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Eixo Hipotálamo Hipófise Gonadal e IA

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Eixo Hipotálamo Hipófise Gonadal 
em Fêmeas.
O hormônio GnRH é o que comanda todo o eixo, é o que dá inicio a tudo e é produzido no hipotálamo, vai agir na hipófise estimulando a liberação do LH e FSH (gonadotrofinas). 
Núcleo tônico e núcleo pulsátil o hormônio é o mesmo, porem a resposta do tecido desse hormônio vão variar se a liberação é tônica ou pulsátil. O tônico é como se fosse uma escalada de uma montanha, ou seja, cada dia que passa o hormônio se encontra em uma concentração maior, mas demora a se atingir o máximo. Já o pulsátil é um pico, onde sobe e desce muito rápido em questão de horas, então se atinge o pico máximo mais rápido, então a resposta do tecido vai ser diferente para cada um. 
O Hormônio pulsátil consegue medir, então se hoje esta 8 eu sei que amanha estará 9 e ontem estava 7. Já o tônico eu não consigo saber se hoje estará 10 ou amanha, porque o crescimento de concentração é mais lento, então em uma única medida não se consegue pegar o pico, o certo seria medir todos os dias o que na pratica é muito difícil mensurar gonadotrofinas, mas pode se mensurar estrógeno e progesterona onde podemos equiparar em qual momento do ciclo a fêmea se encontra. 
O padrão que estimula o crescimento folicular é a gonadotrofina liberada de modo tônico. Então no núcleo tônico terá liberação de LH e FSH constante onde há crescimento encaminhando se para o ovário e estimulando desenvolvimento folicular. No desenvolvimento dos folículos em determinado momento os folículos secundários, terciários e maduros começam a produzir estrógeno e inibina onde os mesmos vão conseguir voltar e regular o eixo. 
O estrógeno estimula o hipotálamo liberando mais GnRH e é ele quem faz essa mudança de liberação tônica ou pulsátil na hipófise. Então quando há liberação de estrógeno há também uma mudança na liberação das gonadotrofinas.
A inibina age fazendo estimulo seletivo, ou seja, ela estimula o LH e ao mesmo tempo inibe FSH. Quando há mudança de liberação tônico ou pulsátil temos um pulso muito maior do LH, que dá origem ao pico de LH. Ao mesmo tempo em que a inibina estimula atresia folicular ela também consegue voltar o eixo e na hipófise inibir a secreção de FSH, devido o FSH ser o principal homônimo a fazer o folículo se desenvolver, isso quando o folículo está maduro e não precisa mais se desenvolver.
Quando se tem alteração nesse padrão de hormônio acarreta em cistos foliculares, que são nada mais que múltiplas ações de FSH e não ouve um pico de LH levando o folículo a um desenvolvimento continuo sem ruptura para ovulação. 
Após pico de LH se tem ovulação, formação de corpo hemorrágico e formação de corpo lúteo, ou seja, produção de progesterona. A progesterona bloqueia o eixo por completo fazendo feedback negativo tanto em hipófise quanto em hipotálamo, então os níveis de GnRH, FSH e LH se encontram bem baixo enquanto a progesterona estiver bem alta. 
Quando chega a hora do corpo lúteo se degenerar (luteólise), o hormônio prostaglandina L2 alfa fara esse processo. Então a prostaglandina será produzida no útero onde se encaminha até o ovário e faz luteólise, logo após ela retorna e desbloqueia o eixo e tudo volta ao funcionamento. Isso ocorre de forma cíclica ate o momento que a fêmea emprenhar por exemplo, onde se há bloqueio deste mecanismo em todo o período de gestação, ou quando ela se encontra em anestro. 
É possível enxergar uma fêmea que esta em atividade sexual, madura e cicla existem um momento muito característico que é chamado de estro, onde ela terá mudanças comportamentais, pode ou não ter secreções e etc. E para saber quanto tempo durou o ciclo nós vemos o intervalo durante dois estros dela (intervalo interestro). É chamado de ciclo estral devido a evidencia de cio, em primatas e mulheres não tem esse nome devido não ter uma evidencia de cio e aceitação do macho já que elas tendem a aceitar em qualquer período, e por isso é usado como marcador do ciclo à menstruação. 
Todas as fases que podem existir em um ciclo estral são estro, proestro, metaestro, diestro e anestro. Lembrando que algumas espécies podem ou não apresentar todas as fases.
Proestro: inicio do desenvolvimento folicular 
Estro: repetitividade da fêmea (aceitação do macho)
Metaestro: formação de corpo lúteo funcional
Diestro: fase luteínica
Anestro: carência reprodutiva
Proestro e estro são as duas fases consideradas estrogênicas, ou seja, onde o estrogênio passou em níveis altos ressaltando as características de cio.
Metaestro e diestro são fases onde se tem formação do corpo lúteo e o corpo lúteo sucessivamente, isso significa altos níveis de progesterona, ou seja, são fases progestacionais. Sendo assim a fêmea não tem aceitação ao macho e não é possível ver as características de cio.
Anestro é a fase onde os ovários estão descansando, ou seja, não há desenvolvimento folicular, não há folículo produzindo estrógeno, não há corpo lúteo produzindo progesterona. O anestro pode ocorrer por maneira fisiologia como, por exemplo, o anestro pré-púbere, anestro da solenidade, anestro pós parto, anestro estacional ou anestro patológico que vêm decorrer de doenças.
Proestro e estro se têm recrutamento e seleção folicular, então o folículo começa a crescer. Folículo começou a crescer tem produção de estrógeno onde se inicia os sinais de cio.
No proestro os sinais de cio são mais discretos e dependendo da espécie quase imperceptível, quanto mais cresce o folículo mais produção de estrógeno e mais aceitação do macho, já caracterizando o estro. 
 Logo após temos a fase de ovulação e formação de corpo lúteo. Quando se ainda tem corpo hemorrágico seguindo para formação de corpo lúteo é caracterizado fase metaestro.
A maior parte das espécies ovula no estro, mas vacas e búfalas ovulam no metaestro.
Após a formação do corpo lúteo com altos níveis de progesterona, teremos o diestro marcado no seu final a luteólise. Ocorrido a luteólise significa fim de diestro e pode se ir para anestro ou algumas espécies do diestro retornam para o proestro.
O ciclo da vaca é caracterizado como poliéstrico não estacional, isso significa que ela não tem estação reprodutiva, ou seja, ela pode dar cio em qualquer época do ano independente de fatores ambientais, mas também significa que entre dois anestro ela apresentará vários estros, ou seja, o ciclo da vaca sempre será de diestro para emenda de proestro. Ela só terá anestro caso ela fique muito velha ou entre em gestação. 
A puberdade da vaca é muito variável, pois depende de indutores como, por exemplo, peso, porte, estação do ano enfim. O principal fator seria o peso, pois após ela atender 70% do seu peso vivo é que os folículos serão liberados e para todas as espécies. 
- ZEBUÍNA: mais tardio (18 a 24 meses)
 - TAURINA leiteira: 10 a 12 meses 
- TAURINA de corte: 11 a 15 meses
CICLO ESTRAL 
- 21 dias (14 a 29 dias)
 - ovulação ESPONTÂNEA 
- ÚNICA: 90%
 - ovário DIREITO: 60%
PROESTRO:Essa variação de horas é em relação ao gado leiteiro, pois quando elas se encontram em lactação o cio das mesmas é muito diminuído e quanto maior a sua capacidade de produção menor é o seu cio. Isso ocorre porque uma vaca em lactação tem o metabolismo muito acelerado o que significa que ela metaboliza muito mais rápido os hormônios da reprodução (estrógeno e progesterona), e então essa demonstração de cio é muito reduzida. Uma vaca com pico de lactação produzindo 50 kl de leite por dia pode ter de cio de 4 a 6 horas.
- Dura em média 24 horas 
ESTRO (CIO):
- Dura em média 18 horas (12 a 30 horas) 
METAESTRO:
- Duração de 3 a 5 dias
- Formação de corpo lúteo funcional
- Ovulação após 30 horas do inicio do estro 
DIESTRO:
- Duração em média de 15 dias
As ondas foliculares acontecem sempre, sendo de 2 a 3 ondas por ciclo. Esse processo dura em média de 7 a 11 dias e aquelas que conseguem fazer 3 ondas dura menos.
Enquanto se tem corpo lúteo ativo com níveis altos de progesterona que é uma duração muito prolongada de quase 20 dias, nesse período a progesterona está
bloqueando o eixo, mas no recrutamento folicular que é o inicio de desenvolvimento folicular não depende da ação da gonadotrofina, isso significa que mesmo com o eixo bloqueado e os índices de LH e FSH baixos isso não impede uma zona folicular de se desenvolver. O que acontece é que quando o foliculo chega ao estagio de foliculo secundário ele vai necessariamente precisar de FSH para ser alimentado, se não tem FSH esse foliculo entra em atresia. Foliculo entrou em atresia então se inicia mais uma onda folicular, se ainda se encontrar em estagio de corpo lúteo entra em atresia novamente, quando chegar o momento de luteólise se encontrará uma nova onda, onde o filiculo já se encontra com receptor para FSH para o seu crescimento, neste momento os níveis de progesterona cai e níveis de gonadotrofinas sobem. Essas gonadotrofinas irão desenvolver o foliculo e quando ele começa a crescer ele produz estrógeno, onde resultará em cio na fêmea e consequentemente fase aceitação, onde ela entra em proestro e estro.
ANESTRO PÓS-PARTO
 - involução uterina: média 45 dias
 - intervalo – primeira ovulação: 30 dias (10 a 110 d) 
VARIÁVEIS: 
- condição corporal 
- multíparas: mais precoces 
- amamentação 
- nutrição 
INTERVALO ENTRE PARTOS IDEAL: 12 meses 
- cobertura: 50 dias após o parto
 - concepção: 80 dias após o parto
COMPORTAMENTO DE CIO: 
- ação do ESTRÓGENO é potencializada pela pré-exposição à PROGESTERONA 
- ovulações sem sintomas de cio no início da vida reprodutiva 
- mugidos
 - comportamento homossexual 
- tampão mucoso
 - mais ativa 
- micção
MÉTODOS DE DETECÇÃO DE CIO: 
- inspeção: muitas falhas! 
- cio nas horas mais frescas do dia!
 - buçal marcador (marcador de tinta)
 - rufião
 - fêmea androgenizada 
- radio telemetria
IDEAL: 	
- detecção de cio de 90%
 - intervalo entre partos: 12 meses - 1,5 serviços/ concepção 
- 70% prenhez
Búfala
São poliéstricas estacionais, ou seja, em terminado do ano elas fazem vários ciclos e em outro momento elas entram em anestro prolongado.
- vários ciclos ovulatórios na estação sexual 
- ANESTRO DE PRIMAVERA E VERÃO
 - ciclam quando nas horas de luz / dias menores - março à junho (outono e inverno).
Em espécies que a melatonina estimula a reprodução são aquelas que ciclam quando tem muita melatonina (outono/inverno). As espécies que a melatonina inibe a reprodução são aquelas que ciclam quando tem pouca melatonina (primavera/verão). Então pode se fazer tratamento com melatonina, que pode ser subcutâneo onde ela atinge o eixo, mais especificadamente no GnRH onde ela estimula ou inibe, ou introdução de hormônios.
Gestação de búfala é mais longa, se ela emprenha na primavera ela concederá em primavera/verão.
CICLO ESTRAL
 - 21 dias (18 a 22 dias)
PROESTRO: 12 a 24 horas
 - fêmea NÃO receptiva
 - cauda erguida, mugidos intensos. 
- edema vulvar ESTRO: 12 horas 
METAESTRO: ovulação!
- 3 a 5 dias 
DIESTRO:
- CL funcional: 16 dias
Não apresentam comportamento homossexual!
PERÍODO DE GESTAÇÃO:
 - variável com subespécies: 
- “de água” (2n: 50) – 305 a 320 dias 
- “do pântano” (2n:48) – 320 a 340 dias
ANESTRO PÓS-PARTO 
- involução uterina: 28 a 45 dias 
- intervalo – primeira ovulação: 59 a 96 dias (35 a 180)
 - primeiro cio detectado: 75 a 90 dias 
VARIÁVEIS: 
- condição corporal e nutrição 
- baixa produção 
- parto normal
 - parto durante inverno e início de primavera
 
INTERVALO ENTRE PARTOS IDEAL: 18 meses 
- concepção: 125 a 180 dias
Inseminação Artificial 
Em vacas IA já esta bem estabelecida há muitos anos e é a maneira mais fácil de fazer melhoramento genético, porque conseguimos inseminar um numero maior de fêmeas e selecionar o melhor touro.
A IA não requer tanto instrumentos, mas é necessária pelo menos uma base como um laboratório e etc.
Ferramenta reprodutiva que engloba a colheita do sêmen, sua análise, processamento e manutenção, até a introdução no aparelho genital da fêmea, por meio de recursos artificiais, objetivando a concepção.
APLICAÇÕES E VANTAGENS: 
1) Controle da transmissão de doenças infecto-contagiosas 
- doenças infecciosas transmitidas pela monta natural: brucelose, tuberculose, campilobacteriose, tricomoníase, diarréia viral bovina.
2) Incremento do melhoramento genético e da produção animal 
- maior número de descendentes por reprodutor
MONTA NATURAL: 1 ejaculado = 1 fêmea prenhe
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL: 1 ejaculado = 200 doses de sêmen
3) Aprimoramento do controle zootécnico 
- encurtamento da estação reprodutiva
 - concentração de partos
4) Racionalização do manejo reprodutivo
 - necessidade de touros na propriedade ?
- formação de banco de germoplasma: células reprodutivas, pele, sangue, pelo etc.
 - prevenção de acidentes
- possibilidade de usar animais que já morreram
 - amortização mais rápida do reprodutor
DESVANTAGENS: 
- má escolha do touro
 - processamento errado do sêmen 
- armazenamento incorreto 
- redução da variabilidade genética 
- sucesso depende da detecção de cio
 - falta de higiene: predisposição a doenças
 DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DO REBANHO
ETAPAS:
 1) COLHEITA DO SÊMEN 
2) AVALIAÇÃO DO SÊMEN 
3) PROCESSAMENTO (congelação / refrigeração) 
4) MANIPULAÇÃO (sexagem) 
5) TÉCNICA DE IA
Momento ideal da IA
 OVULAÇÃO: 12 a 14h após término dos sinais de cio 
- CIO PELA MANHÃ: inseminar à tarde 
- CIO PELA TARDE: inseminar na manhã seguinte
Preparação do material da IA 
TÉCNICA DE IA
 Descongelação do sêmen: 35-37 oC, 30 segundos
Aplicador universal, embolo, cone e anel
Montagem do aplicador
TÉCNICA DE IA
 -Inseminação intrauterina com auxílio da palpação retal 
- limpeza do reto e região perivulvar (papel ou água) 
- introdução do aplicador via vaginal, transpassando os anéis cervicais 
- deposição do sêmen no corpo do útero 
- massagem do clitóris/

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