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IMPACTAÇÃO POR ASCARÍDEOS EM EQUINOS e enterolitos

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IMPACTAÇÃO POR ASCARÍDEOS EM EQUINOS
Local de predileção: Intestino Delgado
Manifestações clinicas: Vermes adultos em infecções maciças podem causar enterite grave. As consequências em equinos decorrentes de infecções intensas por Parascaris equorum são pelagem de má qualidade, diarreia de odor fétido e, ocasionalmente cólica. Além disso, podem ocorrer convulsões, obstrução e perfuração intestinal em potros. Grandes números de larvas nos pulmões podem ocasionar tosse, com febre e anorexia, secreção nasal mucopurulenta.
Etiologia: Parascaris equorum é uma espécie de vermes nematódeos pertencentes a superfamília Ascaridoidea, localizam-se no intestino delgado dos equinos e asininos, causando a doença conhecida como Parascariose. Por serem extremamente grandes, robustos e esbranquiçados, dificilmente podem ser confundidos com outro parasita intestinal.
A Parascariose é uma doença em equinos que vale a pena ser relatada pelo fato de ser diagnosticada em diversos países e ter grande influência sobre o sistema de criação desses animais, já que além de comprometer seu desenvolvimento, principalmente de potros com um pouco mais de um ano de idade, pode leva-los a um estado de grande debilidade e morte. Sua importância se dá também pelo fato dos potros eliminarem por dia uma alta carga de ovos nas fezes. Esses ovos infectantes podem permanecer por muito tempo no solo, por essa razão, uma das principais fontes de infecção para os potros são as pastagens ou cocheiras utilizadas anteriormente por outros potros ou até mesmo pelas éguas.
 
A transmissão por esse parasita é horizontal, e se dá pela ingestão de ovos presentes no ambiente. O ciclo de vida se caracteriza por ser de forma direta e migratória, iniciando quando os ovos da fêmea adulta atingem seu estágio infectante (L2), entre 10 a 14 dias no meio ambiente. Por volta de 48 horas após a ingestão e eclosão dos ovos, as larvas penetram a parede intestinal chegando até o fígado e após duas semanas elas chegam até os pulmões, migrando para os brônquios, traquéia (onde são deglutidas) e retornando ao intestino delgado para posteriormente ocorrer a muda de (L2) para (L3), que é o estágio de maturidade do parasita. O período pré-patente mínimo é de 10 semanas.
Aspectos macroscópicos: Esse verme muito grande, rígido, robusto, esbranquiçado não pode ser confundido com qualquer outro parasita intestinal de equinos. Os machos medem 15 a 25 cm e as fêmeas, até 40 a 50 cm de comprimento.
Nos estágios iniciais de infecção maciça, observam-se hemorragias subpleurais, bem como edema e congestão pulmonares. A cavidade pleural pode conter liquido sanguinolento. O fígado encontra-se aumentado e congesto, podendo haver hemorragias subcapsulares.
Aspectos microscópicos: os parasitas adultos têm uma abertura bucal simples circundada por três lábios grandes, e no macho a cauda apresenta asas caudais pequenas. O lábio dorsal apresenta duas papilas duplas e cada lábio ventrolateral tem uma papila subventral dupla e uma papila lateral pequena. As espículas são longas e robustas. O ovo de tamanho médio de P.equorum é quase esférico, acastanhado e de casca grossa, com abertura externa albuminoide com superfífie edentada.
Microscopicamente observam-se tratos necróticos e fragmentos das larvas.
Nos casos crônicos, a capsula hepática é marcada por manchas brancas de pequeno diâmetro que, nos casos graves, podem confluir originando uma rede de tecido conjuntivo.
Habitualmente a condição da carcaça é ruim e ictérica. Grandes quantidades de vermes maduros podem preencher quase totalmente o lúmen do intestino delgado.
 
ENTERÓLITOS
Local de predileção: intestino grosso
Manifestações clinicas: os enterolitos podem causar quadros de cólica crônicos e intermitentes em equinos. A manifestação clinica mais comum refere-se à crise de cólica suave a moderada de inicio agudo com incapacidade de defecação
Etiologia: enterolitos são aglutinações pétreas esféricas ou tetraédricas, (estruvita).
Os equinos acometidos frequentemente apresentam mais de um enterólito, que pode pesar ate 12kg.
Aspectos macroscópicos (necropsia): os enterolitos são achados acidentais frequentes durante a necropsia de equinos idosos, e a sua presença não deve ser superestimada. A doença obstrutiva causada por um enterólito caracteriza-se por distensão do cólon, presença do enterolitos no cólon dorsal direito, transverso ou menor, bem como, em doenças fatais, peritonite aguda difusa resultante de ruptura de cólon ou de perfuração no local onde o enterolitos se instala. Acredita-se que os enterolitos tetraédricos com pontas agudas sejam, mais perigosos que os enterolitos esféricos. 
Aspectos Microscopicos: 
Prognostico: O prognóstico é reservado. A sobrevida do animal depois da cirurgia depende do estado cardiovascular e da integridade da área intestinal afetada . A taxa de sucesso cirúrgico em animais com boa condição física varia de 90 a 95% e 85% dos animais operados deixam o hospital sem complicações pós-cirúrgicas, porém, 15% apresentam peritonite Resultados significativos são obtidos enquanto há integridade da parede intestinal (SCHUMACHER & MAIR, 2002). Segundo Ross & Hanson (1992), a taxa de sucesso chega a 47%, com resultado melhor quando ocorre a remoção do enterólito sem que tenha ocorrido desvitalização do tecido. O líquido peritoneal pode ser normal ao início dos sinais clínicos, porém pode apresentar sinais de deterioração da parede intestinal com um incremento leucocitário e proteico, de acordo com a duração da obstrução, indicando que o animal deve ser submetido à laparotomia exploratória, tendo um prognóstico reservado
Referencias: SCHUMACHER & MAIR, 2002; HASSEL, 2001; EVANS et al. 1981; FISCHER, 1990; TAYLOR et al. 2010; FRASER, 1996;

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