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Prática de Ensino em Ciências nos Anos Finais do Ensino Fundamental Alun@: Fabiana Bispo de Oliveira RGM: 19962525 Polo: Anália Franco Tutora: Andrea Charquesi Ser professor de Ciências, é apenas ser professor de Ciências? Há anos atrás, quando se comentava sobre escola, alunos e professores, todos imaginavam uma sala de aula estruturada, com alunos calados, obedientes e o professor passando conhecimentos previamente adquiridos. Via-se alunos cobrados para apenas reproduzir aquilo que lhe foras ensinado. Não havia troca, apenas nota, opressão e oprimidos. Ao longo dos anos essa realidade mudou muito, hoje os professores são vistos como facilitadores do conhecimento, pessoas abertas a adquirir o novo e passar o que já conhece. Os alunos também não são mais os mesmos, eles têm pensamentos próprios, buscam por aquilo que acreditam e são independentes para ousar e criar. O grande desafio do professor é despertar no alunado de hoje a vontade de aprender o novo, de construir conhecimentos, inventar, criar e ousar. Hoje, temos um contexto social refletindo em nossas salas de aula, que muitas vezes nos desmotiva, atrapalha e impossibilita a criação de um ambiente prazeroso e rico. Durante a prática do estágio em Ciências, venho observado o professor de ciências buscando formas inovadoras, cativantes e curiosas de ensinar a disciplina de forma prazerosa e libertadora, mas na maior parte das turmas tem interesse em aprender. Com isso, noto que o professor titular além de dar aula sobre Ciências, muitas vezes atua como psicólogo, amigo e companheiro daqueles alunos com problemas domiciliares e sociais de grande complexidade, como o uso de drogas e álcool por membros da família, que sofrem bulling e preconceito em geral. Segundo Freire (1996) Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção. Para mim esse é o maior desafio dentro de uma sala de aula com 40 alunos de contextos e realidades tão diferentes. Isso exige do professor uma energia e uma empatia fora de série, e para isso não me sinto preparada. Ser professor de ciências é algo maravilhoso, pois iniciamos nos adolescentes o conhecimento científico, mas não é fácil! Por isso, vejo o estágio supervisionado como uma grande oportunidade de aprender vivencias com alguém que já enfrenta esse desafio há muitos anos. Não imagino como seria entrar em uma sala de aula de aula para lecionar, sem antes ter realizado meu estágio. Vejo minha atual supervisora, professora Sandra, como uma verdadeira orientadora profissional. Alguém que acredita que a educação pode ser melhor e tudo depende do seu trabalho diário. Por isso, acredito que fiz a escolha certa e busco ser uma professora “chata”, mas adorada pelos alunos, assim como ela é. Referências FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
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