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MATERIAIS CERAMICOS


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MATERIAL CERÂMICO
DEFINIÇÃO
Produtos cerâmicos: materiais obtidos pela moldagem, secagem e cozimento de materiais argilosos.
Aplicação: telhas, pisos, revestimentos, blocos, tijolos e louça sanitária (antigamente era utilizado para fazer tubulações de esgoto).
HISTÓRICO
Período Neolítico – necessidade de armazenar alimentos - surge em locais onde a pedra é escassa - materiais argilosos eram matéria prima abundante na natureza.
Vestígios mais antigos de tijolos não queimados (adobes).
Invenção do tijolo cozido no Oriente Médio.
Tijolos foram uma inovação tecnológica importante pois permitiam erguer edifícios resistentes à temperatura e à umidade.
Produção do tijolo se difundiu com a expansão romana para a Europa e Ásia – tijolo romano (forma mais comprida 6:2:1, fora do habitual).
Com o desenvolvimento do concreto armado e estruturas metálicas os materiais cerâmicos passam a ser usados como elemento de vedação.
Tijolos maciços utilizados atualmente tem proporções menores (1:2:4) – necessidade atual de paredes com espessuras menores devido à urbanização (visa utilizar menos espaço – lotes são menores) e uso de materiais mais resistentes como aço para estruturas de concreto armado.
Quanto maior a carga distribuída na parede maior sua espessura.
MATERIAL CONSTITUINTE – ARGILA
Material natural, terroso, de baixa granulometria (partículas muito finas d< 0,005 mm), que apresentam plasticidade quando entram em contato com à água.
Os argilo-minerais são constituídos de silicatos hidratados de Al, Fe e Mg, que possuem alto teor de Sílica.
A sílica é o componente formador do vidro quando submetida a altas temperaturas. É responsável pela aglomeração, endurecimento e resistência à água após o cozimento (torna o material menos poroso e mais resistente – vitrificação).
TIPOS DE ARGILA
CAULIM: 
Argila primária, utilizada na fabricação de massas para porcelanas. Coloração branca, pouco plástica, deve ser moldada em moldes ou formas. Funde a 1800°C. (mais utilizada na produção de elementos cerâmicos para casa).
Argila vermelha (barro): 
Alta plasticidade e outras variedades de argila em sua composição. Preocupação com o estado de pureza (queima até 1100°C). Coloração de amarelo até tons avermelhados (indica o teor do grau da porcentagem de Óxido de Fe). Variação do solo produz cerâmicas com coloração diferente dependendo do teor de Fe (muito Fe = vermelha pouco Fe = amarela).
argilas refrátarias: 
Caulins e argilas altamente aluminosos. Alto teor de alumina e Fe – são queimadas em temperaturas mais elevadas que os 1100°C. Utilizada em fornos, churrasqueiras e caldeiras. Cerâmicas refratárias fazem com que a transmissão de calor ocorra mais lentamente em materiais de mesma espessura. 
ARGILAS DE GRÊS: 
Composto de argilas refratárias, quartzo, caulins e feldspato. Apresentam grão fino e tem plasticidade. Vitrificam entre 1250- 1300°C (Feldspato responsável pela vitrificação do material). Coloração após a queima varia do vermelho escuro ao rosado. Produção de peças de revestimento (garantia de padronização e qualidade do material – compra de produtos industriais purificados).
betonita: 
Muito plástica, aumenta de 10-15x seu volume em contato com à água e tem grãos muito finos (é pouco utilizada para produção de elementos cerâmicos devido a expansão – material muito poroso).
Quanto à plasticidade: depende das características dos argilo-minerais
Gordas (maior quantidade de colóides confere alta plasticidade devido ao alto teor de alumina. Alta deformação no cozimento);
Magras (alto teor de sílica, produtos frágeis). Baixo teor de colóides e alumina. Semelhante à areia.
Material colóide: tipo de argila que se torna plástica em contato com á água (plasticidade conferida pelo alto teor de alumina). 
Solos mais arenosos são menos plásticos.
PROPRIEDADES DAS ARGILAS
PLASTICIDADE: 
Propriedade de se deformar continuamente quando submetida a uma força e conservar a sua deformação quando está é retirada. Depende do tamanho, formato e comportamento dos grãos e da presença de outros materiais além dos argilo-minerais.
RETRAÇÃO: 
Capacidade de um material sofrer uma redução de volume (contração) durante à queima (secagem e cozimento). Pode gerar fissuração.
Maior a contração com o aumento do teor de alumina.
Quanto maior o teor de Sílica, menor a capacidade de contração na queima.
Cerâmica de revestimento retificada: juntas mais próximas. Importante fazer a retificação porque nem todas as peças queima iguais e pequenas variações da massa (dimensões)resultam em contrações diferentes. 
Efeito do calor sobre as argilas:
20 a 150°C – perda de água de capilaridade e de amassamento.
> 600° C – alterações químicas: Perda da água de constituição, queima da matéria orgânica, formação de óxidos.
> 950 °C -Vitrificação (fundição da sílica).
PROPRIEDADES DAS CERÂMICAS
POROSIDADE: 
Volume de vazios / Volume total.
Influência na resistência mecânica e na densidade. Porosidade do produto depende da quantidade de vidro formado. Essa característica é um índice de qualidade da cerâmica.
Limitações para capacidade de absorção de água, em função da durabilidade do material e da técnica construtiva. Propriedade influência na capacidade de absorção de água final.
Índice de qualidade em relação a revestimentos cerâmicos (menor porosidade = baixa capacidade de absorção de água).
Massa específica: 
Massa do sólido/ Volume do sólido. Utilizada para cálculo das cargas nas estruturas (carregamento).
CAPACIDADE DE ABSORÇÃO DE ÁGUA: 
(Massa saturada- Massa seca)/Massa seca. 
resistência mecânica: 
À compressão, ao desgaste e à tração na flexão.
Em tijolos e blocos precisa determinar a compressão (empilhamento).
Em pisos cerâmicos precisa determinar a resistência á tração e ao desgaste (abrasão).
Nas telhas precisa determinar à tração na flexão.
PROCESSO DE FABRICAÇÃO
Exploração da jazida – tratamentos e regularização da matéria-prima – limpeza e purificação (aprodecimento/ meteriorização) – transporte – trituração – homogêneização misturando H2O – moldagem (prensa direta/ prensa por extrusão) – secagem (forçada/ natural) – queima (forno-depósito- transporte).
Prensa por extrusão: bomba a vácuo retira todo o ar (material compacto). Tipo de bloco de vedação ou estrutural depende apenas da boquilha da extrusora.
Fabricação
exploração da jazida: 
Viabilidade técnica/econômica/ ambiental.
TRATAMENTO DA MATÉRIA PRIMA: 
Purificação e trituração.
regularização da matéria prima: 
Umidificação (até ser 7%) e homogeneização.
Antes da queima o material deve perder umidade (queima rápida – vapor d´agua aumenta o volume do material e peças explodem dentro do forno). 
MOLDAGEM: 
Pasta seca: h% de 4 a 10%, prensagem, ex.: revestimentos cerâmicos.
Pasta consistente: h% de 20 a 35%, extrusão, ex.: blocos; telhas. Precisa passar por secagem para reduzir a umidade para 7-10%.
Pasta fluida: h% de 35 a 50%, ex.: louça sanitária.
Quanto mais industrializado = menos baseado em solos naturais retirados da natureza.
Adequação da composição química visando uma produção em larga escala do material.
Tijolos e telhas= elementos de baixa vitrificação (extração dos componentes apenas em jazidas).
Cerâmica de revestimento, louça sanitária= elementos de alta vitrificação.
Extrusora: Bloco cerâmico de resistência elevada para alvenaria auto-cortante (furos na vertical que permitem a passagem de barras de aço durante o assentamento – estrutural).
Perfil da extrusora gera a secção transversal e a guilhotina define a altura do bloco (altura padrão = 19cm).
secagem:		 
Retirada da umidade (controlada para evitar retração).
Natural: área coberta com galpão aberto ventilado. Em olarias elaboradas ocorre uma condução de calor do forno que passa ar quente por baixo dos blocos (ar quente vem do processo que queima e acelera a secagem),
queima: 
Mudança na estrutura. Vitificação.
Forno de linha; blocos “crús’”entram empilhados em um carrinho que puxa o material ao longo do forno (centro quentee diminui a temperatura até chegar a outra ponta- material sai quente).
Forno tipo iglu: encontrado em olarias (antigo).
Parede secular com entradas nas laterais com madeira para colocar fogo e abertura fechada por assentamento de tijolo.
Tijolos secos – vedação da porta – queima da lenha (variação da temperatura de queima do bloco: no centro recebem menos calor do que nas laterais – coloração e resistências diferentes).
Produtos cerâmicos para construção Civil
MATERIAIS CERÂMICOS SECOS AO AR: 
Adobe – tijolo executado com solo argiloso (60% argilo-minerais + 40% de silte, areia fina e média).
Por não ser queimado sob ação da água torna a ter característica plástica.
Quanto mais argila, maior a retração durante a secagem – mistura de adobes com palha (diminui a retração e a fissuração).
cerâmica de baixa vitrificação: 
Chamadas de Cerâmica Comum- tijolos e telhas. 
O tipo de argila utilizado interfere na qualidade do produto.
Características: Alta porosidade, superfície áspera e fabricados com pouca energia de prensagem.
Superfície áspera principalmente quando são apenas moldados, extrusão deixa o tijolo mais liso.
Tijolos maciços e blocos
Fabricados por extrusão ou prensagem. 
Componente da alvenaria que possui todas as faces planas, podendo apresentar rebaixo em uma das faces de maior área.
requisitos: 
Identificação do fabricante, dimensões nominais ( L x H x C), Identificação de rastreabilidade (lote ou data de fabricação), telefone, e-mail, ou endereço do fabricante/importador/distribuidor para atendimento ao cliente. Para tijolos da classe estrutural (EST+ dimensões nominais).
Blocos de vedação: valor mínimo de absorção de água (8-25%): processo de revestimento = chapisco + reboco.
Chapisco: tem a função de garantir aderência entre o elemento de vedação e a camada de revestimento (aderência se dá pelos poros existentes). Nata de cimento do chapisco entra nos poros, o cimento hidrata, forma cristais entrando nos poros – ligação mecânica que impede que o revestimento caia.
Valor mínimo de absorção de água definido porque no processo de extrusão, a bomba à vácuo retira os poros – patologias.
c do módulo dimensional m=10cm menos 1 cm de argamassa.
Alvenaria Racionalizada: Construção modulada. Utilizar furos na vertical mesmo para alvenaria de vedação.
Carácteristicas geométricas: 
BLOCOS:
 a) medidas das faces (largura, altura e comprimento) – dimensões efetivas ou reais.
b) espessura dos septos e paredes externas dos blocos.
c) desvio em relação ao esquadro (D).
d) planeza das faces (F).
e) área bruta (Ab).
f) área líquida (Aliq), para blocos estruturais
TIJOLOS:
a) medidas das faces (largura, altura e comprimento) – dimensões efetivas ou reais;
b) desvio em relação ao esquadro (D).
c) planeza das faces (F).
d) área bruta (Ab), para tijolos perfurados.
e) área líquida (Aliq), para tijolos perfurados estruturais.
Tijolos são maciços, não se mede a espessura das paredes como nos blocos,
Norma de especificação: capacidade de absorção mínima de água, espessura mínima da parede e a soma mínima das dimensões na parede e da secção transversal.
 variação dimensional: 
Diferenças entre os valores das dimensões de fabricação ou nominais e as dimensões efetivas ou reais. 
Quanto maior a resistência, menor a tolerância dimensional (espessura da parede influencia diretamente na resistência).
Septo = estrutura da parede interna.
BLOCOS CERÂMICOS VAZADOS
Possuem furos paralelos a uma das faces. 
Vedação: suportam somente o peso próprio (furos na vertical ou na horizontal).
Estruturais: suportam cargas previstas em alvenaria estrutural (furos na vertical). Blocos com paredes maciças, blocos com paredes vazadas e blocos perfurados.
requisitos em função da classe: 
De forma geral não há planejamento prévio de modulação (aumenta o custo).
Tijolos maciços podem ser facilmente quebrados mas blocos estruturais devem ser cerrados (desperdício de produtividade).
Blocos e tijolos com largura de até 7 cm só podem ter usos secundários (shafts e paredes que não recebem cargas).
Uso estrutural = largura mínima de 9 cm.
Propriedades mecânicas
Blocos e tijolos de vedação (classe VED) = resistência á compressão individual (fb).
Blocos e tijolos estruturais e de vedação racionalizada (classe EST) = resistência à compressão característica. (fbk).
Todos os corpos de prova devem ser ensaiados de modo que a carga seja aplicada na direção do esforço que o bloco ou tijolo deve suportar durante o seu emprego, sempre perpendicular ao comprimento e na face destinada ao assentamento.
Ensaio de compressão: Quando se usa tijolos em espelho, virar o bloco e aplicar a carga na face de maior dimensão.
RESISTÊNCIA CARACTERÍSTICA À COMPRESSÃO (FBK): 
Estimativa da resistência à compressão da amostra de blocos e tijolos.
Após o cálculo do fbk,est, analizar:
a) se o valor for fbk,est ≥ fbm (média da resistência à compressão de todos os corpos de prova da amostra), adota-se fbm como a resistência característica do lote (fbk).
b) se o valor for fbk,est < Ø × fb(1) (menor valor da resistência à compressão de todos os corpos de prova da amostra), adota-se a resistência característica à compressão (fbk) determinada pela equação Ø × fb(1), os valores de Ø são indicados na tabela.
c) caso o valor calculado de fbk,est esteja entre os limites mencionados anteriormente (Ø × fb(1) e fbm), adota-se este valor como a resistência característica à compressão (fbk).
propriedades físicas
MASSA SECA
ÍNDICE DE ABSORÇÃO DE ÁGUA: 
AA = (Múmida-Mseca)x100/Mseca
tavelas ou lajotas
Elementos cerâmicos retangulares utilizados na confecção de lajes pré-moldadas (baixa vitrificação).
Apoiam-se em pequenas vigotas de concreto armado e servem de forma para a laje.
Resistência a flexão ≥ 700 N.
Elementos utilizados para enchimento de laje cerâmica (precisa ter resistência à flexão- carga das pessoas sob a laje durante o processo de execução). 
ELEMENTOS VAZADOS
Elementos não estruturais para ventilação e iluminação.
telhas cerâmicas 
Telhas = componentes cerâmicos para construção de telhados.
1° etapa de fabricação: extrusão da argila, formando um bastão que é cortado em dimensões adequadas (produzidas por extrusão e prensagem).
Podem ser esmaltadas (coloridas) – quando é lascada é possível observar a cor da superfície cerâmica (vermelha). No mercado a telha colorida de concreto é mais utilizada (quando lascada continua com a cor do pigmento).
2° etapa: prensagem em fôrmas.
3°etapa: secagem e queima (900- 1100°C). Algumas podem levar esmaltação (impermeabilidade, brilho e cor).
características geométricas: 
plana de encaixe
Se encaixam por meio de sulcos e saliências, apresentam furos e pinos para fixação. Não tem ondulações Ex: telha francesa.
telha composta de encaixe
Capa e canal no mesmo componente, apresentam furos e pinos para fixação. São onduladas. Ex: telhas romanas. 
telhas simples de sobreposição
Capa e canal independentes (o canal possui furos e pinos para fixação). Ex: telha paulista. 
Telha plana de sobreposição
Somente se sobrepõe. Apresentam furos e pinos para fixação. Ex: telha alemã.
Utilizada em construções em que o telhado tem elevada inclinação (maior que 45°), para que o peso da neve não acumule na estrutura (uso no Sul do Brasil).
Telhas de dimensões menores que á francesa e sem ondulações (plana).
Não tem o encaixe da ripa (são pregadas). 
características dimensionais: 
 Largura de fabricação.
Comprimento de fabricação.
Posição do pino ou furo de amarração.
Altura do pino.
Rendimento médio.
Galga mínima.
Rendimento médio permite calcular o n° telhas necessárias para 1 m quadrado.
características: 
IMPERMEABILIDADE
Não apresentar vazamentos ou formação de gota em sua face inferior (deixar uma camada de água vedada por 24hs).
RETINILINEARIDADE E PLASTICIDADE:
Evitar problemas de encaixe. Garante a vedação da estrutura do telhado.
Retilinearidade: coloca-se as telhas em uma mesa plana (sem variação dimensionale desnível) e mede-se suas dimensões.
MASSA DA TELHA SECA
Máximo de 6% superior ao valor do projeto.
tolerância dimensional
2% em relação á especificação do fabricante. Telhas de fabricantes diferentes tem variadas dimensões.
absorção de água
Máximo de 20%.
características visuais e sonoridade
Pequenos defeitos e som metálico (indica qualidade).
resistencia À flexão
Transporte e montagem do telhado e trânsito eventual de pessoas (resistência mínima à flexão).
Quanto maior a altura da onda, maior a resistência da telha (telha plana = resistência menor).
Norma apresenta a carga de ruptura e não de resistência á tração, devido à grande variação de dimensão da secção transversal entre os fabricantes (fixa-se a carga e não a resistência á tração).
Telhas simples tem a capa e o canal separados = resistência menor que as telhas compostas de encaixe.
produtos cerâmicos para construção civil
Materiais cerâmicos de alta vitrificação: 
Pisos cerâmicos, azulejos, porcelanatos e pastilhas. Louça sanitária e material refratário.
processo de fabricação
Preparação – conformação – secagem, esmaltação e queima.
Redução da gramatura dos componentes nos moinhos -Secagem no atomizador (umidade passa a ser 7%)-Prensagem – Secagem – Esmaltação e queima.
preparação: 
Via líquida (barbotina): argila diluída em água, passa pelo moinho de bolas, até a obtenção da plasticidade e granulometria desejada para louças sanitárias. Para pisos cerâmicos, segue para um atomizador para extração da umidade.
Atomizador: seca e retira o excesso de água.
Material seco vai para prensagem.
MATERIAIS DE LOUÇA
Os materiais de louça caracterizam-se por sua matéria-prima quase isenta de óxido de ferro, ou seja, as “argilas brancas” (caulim quase puro), com granulometria fina e uniforme e com alto grau de compacidade e vitrificação da superfície, Característica principal: impermeabilização (absorção de água em torno de 2%). Resistencia elevada.
Utiliza-se o processo da pasta fluída (barbotina), em moldes de gesso (também há processos de prensagem em moldes de plástico em fábricas mais modernas).
Peças impermeáveis na superfície (vidrado) e porosas em seu interior.
Esmaltação garante a impermeabilidade (cerâmica é moldada, seca e é retirada do molde – é esmaltada e passa pelo processo de queima).
REFRÁTARIOS
Materiais cerâmicos, naturais constituídos de óxidos metálicos que podem suportar elevadas temperaturas, sem deformar ou fundir (bom isolante térmico).
Para que um material seja considerado refratário deve suportar, sem deformar, uma temperatura de 1435°C.
Óxidos metálicos = alumina (garantem uma baixa transmissão de calor).
Uso em revestimentos de caldeiras e churrasqueiras.
revestimento 
TERMOS TÉCNICOS: 
Esmalte: cobertura vitrificada impermeável.
Polimento; acabamento mecânico aplicado sobre a superfície de um revestimento não esmaltado. Superfície lisa com ou sem brilho (não é esmalte). Última fase de acabamento de alguns produtos.
faixas de tonalidades - conjunto de nuanças localizadas entre dois padrões extremos.
Diferença de cor em lotes do mesmo produto.
muratura - relevo do lado avesso da placa destinado a melhorar a aderência (tardoz). Pode ser constituído por saliências (pisos e paredes) ou reentrâncias/rabo de andorinha (fachadas).
Garante aderência (através de ranhuras) da placa com o revestimento principalmente em paredes em grandes alturas (revestimento pode descolar).
Reformas para trocas de pisos precisam atender uma norma de segurança.
Aplicação do relevo não é feita a partir do esmalte. Feita a partir da forma da prensa (prensa tem ranhuras para promover o Tardoz, aderência da placa inferior coma aragamassa).
processo de fabricação: 
ESMALTAÇÃO
Esmaltadas – GL (glazed).
Não esmaltadas – UGL (unglazed)
queima
Monoqueima ou bioqueima (decoração).
Terceira queima: para acrescentar relevo com materiais e/ou pigmentos.
Indústrias preferem fazer uma queima única (menor gasto com energia na produção de placas de revestimento).
Argila sofre uma retração durante o processo de queima. 
Retificação nas laterais garante o tamanho igual das peças e diminui o tamanho das juntas de assentamento (espaço entre as placas).
Compactação da argila na parte inferior-secagem – aplicação do esmalte na parte superior- queima.
PLACAS CERÂMICAS
Azulejos, pisos, porcelanatos, pastilhas e peças decorativas.
Norma separa as características da placa para uso comum e para usos específicos.
uso comum: 
Identificação, dados do fabricante, diferença de tonalidade, dimensões, geometria e curvatura.
Propriedades físicas: Capacidade de absorção de água, carga de ruptura, resistência á tração na flexão, abrasão, expansão pelo inchamento e dureza.
Propriedades químicas: Resistência ao manchamento e a produtos químicos.
uso específico: 
Propriedades físicas: Resistência ao atrito (maior), ao choque térmico, dilatação térmica e ao congelamento.
Propriedades químicas: Determinação da ausência de chumbo.
critérios para classificação: 
esmaltadas e não esmaltadas
Acabamento: esmaltado (GL) e não esmaltado (UGL).
MÉTODOS DE FABRICAÇÃO
Extrudado (A), prensado (B) e outros (C – moldados sem compactação, não são encontrados no mercado).
Grupos de absorção de água
Grupos de absorção de água 1,2,3.
Revestimentos para piscina devem ser menos permeáveis (menor capacidade de absrção de água|).
classes de resistencia á abrasão superficial
Apenas para placas esmaltadas. PEI varia de 1 à 5.
Revestimento de parede não precisa de resistência à abrasão.
classes de resistencia ao manchamento
Varia de 1 à 5. Produto químico aplicado sobre a placa (quanto maior a facilidade de se retirar o produto, maior a classe).
CLasses de resistencia ao ataque de agentes químicos
Segundo diferentes níveis de concentração (A,B,C). Produto químico em determinada concentração causa desgaste e patologias no esmalte da peça.
ASPECTO SUPERFICIAL OU ANALISE VISUAL
Classes A,B,C. Capacidade de visualizar um defeito.
absorção de água: 
Classe 3 = maior absorção de água. Mais porosa (cerâmica vermelha|).
Cerâmica esmaltada pode ter fissuras devido á variação dimensional ocasionada pela contração térmica e dilatação pela alta absorção de umidade.
Variação pela umidade ou pelo calor.
Memorial descritivo (técnicas construtivas utilizadas, especificação dos materiais e custo). Máximo detalhamento.
resistencia À abrasão superficial (pei): 
Placa é posicionada em um equipamento e se coloca um funil metálico com a ponta de borracha, que fica prensado e impede a saída dos materiais dentro do funil (material abrasivo + água).
Equipamento gira fazendo movimentos circulares e quando se retira o funil aparece uma mancha de desgaste no esmalte.
Análise do número de giros ( PEI=0 menor resistência PEI=5 maior resistência).
resistencia ao manchamento: 
Facilidade na remoção de manchas.
Norma: requisito mínimo classe 3.
Classe 5 = máxima facilidade.
resistencia química: 
Capacidade de manter o aspecto original
Verificação apenas em placas esmaltadas.
Importante na produção de piscinas, saunas e cozinhas industriais (preocupação com a abrasão do esmalte).
Norma: requisito mínimo classe B.
Classificação quanto à qualidade: 
Classe A (1ª): 95% das peças não tem defeitos visíveis a 1 m (separação por bitolas, tonalidades, curvaturas e ortogonalidade de acordo com as normas).
Classe B: defeitos visíveis a 1 m.
Classe C: defeitos visíveis a 3 m. (pior)
resistência ao deslizamento: 
Grau de atrito da cerâmica.
Coeficiente de atrito: umidade entre a placa e o objeto que está sendo ensaiado (carga e a placa).
Classe 2 e 3: classes para usos específicos (rampa descoberta).
observações: 
NBR estabelece características para usos comuns e para usos específicos.
Tamanho de fabricação = tamanho com o qual a placa foi fabricada (tamanho um pouco maior, a peça é retificada).
Tamanho nominal = tamanho com o qual a placa chega para execução.
Especificação das juntas: placa não retificada com tamanho relativamente grande ea base de cerâmica vermelha (variação dimensional maior do que a de base branca). Aumento da temperatura – dilatação- se a junta for menor do que a necessária – placa descola da base (patologias).
Características Físicas e químicas: 
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS
a) absorção de água.
b) carga de ruptura e módulo de resistência à flexão.
c) classe de abrasão superficial, para placas cerâmicas esmaltadas destinadas a pavimentos.
d) resistência à abrasão profunda, para placas cerâmicas não esmaltadas destinadas a pavimentos.
e) resistência ao gretamento, para placas cerâmicas esmaltadas.
f) coeficiente de atrito para pavimentos.
g) expansão por umidade.
h) resistência ao impacto.
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS
a) resistência a manchas.
b) resistência aos agentes químicos.
cARACTERÍSTICA x função e usos específicos: