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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS - UFMG DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA Paleontologia (GEL048) - Aula Prática 3: ROCHAS SEDIMENTARES 1 - Faça uma breve descrição de cada amostra, abordando granulometria, estratificação, cor e outras estruturas que puder identificar (e.g. fósseis, falhas, estratificação, textura granulométrica). Identifique o tipo de rocha de acordo com as informações abaixo. Sedimentos siliciclásticos: Resultantes do intemperismo de rochas pré-existentes e transportados na forma de partículas, que podem ser classificadas de acordo com seu tamanho (ver classificação de Udden-Wentworth). As rochas sedimentares formadas a partir de sedimentos siliciclásticos receberão nomes de acordo com a predominância do tamanho do sedimento. Essa classificação sugere uma correlação entre a formação da rocha sedimentar e a intensidade da corrente que transportou os sedimentos, i.e. ambientes de maior energia podem carrear partículas de maior tamanho. Os ambientes deposicionais continentais e transicionais estão mais associados à deposição de sedimentos siliciclásticos. As principais rochas siliciclásticas são: Folhelho: composta predominantemente de argila, caracterizada pela facilidade de rompimento ao longo dos planos de estratificação (fissilidade). Argilito: composta predominantemente de argila, com aspecto maciço. Siltito: composta predominantemente de silte, em geral, com aspecto maciço. Arenito: composta predominantemente de areia, com composição mineralógica e proporções de matriz variáveis. Conglomerado e brecha: formados predominantemente de clastos com tamanho acima de 2 mm, sendo mais arredondados no primeiro e mais angulares no segundo. Sedimentos químicos e biológicos: Sedimentos químicos são transportados e sedimentados na forma de moléculas ou íons. São oriundos da dissolução de depósitos minerais pré-existentes (rochas ou outras estruturas), sendo precipitados por reações químicas orgânicas e/ou inorgânicas. Sedimentos biológicos resultam de minerais precipitados pelos organismos, e podem ocorrer no ambiente sedimentar como moléculas, íons ou clastos de tecidos biomineralizados. O controle deposicional de sedimentos químicos e biológicos resulta da interação entre sua composição química e as características do ambiente deposicional. Em geral, os ambientes deposicionais marinhos e oceânicos são mais propícios à sedimentação química. As principais rochas derivadas desses sedimentos são: Calcário: composto por mais de 50% de CaCO3, tem ampla variedade de cores como cinza-escuro, branco, vermelho, castanho e amarelo (entre outras). Apresenta reação de efervescência ao contato com HCl. Rochas ferríferas: nas quais óxidos de ferro compõem mais de 15% do volume de rocha, podendo ocorrer sob a forma bandada, granular ou oolítica. As formações ferríferas bandadas contêm, em geral, camadas de cherte (rocha silicosa), sendo um exemplo o jaspilito, que apresenta lâminas alternadas de jaspe (vermelhas) e bandas cinzas de hematita. Evaporitos: são depósitos formados pela evaporação da água e consequente precipitação mineral. Para alguns autores, os evaporitos nem são consideradas rochas propriamente ditas, devido à facilidade de dissolução. Os ambientes evaporíticos tem regime climático fortemente árido a desértico, implicando influxo de água menor que a taxa de evaporação. Os minerais mais comuns dos evaporitos são calcita e dolomita (carbonatos), gipsita e anidrita (sulfatos) e halita (NaCl). Depósitos ricos em matéria orgânica: rochas ou depósitos em rochas com significativo conteúdo orgânico não mineral. São divididos em depósitos húmicos, formados pela acumulação in situ de matéria orgânica (carvão) e os sapropélicos, cuja matéria orgânica foi transportada ou depositada por suspensão (óleo de folhelho). As partículas são transportadas (arraste, saltação, rolamento, suspensão, decantação) principalmente pela água e pelo vento e serão depositadas em cada ambiente de sedimentação (eólico, fluvial, marinho, lacustre-lagunar, etc.) formando as camadas sedimentares que quando litificadas formam as rochas sedimentares. Portanto cada camada estratigráfica é o reflexo dos processos e ambientes deposicionais. FONTES 1. GROTZINGER, J. & JORDAN, T. H. 2013. Para entender a Terra. Bookman, 738 p. 2. SGARBI, G.N.C (Org.). 2012. Petrografia Macroscópica das Rochas Ígneas, Sedimentares e Metamórficas. Segunda Edição. UFMG, 626 p. 3. SUGUIO, K. 1982. Rochas Sedimentares: Propriedades, Gênese, Importância Econômica. Edgard Blücher, 500 p. 4. TEIXEIRA, W., FAIRCHILD, T.M., TOLEDO, C.M. & TAIOLI, F. 2009. Decifrando a Terra. Segunda Edição. Oficina de Textos, 623 p. 5. TUCKER, M.E. 2014. Rochas Sedimentares: Guia Geológico de Campo. Quarta Edição. Bookman, 326 p. 6. UHLEIN, A. 2011. A Formação Lagoa Formosa, Grupo Bambuí (MG). Geonomos 19(2), 163-172. Classificação de Udden-Wentworth Principais constituintes da rocha sedimentar Tipos básicos de estratificação Tipos de transporte
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