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Nutricao e Reproducao de Bovinos de Leite

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Curso de Capacitação Continuada - Modulo IV 
Cadeia Produtiva do leite 
Sinop-MT 
 
MÁRIO HENRIQUE FRANÇA MOURTHÉ 
Nutrição x Reprodução de Bovinos de leite 
 
Medico Veterinário 
Produção Animal 
Introdução: 
 
 Bovinocultura de leite 
 - PIB, emprego, importância do produto 
 
 Cadeia produtiva em todo país 
 
Grande variação de sistemas de produção 
 - tamanho, produção, gerenciamento.... 
 
 
Introdução: 
• Produção de Leite 
 
• Aspectos técnicos e econômicos 
 
• Nutrição e fisiologia ruminal 
 
• Sistema em pasto 
 
 
Introdução: 
• Produção de Leite 
 
• Aspectos técnicos e econômicos 
 
• Nutrição e fisiologia ruminal 
 
• Sistema em pasto 
 
 
Introdução: 
• Produção de Leite 
 
• Aspectos técnicos e econômicos 
 
• Nutrição e fisiologia ruminal 
 
• Sistema em pasto 
 
 
Introdução: 
Evolução da produção de leite no Brasil -1990/ 2010 
Fonte: IBGE / Pesquisa da Pecuária Municipal 
Elaboração: R. ZOCCAL - Embrapa Gado de Leite 
2010* Estimativa 
14,5 
30,3 
Introdução: 
 
 
 
 Evolução da Produção de leite no Estado do Mato grosso - 1990/2010 
Fonte: IBGE / Pesquisa da Pecuária Municipal 
Elaboração: R. ZOCCAL - Embrapa Gado de Leite 
2010* Estimativa 
214,0 
700 
Introdução: 
 
 
 
Fonte: IBGE / Pesquisa da Pecuária Municipal 
Elaboração: R. ZOCCAL - Embrapa Gado de Leite 
2010* Estimativa 
Ranking da Produção de Leite por Estado, 2008/2010 
Estado 
Volume de produção (mil litros) 
% total 
2008 2009 2010 * 
Minas Gerais 7.657.305 7.931.115 8.231.295 27,0 
Rio Grande do Sul 3.314.573 3.400.179 3.668.050 12,0 
Paraná 2.827.931 3.339.306 3.644.883 12,0 
Goiás 2.873.541 3.003.182 3.139.378 10,3 
Santa Catarina 2.125.856 2.237.800 2.441.554 8,0 
São Paulo 1.588.943 1.583.882 1.549.438 5,1 
Bahia 952.414 1.182.019 1.308.827 4,3 
Pernambuco 725.786 788.250 861.621 2,8 
Rondônia 723.108 746.873 772.060 2,5 
Mato Grosso 656.558 680.589 707.109 2,3 
Pará 599.538 596.759 574.721 1,9 
Introdução: 
 
• Diferenças regionais: 
 - Cultura, mercado consumidor e de insumos 
 
• Sistema em pasto 
 - maior parte do sistemas de produção 
 - Realidade: baixa produtividade 
 vaca/ano ou ha/ano 
 
 
Introdução: 
 
 
 
Fonte: IBGE / Pesquisa da Pecuária Municipal 
Elaboração: R. ZOCCAL - Embrapa Gado de Leite 
2010* Estimativa 
Produção de leite, vacas ordenhadas e produtividade animal no Brasil – 1980/ 2010* 
 
Ano 
Volume produzido 
(milhões de litro) 
Vacas Ordenhadas 
(cabeças) 
Produtividade 
(litros/vaca/ano) 
1980 11.162 16.513 676 
1985 12.078 17.000 710 
1990 14.484 19.073 759 
1995 16.474 20.579 801 
2000 19.767 17.885 1.105 
2005 24.621 20.820 1.183 
2006 25.398 20.943 1.213 
2007 26.134 21.122 1.237 
2008 27.585 21.599 1.277 
2009 29.105 22.435 1.297 
 2010 30.486 22.997 1.326 
Introdução: 
• Cenário da baixa produtividade: 
 - baixa produção 
 - baixa qualidade do leite 
 - problemas sanitários 
 - problemas reprodutivos 
 - alta quantidade de vaca seca 
 - grandes perdas nas fases de cria e recria 
 - degradação de pastagem 
 - depreciação do patrimônio 
• Prejuízo financeiro 
 
 
 
Introdução: 
 
 
 
Fonte: Fonte: Ministério da Saúde e IBGE 
Elaboração: R. ZOCCAL - Embrapa Gado de Leite 
 
Demanda de produção de leite no Brasil 
Faixas de idade Recomendação litros/ano População 2010 
Demanda 
 (bilhões litros/ano) 
Crianças (até 10 anos) 146 28.765.534 4.119.767 
Adolescentes (10 a 19 anos) 256 34.157.631 8.744.353 
Adultos (20 a 69 anos) 219 118.591.964 25.971.640 
Idosos ( >de 70 anos) 219 9.240.670 2.023.706 
Total 190.755.799 
 
40.939.468 
Déficit ± 10 bilhões 
Introdução: 
 
• Reflexão 
 
 - Existe um sistema ideal de produção? 
 
 
 - Quem tem alta produtividade e obtém lucro na 
atividade de pecuária de leite possuem sistemas 
semelhantes? 
 
 
 
 
Introdução: 
 
 
 
Fonte: Levantamento realizado pelo Milkpoint 
 
 
Sistemas de produção e raças utilizados pelas 100 fazendas de maior produção de leite no Brasil, 2010 
Sistemas de Produção % de fazendas 
Produção diária 
kg/vaca/dia 
Semi-confinamento 42 22,8 
Confinamento 41 30,5 
Pastagem 17 17,2 
Raças % dos Produtores 
Holandês 74 0,57 
Girolando ou mestiço 31 0,34 
Jersey 4 0,03 
Sueco vermelho 1 0,01 
Pardo suíço 6 0,05 
Gir Leiteiro 1 0,01 
Mais de uma raça 24 0,24 
Introdução: 
• Sistema ideal para produção de leite: 
 
 
 
 
 
 
 
Características regionais: 
Condições edafo-climáticas 
Perfil do produtor e mão de obra 
disponível 
Mercado consumidor e de 
insumos 
Tipo de animal e de forrageira 
Introdução: 
 
• Pecuária de precisão: 
 
 Alta produtividade de leite 
 
 Planeja bem (infra-estrutura, financeiro, sanidade…) 
 
 Nutrição adequada 
 
 Reprodução eficiente 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição x Reprodução 
Reprodução: 
• Vaca para produzir leite tem de parir! 
• Um parto por ano (IEP = 12 meses) 
 
 Envolve o retorno econômico da atividade 
 
Principais causas de descarte de matrizes! 
 
 
 
 
 
 
Reprodução: 
• Causa de descarte: 
 
Falhas na: 
 
• Ovulação 
• Fertilização do óvulo 
• Desenvolvimento do embrião 
• Crescimento fetal 
• Nascimento da cria 
 
 
 
Reprodução: 
 
Motivo básico para influência da nutrição sobre a 
reprodução 
 
 
 Fisiologia do animal 
 
 
 Prioridade de nutrientes 
 
 
 
 
 
Prioridade da partição de nutrientes 
 
 
 
 
 
 
Ordem de Importância Fisiologia 
1 Mantença 
2 Atividade 
3 Crescimento 
4 Gestação 
5 Lactação 
6 Reserva adicional de energia 
7 Ciclos estrais e inicio de gestação 
8 Reservas excedentes de energia 
Adaptado de Short e Adams, 1998 
Principais erros na nutrição: 
• Falta de alimento 
 
• Dieta de baixa qualidade 
 
• Manejo alimentar 
 
• Peso vivo e 
 
• Escore da condição corporal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 ECC % Gordura Aparência da vaca 
1 5 
Extremamente raquítica 
Costela, espinha dorsal e anca muito proeminentes 
Nenhum tecido gorduroso visual 
1,5 9,8 
Um pouco definhada. 
Costelas, espinha dorsal e anca proeminentes. 
2 13,7 
Magra. 
Costelas visualizadas individualmente, mas não tão salientes.Um pouco de carne ao longo da espinha dorsal. 
2,5 18,1 
Costelas individuais pouco ou não evidentes. 
Pouca gordura sobre costelas e ossos da anca. 
Pode apalpar espinha, não pontiaguda. 
3 22,5 
Moderada ou boa. 
Gordura palpável sobre as costelas em qualquer lugar de garupa. 
Espinha dorsal pouco visível. 
3,5 26,9 
Necessita de pressão para apalpar espinhas. 
Considerável gordura palpável sobre as costelas. 
4 31,2 
Gorda. 
Um pouco de gordura no peito, boa quantidade de gordura sobre as 
costelas. 
Acúmulo de gordura na região da garupa. 
4,5 35,6 
Muito gorda. 
Peito repleto e grande depósito de gordura sobre as costelas, 
garupa, inserção da camada e vulva. 
5 40,0 
Extremamente gorda 
Estruturas ósseas não visíveis e não palpáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escore da condição corporal nas diferentes fases de lactação 
 
 
 
 
 
 Fonte: adaptado da Universidade da Pensilvânia 
Introdução: 
 
 
 
 
 
Meio da lactação 
Início da lactação 
Final de lactação 
3,5 
2,5 
Relação do ECC e anestro em vacas de leite 
 
 
 
 
 
Santos et al. (2004) 
Revisão Bibliográfica: 
ECC: 
• Mudança de 1 unidade no ECC ± 10% do PV 
 
• Peso mínimo abaixo do qual a vaca não concebe e/ou 
para de ciclar = perdas de 20 a 30% do peso adulto!! 
 
• Reduz a taxa de concepção até anestro 
 
 Ferreira, 1999 
Perda de peso, ECC x anestro: 
 
• novilhas de corte (289,5 kg/PV) anestro: 19,5% PV 
• novilhas de corte (305 kg/ PV) 17% PV 
• vacas girolando (535 kg/PV ) 35 % PV 
 
• Vacas girolando magras (315 kg/PV) 24% PV 
 
Anestro quando ECC < 2,5 
 
 Ferreira, 1999 
Nutrição x reprodução: 
 Importância durante a gestação, cria e recria 
 
• Feto 
• Bezerras 
• Novilhas 
 
 Importância: Futuras matrizes e Ganho genético 
 
Expressar seu pontecial e trazer o retorno esperado ? 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 
 
A nutrição da mãe durante a gestação pode influenciar 
no desempenho reprodutivo da cria? 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
- Sub-nutrição da matriz: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Rhind, 2004 
início 
durante 
Pós- parto imediato 
Gestação 
Podem alterar a 
função reprodutiva 
da cria 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Subnutrição da matriz na fase de crescimento fetal: 
 
 - efeito pode manifestar no momento ou mais tarde 
 - depende da capacidade de atingir o embrião 
 - modificar a expressão gênica 
 
 Antes da diferenciação tecidual 
 - sistema neuroendócrino 
 - sistema reprodutor 
 
 Rhind, 2004 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Subnutrição da matriz na fase de crescimento fetal: 
Normalmente alteram eixo: 
 Hipotálamo – hipófise - gonadal 
 GNRH FSH Estrógeno 
 LH Progesterona 
 
 Diferentes Hormônios 
 
Efeito: foliculogênese e tx de ovulação e número de cria (♀) 
 formação dos tubos seminíferos (♂) 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Subnutrição da matriz na fase de crescimento fetal: 
 efeitos ligados a quantidade de: 
 - aminoácidos 
 - glicose 
 - ácidos graxos 
 
 manifestação sistêmica 
 
 [ insulina] ; [ IGF1]; [Leptina] 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Subnutrição da matriz na fase de crescimento fetal: 
 baixa [insulina] 
 
 diferenciação do blastocisto antes da fase de diferenciação 
 
 efeitos na estrutura e/ou na função dos órgãos 
 
 
 baixo desempenho reprodutivo 
 descarte das futuras matrizes de reposição 
 prejuízo financeiro 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Nutrição na fase da puberdade: 
 
 puberdade = ovulação acompanhada de estro com função lútea 
normal 
 
 40% do peso vivo adulto 
 
primeira implicação: 
Períodos de subnutrição aumentam o peso da puberdade 
 (Sparke & Lamond, 1968; Wiltbank et al., 1969) 
 
 
 
 
 PORCENTAGENS DE GESTAÇÃO E DE ANESTRO EM NOVILHAS AZEBUADAS (n=280) 
 CONFORME CLASSES DE PESO E DE CONDIÇÃO CORPORAL NO INÍCIO DA ESTAÇÃO DE MONTA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39
53
52
61
64
74
85
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90
<270 
<270 
 270 a 300 
 270 a 300 
>300 
>300 
>300 
Pe
so
 (k
g)
 e
 C
on
di
çã
o 
C
or
po
ra
l
Porcentagem
% de Gestação % em Anestro
(Ferreira et al., 1995) 
2 
3 
2 
3 
3 
4 
2 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Nutrição na fase da puberdade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - sub-nutrição na fase da puberdade: 
 
 Interfere no feedback negativo do E2 
 
 
 não dá o pico de LHNovilhas não ovulam 
 Dawuda et al., 2002 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - puberdade precoce 
 
- consegue-se antecipar a idade da puberdade? 
 
- Relação positiva com o peso corporal 
 
 - Aumenta Acidos graxos volateis Propionato 
 
 - [Insulina], [IGF1] desenvolvimento folicular 
 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - puberdade precoce 
 
 [Insulina] e [IGF1] 
 
 crescimento e desenvolvimento folicular 
 - mitogênese das células da granulosa 
 - maior produção de progesterona pelo corpo lúteo 
 
 Spicer e Echternkamp (1995) 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - puberdade precoce 
 
- Relação positiva com o peso corporal: 
 
 - Aumento da energia 
 
 
 - Ajuda no aumento da pulsatilidade do GNRH 
 
 Schillo et al., (1992) 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - puberdade precoce 
 
Atenção: 
 
 - Transição imunológica x transição de dieta 
 
 - desmamar quando consumo de concentrado manter 
a exigência ( > 600 g/dia) 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - puberdade precoce 
 
Vantagens: 
 
 - antecipa a prenhez 
 - aumenta a vida útil da matriz 
 - elimina uma fase de recria na fazenda 
 - aumenta a pressão de seleção 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - puberdade precoce 
 
Erros comuns: 
 - há aumento do investimento com dieta 
 - ambiente desafiador + descuido com a sanidade 
 - mão de obra não treinada 
 - lotes desuniformes 
 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - puberdade precoce 
 
 - dieta desbalanceadas em nutrientes 
 excesso de ganho de peso pode comprometer o 
crescimento da glândula mamária 
 
 “animal engorda, mas não cresce”!!! 
 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Novilhas 
 
 - considerando manejo nutricional adequado: 
 
 - presença do rufião 
 - avaliação do trato reprodutivo (veterinário) 
 - Selecionar para precocidade 
 
 
 
 
 
considerando manejo nutricional adequado: 
 
 
 
 
 
 
 - inseminar com 60% do peso vivo adulto 
 
 - parir com 80% do peso vivo adulto 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Animais adultos 
 
 
 capacidade de produção 
 
 aumenta produção x reduz fertilidade 
 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Animais adultos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Artunduaga,(2007) 
Prioridade da partição de nutrientes 
 
 
 
 
 
 
Ordem de Importância Fisiologia 
1 Mantença 
2 Atividade 
3 Crescimento 
4 Gestação 
5 Lactação 
6 Reserva adicional de energia 
7 Ciclos estrais e inicio de gestação 
8 Reservas excedentes de energia 
Adaptado de Short e Adams, 1998 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Animais adultos 
 
 Cenário comum: 
 
 preocupação apenas com vacas em lactação de maior 
produção 
 
 esquece das vacas do terço, médio e vaca seca!! 
 
 
 
 
 
 Considerações práticas 
 
 
 consumo de MS 
 
 dieta balanceadas 
 
 divisão de lotes e categorias 
 
 Manejo sanitário 
 
 
 
 
MCDowel (1999) 
Nutrição x reprodução 
Escore da condição corporal nas diferentes fases de lactação 
 
 
 
 
 
 Fonte: adaptado da Universidade da Pensilvânia 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Vacas secas: 
 
 Período de transição: 
 
 21 dias pré parto x parto 21 pós-parto 
 
 terço final da gestação 
 produção do colostro 
 
Alta demanda de nutrientes, principalmente energética 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Período de transição no pré-parto: 
 
 
Mudanças hormonais 
 
Queda brusca no consumo de matéria seca 
 
 
BEN = Balanço energético negativo 
 
 
 
ESTRADIOL 
(pg/mL soro) 
PROGESTERONA 
(ng/mL soro) 
PROLACTINA 
(ng/mL soro) 
SOMATOTROPINA 
(ng/mL soro) 
CORTICÓIDES 
(ng/mL soro) 
Mudanças hormonais no período de transição 
 -5 -3 -1 0 1 3 5 Adaptado de Bell (1995) por 
Borges &Coelho 2007 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Período de transição no pós-parto: 
 
 - Queda no consumo de matéria seca 
 
 - Mobilização para produção de leite 
 
 - Reduz a resistência imunológica 
 mastite, metrite 
 hipocalcemia, deslocamento de abomaso 
 
 
 
 
 
 
 
 
Período de transição no pós parto: 
Restrição de energia e modulação da função reprodutiva 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Período de transição no pós-parto: 
 
 - Reprodução da vaca de alta produção? 
 
 período de involução uterina: 
 
 - 35 dias (Macroscopica) 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 - Retorno da ciclicidade: 
 
Hipotálamo GnRH 
 
Hipofise LH e FSH 
 
Ovário Estrógeno e progesterona 
 
Útero preparado para nova gestação 
 
 
 
Dia 0 Dia 9 Dia 21 
P4 LH 
P4  E2  LH 
Dia 16 
E2 LH 
PGF2α 
Adaptado de Borges & Coelho, 2007 
Ciclo ovariano normal da vaca 
Nutrição x reprodução: 
 
 Retorno a ciclicidade no pós parto: 
 
 ligado ao status energético ! 
 
 Baixa reserva corporal aumenta NPY 
 
 Reduz secreção de GNRH 
 
 
McShane et al. (1998) 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 Retorno a ciclicidade no pós parto: 
 
 Aumento da Reserva corporal 
 
 Adipócitos [ leptina] 
 
 cérebro 
 
 [ NPY ] 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 Retorno a ciclicidade no pós parto: 
 
 Efeitos do Balanço Energético negativo: 
 
Primeira ovulação: 10 a14 dias após o dia com maior BEN 
 Beam and Butler, (1998) 
 
 BEN reduz viabilidade do oócito do folículo ovulatório 
 qualidade do corpo lúteo 
 Britt, (1994) 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 Retorno a ciclicidade no pós parto: 
 
 A questão é: vaca já sofre com o BEN 
 
 - descuido nutricional 
 - parir com ECC (< 3,0) 
 - além de problemas infecciosos e metabólicos 
 - atraso do retorno da atividade ovariana 
 - aumento do IEP- Menor produção de leite prejuízo $ 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 Retorno a ciclicidade no pós parto: 
 
 Manejo nutricional = minimizar os efeitos do BEN 
 Vaca de leite: falta de energia! 
 
 
 como aumentar energia na vaca com baixo consumo? 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 
 
 Dieta com mais densidade energética: 
 
 - forragem de alta qualidade 
 - aumento da relação concentrado/volumoso 
 - suplementação lipídica (óleos) 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 
 
 Comentários também podem ser aplicados para 
outras categorias 
 
 que passam por restrição alimentar 
 
 
 
 
 
 
 
Forragem de alta qualidade 
Digestibilidade e teor de proteína ao longo do ano 
4
6
8
10
12
14
16
0
10
20
30
40
50
60
70
80
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
% 
PB
% 
DI
VM
O
Mês do Ano
B. brizantha cv Marandu B. decumbens cv Basilisk P. maximum cv Tanzânia
B. brizantha cv Marandu B. decumbens cv Basilisk P. maximum cv Tanzânia
 
 
 
 
 
Produção de forragem de acordo com a chuva 
Arraçoamento: 
 
Quantidade suficiente 
Qualidade adequada 
Nutrição x reprodução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Referência da relação de DIVMO /PB: 
 
Relação DIVMO / PB Suplementação Tipo 
maior que 7 SIM Protéica 
 
entre 4 e 7 NÃO - 
 
menor que 4 SIM Energética 
 
 
Melhor parâmetro são as tabelas de exigências !!! 
Nutrição x reprodução: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Forragem de alta qualidade: 
 
 - independente do sistema 
 
 - quanto melhor o volumoso menor necessidade de 
suplementar com concentrado 
 
 - volumoso apresenta menor custo $ 
Nutrição x reprodução: 
 
 
 Aumento da relação concentrado/ volumoso 
 
 Aumento de carboidratos não estruturais (CNE) 
 
 Amido perfil de fermentação [propionato] 
 
 Ionóforos monensina, lasalocida 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 
 
 Aumento de carboidratos não estruturais (CNE) 
 
 Pectina perfil de fermentação [acetato] 
 
 Utilização depende da produção 
 até 20 kg/leite/dia substituição do amido 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 
 
 suplementação com lipídeos (óleos) 
 
 Mais utilizados caroço de algodão 
 grão de soja 
 “gordura protegida” 
 
 limitação de uso até 7% da MS 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 suplementação com lipídeos x reprodução 
 
 Lipídios efeito direto e/ou associado ao 
melhor status energético 
 
 
 Crescimento folicular 
 
 
 
 
 
 
 
 
(Lucy et al.(1991) 
Nutrição x reprodução: 
 
 suplementação com lipídeos x reprodução 
 
 [colesterol] [progesterona] 
 
Vacas no ínicio de lactação apresentam maior 
metabolização de P4 e E2 no fígado 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 suplementação com lipídeos x reprodução 
 
 [progesterona] : 
 
Aumento da : 
 -sobrevivência embrionária 
 - recuperação embrionária em programas de 
superovulação. 
 
 Britt et al. (1996) 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 outros nutrientes também são importantes 
 
 - proteína 
 
 - minerais 
 
 - vitaminas 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 proteína x reprodução 
 
 importante na síntese celular 
 - enzimas 
 - hormônios proteicos 
 
 Efeito negativo na reprodução ligado ao excesso de 
proteína bruta (PB) ou proteína não degradável no 
rúmen (PDR) 
 
 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 proteína x reprodução 
 
 Excesso de PDR 
 
 aumenta [amônia] 
 
 toxidez = gasto de energia para uréia 
 
 No sangue = Nitrogênio ureico do plasma (NUP) 
 No leite = Nitrogênio ureico do leite (NUL) 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 proteína x reprodução 
 
 NUL = 12 a 16 mg /dl = dietas balanceadas 
 > 19 mg/ dl = desperdício 
 = efeitos negativos na reprodução 
 
 reduz taxa de concepção 
 
 Altera o pH uterino = prejuízo para o oócito e 
espermatozóide 
 
 
 
Nutrição x reprodução: 
 
 Minerais x reprodução 
 
 inter relação entre minerais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Deficiência, excesso ou desbalanço de nutrientes e parâmetros reprodutivos 
Parâmetro Deficiência Excesso Desbalanço 
Aborto, natimorto e 
bezerros debilitados 
Energia, PB, I, Se, Ca, P, 
Mn, Cu, Vit. A, D e E 
--- --- 
Anestro e redução nos 
sinais de cio 
Energia, PB, P, I, Mn, Co, 
Vit. A 
F --- 
Baixa concepção e 
mortalidade embrionária 
precoce 
Energia, PB, I, Mn, Vit. A PB, PDR PB/energia 
Distocia e complicações 
uterinas 
Energia, Ca Energia, P, Ca Cátio-aniônico 
Puberdade e maturidade 
sexual 
Energia, PB, Se, I, P, Ca, 
Co, Cu, Mn, Vit. A e E 
Mo, S Cu/Mo-S 
Distúrbios metabólicos 
que afetam o 
desempenho reprodutivo 
Energia, Se, I, Mg, P, Ca, 
Vit. E, A e D 
Energia, PB, Ca, P Cátio-aniônico 
 
 
 
 
 
 Requerimento de minerais e vitaminas que afetam a reprodução de vacas de leite e de corte. 
Leite Corte 
Nutriente Vacas Novilhas Vacas Novilhas Níveis Máximos 
Base na MS 
Ca, % 0,6-0,8 0,4 0,4 0,4 2,0 
P, % 0,3-0,5 0,3 0,25 0,25 1,0 
Cu, ppm 10-20 10-20 10 10 100 
Mn, ppm 40-60 40-60 40 20-40 1.000 
I, ppm 0,6-1,0 0,3-0,6 0,5 0,5 50 
Se, ppm 0,3 0,3 0,1-0,3 0,1-0,3 2,0 
Zn, ppm 40-60 40-60 30 30 500 
Vit. A, UI x103/d 60-100 30-50 30-40 20-30 1,000 
Vit. E, UI/d 500-1000 250 300-500 200-300 30.000 
-Caroteno, 
mg/d 
300-500 --- --- --- --- 
 
 
 
 
 
Tokarnia et al. (2000) 
Localização das deficiências minerais em 
bovinos e ovinos diagnosticadas no Brasil 
 minerais x reprodução 
 
 Exigência depende: 
 
do tipo e nível de produção 
da idade do animal 
da raça e o grau de adaptação dos animais, 
do nível e a forma química do mineral no alimentoMCDowel (1999) 
Nutrição x reprodução 
 minerais x reprodução 
 
 biodisponibilidade dos minerais: 
 
 quantidade que o animal aproveita 
 
Análise química não informa a disponibilidade 
Forragens: 30 a 50% de disponibilidade 
Óxidos mais disponíveis que sulfatos 
 
 
 
 
MCDowel (1999) 
Nutrição x reprodução 
 minerais x reprodução 
considerações minerais quelatados ou complexados: 
 
 Resumo de 5 estudos com vacas de leite comparando 
fontes de minerais quelatados com fontes comuns 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Socha e Johnson (1998) 
Nutrição x reprodução 
Dias até a 1 IA Período de 
serviço 
Serviços por 
concepção 
controle 78 133 2,8 
M. quelatados 70 118 2,1 
 
 
 
 
 
Biodisponibilidade relativa de algumas fontes de minerais 
MCDowel (1999) 
 
 
 
 
 
Comparação entre fornecimento de sal comum e mistura mineral completa 
 Considerações práticas 
 
 
 consumo de MS 
 
 dieta balanceadas 
 
 divisão de lotes e categorias 
 
 Manejo sanitário e ambiente 
 
 
 
 
MCDowel (1999) 
Nutrição x reprodução 
OBRIGADO! 
Fazer o simples bem feito!!! 
A vaca agradece, 
e bolso também!! 
OBRIGADO

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