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COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL STEPHEN P. ROBBINS STEPHEN PAUL ROBBINS • Nascido em Los Angeles, Stephen P. Robbins é uma referência internacional em Comportamento Organizacional. • Formado e Doutorado em Administração pela Universidade de Arizona. • Sua pesquisa focalizou aspectos estruturais de um sistema empresarial eficiente e eficaz. • Após ministrar cursos de gestão e de C.O., Robbins iniciou sua publicação de livros – 1974 e assumiu em 2002 seu empreendimento como escritor na área administrativa, depois de se aposentar como professor e atleta. Ph.D., Universidade do Arizona, 1971 MBA, Arizona State University, 1968 BSBA, Universidade do Arizona, 1964 FUNDAMENTOS E DEFINIÇÃO DO COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL O comportamento organizacional é um CAMPO DE ESTUDOS, que investiga os impactos que os indivíduos (1), grupos (2) e a estrutura (3) têm sobre o comportamento de uma organização. Este conhecimento é utilizado para ajudar a empresa a trabalhar com maior eficácia. Enfoca melhorar a produtividade, reduzir o absenteísmo e a rotatividade, bem como aumentar a cidadania organizacional e a satisfação no trabalho. A principal habilidade para gerir o comportamento organizacional é a HABILIDADE INTERPESSOAL. O estudo e prática desse sistema trabalha essencialmente com as PESSOAS envolvidas na empresa ou organização, bem como a Administração em geral. “Os executivos realizam trabalhos por meio do trabalho de outras pessoas”, Robbins Robbins cita um ótimo exemplo profissional: Lakshmi é responsável por uma equipe de 16 funcionários em web designer especialistas em marketing, sendo responsável pelas estratégias de marketing e de Internet para diversos produtos e soluções da MICROSOFT. Ela diz, “Minha formação é basicamente em jornalismo. Mas sou uma boa executiva porque desenvolvi minhas habilidades em gerir pessoas e equipes”; • “A importância das habilidades interpessoais dos executivos está estreitamente relacionado com a necessidade das organizações de conseguir reter funcionários com alto nível de desempenho. • Um estudo sobre a força de trabalho nos EUA, revelou que os salários e benefícios adicionais não são motivos pelos quais uma pessoa gosta de seu emprego e permanece nele. A qualidade do trabalho e o apoio recebido no ambiente de trabalho são muito mais importantes. • Ter executivos com boas habilidades interpessoais é o mesmo que garantir um ambiente de trabalho mais agradável. • Além disso, criar um ambiente de trabalho agradável parece fazer sentido do ponto de vista econômico. Por exemplo, as empresas apontadas como bons lugares para se trabalhar (com base na indicação das “100 melhores empresas para se trabalhar nos EUA”), foram as que também apresentaram melhor desempenho financeiro.” FUNÇÕES EXECUTIVAS Dentro do sistema de C.O., sobre a habilidade interpessoal, há sequência das funções gerais de um Administrador. Robbins menciona o industrial francês chamado Henri Fayol. Ele escreveu cinco funções gerenciais. Hoje, elas foram condensadas em quatro funções: PLANEJAMENTO, ORGANIZAÇÃO, LIDERANÇA E CONTROLE. “Uma vez que as organizações existem para atingir objetivos, alguém precisa definir estes objetivos e as formas de alcança-los. O gestor é esse alguém”. Do Gestor | Administrador Destas quatro funções, citaremos em especial a LIDERANÇA – que abrange parte da psicologia. “Todas as organizações englobam pessoas, e é parte do trabalho do gestor dirigir e coordenar essas pessoas. Essa é a função da LIDERANÇA. Quando os executivos motivam os funcionários, dirigem atividades dos outros, escolhem os canais mais eficientes de comunicação ou resolvem conflitos entre as pessoas, elas estão exercendo a liderança.” Stephen também apresenta dez papéis do gestor, estudados por Henry Mintzberg, agrupados de acordo com suas características básicas relativas aos Relacionamentos Interpessoais, à Comunicação na Transferência de Informações e à Tomada de Decisões. PONTO PRINCIPAL DA PESQUISA PARA ADM.: Robbins também apresenta uma pesquisa feita por Fred Luthans, em que foram constatadas quatro atividades gerenciais entre 450 executivos, analisados entre EXECUTIVOS BEM SUCEDIDOS E EXECUTIVOS EFICAZES: 1. Gerenciamento Tradicional – tomada de decisões, planejamento e controle; 2. Comunicação – troca de informações e atividades burocráticas; 3. Gestão de R.H. – motivação, disciplina, administração de conflitos, recrutamento e seleção de pessoal e treinamento; 4. Interconexão (networking) – socialização, políticas e interação com o ambiente externo da organização. Para gestores eficazes, a comunicação proporcionava a maior contribuição. Enquanto para gestores bem sucedidos, a interconexão era a atividade de maior contribuição para o sucesso. ”EXISTE UM PANO DE FUNDO COMUM ÀS DIVERSAS ABORDAGENS SOBRE FUNÇÕES, PAPÉIS, HABILIDADES E ATIVIDADES DE ADM.: TODAS RECONHECEM A SUPREMA IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE PESSOAS” DISCIPLINAS QUE CONTRIBUEM PARA O COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL PSICOLOGIA SOCIOLOGIA PSICOLOGIA SOCIAL ANTROPOLOGIA CIÊNCIA POLÍTICA DESENVOLVENDO UM MODELO DE COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL MODELO – apenas uma representação simplificada de um fenômeno real para dar base à aplicação do sistema C.O. “Sua proposição é que há três níveis de análise do estudo no comportamento organizacional e que, a medida que caminhamos do nível individual para o do sistema organizacional, vamos aumentando o nosso entendimento sobre o comportamento dentro das organizações. Os três níveis básicos são análogos a blocos de construção; cada nível é construído sobre o anterior. O conceito de grupo é construído sobre o nível básico do indivíduo; e sobrepomos vigas estruturais sobre os níveis do indivíduo e do grupo para chegar ao nível do comportamento organizacional.” VARIÁVEIS DEPENDENTES São FATORES afetados e determinados por outros e definem situações importantes dentro de uma organização. São elas: 1. PRODUTIVIDADE “Uma organização é produtiva quando consegue atingir os seus objetivos, transformando matéria prima em produto – ao mais baixo custo possível. Implica em proceder EFICIÊNCIA E EFICÁCIA.” EFICAZ – quando consegue atender com sucesso as necessidades dos seus clientes. EFICIENTE – quando faz isto com baixo custo. 2. ABSENTEÍSMO Definido como não comparecimento dos funcionários ao trabalho. 3. ROTATIVIDADE Saída e entrada de pessoal da organização, voluntária ou involuntariamente. 4. CIDANIA ORGANIZACIONAL ✓ É um comportamento que ajuda a promover o funcionamento eficaz da organização. ✓ As organizações bem sucedidas precisam de funcionários com desempenhos que ultrapassem suas expectativas – façam mais do que deveres usuais >> saibam trabalhar em equipe A cidadania organizacional implica em: • ajudar os colegas • oferecer-se voluntariamente para tarefas extraordinárias • evitar conflitos desnecessários • mostrar cuidado com o patrimônio da empresa, respeitar as leis e regulamentos • ser tolerante com ocasionais aborrecimentos e imposições relacionadas ao trabalho. “A evidência mostra que as empresas que possuem este tipo de gente mostram um desempenho melhor. Consequentemente, o estudo do C.O., preocupa-se com o comportamento de cidadania organizacional como uma variável dependente.” 5. SATISFAÇÃO NO TRABALHO Relação com fatores de desempenho. Funcionários satisfeitos são mais produtivos! VARIÁVEIS INDEPENDENTES São determinantes das variáveis dependentes. 1. INDIVÍDUO No sistema de C.O., a gestão realizauma análise de fatores influenciáveis ao comportamento do indivíduo dentro do grupo e organização. Características biográficas – idade, sexo e estado civil Características de personalidade e estrutura emocional Valores e atitudes Níveis básicos de capacitação Percepção Tomada de decisão individual Aprendizagem Motivação 2. GRUPO “O comportamento do grupo é mais do que a soma das ações dos indivíduos que fazem parte dele.” O comportamento de cada um é diferente quando estão sozinhas e quando estão em grupo; Analisa-se: • Estágios de formação do grupo • Papéis instituídos • Gerenciamento de conflitos • Normas necessárias para organização • Tamanho do grupo • Coesão 3. SISTEMA ORGANIZACIONAL O mais alto nível do C.O. em sua sofisticação é alcançado quando somamos a estrutura formal ao nosso conhecimento sobre o comportamento dos indivíduos e dos grupos. “Da mesma forma que os grupos são mais que a soma de seus membros, a organização também e mais que a soma dos grupos que a compõem.” Desenho da organização formal Processos do trabalho e as funções Políticas e práticas de recursos humanos da organização Cultura interna todos estes fatores têm direto impacto sobre as variáveis dependentes.