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AIDS - Alterações bucais

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ESTOMATOLOGIA 
AIDS
Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS/ SIDA português)
1981: Começou a doença a se espalhar, matando milhares de pessoas, doença agressiva e desconhecida matando pessoas saudáveis, pneumonia, sarcomas de Kaposi de maneira agressiva e com comportamentos diferentes.
Primeiramente apareceu em pessoas homossexuais, seguindo pelos parceiros, depois pessoas que faziam transfusão sanguinea, usuários de drogas, bebês de mãe usuários de drogas e foi definido como grupo de risco, porém não se sabia o agente etiológico. Como surgiu primeiro nesse grupo, foram classificados como de risco: homossexuais, hemofílicos, drogados, mas hoje sabe-se que isso é uma heresia.
1983: Identificou-se o vírus da imunodeficiência humana, vírus da HIV. A partir disso que se liberou verba do governo para descobrir o tratamento dessa doença, pois antes se morria por que não existia tratamento.
Atualmente sabemos que a AIDS não tem cura, mas é possível viver com tratamentos específicos sem ter manifestação da doença, tem efeitos colaterais. 
Fontes de contágio (onde tem o vírus de forma suficiente para contaminar o hospedeiro).
Sêmen
Secreções vaginais
Sangue
Leite materno
Formas de transmissão
Sexual – via mais frequente de contaminação pelo HIV, mas pode ser que não desenvolva no primeiro contato. 
Parenteral – a chance é muito maior de se contaminar, pois se recebeu sangue contaminado vai ter a doença certamente. 
Perinatal – é passado de mãe para filho, através da via transplacentária (durante a gestação) ou pelo leite materno (as mães não devem amamentar).
É um vírus parasita intracelular, para sobreviver tem que estra dentro de uma célula hospedeira, por que ele é formado só de material genético e proteínas que protegem esse material genético.
Vírus é formado:
Ou por DNA ou RNA e protegendo esse ácido nucleico teremos as proteínas que protegem o material genético. 
Ele não tem maquinaria celular para reproduzir a sua espécie, ele precisa estar lá dentro de uma célula, para se manter vivo. Todo vírus vai ter tropismo por alguma celular hospedeira, seja célula humana, animais ou vegetais tem que entrar na célula para se manter.
Objetivo
Ele chega na célula hospedeira, entra pelo citoplasma, com o objetivo de entrar no núcleo e incorporar o seu material genético ao da célula hospedeira. Ele se desmonta e o DNA dele tem que incorporar no DNA da célula. Quando ele incorporou o material genético ele começa a usar toda a infraestrutura da célula para reproduzir novas células e manter sua espécie. 
HIV - É um retrovírus (seu material genético é um RNA envolvido por várias proteínas), e a célula de tropismo do HIV é o linfócito TCD4.
Objetivo do HIV
Objetivo ao chegar no hospedeiro, é ir até o linfócito TCD4 e se acopla ao receptor TD4 (é a via que ele entra, tropismo) e ai abre a membrana citoplasmática e entra na célula.
Quando esta dentro o linfócito ele tem objetivo de chegar até o DNA, só que ele é RNA para chegar ele tem que ter DNA, então ele se desmonta e usa sua própria enzima, a transcriptase reversa e transforma o RNA em DNA e ai sim ele pode se integrar no DNA da célula e formar seus filhotes, usando a maquinaria da celular.
A transcriptase reversa não faz tudo bem direitinho na sua cópia, e coloca proteínas em lugares errados, criando vírus mutante e por isso a dificuldade para se achar a cura para a HIV, por que constantemente produz milhões de partículas diferentes de HIV.
O vírus se replica muito, tendo muitas células mutantes, que se formam de maneiras diferentes, dificultando o sistema imune combate-lo, pois demora em reconhecer cada célula diferente. Por isso não temos vacina.
Quando o sistema imunológico vai atacar esse vírus ele destrói as células TCD4 também que estão com o vírus lá dentro.
Então além do vírus conseguir fugir do sistema imune por se replicar de maneiras diferentes, quando o sistema imunológico consegue atacar o HIV ele mata as células TCD4 que estão com o vírus. 
Por esse fato das células do vírus aumentares muito por escaparem do sistema imunológico, devido as células mutantes e o sistema imune matar as células TCD4 é que temos o colapso do sistema imunológico, mas antes disso acontecer tem um período em que o paciente é assintomático e esse período depende do hospedeiro, do vírus e do sistema imune de cada individuo.
Janela Imunológica (período logo após a infecção em que o individuo não possui sintomatologia da doença, por que não tem anticorpo suficiente para isso) – 3 semanas, 3 meses, 6 meses.
Os antirretrovirais vão atuar sempre impedindo a replicação do vírus e com isso o sistema imunológico consegue dar conta do processo infeccioso. 
Exemplos: 
Azt ou Zidovudina – impede a transcriptase reversa de funcionar. (Primeiro que surgiu)
Outros impedem a montagem do vírus (impede a replicação do vírus, o sistema imunológico consegue então controlar os processos infecciosos)
Novo medicamento que atua no receptor CCR 5 (receptor que o vírus usa também para se acoplar e infectar os linfócitos) 
Colapso no sistema imunológico – Período Sintomático
Devemos prestar atenção nos pacientes. Ocorre um colapso no sistema imunológico e surgem:
Infecções oportunistas 
Quadro mais severo, maior frequência e maior persistência. As vezes um caso de herpes simples, pode até levar a obtido, infecções oportunistas agem com maior persistência. 
Neoplasias malignas ( Em ordem de maior incidência) 
As principais são Sarcoma de kaposi (+ frequente)
Linfoma não-hodgkin
Carcinoma espinocelular 
 Infecções oportunistas:
CANDIDIASE – Candida Albicans
As principais formas que mais acontecem:
Candidíase pseudomembranosa – placas brancas que são destacáveis com raspagem.
Candidíase eritematosa
É frequente ter candidíase, muitos pacientes tendo diagnóstico por apresentar quadros de candidíase. 
Paciente portador de HIV tem que fazer o tratamento com o coquetel que engloba no mínimo 3 drogas, não se usa apenas uma, pois não terá efeito. Paciente que faz o uso do coquetel direitinho não terá quadros de candidíase (funciona como um marcador, se apresenta essas lesões, os remédios não estão fazendo efeito, deve ser revisto com o infectologista) 
Leucoplasia Pilosa – EBV é a manifestação em pacientes com HIV.
É a reativação do vírus Epstein-Barr, lesão se manifesta como uma placa branca corrugada ou vilosa (ou seja ela não é continua, tem sensação de pelinhos na língua) e é bilateral, também funciona como marcador como a candidíase, está fazendo tratamento certinho para o HIV, essas lesões regridem e entram em remissão não necessitando de tratamento. 
**Questão de prova, tem que saber escrever Epstein-Barr.
Herpes Simples – HSV
Em pacientes com HIV terá quadros muito mais intensos e muito mais frequentes, necessita de tratamento sistêmico, se não teremos complicações maiores.
Condiloma Acuminado - HPV 
Associada ao vírus do papiloma humano (HPV) é uma doença venérea, clinicamente parece um papiloma, mas tem vários ao mesmo tempo e maiores também. Sexualmente transmissível, normalmente em sitio de mucosa genital, anal e bucal. Nem todo paciente que tem essa lesão na boca terá HIV, mas é necessário que se peça anti-HIV para descartar essa doença. O tratamento é a remoção cirúrgica + exame anatopatológico.
Periodontite Necrosante
Quadros muito graves, avançados, incompatíveis com a quantidade de placa e cálculos, sempre que estiver à frente de quadros muito agressivos de periodontites solicitar o anti-HIV.
 Neoplasia Malignas:
Sarcoma de Kaposi 
Tumor maligno de células endoteliais que se apresenta em forma de máculas avermelhadas, arroxeadas ou nódulos ou mesmo tumorações, é multicêntrico, pode se ver vários sarcomas na boca com crescimento agressivo, antes da AIDS o crescimento era menos agressivo.
Pode ser confundido com hemangioma, o que me ajuda é que um hemangioma vai ter anos de evolução e sarcoma vai levar meses para chegar num mesmo tamanho.
Se existe dúvidaque é sarcoma de kaposi se faz a biopsia.
Tratamento é com o uso dos antirretrovirais, só se faz especifico para ele se não responder aos antirretrovirais ou se tem comprometimento estético. 
Está associado ao vírus HHV8 e por isso é que ele responde ao tratamento com os antirretrovirais para o HIV
Linfoma não-hodkin
Aumentaram sua prevalência na cavidade oral, quando tem esse tumor em boca, tem que solicitar o anti-hiv, tem crescimento rápido, de inicio sem dor, quando começa a comprometer o sistema nervoso é que podemos ter parestesia ou sintomatologia dolorosa.
Podem se apresentar também além de massas teciduas, de uma forma ulcerada ou nódulos ulcerados.
O diagnóstico é confirmado por biopsia e confirmando o linfoma tem que fazer quimioterapia.
A quimioterapia só pode começar depois ter iniciado a terapia antirretroviral.
Carcinoma Espinocelular
Ficar atento quando vemos esses carcinomas em pacientes jovens, deve ser solicitado anti-hiv
A conduta é biopsia.
Testes Sorológicos
Anti-HIV 
ELISA
WESTERN-BLOT
PCR
ELISA - Se der positivo chama o paciente para fazer o western-blot para confirmar. 
Pode dar o falso negativo, se o paciente não tiver ainda anticorpos suficientes para positivar, podendo estar na Janela Imuniológica – que pode durar de 3 semanas, 3 meses e 6 meses. 
Western-blot : pesquisa anticorpo, assim como o ELISA. 
 HIV + = elisa + e western-blot +
PCR: se faz para evitar a janela imunológica, mas é um teste caro.
Sorologia anti-HIV + portador assintomático e capaz de infectar = Barreiras de proteção. 
Responsabilidade – prevenção: 
Mudança de comportamento: sexo seguro, evitar o uso de seringas contaminadas, barreiras de proteção
Envolvimento social e político

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