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Continuação Anti Inflamatórios Farmacologia II Paulo Henrique da Silva Barbosa Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro Medicina Veterinária Observação: Não deve-se usar salicilatos em felinos, risco de óbito! São extremamente sensíveis pois não fazem metabolização destes compostos a níveis terapêuticos. Pode desenvolver convulsões, úlceras de natureza hemorrágicas. As reações de conjugação (forma de metabolização dos salicilatos) não ocorrem nos felinos pois estes não apresentam a enzima glicolonil transferase, causando uma intoxicação muito severa. Insuficiência crônica renal: O fluxo plasmático renal, que influencia as taxas de filtração e excreção, envolvem participação de e PGE2 prostaciclinas e outros que, a nível renal, a isoforma de COX 2 se manifesta da forma constitutiva, diferentemente de outras situações. Então o uso crônico destas substâncias altera a funcionalidade renal, causando prejuízos. Importância da Febre Resposta fisiológica que garante solução de resposta inflamatória e isolamento de agente agressor. LPS: Tipo de padrão molecular é um componente presente na parede de bactérias gram negativas que desencadeia resposta febril. Existem toxinas de animais peçonhentes que também têm esta ação. (pirogênios exógenos) Animais de sangue frio também apresentam febre através da síntese de PGE2 que faz com que haja aumento da temperatura corporal. Hipertermia: O corpo ganha mais calor do que consegue perder. É diferente de febre. Pirogênios Endógenos Citocinas (IL-1alfa e beta, IL-6) Quimiocinas Fator pirogênico pré formado em macrófagos Bradicinina Endotelina CRF Prirogênios Exógenos (PAMPs) PAMPs: componentes estruturais invariáveis comuns entre os microrganismos, absolutamente essenciais para a sobrevida dos mesmos. Exemplo: RNA dupla fita: Vários grupos de vírus O PAMPs interage com receptores Toll existentes em células endoteliais, linfócitos, macrófagos e essa interação determina uma série de etapas celulares que a nível nuclear irão ativar a transcrição de um fator nuclear denominado de fator nuclear kapa-B e esse fator vai sintetizar a IL-1Beta, IL-6 , etc, mediadores que vão atuar a nível hipotalâmico ativando a fosfolipase a2 para sintetizar PGE2 que irá alterar o set point de temperatura do organismo, causando a resposta febril. Efeitos Benéficos da Febre Aumento da fagocitose Aumento da produção de anticorpos Efeitos Deletérios da Febre Alta ou Prolongada Desidratação Delírios Inibidores Não Seletivos das COXs Salicilatos: Aspirina Propiônicos: Ibuprofeno, cetoprofeno Enólicos: Meloxicam O potencial ulcerogênico de AINES mais seletivos para COX 1 apresentam maior potencial ulcerogênico pois inibem a produção de muco de proteção da mucosa gástrica, provocando úlceras. A Medida que aumenta-se a seletividade para COX 2, reduz-se o potencial ulcerogênico. Efeitos Adversos dos AINES Seletivos Para COX2 Quando utilizados de forma direta por longo período geram eventos trombóticos, bem como elevação significativa da pressão arterial dos pacientes. Por que? Inibidores de COX 2 inibem a produção de PGI2, mas não de TXA2. A plaqueta não expressa COX 2, todo TX que ela sintetiza é via COX 1. O que acontece quando usamos anti-inflamatório tradicional? Temos inibição da síntese de TX e de Prostaciclina. Quando utilizamos COX 2 muito seletivo, inibe-se somente a síntese de prostaciclina, preservando a síntese de TXA2 pelas plaquetas, o que gera agregação plaquetária, vaso constrição e aumento da PA. Efeitos do celecoxibe: menor incidência de ulceras durante tratamento com celecoxibe. Aspirina Recomendada para isquemias e formação de trombos. Não é recomendado se o paciente for ser submetido a algum exame que leve algum tipo de lesão ou cirurgia porque há alteração na taxa de agregação plaquetária. Acetilação irreversível da COX 1 das plaquetas, esta COX 1 acetilada não será reposta pois plaquetas não produzem núcleo. Antipiréticos e Analgésicos Derivados P-acetoaminofenol: Parecetamol (Acetominofeno) Derivado Pirazolônico: Dipirona Potente atividade analgésica e antipirética porém de baixa atividade anti inflamatória. “Esse medicamento não pode ser utilizado em casos de suspeita de dengue” Por que? Porque a maioria dos anti inflamatórios tem potencial hemorrágico através da inibição de TXA2, coisa que Dipirona e Paracetamol não têm. Por isso, para tratar dor e febre em pacientes com suspeita ou presença de dengue, deve-se usar estas substâncias. Esses dois são capazes de inibir tanto a COX 1 quanto a COX 2 Anti Inflamatórios Esteróides (AES) Agem a nível de transcrição gênica: Inibem produção de proteínas inflamatória Inibem fosfolipase a 2, não havendo síntese de ácido araquidônico, não havendo via da COX e não havendo síntese de mediadores inflamatórias. A ação imunossupressora se dá pela inibição da via 5-lipoxigenase. Atuam sobre fatores nucleares como o FN kapa B, inibindo a síntese de citocinas e mediadores com atividade pró inflamatória. Simultaneamente, a nível nuclear, também atuam ativando a síntese de mediadores com propriedades anti inflamatórias, dentre eles, a síntese da proteína lipocortina que inibe a síntese da fosfolipase A2. Existem dois tipos de receptor glucocorticoides a nível nuclear, o GR monômero e o GR dímero. Ao reagir com o GR monômero, inibe-se a transcrição de fatores como o fator nuclear kapa B e com isso inibe-se a síntese de mediadores com propriedades pró inflamatórias, além de inibir enzimas como a COX. Por outro lado, ao interagir com o receptor dímero, ativa a transcrição de componentes com propriedades anti inflamatórias, como por exemplo a lipocortina que irá inibir a enzima fosfolipase a 2. O tratamento de dores crônicas tem poucas alternativas devido ao grande número de efeitos colaterais devido ao uso crônico do medicamento.
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