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Gliconeogênese e metabolismo do glicogênio Gliconeogênese: formação de glicose a partir de precursores não glicídicos Em mamíferos alguns tecidos e órgãos dependem da glicose quase completamente como fonte de energia: cérebro/sistema nervoso, eritrócitos, testículos, medula renal, tecidos embrionários O cérebro consome ~120 g glicose/dia = mais da metade das reservas de glicogênio. Entre as refeições ou durante jejum, depois de exercícios físicos vigorosos: organismo supre a necessidade de glicose pela gliconeogênese Ocorre em todos animais, vegetais, fungos e microorganismos Em mamíferos ocorre principalmente fígado e numa extensão menor no córtex renal Destinos da glicose Síntese de carboidratos a partir de precursores simples As reações da glicólise Gliconeogênese x glicólise: não são vias idênticas fluindo em direções opostas Primeiro desvio Reação ocorre na matriz mitocondrial Lançadeira Malato- Aspartato Primeiro desvio: transformação do piruvato em fosfoenolpiruvato Citosol Transformação do piruvato em fosfoenolpiruvato quando lactato é precursor gliconeogênico ✓Importância relativa das vias: depende da disponibilidade de lactato e necessidades de NADH ✓ lactato: hemáceas, músculo ΔG’0 -16,3 kJ/mol ΔG’0 -13,8 kJ/mol Segundo e terceiro desvios GLICONEOGÊNESE Intermediários gliconeogênicos ✓Intermediários do ciclo do Ác. Cítrico ✓Aminoácidos •Balanço energético da gliconeogênese: •Glicos e •Piruvat o •Nas sementes em germinação a gliconeogênese converte gorduras e proteínas em glicose •Citosol •Sacarose •Oxaloacetato •Oxaloacetato •Citrat o •Malat o •Isocitrato •α-cetoglutarato •Succinil- CoA •Fumarato •Succinato •Mitocôndri a •Ciclo de krebs •Fosfoenolpiruvato •Gliconeogênese •Frutose-6-fosfato •Glicose-6-fosfato •Succinato •Oxaloacetato •Malat o •Citrato •Isocitrato •Ciclo do glioxalato •Ácido graxos •Acetil- CoA •Acetil- CoA •Glioxalato •β- oxidação •Glioxissomo Regulação alostérica, covalente e hormonal Regulação das vias metabólicas ✓Células mantêm um estado estacionário dinâmico – massa e composição não variam com o passar do tempo ✓Quando estado estacionário é perturbado: mecanismos de controle intrínsecos são acionados Depois da proteção ao DNA, a manutenção dos níveis de ATP é o mais importante para célula No homem, mais de 4000 genes são envolvidos em processos regulatórios: receptores, reguladores expressão gênica, 500 diferentes cinases, etc Ajustes necessários para a manutenção da homeostase Indicadores do estado energético celular Além do ATP, ADP e AMP, cofatores como NADH, NADPH e outros metabólitos do metabolismo intermediário são importantes como sinalizadores do estado energético celular Os mecanismos reguladores: 1.Maximizam a eficiência na utilização de combustíveis (previnem operação de vias opostas simultaneamente – glicólise/gliconeogênese 2.Repartem metabólitos apropriadamente entre vias alternativas (glicólise/via das pentoses fosfato) 3.Escolhem combustíveis mais adequados ao momento fisiológico ( glicose, ácidos graxos ou aminoácidos) 4.Desativam as vias biossinteticas quando seus produtos se acumula Falhas na regulação eficiente: na maioria dos casos ocorrência de doenças graves Enzimas reguladoras como válvulas metabólicas ✓Reações limitadas pelo substrato (normalmente próximo ao equilíbrio) ✓Reações limitadas pelas atividades das enzimas (normalmente muito distantes do equilíbrio – reações exergônicas) Reações enzimaticamente limitadas: passo limitante da via No estado estacionário, todas as reações ocorrem na mesma velocidade, que é determinada pelo passo limitante. Enzimas que catalisam passos exergônicos, limitantes de velocidade, são normalmente alvo de regulação Controle da quantidade da enzima Formas de modificar a atividade de uma enzima Enzima DNA mRNA Nucleotídeos Aminoácidos Regulação alostérica Regulação por modificação covalente Seqüestro por compartimentalização Associação com proteína reguladora Acessibilidade ao substrato Estabilidade RNA/degradação Taxa de transcrição Taxa de tradução Degradação Formas de modificar a atividade de uma enzima 1.Modificações alostéricas: muito rápidas, na ordem de milisegundos. Acionadas por estímulos locais (variações em metabólitos específicos no meio celular) 2.Mudanças no número de moléculas: mais lentas, na ordem de segundos ou horas 3.Modificações covalentes: medianamente rápidas, na ordem segundos ou minutos Fosforilação: tipo mais comum de modificação covalente Mudanças no número de moléculas e modificação covalente: acionadas por sinal externo – HORMÔNIO (regulação hormonal) Regulação da coordenada da glicólise e gliconeogênese Regulação da Gliconeogênese Primeiro ponto de controle: o destino do piruvato na mitocôndria ✓Ácidos graxos disponíveis em abundância na mitocôndria ✓Acúmulo NADH – parada Ciclo Krebs (necessidades energéticas celulares supridas) Situações de acúmulo de acetilCoA Regulação da Gliconeogênese Segundo ponto de controle: FBPase-1 (frutose bifosfatase 1) – inibida fortemente por AMP Regulação coordenada e recíproca da Fosfofrutocinase-1 e Frutose bifosfatase 1 Regulação hormonal da Glicólise e Gliconeogênese ✓Mediada pela Frutose 2,6 bifosfato, um efetor alostérico da fosfofrutocinase-1 e frutosebifosfatase-1 Regulação hormonal da Glicólise e Gliconeogênese Regulação da síntese da Frutose-2,6-bifosfato pela insulina e glucagon de maneira recíproca Metabolismo do Glicogênio Grânulos de glicogênio em hepatócito. Até 10% da massa do fígado e de 1 à 2 % da massa muscular. 1 partícula: Partícula elementar (21 nm, até 55.000 resíduos e 2.000 pontas não redutoras). 20-40 partículas formando as rosetas . Os grânulos são formados das partículas de glicogênio e suas enzimas relacionadas (biossíntese, degradação e regulação). Degradação: Fosforilase do glicogênio Enzima desramificadora Fosfoglicomutase Degradação: Fosforilase do glicogênio Enzima desramificadora Fosfoglicomutase Destinos da glicose 6-P: músculo x fígado Glicólise, contração muscular Corrente sangüínea Destino da glicose 6-P para a corrente sangüínea Hepatócitos Glicose 6-fosfatase Síntese de glicogênio ✓ Nucleotídeo de açúcar fornece glicose para síntese do glicogênio ✓Sua síntese é irreversível: contribui para irreversibilidade das vias biossintéticas ✓Grupo nucleotídico: energia de ligação que favorece catálise ✓Grupo nucleotidil excelente grupo de saída ✓Forma de marcar a glicose para vias de síntese Glicose-6-P Glicose-1-Pfosfoglicomutase Glicose-1-P + UDP UDP-Glicose + PPi •Início da síntese de uma partícula de glicogênio pela glicogenina •Glicose •Glicogenina •Glicogênio sintase •Glisose •Glicogenina •Glicogenina •Proteína tirosina glicosil trnasferase (Glicogenina) •Glicogênio sintase •Glicogênio sintase, enzima ramificadora do glicogênio •Glicose •Glisose Síntese de glicogênio Glicogênio sintase Glicogênio sintase Síntese de glicogênio Enzima de ramificação do glicogênio Glicogenina do músculo – UDP-glicose (vermelho), manganês (verde), Tyr194 (azul turquesa), Asp162 (laranja) Síntese de glicogênio Glicogenina: molde para a síntese de glicogênio Glicogenina e a estrutura da partícula do glicogênio A fosforilase do glicogênio é regulada de forma alostérica e por hormônios Músculo: Fosforilase B Fosforilase A(ativa) Epinefrina Fosforilação Desfosforilação (PP1) Modificação covalente Controle alostérico Fosforilase B Fosforilase A (ativa) Ca++, AMP Fígado: Fosforilase B Fosforilase A (ativa) Glucagon Fosforilação Desfosforilação (PP1) Modificação covalente Controle alostérico Fosforilase A (ativa) Fosforilase B Glicose Relembrando - A ação da GLICOSE na inibição alostérica da fosforilase A do glicogênio no FÍGADO Fosforilase A como seu próprio sensor de glicose no fígado Mecanismo de ação do glucagon e epinefrina A glicogênio sintase também é regulada por fosforilação e desfosforilação Efeito da GSK3 na atividade da glicogênio sintase: sua inativação inclina o equil’brio em favor da desfosforilaçÃo da Glicogênio sintase por PP1 PP1 – papel central no metabolismo glicogênio Desfosforila: 1.Fosforilase kinase 2.Glicogênio fosforilase 3.Glicogênio sintase ✓É inativada pela fosforilação por PKA ✓Alostericamente ativada pela glicose-6P Via da insulina até a GSK3 e a glicogênio sintase A insulina também estimula a expressão de pelo menos 150 genes Proteína marcadora/direcionadora do glicogênio - GM: união de todas as proteínas reguladoras na partícula do glicogênio Sinais alostéricos e hormonais coordenam o metabolismo dos carboidratos O metabolismo dos carboidratos no hepatócito Sinais alostéricos e hormonais coordenam o metabolismo dos carboidratos Diferenças na regulação no fígado e músculo Os recém nascidos, quando comparados aos bebês de 1 mês, apresentam baixos níveis de fosfoenolpiruvato carboxiquinase, enzima que catalisa a conversão de oxaloacetato em fosfoenolpiruvato. Qual a conseqüência metabólica para esses recém nascidos e o que poderia ser feito em termos de dieta para impedir que problemas apareçam?
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