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Mielomeningocele Componentes: Amanda Rocha Dayane Tayline Jucarla Araújo Lara Albuquerque Luciana Macedo Rafaela Lima Tainara Portela Thâmylla Amaral Introdução Defeitos de Fechamento do Tubo Neural (DFTN) - Mal formação das lâminas e processos espinhosos do canal vertebral e displasia da medula espinhal Espinha Bífida Aberta Paralisia sensitivo-motora - MMII - Sistema Urinário - Intestino Forma mais frequente (85%) Entre a terceira e quinta semanas de vida intra-uterina Hidrocefalia Fina camada de pele Meninges Medula espinhal Raízes nervosas Falta de processos espinhosos Lâminas Alargamento do diâmetro do canal vertebral Mielomeningocele meninges + medula + raízes nervosas: expostas Meningocele meninges expostas Etiologia Causa desconhecida Características multifatoriais 1:1000 bebês nascidos vivos (mundial) 4:1000 (Reino Unido) > Raça branca Dieta pobre em ácido fólico - Defeitos cardiovasculares - Sistema Urinário - Fenda lábio-palatina Diagnóstico Pré-Natal US - Alargamento do canal vertebral no nível da lesão - Bolsa - Hidrocefalia Alfa – Fetoproteína - Soro materno - Líquido amniótico Abordagem Multidisciplinar Médicos especialistas Fisioterapeutas Assistentes Sociais T.O Músico- Reabilitadores Fonoaudiólogos Nutricionistas Enfermeiros Psicólogos Pedagogos Técnicos em Òrtese Problemas Neurológicos Bolsa - Visível ao nascimento - Rompimento pós parto (provável) - Antes da primeira mamada Hidrocefalia - 90% - Síndrome de Arnold-Chiari - Válvula de derivação - Graves sequelas Problemas Neurológicos Síndrome da medula presa ou “Tethred cord” - Medula tracionada e estirada - Graves complicações Hidromielia - Malformação complexa - Medula cervical e cérvico- torácica - Efeito compressivo - Sintomas progressivos Problemas Urológicos Incontinência Urinária - Displasia medular - Ausência de sensibilidade - Alterações emocionais/ convivência social - Tratamento individualizado Infecção Urinária - Resíduos urinários - Urina fétida e coloração mais escura - Antibióticos e ingestão de líquidos Problemas Urológicos Refluxo - Espasticidade e Dissinergismo do esfíncter urinário Malformações Renais - Rim em ferradura - Agenesia renal - Ptose renal - Duplicação pelo- calicial Sexualidade - Puberdade precoce (meninas) - Ausência de sensibilidade nos órgãos sexuais externos (meninos) Problemas Ortopédicos Deformidades do tronco - Deambulação Cifose Congênita - Impede o paciente de sentar-se adequadamente - Função Respiratória comprometida Escoliose - Congênita ou adquirida Hiperlordose Lombar - Síndrome da medula presa - Deambulação cadeira de rodas Deformidades dos MMII Presentes no nascimento ou durante o desenvolvimento Adquiridas Deformidades do Quadril - Atitude viciosa em abandono dos MMII (FLEX + ABD + @INT) - FLEX + ADD - Luxação (teratológica ou adquirida) Deformidades do Joelho - FLEX - Recurvo (órtese longa) Deformidades dos MMII Deformidades do Tornozelo - Tornozelo Valgo (85%) Deformidades do Pé - Características próprias - Òrtese - Equino cavo- varo (cirurgia antes do primeiro ano) - Calcâneo valgo (desequilíbrio muscular) - Equino (posicionamento inadequado do pé) - Calcâneo (tibial anterior) - Talo vertical (rara) Fraturas e Ùlceras de Pressão Mobilidade diminuída Menor fixação do cálcio ao tecido ósseo Falta de propriocepção Ossos frágeis fraturas Pele anestésica pressionada Òrteses Níveis Neurológicos de Lesão Hofer e Cols (1973) Torácico - Sem movimentação ativa (quadris ou abaixo) - Infância: deambula com órtese e muletas - Adulto: não deambula e usa cadeira de rodas Lombar Alto - Força flexora e adutora (quadris) - Òrtese longa para deambulação Níveis Neurológicos de Lesão Lombar Baixo - Psoas/ adutores/ quadríceps/ flexores mediais dos joelhos - Òrtese suropodálica e bengalas canadenses Sacral - Função de flexão plantar e/ou extensora (quadris) - Deambulação comunitária Alergia ao Látex e Obesidade Alergia ao Látex - Preocupante - Sistema imunológico imaturo - Exposição constante ao alérgeno - Vômitos / diarreia / rinite / conjuntivite / urticária - Evitar contato cm produtos Obesidade - Hidrocefalia - Diminuição da mobilidade - Problemas emocionais Fisioterapia Primeiros dias de vida Avaliação inicial Elaboração de um programa de tratamento individualizado Objetivos iniciais - Estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor - Movimento ativo e passivo dos membros - Posicionamento correto das articulações - Orientação aos pais Atuação do Fisioterapeuta Idade Nível da lesão Planejamento individual e flexível Informar aos pais os objetivos - Clara - Consistente - Sem expectativas inadequadas Evolução motora satisfatória Independência nas AVD - Deambulando - Cadeira de rodas Avaliação Fisioterapêutica Definir e conduzir o tratamento Anamnese - Gestação até o momento Exame Físico - Integridade da pele - Postura habitual - Tônus global - Goniometria - Testes específicos - Teste de sensibilidade Avaliação Fisioterapêutica - Teste muscular (recém nascido) - Reflexos primitivos e tendinosos - Teste funcional *Importante a repetição do exame físico -> 0 – 12m: mensalmente -> 12m em diante: três meses 0 Semcontração muscular 1 Esboço decontração muscular 2 Não vence completamentea gravidade (ADM incompleta) 3 Vence a gravidade sem resistência(ADM completa) 4 Vence a gravidade com pouca resistência 5 Vence a gravidade com muita resistência Objetivos Gerais do Tratamento Estimular a DNPN normal Manutenção das ADM’s Evitar deformidades Fortalecimento dos MMSS Fortalecimento da musculatura preservada Ortostatismo Treino de macha Níveis deLesão Nível Torácico - Não apresentam sensibilidade - Não apresentam musculatura ativa nos quadris ou abaixo deles postura de abandono dos MMII - Esboço de contração da musculatura flexora de um ou ambos os quadris não pode ser considerada como funcional - Prognóstico de deambulação: ruim Níveis de Lesão * Tratamento Fisioterapêutico - Estimular o desenvolvimento neuropsicomotor desenhos colagens recortes massinhas comunicação e uso das palavras - Prevenir deformidades através de alongamentos e posicionamentos adequados do paciente exercícios ativos e passivos facilitar transferência fortalecimento de MMSS e tronco Níveis de Lesão * Tratamento Fisioterapêutico - Ausência de sensibilidade e propriocepção escova de cabelo escova de dente buchas - Ortostatismo parapodium órtese longe bilateral com cinto pélvico Níveis de Lesão Nível lombar alto - Sensibilidade abaixo dos quadris - Atividade muscular de flexores de quadris, adutores e extensores do joelho - Prognóstico de deambulação: regular Níveis de Lesão * Tratamento Fisioterapêutico - Estimular desenvolvimento neuropsicomotor desenhos colagens recortes massinha comunicação e uso das palavras - Prevenir deformidades de MMII (alongamentos passivos) - Ortostatismo (parapodium) - Òrteses bilaterais com cinto pélvico e auxilio de andador de muletas Níveis de Lesão Nível lombar baixo - Sensibilidade abaixo dos quadris - Atividade muscular de flexores de quadris, adutores, extensores de joelhos, flexores de joelhos e abdutores e/ou dorsiflexores dos tornozelos - Não controla bexiga e intestino - Prognóstico de deambulação: bom Níveis de Lesão * Tratamento Fisioterapêutico - Mesmo tratamento dos grupos anteriores - Estimulação e propriocepção - Realizam todas as etapas motoras - Deambulação com uso de goteiras suropodálicas e muletas canadenses (sem deformidades nos MMII) - Controlar rotações de quadris hastes laterais cinto pélvico com goteira - Muletas canadenses Níveis de Lesão Nível Sacral - Todos os músculos relatados no grupo anterior + extensão dos quadris e força flexora plantar - Maioria apresenta paralisia das musculatura intrínseca dos pés - Alterações de sensibilidade na face plantar - Prognóstico de deambulação: ótimo - Maioria consegue deambular somente com uso de goteiras suropodálicas - Alguns conseguem deambular sem uso de órteses Níveis de Lesão * Tratamento Fisioterapêutico - Facilitado desenvolvimento neuropsicomotor adequado - Deambulação inicia-se em uma fase precoce - Deambulação comunitária (sem complicações neurológicas ou deformidades ortopédicas) Padrão de Deambulação Deambuladores Comunitários - Deambulam dentro e fora de casa - Com ou sem órtese - Podem necessitar o uso de cadeira de rodas Dambuladores Domiciliares - Deambulam somente em casa com uso de órteses em curtas distâncias - Cadeira de rodas - Independentes em transferências Padrão de Deambulação Deambuladores não funcionais - Deambulam somente nas sessões de fisioterapia - Uso de cadeira de rodas - Início do treino de deambulação ou interrompendo a marcha Não Deambuladores - Uso de cadeira de rodas - Podem ou não ser independentes em transferências Padrão de Deambulação Fatores que interferem - Nível neurológico da lesão quanto mais alto o nível, maior a paralisia motora e pior o prognóstico - Deformidades tronco e MMII pode tornar incompatível o uso de órtese - Obesidade limita a deambulação - Déficit cognitivo difícil compreensão e aceitação das terapias Òrteses e Adaptações Auxiliam a função do membro paralisado promove estabilidade e posicionamento articular adequado Articulações alinhadas e sem deformidades estruturadas Leves, adaptadas, resistentes e acolchoadas Plástico e duralumínio Molde em gesso Òrteses e Adaptações Goteira Suropodálicas - Todos os níveis de lesão - Posicionamento - Prevenção de deformidades no pé - Ortostatismo - Deambulação (tênis) Òrteses e Adaptações Òrtese AFO - Auxiliam a função do membro paralisado - Estabilidade e posicionamento adequado Cantinho com mesa - Permanecer na posição sentada - Facilita utilização dos MMSS Òrteses e Adaptações Prancha Ortostática - Ortostatismo - Posicionamento gradual Parapodium com mesa - Início do ortostatismo - Goteiras suropodálicas (controle de tronco) - Benefícios fisiológicos do ortostatismo - Inspeção da pele dos MMII após uso - Permite atividade lúdicas e alimentação - Três vezes ao dia por 40min Òrteses e Adaptações Goteiras de lona para joelhos - Posicionamento cruro- maleolares - Prevenção de deformidades em flexão - Favorece alinhamento em EXT de joelho Òrtese Longa - Níveis torácico e lombar alto (bom equilíbrio de tronco) -Acoplado cinto pélvico em forma de “U” posicionar os quadris em EXT impedir o apoio na cicatriz cirúrgica da lombar controlar lordose lombar Òrteses e Adaptações Goteiras suropodálicas com hastes laterais e cinto pélvico - Nível lombar baixo atitude viciosa em @ INT ou EXT dos quadris - Alinhamento das articulações (deambulação) Òrtese de Reciprocação (RGO) - Nível torácico ou lombar alto - Treino de deambulação Òrteses e Adaptações Cadeira de Rodas - Sem prognóstico favorável para deambulação - Deambuladores domiciliares - Deslocamentos em longas distâncias - Necessidade e posicionamento articular mais adequado maior independência bom alinhamento global Òrteses e Adaptações Cadeira de Rodas - Leve, versátil, boa estabilidade, fácil manuseio, fácil transporte - Eixo dos ombros e da roda sejam alinhados - Apoio para MMSS removíveis - Sistema de espumas (úlceras) -Encosto anatômico Terapias Fisioterapia Individual - Atraso neuropsicomotor - Necessitam de tratamento pós operatório - Estimular etapas motoras - Prevenir deformidades - Fortalecer musculatura preservada - Orientar família - Presença da mãe Terapias Treino de Deambulação - Postura Ortostática (com ou sem órtese) - Independência na deambulação terrenos planos, irregulares, rampas e escadas - Barras paralelas andador bengalas canadenses Terapias Fisioterapia Respiratória - Alterações da biomecânica respiratória escoliose, cifose congênita, fraqueza muscular, encurtamento da musculatura acessória da inspiração - Melhora da biomecânica respiratória - Melhora da higiene brônquica Terapias Hidroterapia - Terapia coadjuvante á terapia de solo - Grupo ou individual - Estimular o desenvolvimento motor - Fortalecer a musculatura preservada - Equilíbrio Terapias Natação - Já receberam alta do tratamento individual - Proporcionar atividade física regular - Estímulo da movimentação e mobilidade *Pacientes que apresentam infecção urinária de repetição deve consultar o urologista para liberação das atividades na piscina Orientações Fisioterapia - Orientar família quanto a manutenção do quadro motor global já adquirido - Pacientes já atingiram evolução máxima do ponto de vista motor Pós- Operatória - Orientar posicionamento adequado - Exercícios específicos *De acordo com o protocolo proposto para cada cirurgia Orientações Familiares - Pele insensível e seus cuidados - Posicionamento adequado - Uso de órteses e adaptações - Manuseio adequado para estímulo motor - Ùlceras de pressão * Família deve ser atuante durante todo processo de reabilitação, dando auto-estima e valorização de suas capacidades Fisioterapia Aquática Aprimoramento da função motora Extensão ou complemento á fisioterapia Auto estima Autoconhecimento Integração social Bem estar psicológico Fisioterapia Aquática Pré- requisitos, orientações e cuidados - Incontinência urinária e fecal (reforçar orientações) - Fraldas impermeáveis e plug anais - Esvaziamento da bexiga antes da terapia - Seleção dos brinquedos e materiais utilizados - Cuidado com o chão da piscina - Cuidado com a utilização de pesos e flutuadores (evitar lesões na pele) Fisioterapia Aquática Forma e densidade corporais - Interferem no equilíbrio flutuação, controle rotacional ou qualquer etapa do DNPM - Alterações de forma e densidade hidrocefalia paresia/paralisia de MMII (atrofia) deformidades articulares alterações posturais Fisioterapia Aquática Forma e densidade corporais Diminuição da densidade dos MMII Maior tendência a flutuação dos MMII (nível torácico) aquisição e controle da posição vertical - Hidrocefalia alteração de forma e densidade na região cervical controle da posição vertical difícil Fisioterapia Aquática Adaptação ao meio líquido - Extrema importância - Vínculo com o terapeuta - Aceitação e adaptação sensório motora (meio líquido e controle respiratório) - Criança leva um tempo para se adaptar fisioterapeuta (criatividade, habilidade e imaginação) - Conquistar confiança da criança aos poucos - Permitir a entrada da mãe com a criança - Quanto mais adaptada, maior o prazer da criança Fisioterapia Aquática Controle respiratório - Importante para a adaptação no meio liquido - Essencial para a segurança da criança - Reflexo de bloqueio da glote (sempre que seu rosto entra em contato com água) molhar o rosto do bebê imersão - Ensinar controle respiratório soprar objetos na superfícies da água soprar e fazer buracos na água cantar e falar embaixo da água alongamentos da musculatura acessória da inspiração Fisioterapia Aquática Estimular o DNPM - Estimular etapas motoras, equilíbrio e endireitamento - O controle cervical pode ser trabalhado em conjunto com o controle respiratório - Crianças com hidrocefalia apresentam dificuldades em obter o controle cervical - Método Halliwick controle cervical (deslocamento látero lateral) controle da FLEX e EXT cervical (rotação transversal) - Posição prono + tapete = apoio dos MMSS e EXT cervical Fisioterapia Aquática Estimular o DNPM - Estimulação de controle muscular seletivos da cabeça e tronco para manutenção da posição supina - Rotação longitudinal com ativação da musculatura preservada de MMII - Rotação transversal para fortalecimento da musculatura anterior e posterior do tronco - Rolar na água (rotação longitudinal) - Controle de tronco (rotação sagital com ativação da musculatura abdominal lateral e alongamento contralateral) Fisioterapia Aquática Fortalecimento Muscular - Aumento da movimentação ativa - Fortalecimento de MMSS e a musculatura preservada de MMII - Modular e manter a força - Fortalecimento da musculatura preservada do MMII Fisioterapia Aquática Prevenção de contraturas musculares e deformidades articulares - Influenciam significativamente no prognóstico - Desequilíbrio muscular - Ação da gravidade sobre o corpo - Posturas viciosas - Complicações neurológicas (espasticidade) Fisioterapia Aquática Prevenção de contraturas musculares e deformidades articulares - Temperatura (32º e 34ºC) não produz efeito direto no tônus muscular alterações nas propriedades viscoelásticas: ganho de amplitude articular, relaxamento e alongamento - Alongamento passivo: viscosidade, força de arrasto e posicionamento manual ativo: consequência de exercício específico ou atividade lúdica Fisioterapia Aquática Objetivos fisioterapêuticos específicos * Nível Torácico - Ganho de controle de tronco - Fortalecimento da musculatura anterior e posterior de tronco - Prevenção de contraturas e deformidades articulares * Nível Lombar Alto - Fortalecimento da musculatura preservada de MMII - Ortostatismo *A rotação transversal estimula a musculatura flexora do quadril, extensora do joelho e paravertebral Fisioterapia Aquática * Nível Lombar Baixo - Fortalecimento da musculatura preservada de MMII - Treino do equilíbrio estático paciente semi sentado terapeuta freia o movimento e auxiliao retorno - Marcha anterior e lateral com apoio * Nível Sacral - Aprimoramento do equilíbrio estático - Treino do equilíbrio dinâmico - Marcha lateral, anterior e posterior independente
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