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almoxarifado mod 1

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AAllmmooxxaarriiffaaddoo 
Módulo I 
 
 
Parabéns por participar de um curso dos 
Cursos 24 Horas. 
Você está investindo no seu futuro! 
Esperamos que este seja o começo de 
um grande sucesso em sua carreira. 
 
Desejamos boa sorte e bom estudo! 
 
Em caso de dúvidas, contate-nos pelo 
site 
www.Cursos24Horas.com.br 
 
Atenciosamente 
Equipe Cursos 24 Horas 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
 
Introdução...................................................................................................................3 
Unidade 1 – Contextualização da atividade de almoxarifado ...................................4 
1.1 – Almoxarife .......................................................................................................5 
1.2 – Perfil do profissional de almoxarife ................................................................ 11 
1.3 – Controle e classificação de materiais .............................................................. 13 
1.4 – Segurança no ambiente de trabalho ................................................................. 21 
Unidade 2 – A importância estratégica e operacional ............................................. 30 
2.1 – Classificação de materiais............................................................................... 31 
2.2 – Codificação .................................................................................................... 37 
2.3 – Recebimento................................................................................................... 38 
2.4 – Entrada de materiais ....................................................................................... 44 
2.5 – Estocagem de materiais .................................................................................. 50 
Encerramento do Módulo I ...................................................................................... 56 
 
 
 
 
3
 
Introdução 
Olá! 
 
Neste curso, trataremos sobre uma área de atividade fundamental a qualquer 
empresa e que vem crescendo consideravelmente nas últimas décadas em virtude da 
expansão de indústrias e empresas: o almoxarifado. 
 
Na primeira unidade, trataremos de contextualizar e definir esta atividade, bem 
como estabelecer o perfil do profissional de almoxarifado. Também abordaremos o 
controle de materiais, analisaremos sua classificação e sua disposição no estoque, entre 
outros 
 
Posteriormente, a importância das estratégias operacionais também será 
abordada. Aspectos como a identificação e codificação de produtos, o recebimento e 
entrada de materiais etc. 
 
No terceiro momento deste curso, trataremos dos procedimentos práticos da 
atividade do profissional de almoxarife. Abordaremos, por exemplo, o espaço e layout 
do almoxarifado, procedimentos de movimentação de cargas e transporte interno de 
materiais. Analisaremos os diversos sistemas de armazenamento, bem como o processo 
de reposição de produtos e materiais, ressaltando a importância para o controle de 
qualidade do estoque. 
 
Na última unidade, abordaremos os parâmetros de ressuprimento de estoque, 
analisaremos o processo de reposição de materiais e o período de tempo apropriado para 
efetuar reposições. Por fim, trataremos sobre a distribuição e inventários, procedimentos 
administrativos bastante comuns nesta atividade. O aparato tecnológico como 
instrumento organizacional e a ética no trabalho também serão abordadas. 
 
Bom curso! 
 
 
 
4
 
Unidade 1 – Contextualização da atividade de almoxarifado 
 
Olá! 
 
Nesta unidade, trataremos das definições acerca desta atividade e o contexto 
sócio histórico em que se encontra este campo de atuação. Traçaremos um perfil do 
profissional de almoxarifado. 
 
Abordaremos as questões referentes ao controle e classificação de produtos e 
materiais. Por fim, analisaremos pormenorizadamente os materiais que compõem o 
estoque, de acordo com o ramo de atividade de cada empresa. 
 
Bom estudo! 
. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5
 
1.1 – Almoxarife 
 
O almoxarifado é um setor fundamental das organizações. É o lugar onde os 
materiais e produtos são armazenados, tanto para uso interno, quanto externo. 
Atualmente, este setor vem ganhando espaço nos estudos administrativos. 
 
Este setor consiste no estabelecimento de controle do estoque, considerando os 
seguintes aspectos: 
 
• Quantidade de produtos; 
 
• Reposição de produtos; 
 
• Armazenagem de produtos; 
 
• Controle de custo; 
 
• Validade do estoque. 
 
O almoxarifado exige, além disso, o controle de mercadorias e itens diversos, 
como produtos de limpeza, de escritório, serviços, entre outros. Também são 
considerados certos aspectos, como pesquisas de fornecedores, arquivamento de notas, 
registro de compras, entradas e saídas, além de outras tarefas oriundas do estoquista ou 
profissional de almoxarife. 
 
Dentre suas funções, o profissional é responsável por observar os critérios de 
racionalização de procedimentos, acondicionamento de produtos e a elaboração de 
documentação de controle de estoque. 
 
 
 
 
 
6
 
É preciso que o profissional de almoxarifado tenha bons domínios das ciências 
matemáticas, uma vez que o cálculo das quantidades de produtos é função quase 
rotineira neste campo de atuação. 
 
Quando falamos de acondicionamento de materiais, devemos considerar a 
distância entre o local de estocagem e onde serão usados. Também é preciso atentar-se à 
adequação deste espaço de armazenamento, ajustando-o à sua capacidade. 
 
A localização é outro aspecto fundamental. Devemos nos atentar à facilidade em 
se encontrar aquilo que é procurado – através de etiquetagem, por exemplo – com o 
intuito de se evitar a entrega errônea de material, o que acarreta problemas no controle, 
tempo desperdiçado, entre outras situações que podem atravancar todo o processo de 
produção. 
 
É de suma importância a exatidão dos dados operacionais. Isso implica na 
certeza das informações de controle em relação aos bens armazenados. A falta de 
controle, isto é, a inexatidão das informações, ocasionará em falhas de contabilidade, 
fornecimento etc. 
 
O setor de almoxarifado deve, por via de regra, apresentar os indicadores de suas 
atividades como, por exemplo, os relatórios de eficiência, com o intuito de proporcionar 
otimização do gerenciamento, controle do histórico dos itens, entre outros 
 
De um modo geral, a documentação do setor de almoxarifado deve contemplar 
as normas e procedimentos de identificação dos produtos, bem como inventário, 
inclusão de novos itens, entre outras ações. 
 
Ele deve recepcionar os materiais entregues pelo fornecedor, fazer a conferência 
dos mesmos e das notas fiscais, verificando quantidades, qualidade e especificações de 
produtos. 
 
 
 
7
 
 
É de responsabilidade deste profissional: 
 
• Organizar o armazém onde se encontram os materiais, mantendo a 
integridade física e as condições de uso do produto, de acordo com as 
características de cada material, facilitando sua localização e seu 
manuseio; 
 
• Controlar os números do estoque, através de conferência diária dos itens 
e artigos, checando todas as atividades de rotina, facilitando, assim, seu 
controle; 
 
• Informar e solicitar a reposição dos materiais, sempre que necessário, 
de acordo com as normas de manutenção de níveis de estoque 
previamente estabelecidos pelas empresas; 
 
• Elaborar o inventário mensal também é muito importante, uma vez que 
facilita a comparação com os dados de registro das atividades; 
 
• Fazer o processo de triagem dos materiais, atentando-se aos que 
estiveremdanificados, visando sua devolução; 
 
• Verificar a quantidade de artigos em estoque e alertar a chefia quando 
houver diminuição de determinado item, solicitando a reposição do 
mesmo; 
 
• Supervisionar a elaboração do inventário mensal, visando o ajuste de 
divergências com os registros contábeis, facilitando a comparação das 
informações de diferentes setores da empresa. 
 
Destas responsabilidades trataremos pormenorizadamente mais adiante, 
considerando aspectos mais específicos e complexos no processo de armazenamento de 
produtos e materiais. 
 
8
 
Introdução à história da estocagem de materiais 
 
O homem tem o costume de armazenar alimentos, produtos e materiais de caça 
desde suas origens, sendo tal hábito tão antigo quanto sua própria existência, 
sofisticando suas operações de comercialização devido ao aumento da concorrência de 
mercado, a partir da Revolução Industrial. Neste sentido, o setor de compras e estoque 
ganhou fundamental importância no campo empresarial. Este período foi marcado por 
profundas modificações nos métodos e procedimentos do sistema de fabricação e 
estocagem em grande escala. 
 
Com a substituição no campo de trabalho do homem pela máquina, surge uma 
evolução tecnológica no que tange à produção. Os estoques passaram a ser concebidos 
com outros olhos pelas administrações. 
 
A constante evolução das fábricas, o consumo, as exigências dos consumidores, 
a concorrência de mercado, bem como as novas tecnologias, tornaram o gerenciamento 
de materiais algo imprescindível nas empresas. 
 
Os grandes conflitos bélicos do século XX foram determinantes para o 
estabelecimento desta atividade de armazenamento de materiais. Muito antes delas, o 
próprio Napoleão Bonaparte já punha em prática conceitos de armazenamento de 
munição e alimentos. Em todos os casos, o fator estoque, que envolve abastecimento e 
suprimento, foi determinante para o sucesso ou fracasso dos empreendimentos bélicos. 
 
Felizmente, as guerras acabaram, contudo a evolução da estocagem de materiais 
não parou por aí. Atualmente o setor de almoxarifado é integrado com os demais setores 
de uma empresa. 
 
Certamente, esta é uma atividade muito promissora que, em virtude do 
expansionismo fabril, vem ganhando cada vez mais espaço no ambiente administrativo, 
já que armazenar produtos é, de certo modo, como armazenar informações, e a empresa 
que negligencia este fato certamente está fadada ao fracasso. 
 
 
9
 
Analisando de maneira pormenorizada esta atividade, encontramos algumas 
funções típicas do setor de almoxarifado, além de outras subfunções mais específicas e 
complexas. 
 
O texto a seguir foi desenvolvido na Faculdade de Ciências Administrativas e 
Contábeis de Lins. Naturalmente, separamos somente o que interessa ao profissional de 
almoxarifado. Observe: 
 
 
Controle de estoque - subsistema responsável pela gestão econômica dos estoques, através 
do planejamento e da programação de material, compreendendo a análise, a previsão, o 
controle e o ressuprimento de material. O estoque é necessário para que o processo de 
produção-venda da empresa opere com um número mínimo de preocupações e desníveis. Os 
estoques podem ser de: matéria-prima, produtos em fabricação e produtos acabados. O setor 
de controle de estoque acompanha e controla o nível de estoque e o investimento financeiro 
envolvido. 
 
Classificação de material - subsistema responsável pela identificação (especificação), 
classificação, codificação, cadastramento e catalogação de material. 
 
Aquisição/compra de material - subsistema responsável pela gestão, negociação e 
contratação de compras de material através do processo de licitação. O setor de Compras 
preocupa-se sobremaneira com o estoque de matéria-prima. É da responsabilidade de 
Compras assegurar que as matérias-primas exigida pela Produção estejam à disposição nas 
quantidades certas, nos períodos desejados. Compras não é somente responsável pela 
quantidade e pelo prazo, mas precisa também realizar a compra em preço mais favorável 
possível, já que o custo da matéria-prima é um componente fundamental no custo do 
produto. 
 
Armazenagem/almoxarifado - subsistema responsável pela gestão física dos estoques, 
compreendendo as atividades de guarda, preservação, embalagem, recepção e expedição de 
material, segundo determinadas normas e métodos de armazenamento. O Almoxarifado é o 
responsável pela guarda física dos materiais em estoque, com exceção dos produtos em 
 
10
 
processo. É o local onde ficam armazenados os produtos, para atender a produção e os 
materiais entregues pelos fornecedores. 
 
Movimentação de material - subsistema encarregado do controle e normalização das 
transações de recebimento, fornecimento, devoluções, transferências de materiais e 
quaisquer outros tipos de movimentações de entrada e de saída de material. 
 
Inspeção de recebimento - subsistema responsável pela verificação física e documental do 
recebimento de material, podendo ainda encarregar-se da verificação dos atributos 
qualitativos pelas normas de controle de qualidade. 
 
Cadastro - subsistema encarregado do cadastramento de fornecedores, pesquisa de mercado 
e compras. 
 
Inspeção de suprimentos - subsistema de apoio responsável pela verificação da aplicação das 
normas e dos procedimentos estabelecidos para o funcionamento da Administração de 
Materiais em toda a organização, analisando os desvios da política de suprimento traçada 
pela administração e proporcionando soluções. 
 
Padronização e normalização - subsistema de apoio ao qual cabe a obtenção de menor 
número de variedades existentes de determinado tipo de material, por meio de unificação e 
especificação dos mesmos, propondo medidas de redução de estoques. 
 
Transporte de material - subsistema de apoio que se responsabiliza pela política e pela 
execução do transporte, movimentação e distribuição de material. A colocação do produto 
acabado nos clientes e as entregas das matérias-primas na fábrica é de responsabilidade do 
setor de Transportes e Distribuição. É nesse setor que se executa a Administração da frota de 
veículos da empresa, e/ou onde também são contratadas as transportadoras que prestam 
serviços de entrega e coleta. 
Fonte: http://apostilas.netsaber.com.br/apostilas/1024.pdf - pp. 6 a 8. 
 
 
 
11
 
1.2 – Perfil do profissional de almoxarife 
 
Um profissional de almoxarifado dirige, coordena e planeja o gerenciamento do 
estoque e distribuição dos produtos e materiais dentro de uma empresa. Ele realiza essas 
atividades para as organizações que armazenam produtos e mercadorias para muitos 
outros grupos diferentes. 
 
Um gerente de estoque, por outro lado, supervisiona as atividades dos 
empregados, se engaja em transporte, recebimento, armazenamento e teste de materiais 
e faturas. Eles são responsáveis pela segurança do desenvolvimento, juntamente com 
programas de aplicação em termos de segurança. Eles emitem atribuições e ordens de 
revisão de trabalho, faturas, além de confirmar relatórios e monitorar a distribuição de 
materiais ou produtos. 
 
Eles ainda são responsáveis por entrevistar pessoas para operar o estoque e 
cargos de supervisão, garantindo que satisfaçam as expectativas de serviço e, em 
seguida, selecionam, contratam e treinam, cuidando também da demissão de 
funcionários que não cumprem os padrões de desempenho necessários. 
 
Parte de seu trabalho envolve reunião com outros chefes de departamento de 
vendas, compras, produção e controle de registro, para que as atividades de armazém 
permaneçam coordenadas e funcionando perfeitamente. 
 
Eles mantêm as condições de armazém seguras e eficientes, incluindo asupervisão das frotas de equipamentos, veículos e ordenam eventuais substituições ou 
manutenção, quando necessário. 
 
Um gerente de almoxarife passa parte do seu tempo programando os 
funcionários e motoristas de entrega; resolvendo problemas de pessoal, orçamento e 
planejamento para atender números projetados; supervisionando os funcionários do 
armazém e supervisores; e, por fim, em reunião com os clientes para determinar suas 
necessidades e exigências. 
 
12
 
De um modo geral, para se tornar um profissional de almoxarife, é necessário 
habilidades em comunicação, resolução de problemas e tomada de decisões, priorizando 
o trabalho, organização e obtendo as informações necessárias a partir de fontes 
relevantes. 
 
Eles também devem ter boas habilidades com pessoas, ser agradáveis, corteses e 
possuir uma grande dose de paciência quando se trata de trabalho sob pressão. 
 
As atividades de trabalho incluem: 
 
• Supervisão, treinamento e contratação de funcionários para trabalhar 
no armazém, sejam como operários, operadores de equipamentos, 
funcionários ou agentes de controle de estoque; 
 
• Agendamento de funcionários, motoristas de caminhão, declives; 
organizar entregas e agendamento de uso de doca de carregamento e de 
equipamentos mecanizados, como empilhadeiras; 
 
• Assegurar que todos os regulamentos de segurança sejam seguidos, 
tanto no que diz respeito à segurança pessoal quanto à segurança de 
inventário; 
 
• Reunião com clientes novos e existentes para determinar as suas 
necessidades de espaço para armazenagem, a celebração de contratos 
de armazenamento e inserção de informações em vários programas de 
“software” para monitorar o uso da instalação. 
 
De um modo geral, os profissionais de almoxarife fazem o trabalho físico e, 
muitas vezes, trabalham em grandes edifícios de armazenamento e armazéns. 
 
Trabalhadores do estoque fazem outras tarefas relacionadas com a preparação 
para o armazenamento de mercadorias e mantém o controle de onde elas estão. Eles 
classificam mercadorias por condição, tamanho, forma, cor, código etc. Transportam 
 
13
 
mercadorias para as áreas designadas e as armazenam em galpões ou prateleiras. 
Precisam ser fisicamente fortes, e conscientes sobre segurança quando operarem as 
máquinas e os equipamentos. Devem, ainda, ser bons em ouvir e seguir instruções, além 
de capazes de trabalhar de forma rápida e eficiente. Essas são algumas das competências 
essenciais a este profissional. 
 
1.3 – Controle e classificação de materiais 
 
Trata-se, basicamente, do ato de gerir materiais de valor econômico numa 
organização. Alguns tipos de investimentos não produzem lucro, como os estoques. 
 
A falta de gestão dos estoques pode ocasionar em sérios problemas à 
organização, entre eles a paralisação de fabricação, descontinuidade das operações ou 
serviços, além dos custos adicionais. 
 
Certo é que o setor de almoxarifado objetiva, em um primeiro momento, manter 
o equilíbrio entre os diferentes setores de uma empresa através do gerenciamento de 
seus recursos ociosos, isto é, seu estoque. 
 
Isto só é obtido mantendo os estoques em níveis seguros, sem correr risco de não 
ter determinado produto em quantidade suficiente para atender a demanda, e deixando o 
fluxo da produção de encomenda em equilíbrio com o fluxo de consumo. 
 
Podemos dizer que o estoque é composto de materiais em processamento 
(semiacabados e acabados) que podem não ser utilizados em determinado momento na 
empresa, contudo, precisam existir em virtude de necessidades futuras. Sendo assim, no 
setor de estoque figuram todos os materiais necessários ao processo produtivo de uma 
empresa. Naturalmente, o gerenciamento desses materiais gera lucros e rendimentos à 
empresa. 
 
 
14
 
É justamente em razão desses lucros, oriundos das vendas e serviços, que há a 
continuidade do processo produtivo das empresas. Representam, de certa forma, a 
necessidade real em qualquer tipo de organização. 
 
A manutenção do setor de almoxarife exige investimentos e gastos que, não raro, 
são muito elevados. Evitar que o número de itens no estoque seja reduzido, sem 
comprometer a demanda dos usuários e consumidores, representa um grande problema à 
gestão de qualquer empresa. 
 
Se, por um lado, para que uma empresa funcione adequadamente é preciso 
manter os níveis de estoque em equilíbrio, por outro, o estoque representa um enorme 
investimento financeiro. 
 
Deste ponto de vista, o almoxarife é um agente imprescindível no processo 
produtivo de uma empresa, uma vez que garante a produção do produto e minimiza os 
riscos de paralisação em virtude de falta de material. 
 
Um armazém de estocagem pode representar boa parte dos recursos dos quais 
dispõe uma empresa. 
 
Naturalmente, quando falamos de estoque, consideramos o diálogo entre 
diferentes setores de uma empresa como, por exemplo, o setor de compra e venda e o 
setor administrativo. Ambos têm participação e influência direta nas decisões do setor 
de almoxarifado. Isso se deve ao fato que, enquanto o estoque preocupa-se com a 
manutenção das quantidades necessárias de artigos e materiais, o setor administrativo 
está atento à margem de lucro que se pode obter com determinada ação. 
 
As principais causas que exigem estoques permanentes à mão e pronto 
atendimento do consumo interno ou das vendas são: 
 
• A especulação do mercado futuro, bem como as mudanças que podem 
ocorrer no decorrer do planejamento estratégico; 
 
 
15
 
• A pronta entrega de materiais e cumprimento dos prazos de entrega 
acordados em contrato; 
 
• A constante necessidade de investimentos para otimização de resultados 
etc. 
 
Quanto à classificação de materiais 
 
O fato é que, para administrar adequadamente os materiais, é preciso que eles 
estejam caracterizados adequadamente por meio de um sistema que permita identificá-
los sem qualquer equívoco. Isso implica numa metodologia que vise simplificar e 
organizar todos os processos de controle de materiais. Sua organização deve seguir uma 
padronização, através da qual devem ser identificados de forma precisa. 
 
A caracterização desses materiais ou produtos deve seguir critérios e padrões 
específicos que evitem duplicidades em virtude da falta de informação. A identificação, 
assim, é fundamental para o bom funcionamento do estoque. 
 
Desta forma, é preciso estabelecer uma forma de identificar os materiais que são 
utilizados, de forma a não serem confundidos com outros produtos, atrapalhando o bom 
funcionamento de todo o setor. 
 
Uma boa forma de se identificá-los é pela sua caracterização. Por exemplo: 
 
• Matéria-prima; 
 
• Materiais em processo; 
 
• Materiais acabados etc. 
 
O objetivo deste procedimento é mostrar descrições padronizadas dos produtos e 
materiais utilizados pela empresa. Abaixo temos um modelo de como identificar os 
materiais. Observe: 
 
16
 
 
Tipo de 
Material 
Unidade Abreviatura da Unidade Embalagem Fornecedor 
Matéria-prima Quilograma kg Sacos Empresa X 
Matéria-prima Metro m Fardos Empresa Y 
Matéria-prima Litro lt Tambor Empresa Z 
Material em 
processo 
Metro m Individual – 
Material 
acabado 
Litro lt Caixa com 12 – 
 
Como é possível observar, através de uma identificação simples é possível 
iniciar um processo de classificação padronizada dos produtos e materiais. Entretanto, é 
de suma importância ressaltar que nem todos eles precisam ser identificados. 
 
Os materiais catalogados periodicamente são aqueles mais importantes para a 
organização. Requerem planejamento e gerenciamento das compras. Esses são 
considerados materiais fundamentais para a empresa. Através de uma boa identificaçãode materiais e produtos, é possível garantir que o item a ser administrado atenda às 
especificações da organização. 
 
Sendo assim, quando o material está descrito de forma clara e objetiva, facilita o 
trabalho dos outros setores como, por exemplo, o setor de compras e vendas, o setor de 
contabilidade etc. 
 
Podemos afirmar que a correta identificação de materiais permite: 
 
• Uniformizar os itens em estoque, bem como os maquinários usados na 
empresa; 
 
 
17
 
• Maior ganho de escala nas compras, consequentemente reduzindo os 
custos; 
 
• Aumento da agilidade dos processos de compras; 
 
• Otimização da gestão dos estoques, além de redução de falhas 
processuais. 
 
A descrição padronizada dos produtos e materiais deve seguir as normas 
brasileiras ou internacionais. Além disso, ao identificar produtos, não é sugerida a 
utilização de palavras que representem marcas comerciais. Por exemplo: na prateleira de 
um estoque não deve figurar a identificação “Omo”, mas sim, “sabão em pó”. Isso 
minimiza os erros de identificação, melhorando a agilidade do processo. 
 
Outra importante ferramenta no processo de identificação é a classificação de 
materiais. Em razão do grande número de itens existente nas organizações de variados 
setores, é preciso encontrar alguma forma de organizá-los. 
 
Para um bom resultado na classificação de materiais, é necessário estar atento a 
alguns aspectos comuns a qualquer empresa. Entre eles destacam-se: 
 
• Estabelecer uma linguagem unificada entre as diferentes áreas da 
empresa; 
 
• Reduzir a margem de erro acerca do numero de itens em estoque; 
 
• Considerar a alternativa de intercâmbio entre os materiais a serem 
administrados; 
 
• Facilitar os procedimentos; 
 
 
18
 
• Facilitar a troca de serviços, além de promover a cooperação entre 
diferentes setores da cadeia produtiva; 
 
• Considerar as necessidades totais de aquisição e utilização de materiais. 
 
Há diferentes formas de se classificar os materiais dentro de uma organização. 
Cada qual deverá adotar seu próprio critério para atender suas necessidades. 
 
Essa identificação promove certo controle nos estoques e almoxarifados. O 
controle de estoque é um dos pontos principais de uma organização, seja ela qual for. 
 
Sua implantação permite que se obtenham as seguintes informações a respeito 
do estoque: 
 
• Dados cadastrais do fornecedor; 
 
• Quantidade exata de materiais em estoque; 
 
• Preço médio do item administrado; 
 
• Data da última aquisição, bem como o preço pago pelo produto; 
 
• O numero máximo e mínimo de itens, de modo que não comprometa o 
processo produtivo, isto é, níveis aceitáveis; 
 
• Cálculos acerca das possibilidades do estoque em relação ao consumo 
médio; 
 
• Dados estatísticos acerca do consumo por área da organização; 
 
• Os setores de uma empresa que utilizam o material, além de datas de 
fornecimento, quantidades, custos, etc.; 
 
19
 
 
• Especificidades do produto, tais como: embalagem, giro em estoque, 
índices de entra e saída etc.; 
 
• Observações gerais acerca da apresentação, do aspecto e conservação 
do material; 
 
• Acompanhamento acerca da aceitação do material armazenado, ou seja, 
verificar os índices de devolução ou outra situação peculiar. 
 
Como vemos, é muito importante organizar o estoque. Isso só é possível através 
da identificação criteriosa dos materiais, bem como sua classificação. 
 
Ao programar um sistema de identificação e classificação de materiais, levam-se 
em consideração seus inúmeros benefícios, de forma que auxilie no alcance das metas 
propostas pela organização. 
 
O controle de materiais constitui uma das atividades mais relevantes em uma 
empresa cujo objetivo é assegurar que eles estejam disponíveis no local e no momento 
certo pelo menor custo possível. 
 
A seguir um interessante texto a respeito de como funciona o maior armazém de 
estocagem da America Latina e como é possível coordenar tamanho departamento. 
Veja: 
 
 
Saiba como funciona o maior depósito da América Latina 
 
Todas as noites e madrugadas armam-se verdadeiras operações de guerra dentro 
dos armazéns das Casas Bahia. A meta: cumprir as entregas diárias em 24.000 
endereços diferentes, localizados em oito estados brasileiros. Logística, portanto, é 
parte crítica da operação da empresa, especialmente porque tudo é feito com recursos e 
 
20
 
funcionários da casa, incluindo uma legião de 1.000 motoristas. 
 
Localizado em Jundiaí, no interior paulista, o principal centro de distribuição da 
empresa possui 170.000 metros quadrados cobertos, sendo considerado o maior da 
América Latina. 
 
Todos os dias, 260 caminhões, com o inconfundível baianinho estampado no 
baú, partem do depósito central para realizar as entregas aos clientes. Outros 45 fazem 
o mesmo, mas para abastecer as lojas com produtos eletroportáteis, enquanto 60 
carretas levam mercadorias aos entrepostos localizados nos demais estados – à exceção 
do Rio de Janeiro – não possuem armazéns. 
 
O movimento não pára por aí. O depósito de Jundiaí recebe, em média, 180 
carretas de fornecedores diariamente. No total, 2.400 pessoas labutam no armazém, que 
também é munido de muita tecnologia para funcionar. 
 
A integração do software de logística com o sistema de identificação dos 
produtos por código de barras é o que permite a localização dos produtos dentro do 
depósito e também o controle da entrada e saída das mercadorias. 
 
Todos os racks, onde são empilhadas as mercadorias, possuem uma placa com 
código de barras. Assim é possível saber, por exemplo, quantos fogões há em 
determinado rack com a simples aproximação de um leitor. 
 
As vendas realizadas nas lojas são repassadas automaticamente para o sistema 
de logística da empresa. Ao final do dia, o sistema imprime milhares de etiquetas com 
código de barras que contêm a descrição de cada produto, além do endereço da entrega 
e o nome do cliente que o comprou. 
 
 
 
Munida dessas informações, uma equipe do depósito faz a “puxada de 
 
21
 
mercadoria”. Essa etapa consiste na separação dos produtos, que são devidamente 
etiquetados e encaminhados para um dos 420 boxes – espécie de garagem onde os 
caminhões são carregados. Esses boxes ladeiam todo o armazém. 
 
A entrada de cada produto em cada um dos boxes também é informada ao 
sistema, que recebe previamente a programação das cargas. E, na programação de 
cargas, que são definidos o roteiro de cada caminhão e os produtos que cada veículo 
deverá entregar. 
 
O sistema de logística também ajuda a calcular a quantidade de caminhões 
necessária para as entregas do dia, a partir do cálculo da capacidade do caminhão, em 
relação ao tamanho das mercadorias. 
 
Mensalmente, mais de 1,2 milhões de itens entram e saem do depósito central 
das Casas Bahia. Haja braços e computadores para organizar esse mundaréu de fogões, 
geladeiras, camas. 
 
Fonte: http://www.logisticadescomplicada.com/saiba-como-funciona-o-maior-deposito-da-america-latina/ 
 
1.4 – Segurança no ambiente de trabalho 
 
É de suma importância que o profissional de almoxarife tenha ciência de alguns 
fatores essenciais nos procedimentos de segurança. A seguir, trouxemos boas dicas para 
auxiliar os profissionais de almoxarife a reduzir o número de acidentes, lesões e casos 
de doença ocupacional. 
 
O conjunto a seguir contém conselhos simples que você deve ser capaz de 
aplicar em sua rotina de trabalho. As causas mais recorrentes dos acidentes no ambiente 
de trabalho são: 
 
• Inadequada utilização de materiais e maquinário; 
 
 
22
 
• Contato com produtos perigosos sem a devidaproteção; 
 
• O trabalho em altura; 
 
• Veículos de carregamento em torno do armazém; 
 
• Queda de objetos ou materiais. 
 
Pode haver outros riscos em seu ambiente de trabalho que você também deve 
considerar. Escorregões e tropeções podem ocasionar sérias lesões. Acidentes e quedas 
são um problema no setor de almoxarife e podem acontecer em qualquer lugar e a 
qualquer momento. 
 
Os acidentes geralmente são vistos de forma trivial e sem importância. 
Entretanto, a maioria deles pode ser evitada com algumas medidas de segurança; eles 
acontecem porque o chão está molhado ou umedecido. Dentro de armazéns, água, óleo e 
produtos de limpeza podem tornar o piso mais escorregadio. Outros itens, como 
embrulhos, resíduos e objetos em locais de movimentação, sacos de plásticos etc. 
também podem causar tropeções e quedas mais grades. 
 
O calçado certo pode ajudar a reduzir deslizamentos, mas deve-se considerar 
essa questão, pensando em controlar riscos de escorregões, como um último recurso; o 
objetivo principal é tentar eliminar a raiz do problema, adotando medidas preventivas. 
 
O ambiente de trabalho deve ter uma boa iluminação e uma boa limpeza. Se as 
vias de circulação, isto é, os corredores, estiverem obstruídos, devem ser reorganizados 
tão logo seja possível. Deve-se, também, inspecionar o local de trabalho regularmente 
para se certificar de que não existem riscos de tropeços. 
 
A movimentação corporal também pode gerar profundos problemas de saúde, 
incluindo dores lombares e musculares. 
 
 
23
 
Se existe o risco de uma tarefa exigir mais do que o corpo pode aguentar, ela 
deve ser evitada. Se não puder ser evitada, o risco de ocorrerem danos deve ser 
minimizado. 
 
É extremamente importante realizar uma avaliação de movimentação corporal 
para operações de intenso movimento que apresentam risco de lesões. Considere os 
seguintes aspectos: 
 
• A tarefa; 
 
• A carga; 
 
• O ambiente de trabalho; 
 
• Sua capacidade individual, dentre outros fatores. 
 
Pense em todos os sistemas de trabalho e as tarefas que envolvem a 
movimentação corporal. 
 
Onde for o caso, reformular tarefas para evitar a necessidade de mover cargas 
manualmente ou usar dispositivos mecânicos de movimentação. Por exemplo: 
empilhadeiras, porta-paletes, carrinhos, transportadores, calhas, elevadores de tesoura 
etc. 
 
Sempre que necessário, introduzir dispositivos adicionais de movimentação para 
evitar ou reduzir as operações de movimentação manual. 
 
Os almoxarifados devem fornecer aos funcionários informações sobre o peso da 
carga e seu lado mais pesado, se seu centro de gravidade não é central etc. A empresa 
deve ainda oferecer treinamento em técnicas seguras de movimentação corporal e 
manuseio de materiais e maquinários. 
 
 
24
 
O treinamento deve ser específico para a tarefa. Deve complementar um sistema 
seguro de trabalho e não ser um substituto para ele. O trabalho em altura pode trazer 
riscos fatais à saúde e à vida do profissional. 
 
Qualquer trabalho em altura, incluindo o trabalho de manutenção executado por 
um empreiteiro, por exemplo, deve ser devidamente planejado, vigiado de forma 
adequada e realizado de uma forma segura. 
 
Nunca use paletes empilhados para acessar a altura onde se encontra o material 
no estoque; nunca suba em estantes, a menos que seja especificamente projetado para 
uso como equipamento de acesso; inspecionar o equipamento utilizado para trabalhos 
em altura (como escadas) para ter certeza que é seguro. Faça tudo isso antes de usar, e 
periodicamente, depois de um incidente que possa afetar a segurança do equipamento. 
 
Outra medida de segurança refere-se ao tráfego local tanto de veículos, como 
empilhadeira, quanto para funcionários. Sempre que os veículos e os funcionários 
utilizarem o mesmo percurso de tráfego, deve haver uma separação adequada de vias 
entre eles. 
 
Armazéns devem ser projetados para reduzir os riscos de inversão de veículos. 
Isso é possível, por exemplo, utilizando um sistema de sentido único. Onde não se pode 
evitar inversão, manter pedestres fora da área onde os veículos fazem manobras. 
 
Os estoques de materiais devem ter sistemas de trabalho seguros para carga e 
descarga de veículos. É importante, também, tomar medidas para evitar que pessoas 
sejam feridas por objetos em queda. 
 
Se existem áreas ou atividades específicas no armazém com risco de materiais 
causarem acidentes, certifique-se de que a área está claramente indicada e que as 
pessoas não autorizadas não tenham acesso ao local. 
 
O layout das áreas de armazenamento e manuseio deve evitar curvas fechadas, 
portas inadequadamente instaladas, pilares, superfícies irregulares, entre outros fatores. 
 
25
 
Inspecione paletes antes de cada utilização para se certificar de que eles estão em 
uma condição segura. Ponha os que estiverem danificados fora de uso, para reparo ou 
destruição. Lidar com paletes vazios com cuidado – não arrastar ou jogá-los no espaço 
de armazenamento. 
 
Planejar os fluxos de armazenagem para se certificar de que os materiais, 
equipamentos e resíduos não causem obstruções ou acidentes em lugares onde as 
pessoas possam passar. 
 
Mantenha as vias de acesso ao material livres de obstruções. Na imagem abaixo, 
é possível observar como deve ser a disposição das vias de acesso às prateleiras. Veja: 
 
 
 
 
26
 
A partir da demonstração acima, é possível se reorganizar, reestruturando as 
formas de armazenamento, levando em consideração os seguintes pontos: 
 
• O número de materiais que serão mantidos e armazenados; 
 
• Dimensões do Almoxarifado (área e volume); 
 
• Necessidades para o armazenamento (prateleiras, estantes e divisões); 
 
• Treinamento da mão-de-obra; 
 
• O tipo de trabalho a ser realizado para funcionamento do almoxarifado; 
 
• O máximo de operações realizadas num dia (entrada e saída de 
materiais); 
 
• Reformas nas estruturas físicas do almoxarifado (cobertura, material de 
segurança, infraestrutura); 
 
• Material específico de transporte (carrinhos, empilhadeiras etc.); 
 
• Aquisição do material de segurança. 
 
Através dessas sugestões, você poderá observar que, à medida que estiver 
desenvolvendo o almoxarifado, será possível criar um LAYOUT capaz de atender às 
necessidades específicas de cada empresa. 
 
 
 
 
 
 
 
27
 
 
Almoxarifados 
 
Almoxarifado da Fazenda Real - Os Almoxarifados, em Portugal, à época do 
descobrimento do Brasil, eram as repartições fiscais regionais, encarregadas de 
centralizar a arrecadação dos tributos e rendas da Coroa. No Brasil, porém, embora o 
almoxarife continuasse responsável pela arrecadação tributária, os Almoxarifados 
foram integrados numa repartição maior, a Provedoria da Fazenda Real, onde ficavam 
subordinados à autoridade do Provedor, que habitualmente chefiava também a 
Contadoria, a Tesouraria e a Alfândega. Perdeu, por isso, o Almoxarifado o destaque 
que gozava em Portugal. Acresce que, no Brasil, o cargo de almoxarife esteve no 
princípio ligado ao de "feitor", que era quem geria as atividades braçais de extração do 
pau-brasil, de carga e descarga dos navios e de transporte de mercadorias. Com isso, os 
almoxarifes se desligaram um tanto das atividades burocráticas exercidas pelo 
Provedor e pelo Escrivão, perdendo prestígio e poder. Numa etapa posterior, no século 
XVII, os almoxarifes foram separados dos feitores, ficando limitados às funções de 
arrecadação e de guarda de bens e valores. Aliás, ainda hoje, o termo Almoxarife 
significa o responsável pela guarda e conservação de bens móveis. Isso foi 
conseqüência direta da última etapa de evolução do cargo, no séculoXVIII, quando 
eles foram os responsáveis exclusivos pela administração dos ARMAZÉNS REAIS, 
espalhados pelas diversas capitanias. Existiram alguns almoxarifados isolados, fora das 
provedorias, com existência autônoma, ainda que subordinados a aquelas. Outros, 
embora integrados nas Provedorias, tiveram papel importante o suficiente para serem 
identificados e terem sua atuação notada. (FONTES: RODRIGUES, Para a História da 
Administração da Fazenda Real no Reinado de D. Afonso V, 1:271 - SERRÃO, 
Pequeno Dicionário de História de Portugal, 48 - DHBN, 35:165). 
 
Almoxarifado da Torre de São Sebastião de Itaparica - Referido no ano de 1690, 
localizava-se certamente na ilha de Itaparica, na baía de Todos os Santos. (FONTE: 
ABN, 75:310). 
 
 
 
28
 
 
Almoxarifado da Vila do Espírito Santo - Uma das mais velhas repartições públicas 
do Brasil. É mencionada a sua existência em 1534, quando Antônio Espera era seu 
escrivão. (FONTE: OLIVEIRA, História do Espírito Santo, 38). 
 
Almoxarifado de Bertioga - A Capitania de Santo Amaro, doada a Pero Lopes de 
Sousa, não prosperou e acabou incorporada à Capitania de São Vicente, após longa 
pendência judicial entre os herdeiros do donatário. Quase nada se sabe sobre a história 
desta capitania, pelo que muitos autores acreditam que ela não chegou a existir na 
prática. Entretanto, nela chegou a haver uma vila, ora chamada de Bertioga, ora de 
Santo Amaro, onde se instalou o "Almoxarifado da Fazenda Real da Vila da Bertioga", 
cujo almoxarife, por volta de 1550, era Antônio Adorno, responsável pelos armazéns 
reais e pela artilharia nela existentes. (FONTES: DHBN, 35:165). 
 
Almoxarifado de Fernando de Noronha - Existia em 1749, ocasião em que era 
almoxarife José Antônio de Castro Sarmento. (FONTES: ABN, 28:473). 
 
Almoxarifado de Itamaracá - João Correia Botelho foi almoxarife de Itamaracá de 
1714 a 1718. (FONTES: CMBN, 3:478 e 508). 
 
Almoxarifado de São Vicente - Provavelmente se instalou com a vinda de Martim 
Afonso de Sousa, em 1532, mas deve ter sido mudado posteriormente para Santos, 
acompanhando a Provedoria da Fazenda Real, na qual estava integrado. (FONTE: 
AZEVEDO MARQUES, Apontamentos Históricos, Geográficos, Biográficos, 
Estatísticos e Noticiosos da Província de São Paulo, 2:326). 
 
Almoxarifado do Juízo da Provedoria da Vila de Itu - Referido em 1756, é uma das 
poucas repartições ligadas ao ciclo das "monções", ou seja, da navegação fluvial de São 
Paulo para Mato Grosso. Veja também ARMAZÉM REAL DE ARARITAGUABA 
(FONTE: RIHGB/AHU/SP, 5:194). 
 
 
 
29
 
 
Almoxarifado do Morro de São Paulo - Localizado na Bahia, ao sul do Recôncavo, 
no Município de Cairu, servia como suporte logístico para a fortaleza que protegia a 
região. Sua existência é mencionada entre os anos. Esses armazéns foram integrados 
numa nova repartição: a Intendência da Marinha e Armazéns Reais. (FONTES: 
AMUL, 1:108 - CMBN, 4:29 - DHBN, 54:58; 96:74). 
 
Fonte: http://www.receita.fazenda.gov.br/Memoria/administracao/reparticoes/colonia/almoxarifados.asp 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30
 
Unidade 2 – A importância estratégica e operacional 
 
Olá! 
 
Nesta unidade, trataremos da importância estratégica e operacional do estoque 
nas empresas. Começaremos pela identificação de produtos e materiais. Posteriormente 
trataremos da codificação dos mesmos. 
 
Num segundo momento, abordaremos o processo de recebimento de materiais, 
bem como importantes aspectos da entrada e saída de produtos. Por fim, analisaremos 
pormenorizadamente a estocagem desses itens. 
 
Bom estudo! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31
 
2.1 – Classificação de materiais 
 
De acordo com José Carlos de F. Fernandes, em Administração de Material, 
 “a classificação de materiais surge por necessidade, uma vez que com o aumento 
da industrialização e da introdução da produção em série, foi necessário, para que 
não ocorressem falhas de produção devido à inexistência ou insuficiência de peças 
em estoque” 
(Fernandes, 1981, p.141) 
 
Trata-se de um processo que tem como objetivo agrupar todos os materiais com 
características comuns. Segundo Fernandes (1981, p.141) esta atividade pode ser 
dividida em quatro categorias: 
 
• Identificação; 
 
• Codificação; 
 
• Cadastramento; 
 
• Catalogação. 
 
A classificação de materiais baseia-se na relação de todos os itens que integram 
o estoque. É preciso aplicar algumas técnicas de classificação de materiais, visando 
posicioná-los no local mais apropriado. 
 
O intuito é fazer um levantamento dos materiais estocados e classificá-los de 
acordo com suas especificidades, melhorando, assim, o processo de produção. Abaixo 
temos alguns fatores de suma importância neste ramo de atividade: 
 
• Lista de materiais de estoque: refere-se ao catálogo de materiais 
disponíveis no estoque. Essa lista pode ser feita em papel ou mesmo 
programas de computador, como o Excel; 
 
 
32
 
• Planta baixa do almoxarifado: trata-se do espaço físico do armazém, 
isto é, qual a disposição das prateleiras, o tamanho dos corredores etc. 
 
Descrição da atividade do profissional de almoxarife: 
 
1) primeiro passo: 
 
Primeiramente, é preciso definir o critério a ser utilizado na classificação de 
materiais. É bastante usado o método ABC. Esta técnica de catalogação de materiais é 
baseada no seguinte critério: custo x saída do produto. 
 
Os materiais, segundo esse critério, se classificam em: 
 
• Classe A: os itens armazenados em estoque possuem maior saída; 
 
• Classe B: estes apresentam as mesmas características do grupo A, 
contudo, são de um nível de saída inferior ao exposto acima; 
 
• Classe C: estes produtos, apesar de não terem uma boa saída no 
estoque, podem paralisar a produção caso faltem no estoque. 
 
É importante ressaltar que os itens “A” correspondem, em média, de 10 a 20% 
dos itens do estoque e possuem demanda valorizada correspondente de 60 a 80% do 
total. 
 
Os itens “C”, por sua vez, correspondem, em média, de 80 a 90% dos itens do 
estoque e possuem demanda valorizada correspondente de 10 a 20% do total. Os itens 
“B”, por exclusão, correspondem aos itens intermediários entre “A” e “C”. 
 
Para se fazer uma classificação ABC, deve-se proceder da seguinte maneira: 
 
• Realizar a contagem dos materiais estocados; 
 
 
33
 
• Fazer pesquisa acerca da demanda do produto periodicamente; 
 
• Realizar cotação acerca do preço unitário do produto; 
 
• Checar através do método ABC: custo x saída de cada item armazenado. 
 
Em outro método de classificação, os materiais se dividem em: 
 
• Classe P: refere-se aos produtos que apresentam maior movimentação 
no estoque; 
 
• Classe Q: trata-se dos produtos que têm menos aceitação, logo, menos 
movimentação no estoque; 
 
• Classe R: são os produtos que apresentam baixíssima movimentação em 
estoque, evidenciando sua baixa aceitação no mercado. 
 
Exemplo: um item que possui saída de 60 unidades uma vez por mês será “R”, 
enquanto outro que sai duas unidades por dia será “P”; apesar de saírem no mesmo 
volume, o segundo possui maior número de saídas por mês. 
 
Para fazer uma classificação PQR, deve-se proceder da seguinte maneira: 
 
• Levantar todos os itens do estoque; 
 
• Analisar periodicamente os índices acerca da movimentação de 
materiais em estoque; 
 
• Realizar a classificação dos materiais com base nos critérios do método 
PQR. 
 
 
 
34
 
 
2) Segundo passo: 
 
Para que possamos identificar essas características, é necessárioter em conta 
alguns dados sobre os materiais, podendo estes ser retirados de catálogos, de listas de 
peças fornecidas pelos fabricantes, pela simples visualização do material etc. 
 
Ainda de acordo com Fernandes, alguns dos dados a ter em conta para 
identificar os materiais podem ser: 
 
• Medidas/dimensões das peças; 
 
• Voltagem, amperagem etc.; 
 
• Acabamento superficial do material; 
 
• Tipo de material e a aplicação a que se destina; 
 
• Procedimentos e normas técnicas; 
 
• Referências da peça e/ou embalagens; 
 
• Acondicionamento do material; 
 
• Cor do material; 
 
• Identificação dos fabricantes. 
 
Há vários métodos de identificação e classificação de materiais. Dentre eles, 
destacam-se: 
 
 
35
 
• O método descritivo: refere-se à descrição do produto armazenado de 
maneira detalhada. Almeja-se, neste modelo de identificação, mostrar 
todas as características do produto, desde sua dimensão até sua 
validade. Entretanto, devemos evitar a descrição demasiada, isto é, não 
se deve colocar informações irrelevantes acerca do produto. A 
informação em demasia acaba por tornar o processo de identificação 
mais difícil e demorado; 
 
• O método referencial: trata-se do método de identificação que se baseia 
na atribuição de informações em forma de descrição ou nomenclatura, 
apoiada na referência do fabricante. Este método aperfeiçoa e facilita a 
localização de itens. 
 
A codificação desses materiais também é uma etapa importante no processo de 
armazenamento. Trata-se da segunda ação no processo de classificação de materiais, 
tendo, como intuito, oferecer maior controle sobre o estoque, uma vez que identifica 
cada produto através de códigos ou letras. 
 
O código do produto é chamado nome de peça e identifica o item, trazendo todas 
as informações adicionais acerca dos mesmos. 
 
A utilização desse sistema auxilia o controle de estoque, uma vez que facilita os 
procedimentos de catalogação dentro de uma organização. Na verdade, o código serve 
ao produto como um documento de identidade, onde constam todas as suas 
características e especificidades. 
 
Segundo Fernandes, “o código tornou-se tão mais necessário quanto maior for o 
universo da empresa e dos materiais” (Fernandes, 1981, p.148). Existem três tipos 
distintos de codificação usados na classificação de material. São eles: 
 
• Sistema Alfabético: trata-se de um sistema que utiliza as letras na 
classificação dos itens em estoque. Neste método, associam-se as letras 
às características dos materiais; 
 
36
 
 
 
 
• Sistema Alfanumérico: de acordo com Fernandes (1981), trata-se de um 
método que, como o próprio nome sugere, usa letras (sistema alfabético) 
e números (sistema numérico) para representar um material; 
 
 
 
 
 
 
 
 
• Sistema numérico: refere-se ao sistema que utiliza os números para 
identificação e classificação de materiais, similar aos códigos de barra. 
Este sistema é bastante utilizado em empresas dos mais variados 
segmentos, já que facilita o processo de classificação de itens. 
 
 
 
37
 
2.2 – Codificação 
 
Conforme visto anteriormente, há uma diversidade de sistemas de classificação 
(alfabéticos, numéricos etc.), havendo um, entretanto, bastante eficiente, permitindo 
melhor visualização dos produtos estocados. 
 
Trata-se de um código de barras que representa a informação de um material 
através da alternância de barras e espaços. A vantagem deste sistema está na 
possibilidade de leitura eletrônica. Isso facilita o controle dos artigos em estoque. 
 
O número do produto (ou do item) serve para identificar um material 
isoladamente. Cada item apresenta um número de barras ou um número de registro. Este 
permite estabelecer a qual parte do estoque pertence o material. 
 
Similarmente ao RG, o número do código de barras fornece todas as 
informações a respeito do produto. Este método facilita na identificação e classificação 
de materiais. 
 
Observe, na imagem, um exemplo de código de barra em que se vê a descrição 
do produto, o lote que pertence e a área onde 
está armazenado o produto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38
 
O processo de classificação de materiais é terminado ao catalogar um item do 
estoque. Como já mencionamos, este processo é de suma importância para o bom 
funcionamento do estoque, já que permite ordenar, de maneira lógica, todas as 
informações referentes aos artigos armazenados. Isso, sem dúvida, facilita a consulta de 
itens em estoque nas mais diversas áreas da empresa. 
 
Um dos aspectos mais importantes na catalogação de material é usar 
simplicidade, além de objetividade e concisão dos dados gerados e permitir um fácil 
acesso e rapidez na pesquisa. Tudo para melhorar os processos internos de uma 
empresa. 
 
Portanto, os objetivos de uma boa catalogação são: 
 
• Conseguir especificar o catálogo de uma forma tal que o usuário 
consiga identificar/requisitar o material que deseja de forma ágil e 
eficiente; 
 
• Evitar que itens sejam cadastrados sob um mesmo numero de inscrição; 
 
• Oferecer maior controle acerca dos dados de identificação e 
especificidades dos materiais estocados, através de formulários e 
inventários. 
 
2.3 – Recebimento 
 
O recebimento é talvez o processo mais importante do estoque, já que é o 
momento em que os colaboradores do armazém recebem dos fornecedores os materiais 
comprados pela empresa. 
 
Neste momento, é necessário realizar a contagem e recontagem, efetuando uma 
sucinta conferência dos itens adquiridos. Estes materiais, geralmente, são entregues pelo 
fornecedor, que fica responsável pela sua integridade até a chegada no estoque. 
 
39
 
Naturalmente, o local de entrega já deve constar no contrato, ou mesmo na nota 
fiscal do produto. 
 
Somente quando o material estiver entregue é que a responsabilidade pela 
guarda é transferida à empresa recebedora. 
 
O recebimento pode ser classificado de duas maneiras distintas: 
 
• Recebimento provisório: refere-se ao material adquirido que pode ou 
não ser aceito no momento do recebimento. Geralmente, realizam-se 
procedimentos de conferência para a aceitação ou não do material; 
 
• Recebimento definitivo: é o recebimento que está de acordo com a 
descrição contida na documentação fiscal. Ou seja, é através da 
documentação que este material é conferido e recebido, seguindo as 
especificações de contrato. 
 
Um questionamento recorrente, neste sentido, é acerca da importância em 
realizar os procedimentos de recebimento de materiais. Seu objetivo principal é 
assegurar que os itens adquiridos estejam íntegros e em conformidade com o 
estabelecido na documentação fiscal do produto. Este processo, além de estreitar a 
relação profissional entre fornecedor e comprador, evita desperdícios e trabalhos 
dobrados. De um modo geral, evita a ineficiência e gastos operacionais em um estoque 
de armazenamento. 
 
 Conferência de materiais no ato do recebimento 
 
O processo de recebimento de materiais não trata apenas de descarregar e 
armazenar produtos. As atividades de recebimento vão além disso, uma vez que 
envolvem desde o recebimento do material até o processo de estocagem do mesmo. 
 
 
40
 
É de suma importância que, antes de receber o material, se realize uma 
minuciosa conferência dos artigos. Isso evitará erros e equívocos no recebimento do 
material, consequentemente reduzindo custos operacionais de troca. 
 
Quando o material a ser recebido exceder o valor de 80 mil reais, a conferência 
não é feita pelo setor de almoxarifado, mas sim por uma comissão composta por três 
membros da gerência, segundo determinação da Lei Federal Nº 8.666,datada de 21 de 
Junho de 1993. 
 
Em casos assim, o material recebido deverá ser estocado provisoriamente, para 
que somente depois a comissão designada realize a contagem dos itens adquiridos, 
conforme as especificações de contrato. 
 
Após a comissão ter realizado a conferência dos artigos, bem como sua 
aceitação, o almoxarifado entra em ação, dando entrada nos materiais recebidos e 
fazendo a catalogação dos itens. 
 
A conferência dos itens adquiridos deve adotar o seguinte procedimento: 
 
Fases Descrição 
Primeira fase Verificação das condições de recebimento do material; 
Segunda fase Identificação do material; 
Terceira fase Guarda na localização adotada; 
Quarta fase Informação da localização física de guarda ao controle; 
Quinta fase Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento; 
Sexta fase Separação para distribuição. 
 
O processo de conferência ocorre da seguinte forma: 
 
 
41
 
• Conferência visual: exame superficial, cujo objetivo é identificar 
avarias, bem como realizar observações referentes à integridade física 
do item adquirido; 
 
• Conferência quantitativa: consiste na verificação da quantidade 
estabelecida em nota fiscal ou documento similar. Esta conferência pode 
ser realizada: 
 
1. Pelo volume total do material adquirido: Aqui, são 
contabilizados todos os itens, podendo este procedimento ser 
realizado de duas formas: 
 
(i) O funcionário realiza a contagem de acordo com o estabelecido 
em nota fiscal. O objetivo é apurar possíveis equívocos, quanto à 
quantidade de itens, no ato da entrega; 
 
(ii) O colaborador realiza primeiro a contagem dos artigos 
adquiridos, comparando, posteriormente, às informações 
contidas na nota fiscal. Essa técnica é também conhecida como 
contagem cega. 
 
2. Por amostragem dos itens: Neste método, a quantia declarada 
em nota é verificada por meio de um percentual de cada item, 
que, por sua vez, será objeto de análise na constatação de erros e 
desvios. 
 
• Conferência qualitativa: refere-se à análise de qualidade dos produtos 
adquiridos. Isso ocorre com a comparação das informações da nota e do 
contrato com o fornecedor. 
 
Estes procedimentos têm como objetivo garantir o recebimento dos artigos de 
maneira correta, levando em consideração aspectos como: 
 
 
42
 
• Características dimensionais do item; 
 
• Características específicas do item; 
 
• Restrições acerca do item. 
 
Posteriormente à conferência dos artigos recebidos, o almoxarife poderá recusar 
totalmente a carga, desde que encontre irregularidades quanto ao que foi acordado em 
contrato. 
 
O recebimento pode ser parcial. Isso dependerá, naturalmente, das condições em 
que se encontram os itens adquiridos, isto é, se a integridade física do material foi 
resguardada. 
 
A recusa total da carga se dá pelas razões descritas abaixo. Observe: 
 
• Nota fiscal não confere com quantidade de produtos recebidos; 
 
• Falta de documentação fiscal; 
 
• A especificação do item é diferente da constante na nota de recebimento. 
 
É importante ressaltar que, caso haja um desvio na quantidade de itens superior a 
3% quando comparada com a amostra analisada, deve ocorrer a recusa total da carga a 
ser recebida. Quando isso ocorre, há a possibilidade de reagendamento da entrega dos 
materiais. 
 
Por outro lado, o recebimento total dos itens corresponde à entrega correta dos 
artigos especificados em nota fiscal ou documento similar. Devemos nos atentar a 
aspectos como: 
 
• Requisitos de documentação; 
 
43
 
 
• Quantidade de itens; 
 
• Qualidade dos itens. 
 
Já o recebimento parcial de mercadorias refere-se à aceitação da parte correta 
dos itens. Quando isso ocorre, é preciso descrever, na nota ou documento fiscal, os itens 
recebidos, e reagendar nova entrega dos que faltam. 
 
É importante ressaltar que a nota fiscal só deverá ser entregue quando a parte da 
carga que falta também o for corretamente. Para essa nova entrega, deverá ser realizado 
novo agendamento e novo procedimento de recebimento. 
 
 
Check-list de recebimento e conferência de materiais 
 
O check-list é um documento que lista os itens mínimos a serem verificados 
durante a execução de uma tarefa, sendo necessário observar determinados critérios 
previamente definidos e registrar eventuais problemas. 
 
Tratando-se do recebimento, esse documento auxilia na conferência visual, 
qualitativa e quantitativa dos materiais recebidos no almoxarifado. 
 
Recomenda-se a utilização de um modelo padrão de check-list de recebimento e 
conferência de materiais. 
 
O recebimento é o ato pelo qual a equipe do almoxarifado ou uma comissão 
designada recebe do fornecedor os materiais adquiridos pelo órgão/entidade, efetuando 
as conferências necessárias para dar o aceite dos produtos. 
 
 
 
 
44
 
Esses materiais devem ser entregues pelo fornecedor em local previamente 
determinado no contrato e conforme agendamento realizado junto ao almoxarifado. 
 
É no recebimento que a responsabilidade pela guarda e conservação do material 
é transferida do fornecedor ao órgão/entidade recebedor. 
 
Fonte: www.planejamento.mg.gov.br 
 
2.4 – Entrada de materiais 
 
É preciso ter ciência de que há inúmeros fatores determinantes nas atividades de 
recebimento de mercadorias ocorridas antes da contagem física e preparação do 
armazenamento. 
 
Observe quais são eles: 
 
 
– Tipo de atividade 
 
Podemos considerar três tipos de atividades que implicam diferentes documentos e 
procedimentos de entradas de mercadorias: indústria, distribuidora e armazém geral. Numa 
indústria, há três documentos de entrada a serem considerados: ordem de produção, que 
documenta transferência da mercadoria de área produtiva para o armazém; a nota fiscal de 
devolução de cliente e a nota fiscal de entrada por cancelamento de venda. 
 
Num armazém geral, as entradas de mercadorias são baseadas na nota fiscal de 
transferência do depositante, na nota fiscal de fornecedor de depositante e na nota fiscal de 
entrada do armazém. 
 
Como se nota, do ponto de estrutura de dados, há apenas dois documentos distintos a 
serem tratados: nota fiscal e ordem de produção. Todavia, os procedimentos dependem 
diretamente da operação de cada nota fiscal. 
 
45
 
 
– Interfaces com Depositante 
 
As Interfaces com o depositante específicas para o recebimento visam reduzir o esforço 
de digitação comunicando alta precisão às informações. 
 
As principais interfaces para o recebimento são SKU (Stock Keeping Unit; em 
português, “Unidade de Manutenção de Estoque”; é definido como um identificador único de 
um produto e é utilizado para manutenção de estoque) e o Pedido de Compra e as Notas 
Fiscais. 
 
No caso de recebimento de notas fiscais de fornecedores de depositante de um 
armazém geral, é muito raro que haja interface. É altamente recomendável importar os SKU do 
depositante. 
 
Em geral, há necessidade de complementar os dados importados com atributos 
necessários às regras a serem obedecidas nas atividades de recebimento, armazenamento e 
picking. 
 
Conhecer os pedidos de compra tem dupla finalidade: 
 
– permitir o agendamento de recebimentos; 
 
– balizar as notas fiscais a serem recebidas. 
 
De um modo geral, tais operações não são fáceis de serem implementadas devido à 
instabilidade das informações dos pedidos de compra, da indisciplina comercial e pelas regras 
de aceitação das notas fiscais serem dependentes de cada depositante. 
 
A interface de notas fiscais é indispensável, pois elimina um dos gargalos do 
recebimento que é a digitação da nota fiscal e permitea realização de validações preliminares. 
 
 
 
 
 
46
 
– Entrega da transportadora 
 
Há dois tipos de entrega por parte das transportadoras: toda a carga do veículo destina-
se ao depósito (entrega única) ou, somente parte da carga destina-se ao depósito (carga 
fracionada). 
 
Do ponto de vista do recebimento, a diferença entre elas é que, no segundo caso, o 
veículo deve ser liberado antes do fim do recebimento para efetuar as demais entregas. Este 
fato impede a devolução de material avariado no ato do recebimento, prática comum em 
grandes centros de distribuição. 
 
– Unidade de transporte 
 
As mercadorias podem ser entregues ao depósito em paletes ou em carga solta. Quando 
paletizadas, o processo de recebimento é menos trabalhoso pela facilidade de movimentação e 
contagem da carga. 
 
Quando tratar-se de carga solta, há a necessidade de que todas as unidades de cada 
SKU sejam previamente agrupadas para a contagem e preparação para o armazenamento. Isto 
implica maior área de trabalho e maior empenho na contagem. 
 
– Agendamento 
 
Agendar implica reservar capacidade real de recebimento. A capacidade instalada de 
recebimento é determinada pelo número de docas, pelo tempo médio de descarga e pela 
capacidade de armazenagem. 
 
A capacidade disponível reduz a capacidade instalada devido ao número de equipe de 
recebimento, os turnos de funcionamento por dia da semana e as posições de estoque ocupadas. 
 
O tempo padrão de descarga, em termos mais simples, é função da diversidade de 
SKU, unificação de transporte e quantidade das cargas entregues. Quanto maior a diversidade e 
menor a quantidade de cada de SKU, maior o tempo de descarga. 
 
Com tais parâmetros registrados, cada pedido de compra reserva a capacidade 
 
47
 
disponível na data de recebimento prevista, sinalizando alertas em casos de sobrecargas que 
implicam horas extras. 
 
O refinamento da hora da descarga prevista pode ser obtido de modo passivo, por 
iniciativa das transportadoras ou de modo ativo, por iniciativa do operador logístico. 
 
De modo geral, o agendamento deve ser feito quando da geração do pedido de compra 
a partir da consulta à disponibilidade de recebimento obtida pelo processamento dos pedidos 
anteriores e da capacidade real. 
 
– Priorização do recebimento 
 
Para priorizar os recebimentos, há necessidade de ter ciência das mercadorias contidas 
nos dos veículos que transportam os materiais a serem recebidos, bem como os pedidos de 
saída. 
 
Este tipo de procedimento tem por objetivo acelerar o atendimento de pedidos, 
principalmente tratando-se de mercadorias orientadas para processos “cross docking”, ou seja, 
um processo de distribuição onde a mercadoria recebida é redirecionada sem uma 
armazenagem prévia. 
 
Porém pode aumentar o tempo de permanência de veículos no pátio pela desobediência 
à ordem de chegada dos veículos. Não é raro que as transportadoras cobrem adicionais por esta 
espera e recorram à imprensa provocando desgaste de imagem do depositante. 
 
Fonte: http://www.uniconsult.com.br/blog/uss_artigo_recebimento11.pdf 
 
Melhores práticas para armazenagem e recebimento de materiais 
 
Quando consideramos que o armazém recebe, conta, e inspeciona, em média, 
milhares de itens de diferentes formas e tamanhos, vindo de centenas de fornecedores 
cuja colheita, embalagem, transporte e práticas são todos diferentes, não é de se 
estranhar que a recepção, ou recebimento desses produtos, pode ser um dos mais 
complicados processos de armazenagem de materiais. 
 
48
 
Erros na recepção, ao contrário da maioria de outros erros no setor de estoque, 
têm um efeito cascata. Se a empresa não conta com um processo de recebimento bem 
eficiente, certamente correrá riscos que podem interferir em todo o sistema de produção. 
 
O sucesso ou o fracasso em receber materiais determina o quanto de receita será 
gasto com erros de procedimento. Todos os que trabalham na equipe de distribuição 
devem entender que o sucesso de saída e eficiência depende do sucesso de eficiência de 
entrada dos materiais. 
 
Idealmente, a melhor prática, tratando-se de entrada de materiais em estoque, é 
mover os itens para o seu local de armazenamento com poucos movimentos, exames de 
código de barras etc. 
 
A eficiência no processo de recebimento de materiais é fundamental, pois, 
quando você move mais rápido o produto com menos funcionários, a produtividade e a 
margem de lucro são maiores. 
 
Este processo se inicia logo na fase de identificação e classificação de materiais. 
Certifique-se de que as etiquetas podem ser lidas pelo dispositivo de captura de dados, a 
exemplo dos códigos de barra, como também compreendida pelos colaboradores. 
 
As informações que devem conter as etiquetas ou código de barras dependem do 
sistema de identificação e classificação de materiais da empresa. Todavia, podem-se 
incluir os seguintes dados nos rótulos dos materiais: 
 
• Remetente/fornecedor (nome da empresa e número telefônico); 
 
• Número da ordem de compra; 
 
• Etiquetas de paletes e de quantidade; 
 
• Rótulos de caso e quantidade; 
 
 
49
 
• Número do produto e descrição; 
 
• Contagem de pacote; 
 
• Etiquetas/unidade ou marcas (cada item no caso deve ter um ID único de 
produto). 
 
Para diminuir a possibilidade de erros no processo de armazenagem, 
sugere-se: 
 
• Marcar todos os locais de armazenamento; 
 
• Substituir as etiquetas danificadas; 
 
• Certificar-se de que as etiquetas são legíveis, entre outros. 
 
Naturalmente, as ideias acima são de grande valia. Contudo, boas ideias não 
significam nada se você não implementá-las. Claro, é preciso tempo, esforço, disciplina 
e comunicação de duas vias para se desenvolver - e aperfeiçoar - um sistema com seus 
colaboradores. 
 
Uma boa dica é seguir um padrão de conformidade, ou seja, especificar para o 
fornecedor como você deseja receber o produto: se em paletes ou em caixas, por 
exemplo. 
 
Verifique se o Sistema de Gestão de Armazéns pode acomodar várias unidades 
de medida de cada produto. 
 
Também é necessário criar, aprovar, publicar e fazer cumprir procedimentos de 
conformidade interna em uma organização. 
 
Outra dica é solicitar que os fornecedores rotulem a embalagem exterior com o 
número do pedido, produto ou outras informações relevantes, contagem de caixa, e 
 
50
 
código de barras. Em grandes empresas, os fornecedores adicionam etiquetas de 
informação nos paletes. 
 
O recebimento, em armazéns modernos, traz algumas dificuldades em relação 
aos aparatos tecnológicos. Contudo, apresentam significativas melhoras no processo, 
uma vez que a tecnologia permite: 
 
• Receber várias ordens de compra simultaneamente; 
 
• Atribuir inventário para reposição de materiais; 
 
• Atualizar automaticamente os níveis de inventário após o recebimento; 
 
• Ver detalhes do recibo de recepção única ou todas as receitas de um 
único fornecedor etc. 
 
Quando os embarques chegam, é necessário inspecioná-los imediatamente. 
Além disso, é uma boa ideia ter uma área especial para embarques incorretos, isto é, 
recebimento equivocado de produtos e materiais. 
 
Como podemos observar, o bom funcionamento de um estoque passa, 
obrigatoriamente, pela eficiente identificação, classificação e recebimento de produtos e 
materiais, atentando-se, naturalmente, à sua reposição. 
 
2.5 – Estocagem de materiais 
 
Há diversas formas de armazenar um material. Isso dependerá do tipo de 
armazém que se tem disponível. Vejamos alguns tipos de estoques: 
 
 
 
 
 
51
 
 Armazéns 
 
Trata-se de edificações de alvenaria. Consistenum lugar fechado e coberto, com 
ou sem forro. O piso deste armazém deve ser construído com material resistente para 
suportar o peso dos materiais. 
 
Nestas instalações, não raro, é possível observar estufas, geladeira, entre outros 
equipamentos. A área total é aproveitada como: 
 
• Área de armazenamento: local reservado para o estoque com 
corredores de acesso ao material armazenado; 
 
• Área de serviço: refere-se ao local onde é realizado o atendimento aos 
entregadores e usuários, bem como o recebimento de materiais; 
 
• Área administrativa: é o local onde são realizados os serviços 
administrativos. Nesta área devem constar instalações sanitárias e 
vestuário. 
 
Galpões 
 
Trata-se, também, de edificações cobertas, com piso apropriado para suportar o 
peso das cargas. Estes galpões podem ser utilizados como área de serviços, além de 
armazenamento. 
 
A céu aberto ou pátio 
 
Refere-se a terrenos descobertos, destinados exclusivamente ao armazenamento 
de materiais. Nestes espaços, não há controle das condições ambientais, que interferem 
na integridade física do material estocado. 
 
Estes armazéns geralmente são instalados próximos aos setores de consumo. Um 
fator negativo é a dificuldade na movimentação de materiais. Por isso consideram-se, no 
 
52
 
processo de armazenamento, fatores como o volume e peso do material estocado e o seu 
tamanho. 
 
Distribuição interna das áreas do armazém 
 
Este método de distribuição também é conhecido como “estudo de layout”. É um 
aspecto extremamente importante na organização do almoxarifado. Há algumas áreas 
que merecem um olhar mais atento. Entre elas, destacam-se: 
 
• Área de recepção e expedição; 
 
• Área de estoque dos materiais; 
 
• Área das máquinas e equipamentos; 
 
• Área de serviços e controles. 
 
Neste sentido, podemos dizer que o processo de armazenagem segue uma ordem 
de saída e entrada de materiais. Isso implica no material armazenado há mais tempo ser 
o primeiro a sair. 
 
Esse procedimento evita que produtos armazenados há mais tempo sejam retidos 
no estoque, podendo, inclusive perder a validade, caso sejam esquecidos no armazém de 
materiais. Pode ocorrer também oxidação e deterioração de materiais estocados. 
 
Na medida do possível, é necessário estocar os materiais de acordo com sua 
similaridade. Isso pode ser feito com auxílio da catalogação de materiais. 
 
O agrupamento dos itens em estoque deve levar em consideração as 
características físicas e suas diferentes aplicações. Ao juntar os materiais semelhantes, 
você minimiza a necessidade de movimentação dos itens estocados. 
 
 
 
53
 
– Valor do material 
 
O valor de um material é determinante na forma de armazenamento do mesmo. 
Ou seja, quanto maior for o custo de determinado item, maior será o cuidado no 
processo de armazenamento. 
 
Naturalmente, as regras não são muito diferentes em relação aos demais artigos. 
Entretanto, é preciso destacar que o local de armazenagem deve ser apropriado, de 
maneira que garanta maior segurança aos materiais estocados. 
 
– Carga unitária 
 
Trata-se do material embalado um a um. Esta forma de embalagem facilita o 
transporte e o manuseio do material. O transporte desses itens deve ser feito de maneira 
que reduza a movimentação do produto. 
 
Esse modo de operação consiste na arrumação de pequenos itens em volumes 
dimensionados e classificados. 
 
– Acondicionamento e embalagem 
 
Quando um material é recebido, é comum as embalagens serem abertas para a 
conferência do produto. Contudo, logo após esse procedimento, as embalagens devem 
ser lacradas novamente. 
 
Os materiais a serem desembalados devem corresponder à quantidade exata de 
itens a serem entregues. Este procedimento apresenta os mesmos benefícios apontados 
no critério da carga unitária. 
 
 
 
 
 
 
54
 
– Empilhamento/Armações 
 
Trata-se de prateleiras fabricadas com estruturas de aço ou de madeira em 
unidades que seguem um padrão previamente estabelecido, de acordo com as 
necessidades do armazém e da estocagem. 
 
Ao elaborar a disposição das prateleiras, deve-se levar em consideração a 
dimensão e o layout do armazém. Isso pode evitar gastos desnecessários com adaptação 
do espaço físico. 
 
Em armazéns menores, as prateleiras são fabricadas com madeira, uma vez que 
os itens a serem estocados são constituídos de materiais relativamente leves, de pequeno 
porte, a exemplo dos materiais de limpeza e de escritório. Entretanto, nos últimos anos, 
tem-se observado uma gradual substituição das armações de madeira por estruturas 
metálicas, mesmo nos pequenos almoxarifados. 
 
As prateleiras de aço, ou material similar, trazem consigo algumas vantagens em 
relação às estruturas de madeira. Vejamos quais são: 
 
• São imunes à ação de insetos e roedores; 
 
• Suportam maior peso; 
 
• São mais fáceis de serem montadas ou desmontadas; 
 
• Têm grande durabilidade. 
 
Deste item em especial (Layout) trataremos pormenorizadamente mais adiante. 
Abordaremos a importância da organização do espaço físico do galpão e analisaremos 
como essas ações têm influência no processo de armazenamento de materiais. 
 
 
 
55
 
 
Conhecendo mais 
 
Crossdocking é um termo de origem anglófona que designa um processo 
utilizado na distribuição de produtos com elevados índices de giro e de perecibilidade, 
em que estes não são estocados, apenas cruzam o armazém indo direto aos pontos de 
venda sem passar pelo processo de estocagem. 
 
Na prática, as operações de crossdocking requerem grandes estágios onde os 
materiais são classificados, consolidados e armazenados por pouco tempo ou não 
armazenados. Após esses estágios os produtos estarão prontos para distribuição. 
Crossdocking é usado para diminuir o armazenamento, aumentando o fluxo entre o 
fornecedor e o fabricante. 
 
O Crossdocking pode ser definido como uma operação do sistema de 
distribuição na qual os produtos de um veículo são recebidos, separados, e 
encaminhados para outro veículo. Isso nos dá uma clara visão de que a sincronização 
entre o recebimento e a expedição de mercadorias é essencial para a eficiência, 
podendo ser crítico para a viabilidade do processo. 
 
Uma aplicação muito comum do crossdocking (que literalmente designa 
"atravessamento de docas") é seu uso, principalmente, na execução de entregas em 
centros urbanos, onde a circulação de veículos de grande porte sofre restrições sobre a 
sua dimensão e peso, impedindo-os de efetuar as entregas. 
 
Tais veículos descarregam seus produtos em um armazém, os produtos cruzam 
o armazém através de esteiras, e em seguida carregam outro veículo de menor porte, 
que efetuará as entregas. 
 
Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Crossdocking 
 
 
 
 
56
 
 
Encerramento do Módulo I 
 
Prezado(a) Aluno(a)! 
 
Parabéns, você chegou ao final do primeiro módulo do curso de Almoxarifado 
do Cursos 24 Horas! 
 
Lembre-se que o curso é composto por dois módulos e que para ter acesso ao 
Módulo II é necessário que você realize a avaliação, que se encontra em nosso Portal 
na sua sala de aula. 
 
Sinta-se a vontade para fazer a prova assim que estiver preparado(a). 
 
Desejamos boa sorte e bom estudo!

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