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Cumprimento de sentença das obrigações de fazer, não fazer e de entregar coisa

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Cumprimento de sentença das obrigações de fazer, não fazer e de entregar coisa
	O novo Código de Processo Civil trouxe algumas mudanças no cumprimento de sentença. Nesse sentido, o presente resumo abordará o cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer (artigo 536), obrigação de não fazer (537) e de entregar coisa (artigo 538).
	Para inicio de conversa, nessa modalidade de cumprimento, o juiz poderá, conforme disposto no caput do artigo 536, de oficio, ou a requerimento, determinar as medidas necessárias à satisfação do exeqüente, para a efetivação da tutela específica.
Todavia, o mesmo não ocorre quando se trata de execução de sentença para pagamento de quantia, pois esta depende de provocação da parte (artigo 513, § 1º, CPC/2015).
	Nesse diapasão, o juiz se valerá, nos casos aqui abordados, entre outras medidas possíveis, a imposição de multa, a busca e apreensão, a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva, podendo, caso haja necessidade, requisitar o auxílio de força policial.
	O presente rol apontado pelo legislador não é taxativo. Sendo assim, trata-se de exemplos de medidas que podem ser adotadas, não se restringindo a estas, podendo a parte solicitar outras que melhor se enquadrem ao caso em concreto. Ou seja, o dispositivo elenca meios coercitivos que podem ser empregados pelo magistrado. Dentre esses, a multa é tida como o meio mais utilizado e eficaz, para o cumprimento das obrigações de fazer ou não fazer.
	Ainda sobre o referido artigo, o Código prevê que nos casos em que haja necessidade do cumprimento da ordem judicial através de busca e apreensão de pessoas e coisas, estas devem ser cumpridas por dois oficiais de justiça. Também disciplina que aquele executado que de modo injustificado descumprir a determinação judicial de cumprimento da obrigação se sujeitará as sanções penais pelo crime de desobediência e incidirá nas penas da litigância de má-fé.
	Assim, não sendo cumprido de modo voluntario a execução pelo executado no prazo de quinze dias, inicia-se o prazo para o oferecimento de impugnação. 
	Já quando se fala de entregar coisa, na decisão judicial que imponha a obrigação de entregar coisa, a mesma deve ser cumprida no prazo fixado pelo juiz. Decorrido o prazo, e não havendo o cumprimento da decisão, será expedido mandado de busca e apreensão ou de imissão na posse em favor do exeqüente. 
	Por fim, cabe destacar que, no que se referente à retenção, não há que se falar em alegação referente à benfeitorias realizadas pelo executado, pois possível indenização ou retenção não é algo que deve ser alegado em sede de contestação, mas na fase de conhecimento.

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