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COMO AGEM OS FÁRMACOS? PRINCÍPIOS GERAIS E ASPECTOS MOLECULARES DISCIPLINA: BASES FARMACOLÓGICAS CURSO: ODONTOLOGIA Profª. Drª. Ana Caroline de Lima Silva Existem diferenças entre Fármaco e Medicamento? Fármaco substância química (molécula), que quando administrada ao organismo interage com seus componentes moleculares específicos produzindo alterações bioquímicas e fisiológicas para produzir um efeito biológico. [F] + R [F- R] → AÇÃO → EFEITO Receptores são macromoléculas que, por sua ligação a determinado fármaco, medeiam essas alterações bioquímicas e fisiológicas Características físicas e químicas do fármaco que contribuem para sua ligação específica ao receptor: hidrofobicidade, pKa, conformação e estereoquímica da molécula. Fármaco é o princípio ativo contido nos medicamentos. Ex.: Dipirona, lidocaína, salbutamol, atenolol, nimesulida, AAS, penicilina, paracetamol, diazepam, furosemida, nifedipino, morfina, captopril, propranolol, sildenafila, adrenalina, omeprazol, atropina, etc. Fármacos não CRIAM efeitos no organismo, eles MODIFICAM uma função já existente! Ligação fármaco-receptor Por que a necessidade do Farmacêutico transformar Fármaco em Medicamentos? Medicamento produto farmacêutico, tecnicamente elaborado, contendo um ou mais fármacos associado(s) a outras substâncias, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico Sua eficácia, segurança e qualidade são comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente (ANVISA/MS) Medicamento É uma forma farmacêutica de apresentação do fármaco. Ex.: codeína xarope paracetamol gotas amoxicilina suspensão dexametasona pomada adrenalina injetável diazepam comprimido omeprazol cápsula salbutamol aerossol Farmacologia Molecular é a parte da Farmacologia que estuda o mecanismo de ação dos medicamentos em nível celular ou em níveis subcelulares. Descreve as interações entre as moléculas dos fármacos e as moléculas da célula. O que o organismo faz com o fármaco? O que o fármaco faz no organismo? Farmacocinética Farmacodinâmica Correlação Farmacocinética/Farmacodinâmica FARMACOLOGIA [F]LIVRE + R SANGUE AÇÃO EFEITO TERAPÊUTICO [F-R] Medicamentos de Ação Geral [F]LIVRE + R SANGUE AÇÃO EFEITO [F-R] INTOXICAÇÃO SUPERDOSE [F]LIVRE + R SANGUE AÇÃO EFEITO [F-R] SUBMEDICAÇÃO SUBDOSE Existem fármacos que não se ligam a receptores para produzirem seus efeitos? Diuréticos osmóticos manitol Laxantes metilcelulose e ágar Acidificantes e alcalinizantes urinários cloreto de amônio e bicarbonato de sódio Anestésicos gerais halotano Classes de Fármacos que não Atuam em Alvos Proteicos Antissépticos locais iodo Adsorventes carvão ativado Antiácidos hidróxido de alumínio Quelantes dimercaprol e EGTA Classes de Fármacos que não Atuam em Alvos Proteicos Fármacos que interagem com: Enzimas Proteínas carreadoras Ácidos nucleicos Canais iônicos Receptores farmacológicos Alvos para Ligação de Fármacos Anticolinesterásicos neostigmina e edrofônio Inibidores da enzima conversora da angiotensina (IECA) captopril e enalaprilato Antibacterianos penicilinas e cefalosporinas Fármacos que Interagem com Enzimas Fármacos que Interagem com Enzimas Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) inibidores da COX (diclofenaco, nimesulida) Antidepressivos inibidores da monoaminooxidase (IMAO) fenelzina, tranilcipromina Bloqueadores da captação da NA anfetaminas, clorpromazina e antidepressivos tricíclicos Bloqueadores da captação da NA e ADR cocaína Interferem com o cotransporte de Na+, K+ e Cl– furosemida (diurético da alça de Henle) Fármacos que Interagem com Proteínas Carreadoras Antibióticos Tetraciclina, cloranfenicol, eritromicina interferem com a síntese proteica Rifampicina interfere com a síntese de DNA Antineoplásicos Metotrexato interfere com a formação do DNA, do RNA e com a fase final da síntese proteica Fármacos que Interagem com Ácidos Nucleicos Anestésicos locais lidocaína, procaína, benzocaína NaV Hipoglicemiantes orais sulfonilureias (glibenclamida, glipizida) Bloqueadores KATP Anti-hipertensivos vasodilatadores di- hidropiridinas (nifedipino, anlodipino) CaV Fármacos que Interagem com Canais Iônicos Receptores de superfície (transmembranares) Receptores intracelulares Fármacos que Interagem com Receptores Farmacológicos Superfamílias de Receptores que estão Envolvidas na Sinalização Transmembranar Ionotrópicos Metabotrópicos ou GPCRs Catalíticos Receptores que transduzem o sinal transmitem a mensagem hormonal “A mensagem é mais importante do que o mensageiro” (Válido para os hormônios!) Superfamílias de Receptores que estão Envolvidas na Sinalização Transmembranar (ALBERTS et al., 2014) Ligação fármaco-receptor Fármacos não CRIAM efeitos no organismo, eles MODIFICAM uma função já existente! Ligação fármaco-receptor Farmacodinâmica descreve os efeitos de um fármaco no corpo Esses efeitos são descritos em termos quantitativos: - potência (CE50) - eficácia (Emax) - segurança (IT) Ligação fármaco-receptor F + R F-R Ação Efeito Biológico RESPOSTA = 0% EFEITO NÃO APARENTE [F] + R [ F-R ] RESPOSTA ≠ 0% EFEITO APARENTE [F] + R [ F-R ] RESPOSTA MÁXIMA EFEITO MÁXIMO [F] + R [ F-R ] Ligação fármaco-receptor Os fármacos podem fazer duas coisas com os receptores: (1) se ligar a eles (afinidade) (2) possivelmente alterar seu comportamento com relação ao sistema da célula hospedeira (eficácia) Afinidade: força química que promovem a associação do fármaco com o receptor Eficácia: informação química de um fármaco que promove a alteração do receptor quando está ligado Ligação fármaco-receptor A ligação de um fármaco e a ativação de um receptor constituem duas etapas distintas na geração da resposta
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