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8 PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO

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PATOLOGIAS DO SISTEMA NERVOSO 
INTRODUÇÃO: 
 
 
- Uma lesão em uma área que tem corpo de neurônio 
são lesões permanentes. 
- Os prolongamentos – axônios e dendritos – são áreas 
recuperáveis da célula, pois uma célula consegue 
reparar uma área de uma fibra. 
 
- Neurônios: células que fazem a condução do 
impulso, que fazem o comando da ação. 
 
- Cada célula da neuroglia tem uma ação. 
 
 
 
FUNÇÃO: 
 Sustentação 
 Nutrição 
 Revestimento 
 Isolamento 
 Defesa 
 
- Calota craniana – aracnóide – espaço subaracnóideo 
– e a pia-máter em contato direto com o encéfalo. 
ALGUMAS CONSIDERAÇÕES: 
• É um sistema complexo – multifuncional. 
- A localização da lesão é importante para diferenciar 
quais os tipos de conseqüências. 
 
 
• Alguns princípios: 
1. Doenças em duas categorias: 
▪ Processos patológicos: (traumas, infecções, 
neoplasias). 
▪ Doenças particulares: (mielina, 
degenerações). 
- A doença do SNC se pensa em duas categorias, ele 
tem doenças próprias, ligadas as suas estruturas 
especificas, são particulares. E também têm as gerais, 
patologias inespecíficas que podem acontecer em 
qualquer sistema. 
 
- As vezes no sistema nervoso temos uma dificuldade 
histológica. É importante ter um curso clinico 
detalhadado, deste a entrevista com o tutor, exame 
físico, evolução, condução do caso. 
- É um sistema de difícil de diagnostico pelo 
patologista, pois entra em autólise muito rápido. E os 
sintomas as vezes não são muito específicos, que não 
se relacionam diretamente com a doença. 
 
2. Vulnerável a lesões focais – defesa do sistema 
não é uniforme, têm áreas que são mais 
vulneráveis – ele é vulnerável a lesões focais. 
 
3. Localização x função (mesma lesão com 
sintomas diferentes)- a localização da lesão é 
mais importante, do que esta causando a 
lesão, quanto a conseqüência. Primeira 
pergunta: aonde? Localizar a lesão – 
importante para condução do caso. 
 
4. Vulnerabilidade seletiva – barreira 
hematoencefalica e vulnerabilidade do 
neurônio. O neurônio é mais sensível a falta 
de sangue do que de oxigênio. Por exemplo, 
um animal com hemorragia perde mais 
neurônios do que um com parada respiratória, 
pois a isquemia neuronal é letal ao neurônio. 
 
5. Aspectos anatômicos afetam a natureza, 
disseminação, apresentação e o tratamento: 
- Alguns aspectos anatômicos às vezes são positivos, e 
as vezes negativos: 
 
- barreira hematoencefálica: quando os vasos entram 
no SNC a rede capilar tem uma proteção externa. As 
junções das células são muito fechadas, dificultando 
as passagens. Tem os astrocitos importantes para a 
nutrição do neurônio, mas eles são uma barreira 
também. Existe ainda uma membrana basal que é 
outra barreira. Função de proteger o sistema. É 
benéfico, porém às vezes não, por exemplo, quando 
precisa administrar um medicamento que devera 
atingir determinada parte desse sistema e o 
medicamento não atravessa a barreira. 
- SN imunologicamente privilegiado: forma de defesa 
local muito especifica. 
- espaço subaracnóideo com líquido: liquido banha o 
compartimento todo – liquor. A pressão desse liquido 
é distribuída por todo SN. E também dissemina 
rapidamente uma contaminação. 
- volume limitado do conteúdo intracraniano: é um 
compartimento que não se expande que esta dentro 
de uma caixa óssea, qualquer expansão da massa 
causa compressão = falta de perfusão. 
 
 
 
COMPLICAÇÕES COMUNS: conseqüências de 
patologias nesse sistema. 
1- PRESSÃO INTRACRANIANA AUMENTADA E 
HERNIAÇÃO DO CÉREBRO: 
 
-Elevação da pressão média do líquido 
cefalorraquidiano. 
-Ocorre quando o conteúdo intracraniano aumenta 
além da permissão. 
-Sinais: cefaléia, lentidão mental, confusão, edema de 
papila. 
-Conseqüências: 
→ Compressão 
→ Hemorragia 
→ Hérnias do encéfalo (infarto cerebral) 
 
- Pode ter a pressão interna aumentada por dois 
motivos: ou expande a massa ou expande o liquido, 
criando um sistema hipertenso. Pois a calota não 
permite expansão. 
Essa hipertensão vai causar compressão dos vasos, 
não vai haver perfusão, isquemia e infarto cerebral. As 
vezes ocorre uma herniação do cérebro – uma parte 
da massa desce para o canal, nesse caso, os vasos 
sofrem isquemia – região do bulbo e ponto – centro 
da respiração – morte súbita. Também pode ocorrer 
de forma iatrogênica na punção. 
 
2- EDEMA CEREBRAL: 
-Aumento no teor aquoso do SNC. 
-Citotóxico ou vasogênico (abscessos, hemorragias, 
massas - tumor, infecções, traumas) – que levam a 
uma expansão. 
-Hidrocefalia obstrutiva (líquido cruza o revestimento 
ventricular e se acumula na substância branca. 
 
- Edema cerebral = massa em edema, o acúmulo de 
liquido dentro dessa massa. 
3- HIDROCEFALIA: 
-Distensão dos ventrículos com aumento do LCR 
-LCR é produzido no: plexo coróide → Ventrículos → 
Forâmen de Monro → Aqueduto de Sylvius → 
Quarto ventrículo → Foramens cerebelares → 
Espaço subaracnóideo (reabsorvido pelas vilosidades). 
-Hidrocefalia 
 -superprodução 
-diminuição da absorção: 
-comunicante 
-não comunicante ou obstrutiva: as vezes chamada de 
edema, pois o liquido acumula dentro do cérebro. 
- O liquor é produzido dentro do cérebro, tem um 
trajeto e o ponto final dele é o espaço subaracnóideo 
e é reabsorvido pelas vilosidades dessa meninge. Ele 
tem produção e drenagem constante. 
- Outra forma de hipertensão intracraniana é o 
aumento do liquor – as situações que esse liquido 
pode aumentar de volume – quando é superproduzido 
ou não é drenado. Falta de drenagem pode acontecer 
porque o liquor não chega nas vilosidades ou ele 
chega nas vilosidades da aracnóide, mas ela é doente 
e não sabe absorver. 
Quando é dificuldade de drenagem, se classifica em 
comunicante ou não comunicante. Comunicante é 
quando o liquido é produzido, chega na aracnóide mas 
ela não sabe absorver. Não comunicante, ele é 
produzido e antes dele chegar na aracnóide há uma 
obstrução no caminho, o liquor não comunica com a 
aracnóide. Liquido se acumula dentro da massa, 
havendo expansão, se assemelha a um edema 
cerebral. 
INFECÇÕES: 
-LCF: meio de cultura adequado. 
-Via de rápida disseminação 
-Nutrição arterial e drenagem venosa passam pelo 
espaço subaracnóideo. 
-4 vias: 
-corrente sangüínea (bacterianas fúngicas e virais). 
-implante direto: traumática, Punção lombar, Corpos 
estranhos infectados. 
-propagação local (seios aéreos colonizados) – seios 
paranasais tem ligação intima com as meninges, uma 
sinusite pode evoluir para uma meningite, 
posteriormente uma encefalite. Também pode ser por 
otites, infecções de dente etc. 
-a partir do Sistema Nervoso Periférico (virais) – 
migração neuronal, através das fibras nervosas. Como 
por exemplo, o vírus da raiva. 
 
-MENINGITES (meninges) 
-ENCEFALITES (parênquima cerebral) 
-MENINGOENCEFALITES 
- Considerações: observar por onde chegam estes 
agentes – podem vir da corrente sanguínea e para 
atingir encéfalo tem que ser capaz de atravessar a 
barreira hematoencefalica, pode vir por implante 
direto – trauma, corpo estranho penetrante, obj 
perfurocortante, procedimentos de intervenções por 
anestesia ou coleta de material para diagnóstico. 
MENINGITES 
Inflamação limitada às meninges e ao espaço 
subaracnóideo. Existem as meningites químicas e 
infecciosas. 
- As químicas são mais raras que as infecciosas. 
- O diagnostico de meningite: o animal apresenta 
cefaléia, vômitos, alterações neurológicas, convulsão. 
Deve se fazer o exame laboratorial com a punção do 
liquor para saber a diferenciação entre uma meningite 
bacteriana e uma viral. 
 
 
Químicas: 
-liberação ou inserção de substâncias irritativas 
(metotrexato, procaína).Infecciosas: 
1. Meningite piogênica aguda: 
-geralmente bacteriana 
-LCR turvo ou purulento 
-pressão aumentada – pela inflamação aguda, edema, 
deve monitorar para fazer a punção – observar edema 
da papila do nervo óptico. 
-elevação de PMN – citologia do liquor – células de 
defesa destinadas as bactérias. 
-elevado teor de proteína e redução de açúcar – 
aumenta a proteína pois ela esta saindo junto com o 
exsudato – alteração de permeabilidade vascular, e 
redução do teor de açúcar pois ele é substrato das 
bactérias – utilizado de alimento para proliferação. 
-presença de bactérias (direto ou cultura). 
2. Meningite linfocítica aguda: 
- Chamada de linfocítica pois o linfócito é a célula de 
defesa determinada ao combate viral. 
 -viral 
-sinais e sintomas semelhantes à bacteriana – se faz a 
diferenciação pelo líquor. 
-evolução menos fulminante 
-achados liquóricos diferentes; 
→ Pleocitose linfocítica – vai encontrar vários 
tipos de linfócitos dentro do esfregaço, 
mostrando grande diferença- predomina MN. 
→ Moderada elevação de proteínas – menos 
agressão que a bacteriana, tem menos 
exsudação e saída de proteínas. 
→ Teor de açúcar normal – vírus não consome 
açúcar. 
-autolimitadas – se faz o tratamento suporte. 
-tratamento sintomático – tratar intercorrencias. 
 
- O que dá diferencial é a citologia, tipo de célula no 
esfregaço e o teor de açúcar. 
- Seqüelas: depende – da área afetada, onde o vírus se 
instalou. 
 
3. Meningite crônica: 
- Agentes que cronicamente se instalam em um 
organismo. Agentes de infecção lenta, não se livram, 
apenas controlam, em momentos de baixa imunidade 
elas se manifestam. 
-Mycobacterium tuberculosis 
-Brucella sp 
-tipo lento de infecção 
-não há padrão definido do LCR 
-complicações devido à reação inflamatória crônica 
 
 
ENCEFALITES 
 
- Sintomatologias inespecíficas, com padronização de 
sintomas, depende da área afetada. 
 
Infecções bacterianas: 
-conseqüência de meningite 
-infecção direta como na tuberculose 
 
Abscesso cerebral: 
-implantação direta por trauma. 
-propagação (seios). 
-disseminação hematogênica (pulmão, ossos, coração) 
-sinais de comprometimento encefálico. 
-morte por hérnias, aumento da pressão 
intracraniana, trombose ventricular. 
 
Doenças Virais: 
-nas fases iniciais há reação no LCR. 
-geralmente precedida de colonização em outro local 
-raiva é exceção-inoculação direta nos nervos 
periféricos. 
-LCR incolor, pressão ligeiramente aumentada, 
-conseqüências: depende da área afetada. 
DOENÇAS VASCULARES: 
 
- Se tiver um animal com um AVC – pode ser a ruptura 
de um vaso, um acidente vascular hemorrágico ou um 
acidente vascular isquêmico – trombose/obstrução – 
ambos vão causar morte celular, o isquêmico pela 
falta de oxigênio – rompe o fluxo e morre uma parte 
do cérebro. E o hemorrágico destrói pela pressão na 
artéria. Independente se for isquêmico ou 
hemorrágico, quando olha a área afetada observa-se 
uma área de necrose liquefativa e forma uma 
cavitação. 
1-HIPÓXIA ISQUEMIA E INFARTO 
Neurônios: resistentes à hipóxia e vulneráveis à 
isquemia. 
Isquemia: 
▪ Necrose celular individual. 
▪ Necrose parenquimatosa (áreas de infarto) 
Termos: encefalopatia isquêmica-redução 
generalizada da perfusão, com lesão isquêmica ampla 
(profunda hipotensão)- neste caso vamos pensar em 
um animal que esta sangrando – baixa perfusão – 
hemorragia, queda da pressão, insuficiência cardíaca. 
Infarto cerebral-necrose focal (tromboembolismo)- 
necrose é sempre liquefativa – toda vez que 
pensamos em infarto cerebral vamos pensar em um 
ponto de obstrução de uma área especifica. 
Sintomas: torpor e coma (lesões maiores). 
- Hipóxia falta oxigênio, não necessariamente falta 
sangue – o animal para de respirar mas o coração 
continua batendo. Ele esta perfundindo, mas não esta 
ventilando. Um animal que o coração para quando 
tem um choque hemorrágico, baixa volemia, ele tem 
isquemia, hipoxia por causa do suprimento. E infarto é 
área morta. O cérebro é mais resistente a hipóxia do 
que a isquemia. 
2-HEMORRAGIA INTRACRANIANA 
-ruptura ou diátese hemorrágica. 
-localização: 
▪ Hemorragia cerebral: dentro do parênquima 
▪ (decorrente de hipertensão) 
▪ Hemorragia subaracnóidea: decorrente de 
aneurisma roto (atraumática). 
▪ Hemorragia epidural e subdural: associada a 
traumatismo. 
▪ Tipos mistos: produzidas por anomalias 
vasculares. 
 
 
 
TRAUMATISMOS 
1. Fraturas de crânio 
2. Lesões de meninges: 
- hematoma epidural (entre o crânio e a dura-máter): 
→ Decorrente de fraturas 
→ Sangramento arterial 
→ Emergência cirúrgica (hérnias, compressão 
bulbar) 
-hematoma subdural (entre a dura e a aracnóide): 
→ Decorrente de trauma contundente sem 
fraturas 
→ Sintomas mais demorados (flutuação do nível 
de consciência) 
→ Tratamento cirúrgico 
❖ - Ruptura de uma grande artéria, aneurisma 
cerebral ou uma alteração de coagulação 
pode causar uma hemorragia cerebral. Um 
trauma pode causar hemorragia cerebral. 
Lembrar que pela disposição da meninge, tem 
a velocidade no qual as hemorragias 
acontecem. 
❖ Hemorragia epidural, tem espaço para sangrar 
e forma um hematoma – compressão – 
demonstra abruptamente o grau de agressão. 
Subdural aos poucos causa hematoma – 
hemorragia sorrateira.

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