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TST - Orçamento Público - Aula 04

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Noções de Orçamento Público p/ TST 
Analista Judiciário – Área Administrativa 
Teoria e Questões Comentadas da FCC 
Prof. Sérgio Mendes – Aula 04 
 
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AULA 4: Lei 4320/1964 - Créditos Adicionais 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
Apresentação do tema 1 
Introdução 2 
Créditos Suplementares 5 
Créditos Especiais 7 
Créditos Extraordinários 9 
Fontes para a Abertura de Créditos Adicionais 12 
Vedações Constitucionais em Matéria Orçamentária 18 
Mais Questões de Concursos Anteriores 25 
Memento (resumo) 39 
Lista das questões comentadas nesta aula 42 
Gabarito 52 
 
Olá amigos! Como é bom estar aqui! 
 
“Um dia, quando os funcionários chegaram para trabalhar, encontraram na 
portaria um cartaz enorme, no qual estava escrito: „Faleceu ontem a pessoa 
que atrapalhava sua vida na Empresa. Você está convidado para o velório na 
quadra de esportes‟. 
 
No início, todos se entristeceram com a morte de alguém, mas depois de 
algum tempo, ficaram curiosos para saber quem estava atrapalhando sua vida 
e bloqueando seu crescimento na empresa. A agitação na quadra de esportes 
era tão grande, que foi preciso chamar os seguranças para organizar a fila do 
velório. Conforme as pessoas iam se aproximando do caixão, a excitação 
aumentava: 
_ Quem será que estava atrapalhando o meu progresso ? 
_ Ainda bem que esse infeliz morreu ! 
 
Um a um, os funcionários, agitados, se aproximavam do caixão, olhavam pelo 
visor do caixão a fim de reconhecer o defunto, engoliam em seco e saiam de 
cabeça abaixada, sem nada falar uns com os outros. Ficavam no mais absoluto 
silêncio, como se tivessem sido atingidos no fundo da alma e dirigiam-se para 
suas salas. Todos, muito curiosos, mantinham-se na fila até chegar a sua vez 
de verificar quem estava no caixão e que tinha atrapalhado tanto a cada um 
deles. 
A pergunta ecoava na mente de todos: "Quem está nesse caixão"? 
 
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No visor do caixão havia um espelho e cada um via a si mesmo... Só existe 
uma pessoa capaz de limitar seu crescimento: VOCÊ MESMO! Você é a única 
pessoa que pode fazer a revolução de sua vida. Você é a única pessoa que 
pode prejudicar a sua vida. Você é a única pessoa que pode ajudar a si 
mesmo. "SUA VIDA NÃO MUDA QUANDO SEU CHEFE MUDA, QUANDO SUA 
EMPRESA MUDA, QUANDO SEUS PAIS MUDAM, QUANDO SEU(SUA) 
NAMORADO(A) MUDA. SUA VIDA MUDA... QUANDO VOCÊ MUDA! VOCÊ É O 
ÚNICO RESPONSÁVEL POR ELA." 
 
O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus 
próprios pensamentos e seus atos. A maneira como você encara a vida é que 
faz toda diferença. A vida muda, quando você muda". 
(Luiz Fernando Veríssimo) 
 
Com o pensamento de que a aprovação só depende de você, trataremos dos 
Tipos de Créditos Orçamentários. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Por crédito orçamentário inicial ou ordinário entende-se aquele aprovado pela 
lei orçamentária anual, constante dos orçamentos fiscal, da seguridade social e 
de investimento das empresas estatais. O orçamento anual consignará 
importância para atender determinada despesa a fim de executar ações que 
lhe caiba realizar. Tal importância é denominada de dotação orçamentária. 
 
A LOA é organizada na forma de créditos orçamentários, aos quais estão 
consignadas dotações. O crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de 
categorias classificatórias e contas que especificam as ações e operações 
autorizadas pela lei orçamentária, a fim de que sejam executados os 
programas de trabalho do governo, enquanto a dotação é o montante de 
recursos financeiros com que conta o crédito orçamentário. 
Assim, o crédito orçamentário é portador de uma dotação e esta constitui o 
limite de recurso financeiro autorizado. 
 
Já sabemos que o ciclo orçamentário da LOA começa com sua elaboração no 
início do ano anterior a que ela estará em vigor. Por exemplo, a LOA-2012 já 
começa a ser elaborada no início de 2011, com as Unidades Administrativas se 
planejando e enviando suas propostas às Unidades Orçamentárias. A partir daí 
ainda teremos as etapas que se desenvolvem nas próprias UOs, nos Órgãos 
Setoriais e na Secretaria de Orçamento Federal, para a consolidação final no 
âmbito do Poder Executivo e envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual ao 
Poder Legislativo até 31 de agosto. Por isso, para que isso tudo aconteça até 
tal data o processo já começa nas primeiras semanas do ano. 
 
Percebe-se que por melhores preparados e dedicados que sejam as equipes da 
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área de planejamento e orçamento dos órgãos, algumas despesas podem 
apresentar-se insuficientemente dotadas no ano seguinte. Também pode 
ocorrer a necessidade de realização de novas despesas, portanto que nem 
foram computadas na LOA. Ainda, podemos nos ver diante de uma situação 
imprevisível e urgente, como uma calamidade pública, que exige uma atitude 
rápida e objetiva do administrador público. Em outras situações, pode ser 
constatado que algumas despesas não são mais necessárias. A fim de dar 
alguma flexibilidade ao gestor público, principalmente devido a esse lapso 
temporal entre a elaboração e a execução do orçamento anual, os créditos 
orçamentários iniciais podem sofrer alterações qualitativas e quantitativas por 
meio de créditos adicionais. Por crédito adicional, entendem-se as autorizações 
de despesas não computadas ou insuficientemente dotadas na lei 
orçamentária. 
 
Segundo o MTO, as alterações qualitativas e quantitativas do orçamento 
viabilizam a realização anual dos programas mediante a alocação de recursos 
para as ações orçamentárias ou para a criação de novos programas, e são de 
responsabilidade conjunta dos órgãos central e setoriais e das unidades 
orçamentárias (UO). 
 
A necessidade de alteração orçamentária pode ser identificada pela UO ou pelo 
Órgão Setorial. Em qualquer caso, a solicitação de alteração deverá ser 
elaborada de forma a atender as condições dispostas nas Portarias da 
Secretaria de Orçamento Federal que estabelecem procedimentos e prazos 
para solicitação de alterações orçamentárias para o exercício. 
 
As solicitações de alterações orçamentárias que tiverem início na UO deverão 
ser elaboradas em seu momento específico no Sistema Integrado de Planejamento 
e Orçamento - SIOP, que em seguida deve encaminhar a solicitação para o 
respectivo Órgão Setorial. O Órgão Setorial correspondente procederá a uma 
avaliação global da necessidade dos créditos solicitados e das possibilidades de 
oferecer recursos compensatórios. Após a verificação do crédito e aprovação 
da sua consistência, os Órgãos Setoriais deverão encaminhar à SOF as 
solicitações de créditos adicionais de suas unidades. 
 
Ao receber a solicitação de crédito adicional a SOF elabora o pleito de créditos 
e, por meio de uma análise criteriosa da solicitação, decide por atendê-la ou 
não. Os Analistas de Planejamento e Orçamento (APOs) da SOF verificam se a 
solicitação está em conformidade com a metodologia utilizada e se atende aos 
parâmetros legais vigentes, fazem os ajustes necessários e avaliam a 
viabilidade de atendimento da solicitação. Caso seja aprovado o pedido decrédito adicional, serão preparados os atos legais necessários à formalização 
da alteração no orçamento. 
 
Em outras palavras, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem 
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revelar-se insuficientes para a realização dos programas de trabalho, ou pode 
ocorrer a necessidade de realização de despesa inicialmente não autorizada. 
Assim, a LOA poderá ser alterada no decorrer de sua execução por meio de 
créditos adicionais. 
Os créditos adicionais são alterações qualitativas e quantitativas realizadas no 
orçamento. Segundo o art. 40 da Lei 4.320/1964, são créditos adicionais as 
autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente 
dotadas na Lei de Orçamento. 
 
O ato que abrir o credito adicional, que pode ser um decreto, uma medida 
provisória ou uma lei, de acordo com sua classificação, deve indicar a 
importância, a espécie e a classificação da despesa até onde for possível. 
Segundo o art. 46 da Lei 4.320/1964: 
Art. 46. O ato que abrir crédito adicional indicará a importância, a espécie do 
mesmo e a classificação da despesa, até onde for possível. 
 
Os créditos adicionais classificam-se em: 
 Suplementares: são os créditos destinados a reforço de dotação 
orçamentária; 
 Especiais: são os créditos destinados a despesas para as quais não haja 
dotação orçamentária específica; 
 Extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, como em caso de guerra, comoção intestina ou 
calamidade pública. 
 
 
Créditos Adicionais 
 
 
O crédito suplementar incorpora-se ao orçamento, adicionando-se à dotação 
orçamentária que deva reforçar, enquanto os créditos especiais e 
extraordinários conservam sua especificidade, demonstrando-se as despesas 
realizadas à conta destes, separadamente. 
 
Nesse sentido, entende-se que o reforço de um crédito especial ou de um 
crédito extraordinário deve dar-se, respectivamente, pela abertura de créditos 
especiais e extraordinários. Ou seja, não se pode reforçar um crédito especial 
ou extraordinário que se mostrou insuficiente por meio de créditos 
suplementares. 
 
Relembro que, segundo o art. 166 da CF/1988, “os projetos de lei relativos ao 
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plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos 
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso 
Nacional, na forma do regimento comum”. Assim, os projetos dos créditos 
adicionais são apreciados da mesma forma que os projetos do PPA, LDO e LOA. 
 
As LDOs a cada ano determinam que cada projeto de lei e a respectiva lei de 
créditos adicionais deverão restringir-se a uma única espécie de crédito. 
Exemplificando, uma mesma lei não pode versar ao mesmo tempo sobre 
créditos suplementares e especiais. Pode haver a reunião de várias solicitações 
de créditos suplementares em uma lei, outra reunião de créditos especiais em 
outra lei, porém não pode haver uma só lei com créditos suplementares e 
especiais simultaneamente. 
 
No que se refere às emendas parlamentares aos projetos de lei de créditos 
adicionais, são aplicadas as mesmas regras referentes ao Projeto de Lei 
Orçamentária Anual, estudadas no Ciclo Orçamentário. 
 
A SOF procederá à efetivação, no SIOP, dos créditos publicados e transmitirá 
as informações à Secretaria do Tesouro Nacional - STN, para que seja efetuada 
a sua disponibilização no Sistema Integrado de Administração Financeira do 
Governo Federal – SIAFI, por intermédio de notas de dotação para que as 
unidades gestoras possam utilizar os respectivos créditos. 
 
2. CRÉDITOS SUPLEMENTARES 
 
Os créditos suplementares são os destinados a reforço de dotação 
orçamentária. Terão vigência limitada ao exercício em que forem autorizados e 
sua abertura depende da existência de recursos disponíveis e de exposição que 
a justifique. A LOA poderá conter autorização ao Poder Executivo para abertura 
de créditos suplementares até determinada importância ou percentual, sem a 
necessidade de submissão do crédito ao Poder Legislativo. São autorizados 
por Lei (podendo ser a própria LOA ou outra Lei especial), porém são 
abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, para os casos em que haja 
necessidade de outra lei específica, são considerados autorizados e abertos 
com a sanção e publicação da respectiva lei. 
 
O crédito suplementar é a única espécie de crédito que é exceção ao princípio 
orçamentário da exclusividade, o qual determina que a lei orçamentária anual 
não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, 
não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos 
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por 
antecipação de receita, nos termos da lei. 
 
Como exemplo, considere que os valores aprovados na LOA sejam insuficientes 
para a duplicação do número de provas do Exame Nacional de Ensino Médio - 
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ENEM, o qual é realizado pelo Ministério da Educação. Nesse caso, o referido 
ministério poderá solicitar ao Poder Executivo a abertura de créditos 
suplementares para reforçar a dotação orçamentária correspondente. 
 
 CRÉDITOS SUPLEMENTARES 
FINALIDADE Reforço de dotação orçamentária já prevista na LOA. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do crédito. São autorizados por lei 
(podendo ser já na própria LOA ou outra lei específica). 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, para 
os casos em que haja necessidade de outra lei 
específica, são considerados autorizados e abertos com a 
sanção e publicação da respectiva lei. 
INDICAÇÃO DA 
ORIGEM DOS 
RECURSOS 
Obrigatória. 
VIGÊNCIA Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados. 
 
 
1) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 24ª – 2011) O 
reforço de dotação orçamentária que se tornou insuficiente durante a 
execução do orçamento será efetuado por meio de Créditos 
(A) Extraorçamentários. 
(B) Especiais. 
(C) Extraordinários. 
(D) Suplementares. 
(E) Contingenciais. 
 
Os créditos suplementares são os destinados a reforço de dotação 
orçamentária. 
Resposta: Letra D 
 
 
 
 
 
 
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3. CRÉDITOS ESPECIAIS 
 
Os créditos especiais são os destinados a despesas para as quais não haja 
dotação orçamentária específica, devendo ser autorizados por lei. Sua abertura 
também depende da existência de recursos disponíveis e de exposição que a 
justifique. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em 
que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos 
últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites 
dos seus saldos, poderão vigeraté o término do exercício financeiro 
subsequente. Nesse caso, a reabertura do crédito é facultativa, limitada ao 
saldo remanescente e novo ato da administração pública deverá reabri-lo. 
São autorizados por lei especial (não pode ser na LOA), porém são 
abertos por decreto do Poder Executivo. Na União, são considerados 
autorizados e abertos com a sanção e publicação da respectiva lei. 
 
Como exemplo, suponha que o Ministério da Educação planeje criar uma nova 
ação visando fomentar a Educação Profissional, a qual não estava prevista na 
LOA. Nessa situação, a abertura de crédito especial poderá suprir a dotação 
orçamentária do montante necessário. 
 
 CRÉDITOS ESPECIAIS 
FINALIDADE 
Destinados a despesas para as quais não haja dotação 
orçamentária específica. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
É anterior à abertura do crédito. São autorizados por Lei 
específica (não pode ser na LOA). 
ABERTURA 
Abertos por decreto do Poder Executivo. Na União são 
considerados autorizados e abertos com a sanção e 
publicação da respectiva lei. 
INDICAÇÃO 
DA ORIGEM 
DOS 
RECURSOS 
Obrigatória. 
VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, 
salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos 
nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do 
exercício financeiro subsequente. 
 
Segundo o art. 168 da nossa Constituição, os recursos correspondentes às 
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dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e 
especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do 
Ministério Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues, em 
duodécimos, até o dia 20 de cada mês. O artigo ainda ressalta que será na 
forma da Lei Complementar, que ainda não foi editada. 
 
2) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRE/TO – 2011) É um 
crédito adicional cuja finalidade é financiar despesa para a qual não 
haja dotação orçamentária específica: 
(A) Crédito especial. 
(B) Crédito extraordinário. 
(C) Crédito complementar. 
(D) Crédito suplementar. 
(E) Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício 
anterior. 
 
Os créditos especiais são os destinados a despesas para as quais não haja 
dotação orçamentária específica. 
Resposta: Letra A 
 
3) (FCC - Analista Judiciário – Ciências Contábeis – TJ/PA – 2009) No 
mês de março, o secretário de planejamento do Estado “A” certificou-
se da necessidade de alterar o orçamento para a inclusão de despesas 
com reforma de rodovias estaduais que não haviam sido previstas, 
mas que naquele momento seria possível realizá-las, haja vista a 
existência de superávit financeiro do exercício anterior. Neste caso, os 
créditos abertos poderão vigorar 
(A) até o final do exercício seguinte desde que reabertos pelo seu 
saldo. 
(B) até o mês de março do exercício seguinte. 
(C) durante o prazo estipulado pela lei que autorizou sua abertura. 
(D) durante a vigência do plano plurianual. 
(E) até o final do exercício em que foram abertos. 
 
Os créditos especiais são os destinados a despesas para as quais não haja 
dotação orçamentária específica, como no caso em tela. 
Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício em que forem 
autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos 
seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. 
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Como o crédito seria aberto em março, não se enquadra na exceção dos 
últimos quatro meses do exercício. Assim, poderão vigorar até o final do 
exercício em que forem abertos. 
Resposta: Letra E 
 
4. CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS 
 
Os créditos extraordinários são os destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, tais como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública, conforme rol exemplificativo apresentado pelo art. 167 da CF/1988. 
Os créditos extraordinários podem reforçar dotações orçamentárias (como os 
suplementares) ou criar novas dotações (como os especiais), pois o que os 
define é a imprevisibilidade e urgência. Serão abertos por Medida 
Provisória, no caso federal e de entes que possuem tal instrumento, e 
por decreto do Poder Executivo para os demais entes, dando imediato 
conhecimento deles ao Poder Legislativo. Os créditos extraordinários não 
poderão ter vigência além do exercício em que forem autorizados, salvo se o 
ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, 
casos em que, reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o 
término do exercício financeiro subsequente. Nesse caso, a reabertura do 
crédito é facultativa, limitada ao saldo remanescente e novo ato da 
administração pública deve reabri-lo. 
 
Todas as espécies de créditos seguem o princípio da quantificação dos créditos 
orçamentários, o qual determina que todo crédito na LOA seja autorizado com 
uma respectiva dotação, limitada, ou seja, cada crédito deve ser acompanhado 
de um valor determinado. Mesmo o crédito extraordinário, que decorre de uma 
situação urgente e imprevisível, deve possuir uma dotação limitada, não 
admitindo valores indeterminados. Caso se constate que o valor foi 
insuficiente, um novo crédito extraordinário deve ser aberto. 
 
Como exemplo, considere que em razão de enchentes foi decretada situação 
de calamidade pública de determinada região de nosso país. O crédito 
extraordinário poderá ser usado para a reconstrução de cidades atingidas por 
tais eventos da natureza. 
 
 
 
 
 
 
 
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 CRÉDITOS EXTRAORDINÁRIOS 
FINALIDADE Destinados a despesas urgentes e imprevisíveis. 
AUTORIZAÇÃO 
LEGISLATIVA 
Independe de autorização legislativa prévia. Após a sua 
abertura deve ser dado imediato conhecimento ao Poder 
Legislativo. 
ABERTURA 
Abertos por Medida Provisória, no caso federal e de entes que 
possuem previsão deste instrumento; e por decreto do Poder 
Executivo, para os demais entes que não possuem medida 
provisória. 
INDICAÇÃO DA 
ORIGEM DOS 
RECURSOS 
Facultativa. 
VIGÊNCIA 
Vigência limitada ao exercício em que forem autorizados, salvo 
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro 
meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites 
dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício 
financeiro subsequente. 
 
 
Exceções ao princípio 
orçamentário da 
anualidade 
Vimos que os créditos adicionais especiais e 
extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do 
exercício podem ser reabertos no exercício seguinte pelos 
seus saldos, se necessário, e, neste caso, viger até o 
término desse exercício financeiro. 
Por esse motivo, alguns autores consideram que se trata 
de exceções ao princípio orçamentário da anualidade. 
 
Vale ressaltar a jurisprudência do Supremo TribunalFederal sobre o tema: 
I) Segundo o STF, a lei de conversão não convalida os vícios existentes 
na medida provisória. Isso significa que uma Medida Provisória que nasceu 
com um vício insanável, não se torna válida com a aprovação pelo Poder 
Legislativo e a consequente conversão em Lei. 
II) Ainda, consoante a Corte Suprema, compete ao STF verificar a 
imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o fim de 
julgar a possibilidade ou não de ele constar como crédito 
extraordinário em medida provisória, dado que essa espécie normativa 
não pode veicular nenhum outro tipo de crédito orçamentário. Além dos 
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requisitos de relevância e urgência, a Constituição exige que a abertura do 
crédito extraordinário seja feita apenas para atender a despesas imprevisíveis 
e urgentes. Ao contrário do que ocorre em relação aos requisitos de relevância 
e urgência, que se submetem a uma ampla margem de discricionariedade por 
parte do Presidente da República, os requisitos de imprevisibilidade e urgência 
recebem densificação normativa da Constituição. Os conteúdos semânticos das 
expressões “guerra”, “comoção interna” e “calamidade pública” constituem 
vetores para a interpretação/aplicação do art. 167, § 3º, c/c o art. 62, § 
1º, I, d, da Constituição. “Guerra”, “comoção interna” e “calamidade pública” 
são conceitos que representam realidades ou situações fáticas de extrema 
gravidade e de consequências imprevisíveis para a ordem pública e a paz 
social, e que dessa forma requerem, com a devida urgência, a adoção de 
medidas singulares e extraordinárias. Despesas correntes que não estejam 
qualificadas pela imprevisibilidade ou pela urgência, não justificam a abertura 
de créditos, sob pena de um patente desvirtuamento dos parâmetros 
constitucionais que permitem a edição de medidas provisórias para a abertura 
de créditos extraordinários. 
 
 
4) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) Para 
cobertura de despesas urgentes e imprevistas decorrentes de guerra 
deverão ser abertos créditos 
(A) adicionais extraordinários. 
(B) orçamentários ordinários. 
(C) adicionais extra-orçamentários. 
(D) compulsórios. 
(E) especiais. 
 
Os créditos adicionais extraordinários são os destinados a despesas 
urgentes e imprevisíveis, tais como em caso de guerra, comoção interna ou 
calamidade pública, conforme rol exemplificativo apresentado pelo art. 167 da 
CF/1988. 
Resposta: Letra A 
 
5) (FCC – Procurador de Contas – TCE/AP – 2010) Os créditos 
adicionais, nas modalidades especial e extraordinário, poderão ter 
vigência no exercício financeiro seguinte ao de sua abertura na 
hipótese do ato de autorização ter sido promulgado 
(A) no último exercício financeiro do mandato do Chefe do Executivo. 
(B) nos últimos quatro meses do exercício em que foi autorizado. 
(C) a partir de agosto do exercício em que foi autorizado. 
(D) apenas a partir de dezembro do exercício em que foi autorizado. 
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(E) a qualquer época do exercício em que foram abertos, quando não 
forem totalmente empregados. 
 
Os créditos especiais e extraordinários não poderão ter vigência além do 
exercício em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, 
reabertos nos limites dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício 
financeiro subsequente. 
Resposta: Letra B 
 
6) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRE/RN – 2011) Os 
créditos adicionais são autorizações de despesas não computadas ou 
insuficientemente dotadas na lei de orçamento. Em relação aos 
créditos extraordinários, a abertura somente será admitida para 
atender a despesas 
(A) insuficientemente dotadas na lei de orçamento, com vigência no 
exercício em que forem autorizados. 
(B) imprevisíveis e urgentes, com vigência até o término do exercício 
seguinte independentemente do mês de autorização. 
(C) imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção 
interna ou calamidade pública. 
(D) para as quais não haja dotação orçamentária específica, com 
vigência até o término do exercício seguinte. 
(E) para as quais não haja dotação orçamentária específica, com 
vigência no exercício em que forem autorizados. 
 
Os créditos extraordinários são os destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, tais como em caso de guerra, comoção interna ou calamidade 
pública, conforme rol exemplificativo apresentado pelo art. 167 da CF/1988. 
Os créditos extraordinários não poderão ter vigência além do exercício em que 
forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 
quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites dos seus 
saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro subsequente. 
Resposta: Letra C 
 
5. FONTES PARA A ABERTURA DE CRÉDITOS ADICIONAIS 
 
Para a abertura dos créditos suplementares e especiais, é necessária a 
existência de recursos disponíveis para ocorrer a despesa. Ela deve, ainda, ser 
precedida de exposição justificada. 
 
Segundo o art. 43 da Lei 4.320/1964, consideram-se recursos para esse fim, 
desde que não comprometidos: 
I – o superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do exercício 
anterior; 
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II – os provenientes de excesso de arrecadação; 
III – os resultantes de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou 
de créditos adicionais, autorizados em Lei; 
IV – o produto de operações de crédito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las. 
 
 
Superávit financeiro 
É um conceito estudado na Contabilidade 
Pública, que corresponde à diferença positiva 
entre o ativo financeiro e o passivo financeiro, 
conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos 
adicionais transferidos e as operações de 
crédito a eles vinculadas. 
 
 
Excesso de arrecadação é o saldo positivo das diferenças acumuladas mês a 
mês entre a arrecadação prevista e a realizada, considerando-se, ainda, a 
tendência do exercício. 
Ressalta-se, ainda, que para o fim de apurar os recursos utilizáveis, 
provenientes de excesso de arrecadação, deduzir-se-á a importância dos 
créditos extraordinários abertos no exercício. 
 
 
7) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 24ª – 2011) 
Considere os seguintes dados do Balanço Patrimonial do Exercício 
Anterior de um ente municipal: Ativo Financeiro R$ 1000,00; Passivo 
Financeiro R$ 800,00; Passivo total do exercício R$ 950,00; Saldo não 
utilizado de Crédito Especial, aberto no mês de agosto do exercício 
anterior R$ 50,00; Ativo Total R$ 1100,00. O valor para abertura de 
crédito especial com base no superávit financeiro apurado em Balanço 
Patrimonial do exercício anterior será de, em R$, 
(A) 100,00. 
(B) 150,00. 
(C) 200,00. 
(D) 300,00. 
(E) 250,00. 
 
O Superávit Financeiro corresponde à diferença positiva entre o ativo 
financeiroe o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos 
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adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas. 
 
Superávit Financeiro = Ativo Financeiro - Passivo Financeiro 
Superávit Financeiro = R$ 1000,00 - R$ 800,00 
Superávit Financeiro = R$ 200,00 
As demais informações da questão são irrelevantes. 
Resposta: Letra C 
 
Temos ainda mais uma fonte de recursos, segundo o § 8.o do art. 166 da 
CF/1988: 
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto 
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser 
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, 
com prévia e específica autorização legislativa. 
 
O Decreto-Lei 200/1967 já definia ainda como fonte de recursos para créditos 
adicionais a reserva de contingência: 
Art. 91. Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual 
poderá conter dotação global não especificamente destinada a determinado 
órgão, unidade orçamentária, programa ou categoria econômica, cujos 
recursos serão utilizados para abertura de créditos adicionais 
 
De acordo com a LRF, a LOA conterá reserva de contingência, cuja forma de 
utilização e montante, definido com base na receita corrente líquida, serão 
estabelecidos na LDO, destinada ao atendimento de passivos contingentes e 
outros riscos e eventos fiscais imprevistos. Poderá ser utilizada para abertura 
de créditos adicionais, desde que definida na lei de diretrizes orçamentárias. 
 
Finalmente, tem-se a Reserva do Regime Próprio de Previdência do Servidor - 
RPPS, a qual também poderá ser utilizada durante o exercício, caso necessário, 
para a abertura de créditos adicionais com o objetivo de atender a 
compromissos desse Regime. Assim, é uma fonte específica para atender 
ao RPPS, que não pode ser utilizada em outras situações. 
 
Dessa forma, temos as fontes para a abertura de créditos adicionais: 
 
 
 
 
 
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Fontes para a abertura 
de créditos adicionais 
Superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do 
exercício anterior. 
Excesso de arrecadação. 
Anulação total ou parcial de dotações. 
Operações de créditos. 
Recursos sem despesas correspondentes. 
Reserva de contingência. 
 
 
 
8) (FCC – Procurador de Contas - TCE/RO – 2010) Se houver veto, 
emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, os recursos 
que ficarem sem despesas correspondentes 
(A) poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos 
especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização 
legislativa. 
(B) poderão ser utilizados na forma de créditos extraordinários, 
bastando que o mesmo se faça mediante medida provisória. 
(C) somente poderão ser utilizados se tiverem previsão na lei de 
diretrizes orçamentárias e se basearão em suas disposições. 
(D) não poderão ser utilizados, devendo ser depositados em conta 
especial do Tesouro Nacional para utilização com base em lei 
orçamentária para o exercício financeiro seguinte. 
(E) não poderão ser utilizados, salvo mediante transposição, 
remanejamento ou transferência de recursos, sempre com base 
naquilo que estiver previsto na lei de diretrizes orçamentárias, o que 
dispensa autorização legislativa específica. 
 
Segundo o § 8.o do art. 166 da CF/1988: 
§ 8.º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto 
de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão 
ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou 
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
Resposta: Letra A 
 
Os créditos adicionais não provocam, necessariamente, um acréscimo do 
valor global do orçamento aprovado, mas podem aumentá-lo. O aumento 
ocorre quando as fontes são excesso de arrecadação, superávit financeiro do 
balanço patrimonial do exercício anterior e operações de créditos autorizadas 
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para esse fim. Quando o crédito advier das fontes anulação total ou parcial de 
dotação, reserva de contingência ou recursos sem despesas correspondentes, 
o montante final de receitas e despesas não será alterado, logo o valor global 
da LOA permanecerá o mesmo. 
 
Algumas observações são importantes no que se refere às fontes para abertura 
de créditos adicionais: 
 O produto das operações de crédito autorizadas, em forma que 
juridicamente possibilite ao poder executivo realizá-las, constitui fonte de 
recursos para fins de abertura de créditos adicionais. No entanto, as 
operações de crédito por antecipação de receita orçamentária são 
receitas extraorçamentárias destinadas a atender insuficiência de caixa e 
não podem ser utilizadas para fins de abertura de créditos adicionais; 
 O superávit financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior é 
fonte de recurso, porém o valor do déficit financeiro não deve ser 
abatido das outras fontes; 
 Apenas o cancelamento de Restos a Pagar não é fonte de recursos. 
Somente poderá ser utilizado como fonte no exercício seguinte ao do 
cancelamento quando de tal anulação resultar superávit financeiro; 
 As despesas contingenciadas não são fontes de recursos. Elas se referem 
às despesas que tiveram limitação de empenho e movimentação 
financeira após ser verificado que, ao final de um bimestre, a realização 
da receita poderá não comportar o cumprimento das metas de resultado 
primário ou nominal estabelecidas no Anexo de Metas Fiscais da LDO. 
Não se confunde com a reserva de contingência, a qual seria uma fonte; 
 A economia de despesa, a qual ocorre quando a despesa executada 
durante o exercício é menor que a despesa fixada na LOA, não é fonte 
de recursos; 
 Não se confunde fonte de recursos para créditos adicionais com fonte de 
recursos para emendas à LOA. Esta última terá como fonte apenas as 
anulações de despesas, excluindo a dotação para pessoal e seus 
encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais 
para Estados, Municípios e Distrito Federal. 
 
Segundo o art. 4.º da LRF, integrará o projeto da LDO o anexo de metas 
fiscais, que conterá as metas anuais, em valores correntes e constantes, 
relativas a receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante 
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. 
Consoante esse dispositivo, as LDOs todos os anos dispõem que as alterações 
promovidas na programação orçamentária têm que se compatibilizar com a 
obtenção da meta de resultado primário estabelecida no Anexo de Metas 
Fiscais. 
 
Usualmente, o crédito adicional é iniciativa do Executivo. No entanto, a cada 
ano, mesmo que com pequenas variações em seu texto, as LDOs prevêem 
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situações em que o crédito adicional poderá ser aberto no âmbito dos Poderes 
Legislativo e Judiciário e do Ministério Público por atos, respectivamente, dos 
Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do Tribunal de 
Contas da União; dos Presidentes do Supremo Tribunal Federal, do Conselho 
Nacional de Justiça, do Conselho da Justiça Federal, do Conselho Superior da 
Justiça do Trabalho, dos Tribunais Superiores e do Tribunal de Justiça do Distrito 
Federal e dos Territórios; e do Procurador-Geral da República e do Presidente do 
Conselho Nacional do Ministério Público. Nesses casos, são ainda maiores as 
restrições: deve ser aberto pelas autoridades citadas, ser do tipo suplementar, 
autorizado na respectiva LOA, com indicação de recursos compensatórios e 
observar as normas da SOF. 
Ainda, para esse caso específico, as LDOs dispõem que as aberturas de 
créditos no âmbito do Poder Judiciário deverão ser enviadas ao Conselho 
Nacional de Justiça e, no âmbito do MPU, ao Conselho Nacional do Ministério 
Público, com exceção do Supremo Tribunal Federal, do Conselho Nacional de 
Justiça, do Ministério Público Federal e do Conselho Nacional do Ministério 
Público. 
 
 
9) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 24ª – 2011) O 
recurso disponível para abertura de créditos suplementares e 
especiais, que NÃO provoca aumento nos valores globais da lei 
orçamentária, é: 
(A) Excesso de Arrecadação. 
(B) Anulação de dotação. 
(C) Superávit Financeiro. 
(D) Operação de crédito autorizada. 
(E) Superávit orçamentário. 
 
O aumento ocorre quando as fontes são excesso de arrecadação, superávit 
financeiro do balanço patrimonial do exercício anterior e operações de créditos 
autorizadas para esse fim. Quando o crédito advier das fontes anulação total 
ou parcial de dotação, reserva de contingência ou recursos sem despesas 
correspondentes, o montante final de receitas e despesas não será alterado, 
logo o valor global da LOA permanecerá o mesmo. 
Resposta: Letra B 
 
 
 
 
 
 
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6. VEDAÇÕES CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA ORÇAMENTÁRIA 
 
O art. 167 da CF/1988 estabelece diversas vedações em matéria orçamentária. 
São artigos que visam proteger a sociedade e direcionam para a gestão 
responsável dos recursos públicos. Evitam que a administração orçamentária 
fique à mercê de interesses exclusivamente de governos. 
Algumas dessas vedações nós já vimos nas primeiras aulas. Vamos consolidá-
las: 
 
Art. 167. São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária 
anual; 
 
Coerente com o princípio da universalidade, tal inciso veda iniciativas de 
despesas que não estejam previstas na LOA. As iniciativas dos gestores 
públicos de natureza orçamentária não podem ficar de fora da LOA. Caso seja 
necessária a realização de uma despesa sem previsão orçamentária, a 
alternativa é recorrer à abertura de créditos adicionais especiais. 
 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
 
Se não são permitidas iniciativas de despesas não previstas na LOA, também 
há limites para aquelas previstas. O teto para a realização de despesas, ainda 
que se trate apenas de assunção de obrigações diretas, está restrito ao valor 
do crédito previsto na LOA ou ao crédito adicional já aprovado. Caso seja 
necessário exceder o teto orçamentário, deve se recorrer à abertura de 
créditos adicionais suplementares. 
 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante 
das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta; 
 
Essa norma, conhecida como “regra de ouro”, objetiva dificultar a 
contratação de empréstimos para financiar gastos correntes, evitando que o 
ente público tome emprestado de terceiros para pagar despesas de pessoal, 
juros ou custeio. 
No que se refere às receitas, não são todas as receitas de capital que entram 
na apuração da regra de ouro, são apenas as operações de crédito. Por outro 
lado, no que tange às despesas, são todas as despesas de capital: “(...) 
realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas 
de capital (...)”. 
 
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IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos a 
que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos para as 
ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e 
desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da 
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos 
arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às 
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, 
§ 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; 
 
É o princípio orçamentário da não vinculação de receitas, o qual dispõe que 
nenhuma receita de impostos poderá ser reservada ou comprometida para 
atender a certos e determinados gastos, salvo as ressalvas constitucionais. Foi 
estudado em “Princípios Orçamentários”. 
 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia 
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 
 
Tal inciso versa exclusivamente sobre os créditos adicionais suplementares e 
especiais. A abertura dessas duas espécies está sujeita a prévia autorização 
legislativa. No caso dos suplementares tal autorização pode constar na própria 
LOA, pois se trata de uma das exceções ao princípio da exclusividade. Também 
nessas duas espécies é obrigatória a indicação da fonte de recursos. Foi 
estudado em “Créditos Adicionais”. 
 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos 
de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para 
outro, sem prévia autorização legislativa; 
 
É o princípio orçamentário da proibição do estorno, o qual determina que o 
administrador público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem 
autorização legislativa. Foi estudado em “Princípios Orçamentários”. 
 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
 
É o princípio orçamentário da quantificação dos créditos orçamentários, o qual 
veda a concessão ou utilização de créditos ilimitados. Foi estudado em 
“Princípios Orçamentários”. 
 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos 
dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade 
ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive dos 
mencionados no art. 165, § 5º; 
 
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É vedada a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir 
déficit de empresas, fundações e fundos, inclusive daqueles que compõem os 
próprios orçamentos fiscal, de investimentosdas estatais e da seguridade 
social. 
 
Só é permitido que recursos públicos oriundos dos orçamentos fiscal e da 
seguridade social sejam utilizados para suprir déficits particulares se houver 
autorização legislativa. A LOA deve ter como finalidade o interesse público. 
 
O orçamento das estatais não se sujeita a tal regra, pois ao serem autorizados 
os investimentos das próprias empresas estatais não dependentes que o 
compõe, seus recursos não poderiam ser repassados a terceiros. 
 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia 
autorização legislativa. 
 
De acordo com o inciso IX, é vedada a instituição de fundos de qualquer 
natureza, sem prévia autorização legislativa. Complementam o tema a Lei 
4.320/1964 e o Decreto 93.872/1986, ao tratarem dos fundos especiais. 
 
Constitui fundo especial o produto de receitas especificadas que por lei se 
vinculam à realização de determinados objetivos ou serviços, facultada a 
adoção de normas peculiares de aplicação. No entanto, essa lei não pode ser a 
LOA ou as leis de créditos adicionais, pois estas não têm o condão de instituir 
fundos, de acordo com o princípio da exclusividade. 
 
Constitui fundo especial de natureza contábil ou financeira a modalidade de 
gestão de parcela de recursos do Tesouro Nacional, vinculados por lei à 
realização de determinados objetivos de política econômica, social ou 
administrativa do Governo: 
 Fundos Especiais de natureza contábil: são os constituídos por 
disponibilidades financeiras evidenciadas em registros contábeis, 
destinados a atender a saques a serem efetuados diretamente contra a 
caixa do Tesouro Nacional. 
 Fundos Especiais de natureza financeira: são os constituídos 
mediante movimentação de recursos de caixa do Tesouro Nacional para 
depósitos em estabelecimentos oficiais de crédito, segundo cronograma 
aprovado, destinados a atender aos saques previstos em programação 
específica. 
 
A aplicação das receitas orçamentárias vinculadas a fundos especiais far-se-á 
através de dotação consignada na Lei de Orçamento ou em créditos adicionais. 
É vedado levar a crédito de qualquer fundo recursos orçamentários que não lhe 
forem especificamente destinados em orçamento ou em crédito adicional. 
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A aplicação de recursos através de fundos especiais constará de programação 
e será especificada em orçamento próprio, aprovado antes do início do 
exercício financeiro a que se referir. Somente poderá ser contemplado na 
programação financeira setorial o fundo especial devidamente cadastrado pela 
Secretaria do Tesouro Nacional, mediante encaminhamento da respectiva 
Secretaria de Controle Interno, ou órgão de atribuições equivalentes. 
 
Salvo expressa disposição de lei em contrário, aplicam-se à execução 
orçamentária de fundo especial as mesmas normas gerais que regem a 
execução orçamentária da União. 
 
Não será permitida a utilização de recursos vinculados a fundo especial para 
despesas que não se identifiquem diretamente com a realização de seus 
objetivos ou serviços determinados. A contabilização dos fundos especiais 
geridos na área da administração direta será feita pelo órgão de contabilidade 
do Sistema de Controle Interno, onde ficarão arquivados os respectivos 
documentos para fins de acompanhamento e fiscalização. Quando a gestão do 
fundo for atribuída a estabelecimento oficial de crédito, a este caberá sua 
contabilização e a remessa dos respectivos balanços acompanhados de 
demonstrações financeiras à Secretaria de Controle Interno, ou órgão de 
atribuições equivalentes, para fins da supervisão ministerial. 
 
O saldo positivo do fundo especial apurado em balanço será transferido para o 
exercício seguinte, a crédito do mesmo fundo, salvo determinação em 
contrário da lei que o instituiu. 
 
É vedada a constituição de fundo especial, ou sua manutenção, com recursos 
originários de dotações orçamentárias da União, em empresas publicas, 
sociedades de economia mista e fundações, salvo quando se tratar de 
estabelecimento oficial de crédito 
 
A lei que instituir fundo especial poderá determinar normas peculiares de 
controle, prestação e tomada de contas, sem de qualquer modo, elidir a 
competência específica do Tribunal de Contas ou órgão equivalente. 
O fundo especial inativo por mais de dois exercícios financeiros será extinto. 
 
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de 
empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos 
Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de 
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios. 
 
Tal dispositivo veda a entrega voluntária de recursos a outro ente da federação 
para o pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista. 
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XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de 
que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas 
do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de 
que trata o art. 201. 
 
Tal inciso veda a realização de despesas distintas do pagamento de benefícios 
do regime geral de previdência social com recursos provenientes das 
contribuições sociais a seguir: do empregador, da empresa e da entidade a ela 
equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais 
rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física 
que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício; e do trabalhador e 
dos demais segurados da previdência social. 
 
A finalidade desse inciso é preservar as contribuições previdenciárias, 
obrigando-as a serem utilizadas apenas para honrar os benefícios. A previdência 
social deverá ser organizada sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o 
equilíbrio financeiro e atuarial. Essa vedação visa exatamente permitir tal 
equilíbrio. 
 
Os parágrafos do art. 167 ainda ressaltam que: 
§ 1º - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, 
ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de 
responsabilidade. 
 
Tal parágrafo exige que os investimentos que ultrapassem o exercício 
financeiro só podem ser iniciados se estiverem previamente incluídos no PPA 
ou, pelo menos, que haja uma lei que autorize a sua inclusão. Em caso de 
descumprimento, sujeita o gestor público a crime de responsabilidade. 
 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no 
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de 
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele 
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão 
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. 
 
Trata-se de disposição constitucional direcionada aos créditos adicionais 
especiais e extraordinários, que autoriza a reabertura dessas espécies no 
exercício seguinte, pelos seus saldos, caso o ato de autorização seja 
promulgado nos últimos quatro meses do exercício. Tal prerrogativa não 
alcança oscréditos adicionais suplementares. Tal parágrafo foi estudado 
também em “Créditos Adicionais”. 
 
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§ 3º - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para 
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de 
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observado o disposto 
no art. 62. 
 
Novamente uma disposição constitucional direcionada aos créditos adicionais, 
só que alcançando apenas os extraordinários. É o conceito de crédito 
extraordinário, estudado também em “Créditos Adicionais”. 
 
§ 4.º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos 
impostos a que se referem os arts. 155 e 156, e dos recursos de que 
tratam os arts. 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a prestação de 
garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para 
com esta 
 
Trata-se de mais uma exceção ao princípio orçamentário da não afetação de 
receitas, direcionada aos entes subnacionais, complementando o inciso IV do 
art. 167. Tal parágrafo dispõe que é permitida a vinculação para a prestação 
de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com 
esta de receitas próprias geradas por diversos impostos previstos na 
Constituição Federal, oriundos das competências estadual e municipal e de 
repartições tributárias que devem ser entregues aos Estados e ao Distrito 
Federal. 
 
 
10) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 1ª – 2011) Dentre 
as vedações orçamentárias, previstas na Constituição Federal de 1988, 
inclui 
(A) a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia 
indicação dos recursos financeiros suficientes ao pagamento das 
despesas empenhadas no exercício. 
(B) a concessão ou utilização de créditos para realização de despesas 
não previstas no Plano Plurianual. 
(C) a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de 
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, 
sem prévia autorização legislativa. 
(D) a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas sem 
disponibilidades financeiras para pagamento dos compromissos 
assumidos. 
(E) o início de programas ou projetos sem a existência de recursos 
financeiros para pagamento das despesas empenhadas no exercício. 
 
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a) Errada. É vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia 
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. 
b) Errada. É vedada a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
c) Correta. É vedada a transposição, o remanejamento ou a transferência de 
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para 
outro, sem prévia autorização legislativa. É o princípio da proibição do estorno. 
d) Errada. É vedada a realização de despesas ou a assunção de obrigações 
diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais. 
e) Errada. É vedado o início de programas ou projetos não incluídos na lei 
orçamentária anual. 
Resposta: Letra C 
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11) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRF 1ª – 2011) 
Consoante a Lei Federal nº 4.320/64, serão autorizados por lei e 
abertos por decreto do Executivo os créditos 
(A) Suplementares e Extraordinários. 
(B) Especiais e Extraordinários. 
(C) Especiais e Extraorçamentários. 
(D) Suplementares e Extraorçamentários. 
(E) Suplementares e Especiais. 
 
Consoante a Lei 4320/1964, que prevê a regra geral, serão autorizados por lei 
e abertos por decreto do Executivo os créditos suplementares e especiais. 
Resposta: Letra E 
 
12) (FCC – Promotor - MPE/CE – 2009) De acordo com as normas 
constitucionais atinentes à matéria orçamentária, inclusive segundo 
compreendidas pela jurisprudência mais recente do Supremo Tribunal 
Federal, 
(A) o Ministério Público exerce iniciativa legislativa direta ao 
Congresso Nacional ou à respectiva Assembléia Legislativa, conforme o 
caso, relativamente ao seu orçamento anual, em razão da autonomia 
financeira a ele assegurada pela Constituição. 
(B) compete ao Supremo Tribunal Federal verificar a imprevisibilidade 
ou não de um crédito orçamentário para o fim de julgar a possibilidade 
ou não de ele constar como crédito extraordinário em medida 
provisória, dado que essa espécie normativa não pode veicular 
nenhum outro tipo de crédito orçamentário. 
(C) os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais são 
apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional em sessões 
bicamerais e separadas. 
(D) o Presidente da República não pode enviar mensagem ao 
Congresso Nacional para propor modificação nos projetos de lei 
relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao 
orçamento anual e aos créditos adicionais, ainda que não tenha sido 
iniciada a votação, em Comissão mista, da parte cuja alteração seria 
pretendida. 
(E) é constitucional a lei estadual que prevê reajuste automático de 
vencimentos dos servidores do Estado membro vinculado ao 
incremento da arrecadação do ICMS e a índice de correção monetária. 
 
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a) Errada. A CF/88 confere ao Ministério Público autonomia funcional e 
administrativa (CF, art. 129, § 2º) e estabelece que ''o Ministério Público 
elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de 
diretrizes orçamentárias''. Isto quer dizer que ao Poder Executivo não é 
facultado, de forma unilateral, fazer cortes na proposta orçamentária do 
Ministério Público, desde que esta haja sido elaborada, tal como ocorre com os 
Tribunais, ''dentro dos limites estipulados conjuntamente com os demais 
Poderes na lei de diretrizes orçamentárias'' (CF, art. 99, § 1º; art. 127, § 3º). 
No entanto, todos os poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário e mais o 
Ministério Público), elaboram suas propostas orçamentárias e 
encaminham para o poder Executivo (para o Ministério do Planejamento, 
no caso da União, e para as Secretarias de Planejamento nos outros entes), o 
qual consubstancia todas as propostas e encaminha um projeto de lei de 
orçamento ao Legislativo. 
b) Correta. Consoante a Corte Suprema, compete ao STF verificar a 
imprevisibilidade ou não de um crédito orçamentário para o fim de julgar a 
possibilidade ou não de ele constar como crédito extraordinário em medida 
provisória, dado que essa espécie normativa não pode veicular nenhum outro 
tipo de crédito orçamentário 
c) Errada. As emendas serão apresentadas na Comissão Mista que emitirá seu 
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas casas 
do Congresso Nacional. Ocorrerá em sessão bicameral e conjunta, enão 
em sessões separadas como afirma a questão. 
d) Errada. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso 
Nacional para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo 
enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja alteração é 
proposta. 
e) Errada. O princípio da não vinculação dispõe que é vedada a vinculação 
de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, com as devidas ressalvas 
da Constituição Federal. Como o ICMS para pagamento de salários não está 
entre as ressalvas, tal vinculação não pode ser prevista em lei estadual. 
Resposta: Letra B 
 
13) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 4ª – 2011) No 
início do exercício financeiro de X1, o município de Brejos Longes foi 
atingido pelas não habituais enchentes que afetaram a região, o que o 
deixou em estado de calamidade pública. Algumas ruas, avenidas e 
pontes ficaram intransitáveis e precisavam ser reconstruídas, mas não 
havia dotações orçamentárias para este fim. Todavia, existiam 
recursos na lei orçamentária anual objeto de rejeição pelo Poder 
Legislativo e que ficaram sem destinação. Neste caso, o gestor 
municipal deveria 
(A) pedir autorização legislativa para abrir créditos especiais e usar 
como fonte de cobertura os recursos que ficaram sem destinação na lei 
orçamentária. 
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(B) usar os recursos que ficaram sem destinação na lei orçamentária e 
depois pedir autorização ao legislativo para abrir créditos 
extraordinários. 
(C) pedir autorização legislativa para abrir créditos suplementares e 
usar o superavit financeiro do exercício corrente ocasionado pelos 
recursos objeto de rejeição. 
(D) abrir créditos extraordinários por decreto do poder executivo e, 
posteriormente, submeter ao poder legislativo, sem a necessidade de 
especificar a fonte de recursos. 
(E) pedir autorização legislativa para abrir créditos extraordinários e 
usar como fonte de cobertura os recursos que ficaram sem destinação 
na lei orçamentária. 
 
Segundo o § 8º do art. 166 da CF/1988, os recursos que, em decorrência de 
veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem 
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante 
créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização 
legislativa. 
Entretanto, o que predomina no caso em tela é a urgência, a situação de 
estado de calamidade pública. O Poder Executivo deve abrir créditos 
extraordinários por decreto (nesse caso não deve haver Medida Provisória no 
Município) e, posteriormente, submeter ao poder legislativo, sem a 
necessidade de especificar a fonte de recursos. 
Resposta: Letra D 
 
14) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) Considerando o 
que dispõe a Constituição da República sobre as normas 
orçamentárias, é correto afirmar que 
(A) é vedada a edição de medida provisória sobre matéria relativa a 
planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e créditos 
adicionais, suplementares e extraordinários. 
(B) é permitida a abertura de crédito extraordinário para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes decorrentes, apenas e tão-somente, 
de guerra, comoção interna ou calamidade pública. 
(C) são vedadas emendas parlamentares ao projeto de lei 
orçamentária anual, ainda que delas não decorra aumento de despesa. 
(D) leis de iniciativa do Poder Executivo e do Poder Legislativo 
estabelecerão o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e os 
orçamentos anuais. 
(E) a legislação sobre planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e 
orçamentos não pode ser objeto de delegação para o fim de elaboração 
de lei delegada. 
 
a) Errada. É permitida a edição de medida provisória para créditos 
extraordinários. 
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b) Errada. É permitida a abertura de crédito extraordinário para atender a 
despesas imprevisíveis e urgentes decorrentes, como em caso guerra, 
comoção interna ou calamidade pública. O rol é exemplificativo. 
c) Errada. São permitidas emendas parlamentares ao projeto de lei 
orçamentária anual desde que indiquem a fonte de recursos por meio de 
anulação de despesas, com as ressalvas constitucionais. 
d) Errada. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão o plano 
plurianual, as diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais. 
e) Correta. Os projetos de leis dos planos plurianuais, diretrizes orçamentárias 
e orçamentos são de iniciativa do Poder Executivo. Não há delegação. 
Resposta: Letra E 
 
15) (FCC – Analista Judiciário – Apoio Especializado – TRF 5° Região – 
2008) Os créditos especiais abertos no mês de julho poderão vigorar 
(A) até o final do exercício seguinte desde que reabertos pelo seu 
saldo. 
(B) até o mês de julho do exercício seguinte. 
(C) durante o prazo estipulado pela lei que autorizou sua abertura. 
(D) até o final do exercício em que foram abertos. 
(E) durante a vigência do plano plurianual. 
 
Segundo o art. 167 da CF/1988: 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício 
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for 
promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, 
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do 
exercício financeiro subseqüente. 
Logo, se o crédito for aberto em julho (portanto, não será nos últimos quatro 
meses) terá vigência até o final do exercício financeiro em que for autorizado. 
Resposta: Letra D 
 
16) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRT 24ª – 2011) De 
acordo com o parágrafo 2° do artigo 167 da Constituição Federal, os 
créditos especiais e extraordinários poderão ser reabertos no limite 
dos seus saldos no exercício subsequente, se, no exercício anterior, o 
ato de autorização for promulgado 
(A) nos 4 (quatro) últimos meses. 
(B) nos 5 (cinco) últimos meses. 
(C) nos 3 (três) últimos meses. 
(D) nos 2 (dois) últimos meses. 
(E) no último mês. 
 
Segundo o art. 167 da CF/1988: 
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício 
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for 
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promulgado nos últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, 
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do 
exercício financeiro subseqüente. 
Resposta: Letra A 
 
17) (FCC – Técnico Judiciário - Contabilidade – TRF 3ª – 2007) Sobre 
créditos adicionais, é correto afirmar que a abertura de 
(A) créditos extraordinários depende de prévia autorização legislativa 
e existência de recursos disponíveis no orçamento corrente. 
(B) créditos especiais efetuados no último quadrimestre pode ser 
prorrogada para o exercício seguinte. 
(C) créditos suplementares tem por objetivo o atendimento de 
despesas não previstas no orçamento corrente. 
(D) qualquer uma de suas modalidades requer a existência de excesso 
de arrecadação no exercício ou de operação de antecipaçãode receita. 
(E) créditos suplementares destina-se ao atendimento de despesas 
urgentes e imprevistas, que exigem a rápida atuação do ente público. 
 
a) Errada. Créditos extraordinários independem de prévia autorização 
legislativa, tampouco de existência de recursos disponíveis no orçamento 
corrente. 
b) Correta. Os créditos especiais não poderão ter vigência além do exercício 
em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos 
últimos quatro meses daquele exercício, casos em que, reabertos nos limites 
dos seus saldos, poderão viger até o término do exercício financeiro 
subsequente. 
c) Errada. Os créditos especiais têm por objetivo o atendimento de despesas 
não previstas no orçamento corrente. 
d) Errada. Há muitos erros. A existência de excesso de arrecadação no 
exercício é apenas uma das fontes de recursos para a abertura de créditos 
adicionais. Ainda, um das espécies de créditos adicionais (os extraordinários) 
independem de existência de recursos disponíveis. Finalmente, as operações 
de antecipação de receita se destinam a insuficiência de caixa e não são fontes 
para a abertura de créditos adicionais. 
e) Errada. Os créditos extraordinários se destinam ao atendimento de 
despesas urgentes e imprevisíveis, que exigem a rápida atuação do ente 
público. 
Resposta: Letra B 
 
18) (FCC – Analista Judiciário - Administrativa – TRF 1ª – 2011) Com 
relação aos créditos adicionais, considere as afirmativas abaixo: 
I. A única fonte de receita para a autorização de créditos adicionais 
são as operações de crédito realizadas no mercado financeiro. 
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II. A autorização de créditos extraordinários, destinados a despesas 
urgentes e imprevisíveis, como guerra ou calamidade pública, depende 
da existência de excesso de arrecadação. 
III. Os créditos suplementares são autorizados por lei e abertos por 
decreto do Executivo; enquanto os extraordinários são abertos por 
decreto do Executivo. 
IV. Créditos adicionais são autorizações de despesas não computadas 
ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento. 
V. Os créditos suplementares são destinados a reforçar a dotação 
orçamentária devido, por exemplo, a acréscimo nas despesas com 
pessoal, acima do previsto, em virtude do aumento dos vencimentos. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em: 
(A) I e IV. 
(B) I, II, III e IV. 
(C) II, III e V. 
(D) III, IV e V. 
(E) II e III. 
 
I) Errado. As operações de crédito realizadas no mercado financeiro são 
apenas uma das fontes de receita para a autorização de créditos adicionais. 
II) Errado. A autorização de créditos extraordinários, destinados a despesas 
urgentes e imprevisíveis, como guerra ou calamidade pública, independe da 
existência de excesso de arrecadação ou de qualquer outra fonte de recursos. 
III) Correto. Como regra geral, os créditos suplementares são autorizados por 
lei e abertos por decreto do Executivo. Os extraordinários são abertos por 
decreto do Executivo, no caso de entes que não possuem medida provisória. 
IV) Correto. É a definição de créditos adicionais: autorizações de despesas não 
computadas ou insuficientemente dotadas na lei de orçamento. 
V) Correto. Os créditos suplementares são destinados a reforçar a dotação 
orçamentária. O acréscimo nas despesas com pessoal, acima do previsto, em 
virtude do aumento dos vencimentos, pode ser dado como exemplo. 
 
Está correto o que se afirma somente em III, IV e V. 
Resposta: Letra D 
 
19) (FCC – Analista Judiciário - Contabilidade – TRE/RN – 2011) Os 
demonstrativos contábeis de determinada Entidade Pública apresentou 
em 31/12/2009 os seguintes grupos de contas e valores, em R$: 
Receitas Orçamentárias .................................................. 400 
Despesas Orçamentárias ................................................ 300 
Ativo Financeiro............................................................... 600 
Ativo Permanente ............................................................ 800 
Passivo Financeiro .......................................................... 500 
Passivo Permanente ....................................................... 800 
Saldo Patrimonial ............................................................ 100 
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Com base nos valores acima e considerando a existência de recursos 
não comprometidos, a Entidade, consoante a Lei Federal nº 4.320/64, 
no exercício de 2010, poderia abrir créditos suplementares e especiais 
até o valor de R$ 100, utilizando-se de recursos disponíveis 
provenientes 
(A) de anulação parcial ou total de dotações orçamentárias ou de 
créditos adicionais autorizados em lei. 
(B) do superávit orçamentário apurado em balanço do exercício 
anterior. 
(C) do excesso de arrecadação. 
(D) do saldo patrimonial apurado em balanço patrimonial do exercício 
anterior. 
(E) do superávit financeiro apurado em balanço patrimonial do 
exercício anterior. 
 
O Superávit Financeiro corresponde à diferença positiva entre o ativo 
financeiro e o passivo financeiro, conjugando-se, ainda, os saldos dos créditos 
adicionais transferidos e as operações de crédito a eles vinculadas. 
 
Superávit Financeiro = Ativo Financeiro - Passivo Financeiro 
Superávit Financeiro = R$ 600,00 - R$ 500,00 
Superávit Financeiro = R$ 100,00 
 
Pelos dados apresentados na questão, não podemos afirmar se há outras 
fontes. 
Resposta: Letra E 
 
20) (FCC – Procurador de Contas – TCE/RR – 2008) Considere as 
seguintes afirmações, referentes aos créditos adicionais: 
I. É vedada a abertura de credito extraordinário sem prévia 
autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes. 
II. A abertura de crédito suplementar somente será admitida para 
atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de 
guerra ou calamidade pública. 
III. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder 
Executivo, que deles dará conhecimento ao Poder Legislativo. 
IV. Os créditos suplementares e especiais serão autorizados por lei e 
abertos por decreto executivo. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em 
(A) I. 
(B) II. 
(C) I e II. 
(D) I e III. 
(E) III e IV. 
 
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I) Errado. A abertura de crédito extraordinário independe de autorização 
legislativa prévia e de indicação de recursos correspondentes. 
II) Errado. A abertura de crédito suplementar tem por finalidade o reforço de 
dotação orçamentária já prevista na LOA. 
III) Correto. Os créditos extraordinários serão abertos por decreto do Poder 
Executivo ou por medida provisória no caso dos entes que têm a previsão 
deste instrumento. A seguir, qualquer que seja o instrumento utilizado, o 
decreto ou a medida provisória, será dado conhecimento imediato ao Poder 
Legislativo. 
IV) Correto. Como regra geral, os créditos suplementares e especiais são 
autorizados por lei e abertos por decreto executivo. No caso dos créditos 
suplementares, esta autorização

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