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Trabalho de radiologia

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UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
ESCOLA DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
CINTILOGRAFIA
Guilherme Antonio Niemeyer Di Mango
Duque de Caxias
Junho de 2019
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO
ESCOLA DE CIENCIAS DA SAÚDE
CURSO DE MEDICINA
CINTILOGRAFIA
Guilherme Antonio Niemeyer Di Mango
Trabalho apresentado ao professor Paulo Andrade como parte dos requisitos para a aprovação na disciplina de Prática Médica III. 
Orientador: Prof. Paulo Andrade
Duque de Caxias
Junho de 2019
SUMÁRIO
										 	 Pág
1 – INTRODUÇÃO………………………………………………………………………...4
2 – FUNCIONAMENTO ...............………………………………………………………...4
3 – RADIOFÁRMACOS .............................................................………………………….4
4 – APARELHO DE CINTILOGRAFIA ......…………………………………………......5
5 – TIPOS DE IMAGEM .........................……………………………………………….....7
6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS .………………………………………………..7
7 – CINTILOGRAFIA ÓSSEA .....................……………………………………………...8
8- CONCLUSÃO ..................................................................................................................8
9- REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA ................................................................................9
1 – INTRODUÇÃO 
A cintilografia é método de diagnóstico por imagem da medicina nuclear, a qual é uma especialidade que utiliza a radiação emitida por radiofármacos para realizar exames, tratamento e auxílio em procedimentos cirurgicos. Essa método examina o funcionamento dos diversos órgãos atrvés de uma leve emissão radiotiva detectada pelo equipamento. Nesse caso, o paciente é o responsável por emitir a radiação. 
O radiofármaco é concentrado seletivamente no órgão avaliado, emitindo a radiação que será registrada por sofisticados detectores. Com o auxílio da Física e das novas técnicas de computação gráfica, a fisiologia de órgãos aparece na tela do computador como um filme: em cortes tomográficos, em duas ou três dimensões, em movimento ou em tempo real ou estáticas. As imagens processadas fornecem ao médico segurança na hora de diagnosticar e tratar doenças.
– FUNCIONAMENTO
 Ao paciente é administrado o radiofármaco específico para o estudo de interesse (essa administração pode ser por ingestão, por injeção ou por inalação). O paciente deve aguardar o tempo necessário até que o radiofármaco seja metabolizado. Este tempo varia conforme o estudo de interesse, podendo ser de algumas horas. Decorrido o tempo de espera, o paciente é encaminhado à sala de exames onde as áreas de interesse do corpo serão escaneadas por um detector de radiação. O sistema mais utilizado é o de gama câmaras. As informações obtidas pelo detector são transmitidas para um poderoso sistema computacional que transforma os sinais obtidos em imagens. Como o sistema de detecção faz uso de detectores de cintilação, as imagens obtidas são usualmente denominadas cintilografias.
– RADIOFÁRMACOS
Os radiofármacos constituem a ferramenta básica de investigação em Medicina Nuclear. São constituídos da associação de um composto químico específico, denominado fármaco, com um isótopo radioativo. Os fármacos sofrem processos metabólicos específicos e previamente conhecidos (figura 01). A detecção de anormalidades nestes processos metabólicos permite subsidiar o diagnóstico médico. Sendo assim, pode-se dizer que os fármacos têm a finalidade de “investigador” metabólico.
Os isótopos radioativos têm a finalidade de tornar detectável a presença do fármaco no interior do organismo, visto que a radiação que emitem atravessa o corpo do paciente, podendo ser detectada, e revelando assim a distribuição interna do fármaco ao qual estão associados. 
– APARELHO DE CINTILOGRAFIA 
O aparelho de cintilografia é denominado Gama Câmara ou Câmara de Cintilação (figura 02) e é composta por diversos componentes (figura 03). São eles: colimador, cristal cintilador, válvulas fotomultiplicadoras,sistema de integração, analisador multicanal de altura de pulso, sistema posicionamento e computador de aquisição de imagem com monitor de vídeo.
O colimador é a estrutura mais simples da gama câmara e consiste de uma trama metálica, geralmente chumbo ou tungstênio que tem a propriedade de absorver parte da radiação incidente.
O cristal cintilador em o papel de converter a energia da radiação gama proveniente da fonte radioativa em luz capaz de ser detectada por um sistema fotossensível. Esse cristal deve ser um bom absorvedor da radiação o que implica em ter alta densidade e também alto número atômico.
As válvulas fotomultiplicadoras (conhecidas como PMT) são os dispositivos que irão captar a luz das cintilações provenientes da interação da radiação gama com o cristal cintilador. Esses tubos são fotossensíveis, ou seja, são capazes de detectar luz. A luz penetra pela entrada óptica das PMTs onde está o fotocatodo que é uma camada de material sensível à luz. Ao final desse processo, gera-se uma corrente elétrica
O circuito soma se encarrega de integrar todos os sinais provindos das PMTs para obter o valor total Z da cintilação ocorrida. Este valor é proporcional à energia do fóton gama que causou a cintilação
O analisador de altura de pulso é um sistema de circuitos elétricos que irão tratar os pulsos Z provenientes do circuito soma e selecionar cada um de acordo com sua intensidade, ou seja, sua voltagem que é proporcional à energia da radiação gama que está sendo detectada.
O circuito de posicionamento é um sistema que utiliza as informações de posição das PMTs juntamente com os pulsos elétricos de cada uma para localizar espacialmente quais PMTs foram “iluminadas” pelo evento de cintilação. 
Os sistemas atuais de aquisição de imagens são os computadores que utilizam sinais digitais para processar as informações. No entanto, alguns sistemas mais antigos ainda trabalham com telas fluorescentes para visualizar ou gravar filmes da distribuição da radiação fornecida pela câmara cintilográfica.
 		
5 – TIPOS DE IMAGENS 
Existem diversos tipos de imagens obtidas através da cintilografia, dentre elas as planas estáticas, as planas dinâmicas, varredura de corpo inteiro, SPECT e PET.
As imagens planas e estáticas são provenientes de um objeto ou paciente radioativo o que significa projetar uma imagem real tridimensional (3D) em um plano (2D), algo como os mapas geográficos (2D) que representam o globo (3D) terrestre. Esse processo representa um instante da distribuição do material radioativo (uma foto) e do funcionamento do orgão examinado. Exemplos desta técnica: cintilografia renal com DMSA, cintilografia da tireoide, cintilografia do fígado e baço, cintilografia óssea, cintilografia testicular, cintilografia mamária.
As imagens planas e dinâmicas São estudos da distribuição radioativa ao longo de certo tempo.  Além da informação espacial (posição) também é levado em conta o momento em que foram obtidas. É basicamente uma sequencia de imagens estáticas, cada uma delas obtidas na sequencia da anterior e com um tempo definido e por um intervalo de tempo. Exemplos desta técnica: cintilografia renal dinâmica, esvaziamento gástrico, fluxo ósseo, fluxo cerebral etc.
A varredura do corpo inteiro consiste na técnica de movimentar o detector ou a mesa de exame em velocidade constante de modo a obter a imagem do corpo inteiro ao final do comprimento do paciente. Exemplos: cintilografia óssea
SPECT e PET são tipicamente apresentadas como cortes transversais do paciente, mas a potente elaboração da imagem computadorizada pode facilmente ser reformatada em cortes sagitais ou manipulada quando necessário. O que difere uma da outra é que a SPECT ocorre por emissão de foton e a PET por emissão de positron. 
6 – VANTAGENS E DESVANTAGENS
	Dente as vantagens do processo de cintilografia podemos citar o fato de as imagens serem funcionais, não causar dor, não ser um processoinvasivo, visto que o radiofármaco é administrado via oral, venosa, inalatória ou subcutânea, são raros os processos de hipersensibilidade, há menor exposição à radiação e os radiofármacos são eliminados rapidamente. Esses fatores aumentam a segurança desse processo. 
	As desvantagens, por outro lado, são claras. Dentre ela podemos citar a baixa resolução anatômica das imagens, o longo tempo para obter radiofármacos, o preparo prévio do paciente pode ser cansativo, a aquisição de imagens é demorada, é contra indicado para grávidas e lactantes. Deve-se lembrar, também, de evitar contato com gestantes e crianças no período de 24 horas (um dia)
7 – CINTILOGRAFIA ÓSSEA
A cintilografia óssea (figura 04) é uma das principais formas de detectar metástases ósseas, tumores ósseos, infecções ou inflamações nos ossos, doenças metabólicas dos ossos, necroses ósseas, fraturas de estresse em atletas ou pessoas que praticam atividade física, bem como à avaliação de próteses ósseas. O radiofármaco mais utilizado é dopado com tecnécio ou gálio.
Ao analisar as imagens, o médico deve buscar regiões com a coloração mais evidente (regiões quentes) indicando que determinada região do osso absorveu mais a radiação. As áreas que aparecem mais claras nas imagens (regiões frias), também são avaliadas pelo médico, e indicam que houve menos absorção do pigmento pelos ossos.
8- CONCLUSÃO
	Entende-se, pois, que a cintilografia é uma técnica de obtenção de imagens muito eficaz para o que ela propões (análise funcional dos diversos orgãos). Assim, cabe aos estudantes de medicina terem conhecimento do processo de obtenção de imagem e como cada procedimento funciona.
9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RODRIGUES, P. TECNICO EM RADIOLOGIA – MINISTÉRIO DA SAÚDE Disponível em: <http://rle.dainf.ct.utfpr.edu.br/hipermidia/>, Acesso em: 01 JUNHO. 2019, 14:00.
RIOS, E. TÉCNICAS BIOFÍSICAS DE DIAGNÓSTICO ATRAVÉS DE IMAGENS Disponível em: <https://lume-re-demonstracao.ufrgs.br/tecnicas-biofisicas/index.php/>, Acesso em: 01 JUNHO. 2019, 15:00.
Figura 01 – Radiofármacos indicados para cada órgão
Figura 03 – Componentes da Gama câmara
Figura 02 – Gama câmara ou Câmara de cintilação
Figura 04- Imagem de cintilograifa óssea
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