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Título da aula: METABOLISMO DO GLICOGÊNIO DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO A energia necessária para realização de trabalho deriva principalmente de glicose livre, diretamente obtida dos alimentos ou degradada a partir do glicogênio, que representa um polímero constituído por várias moléculas de glicose, unidas umas às outras através de ligações químicas específicas. O Glicogênio representa uma reserva de glicose para nosso organismo, assim como o amido serve de reserva para os vegetais. GLICOSE OBTIDA PELA DEGRADAÇÃO DO GLICOGÊNIO O glicogênio fica depositado principalmente no fígado e nos músculos, para ser usado quando nosso organismo necessitar de glicose. Assim, toda vez que ficamos um período sem nos alimentar, de pelo menos 4 horas, a concentração de glicose na corrente sangüínea diminui, caracterizando uma situação de hipoglicemia. Isto não é bom para nosso organismo, pois nosso cérebro e algumas outras células só funcionam a base de glicose. A resposta a hipoglicemia em uma pessoa saudável é imediata, ou seja, as concentrações normais de glicose na corrente sangüínea são imediatamente restabelecidas. Glucagon: hormônio protéico secretado pelas células do pâncreas em resposta à queda de glicose na corrente sangüínea. Este sinaliza para o fígado que o glicogênio hepático (100 g) deve ser quebrado para aumentar a glicemia. Assim, o glicogênio começa a ser quebrado pela adição de fosfato inorgânico (Pi) na sua estrutura, produzindo uma glicose fosfatada. Pela ação da enzima glicose-6-fosfatase, o fosfato é retirado do carbono 6 da estrutura da glicose fosfatada, produzindo glicose livre, que se difunde do fígado para a corrente sangüínea, restabelecendo a situação de normalidade. Adrenalina: hormônio não protéico responsável pela degradação do glicogênio muscular, secretado pelas glândulas supra-renais (cerca de 300 g), Este não é usado para manter a glicemia, mas sim para aumentar a quantidade de glicose disponível para o próprio músculo. Qualquer condição de exercício físico aumenta a concentração de adrenalina na corrente sangüínea, aumentando também a produção de glicose fosfatada. Porém, os músculos não possuem a enzima Glicose-6-fosfatas. A glicose fosfatada só pode ser usada para produzir energia para o próprio músculo. É bom lembrar que apenas glicose não fosforilada consegue atravessar a membrana das células e, por isso, a glicose do músculo não pode chegar ao sangue. 1 Vias Metabólicas induzidas pelo aumento de AMPc, em resposta ao Glucagon e Adrenalina Hormônios Tecido ou Órgão Resposta Metabólica Fígado Conversão do glicogênio em glicose Glucagon Síntese de glicose a partir de aminoácidos Adiposo Hidrólise de triacilgliceróis Músculo Esquelético - Fígado Conversão do glicogênio em glicose Adrenalina Adiposo Hidrólise de triacilgliceróis Músculo Esquelético Conversão de glicogênio a glicose ROTEIRO DE ESTUDO OBRIGATÓRIO 01. O glicogênio é um polímero de glicose e constitui uma forma de reserva deste açúcar. Com essa informação responda: a) Localização destas reservas em mamíferos. b) Papel do glicogênio. 02. Considerando as enzimas: glicose 6-fosfatase e glicogênio fosforilase, compare: a) Reação em que cada enzima atua. b) Produto de catálise de ambas enzimas. c) O que há de comum entre as reações catalisadas por estas enzimas. d) Diferencie reações de fosforólise de reações de hidrólise. 03. Sendo o glicogênio uma macromolécula intensamente ramificada, mostre em quais pontos da molécula atua a enzima glicogênio fosforilase. 04. Qual o saldo de ATP quando a glicólise inicia-se pela quebra do glicogênio muscular em situações anaeróbias? Por que o saldo de ATP é maior que o produzido pela quebra de uma molécula de glicose provinda diretamente da alimentação? 05. Essa enzima tem um ponto limite de atuação sobre a molécula do glicogênio. Que ponto é esse e de que forma a enzima desramificadora contribui para a degradação total d a molécula de glicogênio? 06. Duas preparações de músculos esqueléticos de ratos foram submetidas a diferentes tratamentos, com objetivo de se verificar as condições em que haveria degradação de glicogênio. Uma das preparações (A) continha células inteiras e outra apresentava todo o conteúdo das células, excetunado-se a membrana plasmática (B). Os resultados encontram-se na tabela abaixo, onde o nível de degradação encontrado está simbolizado por +. Nº Tubo Adições de: Experimento A Experimento B 01 Glucagon + + - 02 AMP cíclico - + + 03 Cafeína - - 04 Glucagon + Cafeína +++ - 05 AMP cíclico + Cafeína - +++ a) Qual o composto intracelular imprescindível para a degradação do glicogênio? b) Explique o efeito da cafeína. c) Que hipóteses explicariam a ação das substâncias? 2 SÍNTESE DE GLICOGÊNIO A via de síntese de glicogênio é um processo ocorre devido a uma regulação hormonal e a disponibilidade de glicose na célula. 01. Em relação à síntese de glicogênio: a) Citar o gasto de ATP por molécula de glicose incorporada no polímero do Glicogênio. b) Em que compartimento celular ocorre à síntese? 02. Descrever a ação da insulina sobre o metabolismo de carboidratos quanto a: a) Permeabilidade da célula à glicose. b) Síntese de glicogênio. c) Síntese de glicoquinase (fígado). 03. A enzima glicogênio sintase é responsável pela síntese total da molécula de glicogênio, inclusive pela sua forma estrutural. Classifique esta afirmação como falsa ou verdadeira, justificando sua resposta. OBSERVAÇÕES “Tecidos” independentes de insulina para a entrada de glicose: cérebro, hemácias, rim, fígado e ilhotas de Langerhans (pâncreas). As reações de síntese e degradação de glicogênio ocorrem no citosol. Reservas de glicogênio em um adulto normal: cerca de 100 g no fígado e 300 g no músculo. A glicemia é mantida exclusivamente pelo glicogênio hepático até 8 horas após a última refeição.
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