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200635012219_PERSONALIDADE_E_CAPACIDADE

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Personalidade e Capacidade. 
 
Material para o Curso Trilhas da Aprovação OAB. 
Elaboração: Luciano L. Figueiredo1. 
 
1. Personalidade Jurídica 
 
Por meio da personalidade jurídica, confere-se à uma pessoa a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair 
deveres na ordem jurídica. 
 
A pessoa que adquire a personalidade jurídica pode tanto ser pessoa física quanto jurídica, denominada sujeito de 
direito. 
 
Personalidade Jurídica  Sujeito de Direitos  Pessoa Física e Pessoa Jurídica 
 
Entretanto, existem alguns entes desprovidos de personalidade jurídica que possuem capacidade judiciária, deno-
minados entes despersonalizados, tais como a massa falida, a herança jacente, etc. 
 
2. Pessoa Natural, Física ou de Existência Visível. Aquisição da Personalidade Jurídica. 
 
Tem-se por pessoa física o ser dotado de estrutura biopsicológica, titular de direitos e deveres na ordem jurídica. É 
conhecida como pessoa física, natural ou de aparência visível. 
 
Quando a pessoa física irá adquirir sua personalidade jurídica? 
 
Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a 
concepção, os direitos do nascituro. 
 
Personalidade da Pessoa Física  Requisitos  Nascimento + Vida 
 
3. Capacidade Civil 
 
Capacidade é a medida jurídica da personalidade, e se divide em: capacidade de direito, jurídica ou de gozo; 
e capacidade de fato, exercício ou atividade. 
 
3.1 Capacidade de Direito ou de Gozo 
 
É uma capacidade genérica, que se adquire em conjunto com a personalidade. Uma vez adquirida a perso-
nalidade jurídica, a pessoa passar a ser titular de direitos e deveres na ordem jurídica (art. 1º do CC). 
 
Art. 1º do CC: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
 
3.2 Capacidade de Fato, Exercício, Atividade ou Ação 
 
A capacidade de fato é aquela que possibilita a pessoa praticar e exercer todos os a tos da vida civil. Diferente 
da capacidade de direito, a capacidade de fato não é inerente a toda pessoa, cita -se o exemplo dos recém 
nascidos. 
 
 
1 Advogado. Sócio-Fundador do Luciano Figueiredo Advocacia e Consultoria. Doutorando em Direito Civil (PUC-SP) Mestre em 
Direito Privado e Econômico (UFBA). Especialista em Direito do Estado (UFBA). Graduado em Direito pela Universidade Salva-
dor (UNIFACS). Professor de Direito Civil. Palestrante. Autor de Artigos Científicos e Livros Jurídicos. Fan Page: Luciano Lima 
Figueiredo. Twitter: @civilfigueiredo. Instagram: @lucianolimafigueiredo. 
 
 
 
 
 
 
 
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Os desprovidos de capacidade de ação são conhecidos incapazes (absolutos ou relativos). É nítido, portanto, 
que no ordenamento jurídico inexiste mitigação quanto a capacidade de direito, havendo de correlacionar a 
teoria das incapacidades com o abrandamento da capacidade de fato ou exercício. 
 
4. Teoria das Incapacidades 
 
Considera-se uma pessoa incapaz quando inexiste a capacidade de fato, possuindo, portanto restrições à 
prática de determinados atos da vida civil. Por ser uma limitação, a incapacidade deve ser interpretada de 
maneira restrita. Capacidade, portanto, é a regra; enquanto que incapacidade é a exceção , nos casos discri-
minados pela lei. 
 
4.1 Incapacidade Absoluta (Cuidado! Mudança: Lei 13.146/2015). 
 
Prevista no art. 3 do CC: 
 
Art. 3 São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) 
anos. 
I – (Revogado); 
II – (Revogado); 
III – (Revogado). 
 
Absolutamente incapazes São REPRESENTADOS. 
 
4.2 Incapacidade Relativa (Cuidado! Mudança: Lei 13.146/2015). 
 
Prevista no art 4 do CC: 
 
Art. 4 São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: 
I – os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos;
 
II – os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
III – aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; 
IV - os pródigos. 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por legislação especial. 
 
# A senilidade (idosos) significa a incapacidade? 
 
Art. 1.641. É obrigatório o regime da separação de bens no casamento: 
I - das pessoas que o contraírem com inobservância das causas suspensivas da celebração do casamento; 
II - da pessoa maior de setenta anos; 
III - de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial. 
 
Relativamente incapazes são ASSISTIDOS. 
 
Personalidade e Capacidade 
 
1. Personalidade Jurídica. 
 
A Personalidade Jurídica consiste na aptidão genérica para titularizar direitos e contrair deveres na ordem jurídica. 
É a qualidade de ser pessoa. É o pressuposto dos demais direitos. 
 
Aquele que tem personalidade jurídica é denominado de sujeito de direito, incluindo-se, neste rol, as pessoas físicas 
e jurídicas. 
 
Recorda-se, porém, que há os batizados Entes Despersonalizados. Estes, como o nome já traduz, são desprovidos 
de personalidade jurídica. Entretanto, possuem a nominada capacidade judiciária. Com isto, malgrado não terem 
 
 
 
 
 
 
 
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personalidade jurídica, podem figurar em processo, na forma do art. 75 do Código de Processo Civil. Exemplifica-
se tais entes com a massa falida, a herança jacente, a herança vacante... 
 
2. Pessoa Física. 
 
A pessoa física é o ente dotado de complexidade biopsicológica, titular de direitos e deveres e que interage na 
ordem jurídica mediante a prática de atos civis. É chamada de pessoa física, natural ou de existência visível. 
 
Registra-se que, hodiernamente, não mais se remete o conceito de pessoa física à noção de ente biologicamente 
criado, haja vista os métodos artificiais de criação, como a inseminação e fertilização. 
 
Para o Código Civil, a aquisição da personalidade da pessoa física “começa do nascimento com vida” (art. 2°, CC). 
Entende-se por nascimento com vida o início do funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, após a expulsão do 
ventre materno. 
 
Nessa esteira, percebe-se que a aquisição da personalidade jurídica independe do corte do cordão umbilical, viabi-
lidade, sobrevivência superior a 24 horas... Decerto, na ótica legislada, tal aquisição da personalidade jurídica de-
correrá, tão somente, da expulsão do ventre materno e o ingresso de ar nos pulmões. 
 
3. CAPACIDADE 
 
Capacidade é a medida jurídica da personalidade. Juridicamente, a capacidade é um gênero que conta com duas 
espécies: i. capacidade de direito, jurídica ou de gozo e ii. capacidade de fato, exercício ou atividade. 
 
a) Capacidade de Direito, Jurídica ou de Gozo 
É uma capacidade genérica, adquirida juntamente com a personalidade. Assim, adquirida a personalidade jurídica, 
toda pessoa passa a ser capaz de direitos e deveres na ordem jurídica (art. 1º do Código Civil). 
 
b) Capacidade de Fato, Exercício ou Ação 
Consiste na capacidade de pessoalmente praticar atos da vida civil, agindo de forma autônoma. Assim, malgrado 
todos possuírem capacidade de direito, nem todos deterão capacidade de exercício, a exemplo dos recém-nascidos. 
Os desprovidos de capacidade de fato são denominados de incapazes, os quais podem ser absolutos ou relativos. 
 
3.1. INCAPACIDADES 
 
Inicialmente é importante destacar que o Estatuto da Pessoa Com Deficiência (EPD – Lei 13.146/15) alterou, signifi-
cativamente, o regime jurídico das incapacidades, modificando, sobremaneira, os arts. 3º e 4º do CC. 
Em um passeio pelas incapacidades no Código Civil, percebe-se que ela pode decorrer de um critério: 
 
a) Objetivo, Etário ou Cronológico. 
Trata-se de critério facilmente aferível com a simples verificação da certidão de nascimento ou carteira de identi-
dade. 
b)Subjetivo ou Psíquico. 
Trata-se de critério com maior dificuldade de aferição, o que demanda um processo de interdição. 
 
Neste cenário, avançamos ao estudo das incapacidades absolutas e relativas. 
a) Incapacidade absoluta 
Atualmente a incapacidade absoluta envolve os denominados menores impúberes e se limita ao critério etário. 
Assim, é absolutamente incapaz o menor de 16 anos (CC, art. 3o). 
b) Incapacidade relativa 
 
São incapazes relativamente a certos atos ou à maneira de os exercerem (CC, art. 4o): 
 
I. Os maiores de 16 (dezesseis) e menores de 18 (dezoito) anos. 
São os menores púberes. 
 
 
 
 
 
 
 
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II. Ébrios habituais e os viciados em tóxico. 
A embriaguez e o vício em tóxico são considerados causas de incapacidade relativa. 
Registra-se que aqui houve mudança legislativa promovida pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência. De fato havia, 
ainda neste inciso e como causa de incapacidade relativa, aqueles que tivessem o discernimento reduzido. Esta 
passagem fora retirada, diante do fato de que a deficiência, hoje, não gera incapacidade. 
 
III. Aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade. 
Trata-se de novidade decorrente do Estatuto da Pessoa com Deficiência (EPD). 
Antes da reforma, se tratava de situação de incapacidade absoluta, que hoje migrou para relativa. 
 
IV. Pródigos. 
A prodigalidade é um desvio comportamental por meio do qual o indivíduo, desordenadamente, dilapida o seu pa-
trimônio sem um motivo razoável, podendo-o reduzir-se à miséria. Nestes casos, deve o pródigo ser interditado na 
defesa do seu mínimo existencial. 
 
E o Indígena? 
 
A disciplina normativa do índio, que no Código de 1916 mereceu assento entre os relativamente incapazes, passou 
a ser remetida à legislação especial, conforme artigo 4º, parágrafo único, do atual Código Civil de 2002. 
Nessa senda, regem a capacidade dos índios as legislações especiais: a Lei 5.371 (Estatuto da Funai) e a 6.001 
(Estatuto do Índio). 
 
Segundo a disciplina especial, os silvícolas - os oriundos da selva ou índios sem hábitos urbanos - são conside-
rados absolutamente incapazes. Os demais, em regra, estarão sob tutela da FUNAI e, eventualmente, poderão 
ser integrados à sociedade como capazes. Tal acontece com certa frequência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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