentícios 
que sua família necessitava, dividindo tal valor em três parcelas mensais e consecutivas, sendo 
expedido carnê de pagamento. Antônio pagou pontualmente as três parcelas, mas, decorridos trinta 
dias do último pagamento, foi surpreendido com a cobrança de mais R$ 100,00 que seriam 
referentes a encargos moratórios. Com temor de que seus dados pessoais fossem averbados nos 
órgãos de proteção ao crédito, Antônio efetuou o pagamento dessa quantia indevida. Segundo a Lei 
nº 8.078/90, Antônio terá direito à repetição do indébito por valor igual 
 
 
 
a) ao que pagou em excesso, acrescido de juros legais e de multa de 2% e atualização 
monetária, inclusive na hipótese de engano justificável. 
 
c) ao quádruplo do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, 
salvo hipótese de engano justificável. 
 d) ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros 
legais, salvo hipótese de engano justificável. 
 
b) ao triplo do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, 
salvo hipótese de engano justificável. 
 
e) ao que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e de juros legais, inclusive 
na hipótese de engano justificável

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