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* CODEX ALIMENTARIUS / FAO / APPCC Profa: Andréa Matta Ristow * Codex Alimentarius Introdução O Codex Alimentarius é um Programa Conjunto da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação - FAO e da Organização Mundial da Saúde - OMS. Trata-se de um fórum internacional de normalização sobre alimentos, criado em 1962, e suas normas têm como finalidade proteger a saúde da população, assegurando práticas eqüitativas no comércio regional e internacional de alimentos, criando mecanismos internacionais dirigidos à remoção de barreiras tarifárias, fomentando e coordenando todos os trabalhos que se realizam em normalização. * Codex Alimentarius - ESTRUTURA O Codex Alimentarius possui uma estrutura de direção composta por 3 órgãos quais sejam: a Comissão do Codex Alimentarius, órgão máximo do Programa, com representação de todos os países membros, sendo a instância que aprova as normas Codex. A Secretaria FAO/OMS, que tem como finalidade fornecer o apoio operacional à Comissão e a seus órgãos auxiliares em todo o procedimento de elaboração das normas. O Comitê Executivo, ao qual compete implementar as decisões da Comissão e atuar em seu nome nos períodos entre suas reuniões. Possui, ainda, dois órgãos assessores: JECFA (Grupo FAO/OMS de peritos sobre Aditivos e Contaminantes) e o JMPR (Grupo FAO/OMS de peritos sobre Resíduos de Pesticidas). * Codex Alimentarius – Comitê Brasil Na década de 70, o Brasil tornou-se membro deste Programa, havendo alguma participação nos trabalhos, mas foi a partir de 1980 que se conseguiu uma articulação mais representativa do setor alimentício, com a criação do Comitê do Codex Alimentarius do Brasil (CCAB), através das Resoluções 01/80 e 07/88 do Conmetro. * CCAB O CCAB tem como principais finalidades a participação, em representação do País, nos Comitês internacionais do Codex Alimentarius e a defesa dos interesses nacionais, bem como a utilização das Normas Codex como referência para a elaboração e atualização da legislação e regulamentação nacional de alimentos. A Coordenação e a Secretaria Executiva do CCAB são exercidas pelo Inmetro, sendo o Ministério das Relações Exteriores o Ponto de Contato do Comitê Brasileiro com a Comissão do Codex Alimentarius (CAC). * Sigla usada no Brasil Sigla oficial do MAPA Definições * Sigla usada Mundialmente Pronuncia-se “Rassap” HAZARD ANALYSIS AND CRITICAL CONTROL POINTS - HACCP Definições * APPCC DEFINIÇÕES Sistema APPCC É um sistema de análise que identifica perigos específicos e medidas preventivas para seu controle, objetivando a segurança do alimento, e contempla para a aplicação, nas indústrias sob SIF, também os aspectos de garantia da qualidade e integridade econômica. Baseia-se na prevenção, eliminação ou redução dos perigos em todas as etapas da cadeia produtiva. * Perigos controlados preventivamente em todas as etapas da cadeia produtiva. Objetivo Produção Primária (Farm) Consumidor Final (Fork) CONTROLES * Estratégia de marketing, propiciando maior aceitação e receptividade do produto; Melhor posição de defesa em eventuais demandas judiciais; Atendimento às exigências dos padrões e especificação de qualidade; Atendimento à legislação. Por quê Implantar APPCC? * Para cada cliente que reclama, outros 26 permanecem em silêncio; Um consumidor insatisfeito conta para 8-16 pessoas; Cerca de 91% não readquirem; O bom atendimento à queixa, recupera 85 a 95% dos clientes; O custo para atrair um novo cliente é cinco vezes maior que o dispensado para manter um cliente antigo; Por quê APPCC? * Por quê APPCC? Busca de maior garantia de segurança e qualidade dos produtos; Redução de custos; Redução de perdas econômicas pela menor rejeição de produtos; Ampliação de mercado; Maior competitividade dos produtos, frente aos similares produzidos pela concorrência; * Etapas Preliminares – ISO 22000 Indicação da equipe de segurança de alimentos; Descrição documentada de matérias-primas, ingredientes e materiais que entram em contato com os produtos; Identificação dos requisitos estatutários e regulamentares relacionados ao produto; Descrição documentada das características dos produtos finais; Descrição documentada do uso pretendido e da identificação dos grupos de usuários e/ou consumidores; * Etapas Preliminares – ISO 22000 Preparação de fluxogramas para categorias de produtos ou de processos; Checagem do fluxograma “in loco”; Descrição das etapas do processo, incluindo as medidas de controle; * PARA ELABORAÇÃO DO PLANO APPCC OS DOZE (12) PASSOS NECESSÁRIOS PARA ELABORAR O PLANO APPCC PARA UM PROCESSO/ PRODUTO 1 Passo – Reunir a equipe APPCC 2 Passo – Descrever o produto 3 Passo – Identificar o uso pretendido e o consumidor do produto 4 Passo – Construir o diagrama operacional 5 Passo – Verificar na prática a adequação do diagrama operacional 6 ao 12 Passos - correspondem aos sete (7) princípios básicos * ANÁLISE DOS PERIGOS E MEDIDAS DE CONTROLE PRINCÍPIO 1 IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE PRINCÍPIO 2 ESTABELECIMENTO DOS LIMITES CRÍTICOS PRINCÍPIO 3 ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO PRINCÍPIO 4 ESTABELECIMENTO DAS AÇÕES CORRETIVAS PRINCÍPIO 5 ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO PRINCÍPIO 6 ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE REGISTROS PRINCÍPIO 7 Princípios APPCC * Qual é o perigo (agente)? Qual a sua origem? Por que ele pode ou não ocorrer? Qual é a sua SEVERIDADE? Qual é a sua PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA? Que medidas são adotadas para seu controle? JUSTIFICATIVA RISCO ou SIGNIFICÂNCIA A Análise de Perigos deve responder às seguintes questões: Princípios APPCC ANÁLISE DOS PERIGOS E MEDIDAS DE CONTROLE PRINCÍPIO 1 * Severidade Característica do agente; Independe da probabilidade de ocorrência; Sinônimos: gravidade e periculosidade; Classifica-se em: ALTA (Pode causar a morte); MÉDIA (Produz efeitos graves); ou BAIXA (Produz efeitos moderados ou leves). * Probabilidade de Ocorrência Característica do produto / processo; Independe da severidade; Classifica-se em: ALTO (pH > 4,5 e Aw > 0,85, sem tratamento); MÉDIO (Entre Alto e Baixo); ou BAIXO (pH < 4,5 e Aw < 0,85, ou tratado); * Significância ou Risco SEVERIDADE PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA Baixa Média Alta Baixa Média Alta * Medida de Controle “Qualquer ação ou atividade que pode ser usada para prevenir ou eliminar um perigo à segurança dos alimentos, ou reduzí-lo a um nível aceitável”. CODEX ALIMENTARIUS CAC/RCP 1 – 1969 (Anexo) Revisão 04 - 2003 / Pág. 21 Pode ser preventiva ou não-preventiva. * “Etapa no processo onde o controle pode ser aplicado, e é essencial para prevenir, eliminar ou reduzir a um nível aceitável um perigo à segurança do alimento”. CODEX ALIMENTARIUS CAC/RCP 1 – 1969 (Anexo) Revisão 04 - 2003 / Pág. 21 IDENTIFICAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE PRINCÍPIO 2 Ponto Crítico de Controle * REPRESENTAÇÃO DOS PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE NO FLUXOGRAMA DE PROCESSO (PCC) Seqüência numérica de acordo com a seqüência das etapas do processo produtivo Iniciais relacionadas com a natureza do(s) perigo(s) envolvido(s), entre parênteses. Ex: PCC1 (M), PCC2 (M,Q), PCC3 (F) OBS: - Um PCC pode controlar dois perigos ou mais Mais de um PCC pode ser necessário para controlar um mesmo perigo * DIAGRAMA DECISÓRIO NA IDENTIFICAÇÃO DE PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE – PROCESSO (MODIFICADO) (Aplicado à etapa/processo e perigo) O perigo é controlado pelo programa de pré-requisitos? NÃO – Responder à Questão 1 Questão 1 – Existe (m) medida (s) preventivas para o perigo? SIM (descrever e cont. ) NÃO Controle nesta etapa é necessário para segurança? SIM (cont.) NÃO Nãoé PCC – interromper a análise Questão 2 – Esta etapa elimina ou reduz o perigo a níveis aceitáveis? NÃO (cont.) SIM: Ë PCC Questão 3 – O perigo pode aumentar a níveis inaceitáveis? SIM (cont.) NÃO: Não é PCC – interromper a análise Questão 4 – Uma etapa subsequente eliminará ou reduzirá o perigo a níveis aceitáveis? NÃO → Ponto Crítico de Controle / PCC SIM → não é PCC Modificar etapa, processo ou produto e voltar para Questão 1 * Limites Críticos “Valor de variável ou atributo/critério que separa o que é aceitável do não aceitável”. CODEX ALIMENTARIUS CAC/RCP 1 – 1969 (Anexo) Revisão 04 - 2003 / Pág. 21 ESTABELECIMENTO DOS LIMITES CRÍTICOS PRINCÍPIO 3 * Monitoramento ou Monitorização “Condução de uma seqüência planejada de observações ou medidas dos parâmetros de controle para avaliar se um PCC está sob controle”. CODEX ALIMENTARIUS CAC/RCP 1 – 1969 (Anexo) Revisão 04 - 2003 / Pág. 21 ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO PRINCÍPIO 4 * Importante! Variável ou atributo de controle; Freqüência x Lotes; Método; Responsável; Amostragem. Monitoramento ou Monitorização ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO PRINCÍPIO 4 * Devem responder às seguintes questões: O QUE deverá ser monitorado? QUEM deve realizar a monitorização? COMO deve ser feita a monitorização? QUANDO monitorizar? ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE MONITORIZAÇÃO PRINCÍPIO 4 Monitoramento ou Monitorização * “Qualquer ação a ser tomada quando os resultados do monitoramento nos pontos críticos de controle (PCC) indicarem uma perda de controle”. CODEX ALIMENTARIUS CAC/RCP 1 – 1969 (Anexo) Revisão 04 - 2003 / Pág. 21 Deve ser pensada para o produto e também para o processo. Ação Corretiva ESTABELECIMENTO DAS AÇÕES CORRETIVAS PRINCÍPIO 5 * “Implementação de métodos, procedimentos, testes e outras avaliações, além do monitoramento, para determinar conformidade com o plano APPCC”. CODEX ALIMENTARIUS CAC/RCP 1 – 1969 (Anexo) Revisão 04 - 2003 / Pág. 21 ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO PRINCÍPIO 6 Verificação * Validação “Obtenção de evidências de que o plano APPCC é eficaz”. CODEX ALIMENTARIUS CAC/RCP 1 – 1969 (Anexo) Revisão 04 - 2003 / Pág. 21 Verificação * Documentação e Registros “Estabelecer documentação referente a todos os procedimentos e registros apropriados a estes princípios e sua implementação”. CODEX ALIMENTARIUS CAC/RCP 1 – 1969 (Anexo) Revisão 04 - 2003 / Pág. 21 ESTABELECIMENTO DOS PROCEDIMENTOS DE REGISTROS PRINCÍPIO 7 Registros
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