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Princípios do Comportamento Na Vida Diária Baldwin, J.D. e Baldwin, J l . Tradução do livro: “Behavior Principles In Everyday Life” Baldwin, J.D. e Baldwin, J.L. Universidade da California, Santa Bárbara - 1986 Prentice Hall, Inc - Englewood Cliffs, N. Jersey. Equipe de Professores Tradutores • Laura Furtado Ciaiffo (Psicóloga Clínica) • Maria José E. Vasconcellos (Mestre Psicologia - UFMG - Psicóloga clínica) • Sílvia Rejane Castanheira Pereira (Mestre Psicologia - UFMG) • Sônia dos Santos Castanheira (Mestre Psicologia - UFMG - Psicóloga clínica) Coordenação - Organização (1987-1998): • Professora Sôr.ia dos Santos Castanheira "Este trabalho está sendo utilizado em caráter experimental, exclusivamente com alunos das disciplinas Psicologia Experimental I e II, do Departamento de Psicologia UFMG. até que se efetive a publicação desta tradução, com autorização do diretor FAFICH-UFMG ” Dez. de 1987 Serviço Editoração / Digitação Atualizada - 1998 ♦ Elisa Nunes - Aluna Psicologia - FAF1CH - UFMG * Felipe Alexandre N. Santos - Aluno Mecatrônica - PUC/MG • Jaime Camargos - Aluno Psicologia - Fac. Newton Paiva • Walter Lana - Aluno Psicologia - FAFICH - UFMG ÍNDICE 1. Ciência e Comportamento Humano - Trad.: Sônia S. Castanheira................................................. 1 Uma ciência que cresce.........................................................................................................................2 Conclusão..............................................................................................................................................5 2. Condicionamento O perante-Trad.: Sônia S. Castanheira.............................................................6 ; O operante: comportamento instrumental.......................................................................................... 8 Reforçamento....................................................................................................................................... 9 . Extinção............................................................................................................................................. 20 L Punição................................................................................................................................................24 Dcscontinuidadc da punição............................................................................................................. 29 Imediaticidade e contingência...........................................................................................................31 Conclusão........................................................................................................................................... 33 3. Condicionamento Pavloviano - Trad.: Maria José E. Vasconcellos............................................34 ^Condicionamento rápido..................................................................................................................34 \Dois tipos de reflexos......................................................................................................................36 ^Condicionamento normal...................................................................................................................38 Sete determinantes da força do condicionamento............................................................................41 Respostas condicionadas comuns..................................................................................................... 43 Extinção.............................................................................................................................................47 Condicionamento de ordem superior................................................................................................ 51 Contracondicionamento.................................................................................................................... 54 Conclusão.................................................................... ............................................................ 57 4. Condicionamento Operante e Pavloviano Juntos - Trad.: Maria José E. Vasconcellos...........58 Diferenças entre condicionamento operante e pavloviano............................................................. 58 Condicionamento operante e pavloviano......................................................................................... 60 Conclusão.......................................................................................................................................... 66 5. Colagem de Estímulos - Trad.: Silvia R. C. Pereira......................................................................67 Múltiplos estímulos antecedentes..................................................................................................... 67 Estímulos externos e internos............................................................................................................70 Generalização (operante).................................................................................................................. 73 Discriminação (operante).................................................................................................................. 77 Generalização (pavloviana)............................................................................................................. 79 Discriminação (pavloviana) .................................................................................................... 81 O papel das palavras na colagem de estímulos............................................................................... 82 Identificando o contrcle de estímulos.............................................................................................. 85 Conclusão.......................................................................................................................................... 88 6. Reforçadores e Punidores Incondicionados - Trad.: Laura F. Ciruffo......................................... 89 A relatividade dos reforçadores e punidores..................................................................................... 89 Estímulos incondicionados...................................................................................................................91 Modificação dos reforçadores e punidores incondicionados.............................................................95 O princípio de premack........................................................................................................................99 Estimulação sensorial..................................................................................................................... 100 Conclusão........................................................................................................................................118 7* Reforçadores e Punidores Condicionados - Trad.: Laura F. Ciruffo....................................... 119 O processo de condicionamento............ .......................................................................................... 119 Estímulos preditivos..........................................................................................................................120 Reforçadores e punidores sociais..................................................................................................... 127 Símbolos (tokens) como reforçadores e punidores.......................................................... ............... 130 Reforçadores e punidores generalizados...........................................................................................131 Cadeias de operantes..........................................................................................................................132 Conclusão...........................................................................................................................................141 8. Reforçamento Diferencial e Modelagem - Trad.: Silvia R. C. Pereira........................................142 Reforçamento diferencial..................................................................................................................142 Indução..............................................................................................................................................149 Modelagem..................................................................................................................................... 151 Conclusão........................................................................................................................................163 9. Modelação e Aprendizagem Vicariante - Trad.: Sônia S. Castanheira....................................164 Três tipos de efeitos modeladores.................................................................................................165 Aprendizagem vicariante...............................................................................................................167 Condicionamento pavloviano........................................................................................................ 167 Comportamento operante...............................................................................................................171 Modelação pelos meios de comunicação de massa...................................................................... 181 Conclusão....................................................................................................................................... 184 10. Estímulos Facilitadores (prom pts)-Trad.: Sônia S. Castanheira................................ ......185 Orientação física............................................................................................................................. 186 Facilitadores (prompts) mecânicos................................................................................................187 Figuras............................................................................................................................................ 188 Gestos............................................................................................................................................. 188 Palavras...........................................................................................................................................189 Conclusão.......................................................................................... .............................................189 11. Regras-Trad.: Silvia R. C. Pereira............................................................................................I90_ O uso dc regras c aprendido.........................................................................................................191 Os S^s para seguir regras............................................................................................................ 193 Regras explicitas versus regras implícitas.................................................................................. 195 Imposição de regras......................................................................................................................196 Uso de regras aliado à experiência direta...................................................................................198 Conhecimento tácito e conhecimento explícito......................................................................... 199 As pessoas sabem mais do que conseguem descrever.............................................................. 201 A pressão para inventar regras.................................................................................................... 202 Conclusão..................................................................................................................................... 204 12. Esquemas - Trad.: Maria José E. Vasconcellos..........................................................................205 Os efeitos sempre presentes de esquemas...................................................................................205 Aquisição e manutenção...................... .......................................................................................206 Esquemas de razão fixa...............................................................................................................208 Esquemas de razão variável........................................................................................................ 210 Esquemas de intervalo fixo......................................................................................................... 212 Esquemas de intervalo variável...................................................................................................213 Efeitos dos esquema.................................................................................................................... 215 Reforçamento diferencial de altas taxas de respostas - DRH.................................................... 219 Reforçamento diferencial de baixas taxas de respostas - DRL.................................................. 219 Esquemas compassados.............................................................................................................. 220 Reforçamento diferencial de outro comportamento - DRO..................................................... 221 Esquemas compostos...................................................................................................................222 Esquemas não-contingentes (independentes da resposta)......................................................... 228 Contingências de reforçamento vagamente definidas................................................................231 Conclusão......................................................................................................................................234 13. Controle Positivo e Negativo-Trad.: Sônia S. Castanheira ..................................................235 Aplicações humanísticas..............................................................................................................236 Comportamento desejável............................................................................................................237 Comportamento indesejável........................................................................................................ 241 Alternativas à punição................................................................................................................. 244 Conclusão..................................................................................................................................... 249 14. Pensamento Self e Autocontrole - Trail.: Maria José E. Vasconcellos................................. 250 Pensamento é comportamento....................................................................................................250 Condicionamento operante de pensamento............................................................................... 252 Condicionamento pavloviano de pensamentos..........................................................................254 SD,s e pensamentos..................................................................................................................... 258 O curso da consciência................................................................................................................259 Atribuição He significado ......................................................................................... 265 O se lf........................................................................................................................................... 267 Autocontrole................................................................................................................................270 Conclusão.....................................................................................................................................276 Prefácio A primeira edição de Princípios do Comportamento na Vida Diária foi uma tentativa preliminar de apresen tação dos princípios básicos do condiciona mento operante e Pavloviano junto com a teoria de aprendizagem social e o behaviorismo cognitivo na maneira como se aplicam à vida quotidiana. Quatro anos mais tarde, tivemos a oportunidade feliz de estender e refinar o tipo de análise do comportamento iniciado na primeira edição. A nova edição contém um número maior de princípios e ela os desenvolve mais claramente e de forma mais detalhada. Há uma atenção significativamente maior a tópicos importantes como a interação dos condicio namentos operante e Pavloviano, os antece dentes como estímulos preditivos, esquemas compostos, contraste comportamental, esque mas concorrentes e escolha, raciocínio, emoções, reforçamento intermitente, registros acumulados, a lei do efeito, modificação do comportamento, autocontrole, habituação, efeitos da recuperação, emoções vicariantes condicionamento vicariante, ensaio e condicio namento encoberto, motivação interna, desam paro aprendido e muitos outros tópicos. Todos os princípios são apresentados em itálico para auxiliar o leitor a identificar o material-chave. Além disso, mudamos o estilo dos exemplos para lidar com uma margem maior de eventos da vida diária. A segunda edição contém um número maior de exemplos curtos e sucintos que ilustram os princípios do comportamento rápida e claramente. Reduzimos o número de exemplos longos, especialmente quando sua extensão podia obscurecer os pontos principais. A troca para exemplos mais curtos permitiu-nos cobrir um número maior de tópicos, que ajuda os alunos a aprender mais dos princípios do comporta mento e aplicá-los a uma variedade maior de eventos interessantes. * * * * A extensão da ciência do comportamento à vida diária tem o potencial de introduzí-la nas áreas de treinamento, pesquisa, terapia e teoria. Em primeiro lugar, estudar os princípios do comportamento em ambientes naturais ajuda os alunos a aprender como aplicar estes princípios a uma margem maior de comporta- mentos diferentes e contextos diferentes. Quando os alunos estudam os princípios do comportamento com exemplos do laboratório ou da pesquisa clínica, algumas vezes não conseguem aprender como os princípios se aplicam a todo o comportamento. Embora tenham adquirido um repertório verbal para descrever e analisar exemplos de laboratório e clínica, suas habilidades podem não ser aplicáveis ao comportamento fora do labora tório ou do ambiente clínico e podem não entender a aplicabilidade da ciência do compor tamento a todas as formas de comportamento. Estudar os princípios do comportamento na vida diária facilita a generalização de habilida des analíticas para um grande número de dife- renes comportamentos e diferentes ambientes. Também ajuda os alunos a entender melhor os princípios e apreciar seu poder, utilidade e relevância. Em segundo lugar, tanto a pesquisa de laboratório quanto a clinica jxxiem ser alargadas e enriquecidas focalizando-se uma maior atenção nos comportamentos complexos e nas variáveis controladoras encontradas nos ambientes naturais. Estudar os padrões com- portamentais encontrados na vida diária levanta inúmeras questões sobre o comportamento e suas múltiplas variáveis controladoras que, muitas vezes, sugerem tópicos de pesquisa que são úteis em pesquisas clínicas e de laboratório. Uma vez que os estudantes do comportamento aprendem a aplicar princípios comportamentais tanto ao ambiente natural quanto ao ambiente de pesquisa, as observações em cada um desses tipos de ambiente podem aumentar sua compreensão do comportamento em outros ambientes e estimular mais questões, mais hipóteses e mais teorias sobre o compor tamento em geral. Em terceiro lugar, o estudo dos princípios comportamentais na vida diária pode aumentar a eficácia da terapia compor- tamental Um objeúvo primário da terapia é produzir ganhos comportamentais que persis tam no ambiente natural do cliente. Entretanto, muitas vezes a generalização é inadequada _ especialmente quando os terapeutas enfatizam primariamente a mudança comport am ental no ambiente terapêutico e negligenciam diferenças entre esse ambiente e o meio natural do cliente. A generalização e manutenção da mudança do comportamento devem ser programadas _ não deixadas ao acaso *. Com o objetivo de aumen tar a generalização, os terapeutas comporta mentais devem ser conhecedores das variáveis comportamentais nos ambientes naturais e projetar programas que construam a ponte entre ambientes terapêuticos e naturais. Por exemplo, os ganhos de tratamento que são produzidos com reforçamento artificial, modelos planejados, ou regras não naturais provavelmente não se generalizam ao ambiente natural a menos que o comportamento seja gradualmente deslocado para formas naturais* de reforçamento, modelos e regras. Este livro tomará mais facil a conselheiros e terapeutas identificar as variáveis do comportamento em contextos naturais e programar os passos necessários para assegurar a generalização. Em quarto lugar, esforços confirmados em fazer observações cuidadosas\ objetivas e cientificas do comportamento diário fornecerão dadas naturalisticos que podem expandir, tanto o ramo teórico quanto o aplicado da ciência comportamentai Os dados dos eventos complicados vistos no ambiente natural são úteis para se entender os padrões do comportamento complexo e resolver os tipos de problemas encontrados fora do laboratório e clinica _ por exemplo, nas relações familiares, educação, negócios, indústria, organizaçoes complexas, comunidade e governo local, política, bem-estar social, delinqüência juvenil, crime e etc. Expandindo-se a ciência do comportamento para lidar com as complexi dades dos ambientes naturais seria possível desenvolver meios cada vez mais eficazes de aplicar os princípios do comportamento a problemas importantes nos níveis individual e social2. Em quinto lugar, a extensão cuidadosa dos princípios do comportamento ao ambiente natural pode beneficiar iodas as disciplinas acadêmicas que estudam o comportamento humano _ psicologia, sociologia, antropologia, ciência política, negóctosy educação, história, etc. Para pessoas que se ocupam de disciplinas que lidam com o comportamento que ocorre naturalmente, a ciência do comportamento é mais relevante, mais facilmente aprendida e mais prontamente aplicada quando apresentada com exemplos da vida diária do que com exempios de laboratório e da pesquisa clínica3. J Mcad (1934), Skinner (1953), Staats (1975), e outros behavioristas mostraram um interesse considerável na aplicação da ciência do comportamento tanto a problemas individuais quanto da sociedade. 1 Dimbaum (1976); Goldstein e Kanfer (1979); Goetz et al. (1979,1981); Costello (1983). 3 A teoria psicodinámica tem sido aplicada a várias áreas, cm parte porque lida com comportamento Além disso, o tipo de análise apresentada neste livro pode ajudar a desenvolver uma teoria empiricamente construída que pode identificar o trabalho feito nas diferentes disciplinas acadêmicas que lidam com o comportamento humano em ambientes naturais. Cada disciplina desenvolveu teorias especializadas para lidar com a essência de seu próprio objeto de estudo; mas poucas produziram teorias com potencial para unificar todas as disciplinas como o faz a ciência do comportamento. A análise comportamental da vida diária pode facilitar o uso mais amplo da ciência do comportamento porque ela une a pesquisa experimentale as observações nos ambientes naturais. Ela lida, Igualmente bem, tanto com o comportamento individual quanto o social. Inclui tanto ações manifestas quanto eventos encobertos - pensamentos, sentimentos e emoções. E isto é bem apropriado para explicar a interação do comportamento e dos fatores socio-ecológicos, identificando mudanças tanto no comportamento quanto no ambiente, já que cada componente deste sistema interativo evolui e muda através do tempo 4 * * * * nossa gratidão a Ed Stanford e John Isley pelo- desejo de publicar um livro que tenta levar a ciência do comportamento numa nova direção. X D.B. J. I. B. Muito da inspiração para escrever e aperfeiçoar o livro surgiu das aulas dadas a estudantes brilhantes e indagadores, cuja curiosidade intelectual estimulou nosso próprio pensamento e estudo. Agradecemos a todos aqueles alunos por suas perguntas, sugestões e entusiasmo. Somos gratos também ao prof. Jay Alperson, da Palomar University, prof. Thomas E. Billimek, do San Antonio College, prof. David Meissner, da Alfred University e prof. Kenneth N. Wildman, da Ohio Northern University pela leitura cuidadosa do texto em manuscrito e por seus valiosos comentários e criticas. Finalmente, gostaríamos de expressar humano e tem sido muito acessível a estudantes cm muitas disciplinas. 4 Staats (1975); Baldwin (no prelo). Ciência e Comportamento Humano Neste capítulo você vai aprender sobre a ciência do comportamento: seus objetivos principais, suas origens na pesquisa de laboratório, e as vanta gens de se estender a ciência do comportamento para lidar com a vida diária. As pessoas estão sempre curiosas a respeito de seus próprios comportamentos, suas relações com os outros, e as inúmeras dificuldades da vida diária. Dada a enorme complexidade do comportamento humano e das interações sociais, pode ser muito difícil identificar os princípios básicos que explicam o comportamento do dia a dia, se se trabalha apenas com os dados da experiência diária. A principal premissa deste livro é que os princípios básicos do comporta mento, desenvolvidos através da análise expe rimental do comportamento, possam ser de grande valia para se entender e explicar o comportamento humano nos ambientes natu rais. Nosso objetivo aqui é explicar estes princípios objetivando a fãcil apreensão de conceitos e sua utilização na compreensão do comportamento na vida cotidiana. As duas razões principais para a aplicação dos princípios comportamentais à vida diária são uma melhor compreensão do comportamento e sua aplicação prática. Em primeiro lugar, o indivíduo curioso acha a vida cheia de questões intrigantes. “Por que me sinto alegre num dia e triste em outro? Por que algumas pessoas são criativas ou alegres, enquanto que outras não o são? Por que alguns pais educam seus filhos melhor que outros?" Há inúmeras outras questões importantes que surgem diariamente através da vida. Questões a respeito do comporta mento humano provavelmente ocuparam mais a atenção das pessoas do que questões a respeito do sol, das estrelas, do tempo, das plantas ou animais, mas as respostas têm surgido mais lentamente. Porque as ciências da física, química e biologia se desenvol veram antes das ciências do comportamento, muitas pessoas têm mais informações científi cas a respeito do mundo físico e biológico do que a respeito do comportamento. As ciências do comportamento só começaram a florescer no presente século. Muitas pessoas ainda não conhecem os princípios básicos do comporta mento que foram bem documentados nas várias décadas passadas. Entretanto, ultima mente, as coisas estão mudando. Agora que as ciências do comportamento desenvolveram um corpo de princípios bem estabelecidos, também estão estendendo sua influência para além do laboratório. Os princípios do comportamento estão sendo usados cada vez mais na terapia, educação, criação de filhos, Poncipiot ao Camecrlamanto r»> vida Dijoa - aconselhamento de casai, autocontrole, negócios e governo. A ciência do comporta mento está atingindo a maioridade. Este iivro estende o raio de ação das aplicações awnportamemais para incluir a vida cotidiana. Ele permitirá ao indivíduo curioso usar orientações cientificas para ajuda a responder as perguntas que têm sido as mais interessantes: "Por que nos comportamos das munciras que o fazemos'7*’ Em segundo lugar, há vantagens práticas em se aplicar os princípios do comportamento no dia a dia. À medida que as pessoas ganham informação a respeito de seu próprio comportamento, estâo numa posição melhor para dirigir as próprias vidas, mudar as coisas que não gostam c realizar coisas que dc ouíro modo estariam alem de seu alcance AJem disso, um conhecimento maior dos princípios do comportamento c de como eles operam nas interações sociais, pode permitir as pessoas desenvolver uma maior sensibili dade aos outros, aprender a melhorar a qualidade de seu comportamento nas interações, criar relações mais gratificamos Os princípios do comportamento discutidos neste livro podem também ajudar as pessoas a se tornarem mais brincalhonas e criativas, a convener as interações sociais aversivas em positivas, obter maior controle sobre seus próprios pensamentos e ações, c muito mais. A ciência do comportamento está afastando o véu de mistério que por muito tempo envolveu o comportamento humano, permi tindo cada vez mais as pessoas se beneficia rem da melhora da qualidade de seu próprio comportamento e suas relações sociais. O comportamento humano é, na sua maior parte, comportamento aprendido. Muitas pessoas aprendem somente uma pequena porç&o das habilidades, dos talentos e sensibilidades que poderiam aprender. Elas desenvolvem somente uma fração de seu potencial humano Se soubessem mais a res peito dos princípios básicos da aprendizagem poderiam desenvolver muito mais suas capa cidades. Os princípios apresentados neste livro explicam como o comportamento e aprendido e modificado. O conhecimento dos princípios do comportamento pode ajudar as pessoas a apreender um novo comportamento mais depressa, mais facilmente, e de um modo mais gratificante do que seria possível de outra forma. Só por esta razão, a ciência componamenta! é uma das mais importantes ciências: ela fornece as pessoas as ferramentas intelectuais de que precisam para tomar a aprendizagem e o desenvolvimento do seu potencial humano uma experiência gratifi- cante e satisfatória. FIGliRA 1.1 Grande parte dos primeiros trabalhos comportarocnuús foi conduzida no laboratório onde era possível realizar pesquisas experimentais precisas c coro- fiàveis, sob condições controladas. U M A C I Ê N C I A O U E C R E S C E A ciência do comportamento relacio-na- sc com o total do comportamento humano, falar, amar, comer sanduíches, pintar quadros, vender imóveis, aprender coisas novas, esquecer coisas antigas. Tudo que a gente fez, até mesmo pensar e fantasiar, é comporta- mento1 A ciência comportament&l fornece 1 Nead (1934). Skinocr (1969:1974). Mabonc> (1974X Macbenbauni (1977) c iniulos outros bebsw - rístas incluem o pcntaiuciiio oocoo uiu compoiumatfú que deve $ci analittòo cm qualquer teoria compro* CftSiva do comportam coto humano. "Uma a én a a do comportamento adequada d evt considerar os esm toj Princípios do Comportamento na Vida Diária 3 ferramentas poderosas para explicar porque nós nos comportamos da maneira como o fazemos. Somos cercados e envolvidos por comportamento o tempo todo. Ainda assim, poucas pessoas conseguem uma boa compreensão dos princípios fundamentais que explicam o comportamento. Estamos sempre tão próximos do comportamento que “as árvores nos impedem de ver a floresta Conhecemos indivíduos e suas idiossincrasiastão bem que freqüentemente deixamos de ver os amplos padrões subjacentes a todo comportamento. Para entender os princípios universais do comportamento humano, tem sido útil utilizar a pesquisa de laboratório baseada na análise experimental do comportamento. FIGURA 1.2 Burrhus Frederic Skinner (1 9 0 4 -9 0 ) A ciência comportaraental surgiu no intcio do século XX. como uma _ceação. as teorias psicológicas introspectivas e não científicas, daquela época. Desdé ó inicio, o principal objetivo da ciência do comportar mento tem sido desenvol ver_ ja _ e s tu d o empírico cio comportamento baseado em que acontecem debaixo da pele de um organismo, não como mediadores fisiológicos de comportamento, mas como parte do próprio comportamento” (Skinncr, 1969:228). observações objetivas tanto do comporta mento quanto de suas variáveis controladoras. Grande parte cos primeiros trabalfrõi cõmpor- tamentais foi conduzida no laboratório onde era possível realizar pesquisas experimentais precisas e confiáveis, sob condições controla das. A fím de localizar os princípios básicos, padrões simples de comportamento foram selecionados e estudados sob condições am bientais simplificadas. Através das décadas, experimentos de laboratório cada vez mais complexos se tomaram possíveis e os princí pios de comportamento originais foram elaborados e ampliados para cobrir padrões de comportamento cada vez mais complexos. Tão logo os princípios de comportamento se tomaram melhor compreendidos, foi possível estender a teoria da aprendizagem do labora tório às aplicações clínicas e ao ambiente natural. O Journal o f Applied Bahavior Analysis foi criado cm 1968 para publicar os resultados da pesquisa aplicada em ambientes naturais e seu sucesso evidencia a utilidade de se estender a análise do comportamento à vida cotidiana. A Etologia - a escola européia de pesquisa de comportamento animal - também estimulou o interesse pelo estudo do compor tamento em contextos naturais. Estas múltiplas influências expandiram a ciência comportamental moderna além de sua ênfase original na pesquisa de laboratório. O estudo da vida cotidiana é um dos mais novos ramos da matéria. Todos os cientistas do comportamento compartilham um profun do compromisso de conduzir uma análise do comportamento precisa e objetiva. A principal mudança, resultante da nova ênfase na obser vação do comportamento em ambientes naturais, foi um aumento da atenção dedicada aos padrões do comportamento complexo, assim como o processo do desenvolvimento e socialização comportamental, através dos quais estes padrões são aprendidos. O ambiente natural é consideravel mente mais complexo que os ambientes de PhPCiDtw <10 C«MK>B8rr<r.«> r a Vxia c a n a 4 laboratories. Múltiplos fatores operam simul taneamente t ptoduzem inúmeros efeitos interacionais que não são normalmente criados ou estudados no laboratório. È verdade que estudar o comportamento em contextos naturais força o observador a abandonar o controle experimental e condi* çòes simplificadas que tornam os estudos de laboratório tio poderosos Entretanto. a ertensào da ciência componamental ao ambiente natural è essencial para se entender como os pnncipios do comportamento se aplicam aos eventos cotidianos e como eles podem ser usados mais efetivamente pora resolver problemas, tanto no nivei individual quanto social. Skinner, Homans. Bandura. Scott. Wolf, Burgess. Kunkle, Baer, Mahoney, Meichcnbaum, Akers c muitos outros fomcccm modelos para se estender as análises do comportamento a problemas do mundo red no govemo, «ducaçâo, terapia, agressão, crime, autocontrole, comportamento moral, etc. Se há uma perda do controle, comum no laboratório, há um ganho compensador em relevância. Em certo sentido, a análise comporta- mental da vida diária c comparável com a astronomia, assim como as formas de estudo de laboratório da ciência componamental se comparam com a física de laboratório’ Tanto : Alguns consideram o estudo do cocnponamcuo no ambiente natural tâo complexo que etes nâo o tentam. Entretanto, tanto os estudos de laboratório qiunio os de «mipo i4m seus pontos fortes, t cada um pode cxxnpJc- nienur o outro, perfeitamente. paia fornecer uno nidltor compreensSo do coroponamenfo (Bandura e Walters, 1963:39t Mason. 1963). 5 Comparar o estudo compcrtinicnial da vxla cotidiana coot a astronomia (portpit nenhuma delas tem acesto aos controla de lahoraiònoi não t uma desculpa para não se fa/cr obseraçGcs cuidadosas c c iau í ficas. A astronomia florcsccu por causa de sis*& observações detalhadas. sua precisão e disposição de uUbzar dados de laboratório a o muluptas áreas. Qu&tdo os controles e os experimentos naturais estão dupontveis. os asuòooroos ficam ansiosos paia osá-ks: cmreumo. os astrônomos nào desistem de sen trabalho meramente porque ido podem ofctcr o contrate possível ao bboratóno Os dados especiais e os 'insigftis". dispoimcis do ambinue natural justificam o esforço a astronomia quanto a física de laboratory estudam o mundo físico e suas teorias se ajustam muito bem. Mas a astronomia se apóia mais na observação cuidadosa de céus remotos c experimentos naturais do que na manipulação experimental de variáveis cuida dosamente controladas no laboratório. Apesar da ausência do controle de laboratório, a astronomia desenvolveu-se Foi a primeira das ciências modernas a fiorcsccr durante a Renascença e observações cuidadosas das estrelas continuam a fornecer dados que formam o desenvolvimento da teoria na física contemporânea. 0 estudo componamental da vida cotidiana - baseado cm observação cuidadosa e em experimentos naturais - tem o potencial de fornecer informação valiosa sobre padrões de comportamento natural complexo e de acelerar o desenvolvimento das ciências comportamentais. Louis Pasteur - o dentista francês que aplicou seu conhecimento de química e biologia a rrtuitos problemas diários - disse: "nos campos da observação, a sorte favorece apenas a mente que está preparada". 0 mundo ao nosso redor nos fornece uma fonte constante de exemplos interessantes do comportamento natural Ainda assim, muitas pessoas não estão preparadas para “»w" os princípios intrigantes que estão operando constantemente, bem debaixo de seus olhos. Os princípios do comportamento, derivados das pesquisas de laboratório, nos preparam para fazermos observações sensíveis da vida cotidiana. Este livro foi feito para tomar os princípios básicos da ciência do compor tamento mais fáceis de entender e de aplicar a todos os tipos de eventos diários Foram selecionados centenas de exemplos da vida diária para ilustrar os diversos princípios 0 livro começa com os princípios mais básicos do comportamento nos capítulos iniciais para incluir considerações cada vez mais sutis. cxini ncccs$árk> pcua sc là^cí Observações naitira- mesmo quando os controla de txpcttmcmos de hbonuáno nâo sào posyvás Prmcioios do Comportamento na Vida Diária S Uma vez que os princípios básicos nos primeiros capítulos fornecem os fundamentos sobre os quais se constroem todos os princípios posteriores, o leitor verá imedia tamente nos capítulos iniciais, algumas das mais poderosas generalizações acerca do comportamento assim como aplicá-los aos eventos diários significativos. Os capítulos posteriores tratam de generalizações empiricas adicionais, necessárias para compreender toda a extensão da experiência humana. Os capítulos finais fornecem informações espe cialmente importantes para tomar a vida mais positiva e dar melhor controle sobre os próprios pensamentos e ações. Para ajudar o leitor a identificar e dominar as idéias principais, todos os princípios importantes foram acentuados pelouso de itálico. Tentamos tomar o livro sensato e científico, baseados na crença de que a ciência pode ser um dos meios mais úteis e humanísticos de compreender e enfrentar as complexidades do mundo em que vivemos4. CONCLUSÃO Este livro se propõe a apresentar os princípios do comportamento de modo a facilitar sua aplicação na vida diária. O conhecimento dos princípios de comportamento que operam na vida diária podem ajudar pessoas a compreender melhor suas vidas e ajudá-las a melhorar a qualidade de seu comportamento e relações sociais. A análise comportamental da vida diária é uma continuação da ciência que começou com pesquisa em laboratório sendo depois estendida a aplicações clínicas e mais recentemente expandiu para pesquisa comportamental aplicada em ambientes naturais. A continuação dessa linha de desenvolvimento, para incluir a análise do comportamento da vida diária pode, potencialmente, fazer avançar a ciência do comportamento e outras disciplinas acadêmicas que tratam do comportamento humano. 4 Branowski(1965, 1977). Condicionamento 2 Operante N este capitulo você vai ilescobrir com o o com portam ento voluntário é aprendido e alterado ao longo do tem po, dependendo dos tipos de efeitos que ele produz, e dos tip o s <ie sinais que o precedem. O condicionamento operante é uma das formas mais básicas dc aprendizagem que afeta virtualmente todas as formas do comportamento humano. Thorndike e Skinner estavam entre os primeiros lideres no desenvolvimento dos princípios do condicio namento opaante. Este capitulo cxplica as características básicas do condicionamento operante - como o comportamento c modifi cado por suas conseqüências. Aspectos adicio nais do condicionamento operante são discutidos ao longo do livro.1 A primeira formulação dos princípios do operante é conhecida como a lei do efeito. Esta lei e baseada na observação de quê o compor- lamento voluntário c influenciado por seus efeitos. Se um arusia está experimentando tintas pasteis e cria alguns efeitos bonitos, os efeitos adequados aumentam suas chances de usa-las novamente. Se ú uso exploratório dos pastéis tivesse levado a efeitos ruins, em 1 Para ntaores detalhes sobro condidotumcnto opcnuue veja Ncvio c Reynolds (1971). Honing e Stotfckm (1977). Favd (1977), Zeiler e Harzetn (1979). Kalish (1981). o Joumai o f the Experimental Analysts o f fkhavtor. « o Journal o f Apptttd 8fAavvor<rf Analysts F.ra divcrsos exeruptos neste capitulo, muiios fctorcs akm do uinplcs rdbrçaiDCDto ou punição estão operando ta xtber. inodelox regnn. p isas ou *Mi*rr/iM>. Csuroos dcttaado de {alar d cx u fatoro. ncsie capítulo, para simpiltcar Fiscs fotorcs adlcmiaiv são discuoios em capítuJos subsequentes diversas pinturas consecutivas, ó pouco provável que o artista conánuasse a usá-los. De acordo com a lei do efeito, o compor-tameitto qu<t produz bons efeitos tmds ajçjornar mais freqüente enquanto que o comportamento que produz maus efeitos ie r id f^ s è j i fr ^ menos freqüente. Formulações mais recentes dos princí pios do operante ampliarem a lei do efeito. Q. comportamento é influenciada. jiãa^somente pelos efeitos queo seguen^mas também .pelas pistas situaciüíuiis que o precedem. Um comportamento pode ter oons efeitos em uma situação mas maus efeitos em outras. Pisar no acelerador leva a bons efeitos quando o sinal de trânsito está verde e tem péssimas conse qüências quando ete eaá vermelho Como resultado disso, as pessoas se tomam sensiveis aos lembretes das situa$ô» - às pistas antece- déníes_' que precedem seus comportamentos e os ajudam a discriminar se um comportamento toma prováveis bons ou naus efeitos em uma determinada situação- As lu2es verde e vermelha de um sinal de trânsito ajudam as pessoas a discriminar sc pisar no acelerador produzirá bons ou m m erertos. J-ogo, o comportamento é_ioOuenciado tanto por pistas antecedendentes^ que _q prece dem quanto pèlõs efeitos - oü conseqüências - que u m^uciu.. Os princípios do condiciona mento operante podem ser expressos numa Princípios do Comportamento na Vida Diária 7 formula simples A-R-C, onde A, R, C ,‘ significam dicas uniecvdentes, respostas (com portamento) e conseqüências. A relação entre estes elementos é simbolizada assim: Dicas antecedentes_vêm antes do comportamento; as conseqüências do compor- tamênto ocoirem depois dq comportamentp^ A flecha entre R e C indica que o comportamento" causa as conseqüências. A habilidade no uso de tintas pasteis produz conseqüências agradá veis. Pisar no acelerador num sinal vermelho causa acidentes • e multas de trânsito. Os dois pontos entre A e R na equação indicam que as dicas antecedentes não J^am _ o _ co m p o rt^ mento; elas r^amente^estabelecem a ocasião pàrá õ~x>mportamento._ Ter uma tela num cavalete não faz com que um artista crie um quadro; isto meramente estabelece a ocasião para o artista fazer uma variedade de coisas - sentar e pensar, fazer um desenho a carvão num bloco, misturar uma entre diversas cores na palheta. Os estímulos antecedentes não eliciam automaticamente resposta; eles apenas estabelecem a ocasião para o comportamento ocorrer. O comportamento operante é freqüen temente produzido através dos sistemas nervoso è~múscular voluntários; è~os estímulos ántecedentes indicam á adequação de possíveis comportamentos voluntários (ao invés., de respostas disparadas como tmm reflexo estimulo-resposta). Um aspecto básico do condicionamento operante é que as conseqüências de_ um comportamento influenciam (JJas freqüências futuras do comportamento^e (2) o_poder_das dicas antecedentes de servirem de ocasião para o comportamento oconw npfuturo.\s$o significa que o terceiro elemento da equação A*.R-»C influencia o status futuro de ambos os elementos precedences,TZRõrtaritò, o ponto inicial para se analisar a relação A:R-»C está nas conseqüèncias. Asj:,Qasequências_CC)._sãp as molas _jnestrqs^_ do... condicionamento operante: elas fazem o comportamento (R) ficar mais ou menos freqüente, e elas fazem .os_ estímulos antecedentes (A).relev_antes,para cada_ comportamento se tornarem pistas que estabelecem a ocasião para se repetir ou não o comportamento no fijturo. A probabilidade futura de qualquer comportamento operante dado é aumentada ou diminuída pelo tipo de conseqüências que seguem o comportamento. As conseqüências que fazem um comporta mento se tornar menos freqüente são chamados punidores. Colocado em termos da lei do efeito„ os reforçadores são bons efeitos que aumentam a probabilidade de um comportamento, e os punidores são os maus efeitos que diminuem a probabilidade do comportamento. Quando um treinador tenta diversas estratégias diferentes para melhorar o desempenho do time, aquelas estratégias que produzem bons efeitos - reforçadores - provavelmente serão mantidas e desenvolvidas posteriormente; e aquelas estra tégias que produzem maus efeitos - punidores - são provavelmente abandonadas. Os estímulos antecedentes, _que_estabe- lecem 1T ocasião para o comportamento__ope- rante, podem vir de dentro ou de fora do corpo - de nossos próprios pensamentos, emoções ou movimentos coipo£ais; de palavras ou ações de outras pessoas; de qualquer_objeto ou coisa viva. Sentir-se feliz pode estabelecer a ocasião para se telefonar para um amigo ou escrever um poema. Um vento súbito pode estabelecer a ocasião para se fechar a janela ou colocar um suéter. As conseqüências que reforçam ou punem o comportamento sào também estímulos, e elas também podem vir de dentro ou de fora do corpo. Pensamentos, emoções, comportamento de outra pessoa, objetos e coisas vivas podem todos funcionar como reforçadores e punidores. Os atletas freqüentemente se esforçam ao máximo porque a melhora diáriaé recompen sada pela idéia de que poderão quebrar um recorde ou se qualificar para compctiçõcs olímpicas ou profissionais. Considerando que os reforçadores e cs punidores são estimulos^Q processo pelo quãT ésfès ‘ esttrnuíõs~afetam o comportamento^ é chamado reforçamento _e punição. Reforçadores, tais como comida, for Princípios do Comportamento na Vida Diária S necem reforçamento para o comer. Ptmidores, ta is co m o co rte s , fo rnecem p u n ição p a ra o manejo descuidado de facas afiadas. Este capítulo descreve as interrelações básicas entre as três partes da equação A:R-»C. Mostra como o reforçamento e a punição afetam tanto as pistas antecedentes quanto o comportamento. As pistas antece^ dentes, a sso c ia te , com o _ (^m^oríamento^ que ^ é reforçado ou punido, ^jomamj>reditores de quando e onde o comportamento será refor çado- ou- pünidõ'nõ"futuro. 0 Capítulo 5 apre senta mformação"âdicional sobre os estímulos antecedentes que precedem o comportamento operante. As conseqüências que seguem o comportamento operante não são imutáveis, e algumas^ conseqüências podem servir como_ reforçadores uma hora e como punidores em outras. Os fatorèsf”que~déiermiriam se~ uma conseqüência é um reforçador ou punidor (ou nenhum desses) serão discutidos nos Capítulos 6 e 7. O OPERANTE: COMPORTAMENTO INSTRUMENTAL Uma forma de se entenderão, compor- tamcnto operante é perceber que cie opera no ambiente de modo a produzir conseqüências. Se uma pessoa está tocando "piano, a pessoa está operando no ambiente - operando o teclado do piano - de forma a produzir música. A qualidade da música e os comentários de ouvintes são as conseqüências que condicio nam o desempenho operante da pessoa ao piano. 0 tocar coordenado e sensível produz boa música e aprovação social que reforçam as habilidades necessárias para se tocar bem. Tocar mal soa ruim, é provável que seja criticado, e então é punido. 0 condicionamento ooerante é algumas vezes 'cfiãmadcf de condicionamento instru mental porque ele é imtrumental_na_mudançá do ambiente e na produção de conseqüências. Trabalhar até tarde no escritório de advocacia pode ser instrumental para se ganhar um caso complexo na justiça (um reforçador). Quando você vê um carro de polícia, diminuir a velocidade até o limite permitido é instrumental para se evitar uma multa de trânsito (um punidor). Um operante é geralmente definido por ,.sua capacidade em produzir certas conse- \j4üencias (e não pela aparência fisica das ^respostas envo/vidasjVor^xQmplõ^iim^passe em profundidade ” é um operante. Há muitos padrões possíveis de comportamento que podem resultar num "passe em profundidade " bem sucedido. Não há dois jogadores que façam o “passe” da mesma maneira, e há até mesmo variação nos passes de um único joga dor. Entretanto, qualquer uma dessas variações que resulta na conseqüência de um “passe” completo pertence à mesma categoria de comportamento. Logo, um operante é uma classe de resposícr~(veTZQreasombreada na Figura 2.1) que pode conter muitos desem penhos variados (A, B,C,D), embora nem todos os desempenhos (E,F,G,H) estejam incluídos. Alguns exemplos de classes de respostas operantes são: uma piada engraçada, um sorriso amigo, um comentário crítico, um olhar para trás, cantar lindamente, pensar com lógica. Se um cantor vem ao palco e canta desafinado, seu fraco desempenho provavelmente resultará em queixas, crítica e pouca audiência em perfor mances futuras. Há milhões de maneiras de se cantar mal, e qualquer uma delas trará conse qüências punitivas. Há também muitas formas de se cantar bem e elas resultam em conse qüências reforçadoras. Todos os padrões de comportamento que produzem as mesmas conseqüências pertencem à mesma classe_de resposta^ C l a s s e d e R e f p o s i a FIGURA 2.1 Uma classe de respostas contendo quatro padrões de compor tamento (.V B, C e D). Princípios do Comportamento na Vida Diária 9 semana 1 Seniaud 2 Semana 3 Semana 4 Semana 5 Semana 6 FIGURA 2.2 Um registro acumulado que mostra o número total de vezes que um estudante desempenhou dois operantes diferentes num período de 6 semanas. Os sábados e domingos - dias nos quais uma das respostas não podia ser emitida - são indicados por S&D. Uma vez que os reforçadores e os punidores são as molas mestras do condicio namento operante, o resto do capítulo gira em tomo das quatro formas fundamentais pelas quais as conseqüências afetam o comporta mento; (1) reforçamento, (2) extinção (isto ê, a interrttpção do reforçamento), (3) punição, e (4) interrupção da punição. REFORÇAMENTO Reforçadores quejiesmem um operante aumentam a probabilidade dele ocorrer no futuro. UnTfefõrçãàor é também chamado de estimulo reforçador (S*). O prõceísõpefó qitãl a freqüência do comportamento é aumentada é cfiãmada reforçamento.7 A velocidade com a qual nma pessoa aprende um comportamento operante depende da complexidade do comportamento, do nível atual de capacidades da pessoa, dos reforça dores envolvidos e de numerosas outras variáveis. As atividades de um calouro durante as primeiras semanas no campus ilustram alguns dos efeitos de reforçamento no compor tamento. O calouro planeja se graduar em Jornalismo ou Comunicação e espera obter um lugar no jomal do campus. Então, muitas facetas do jomal do campus funcionarão como reforçadores para o estudante. Vamos consi- 2 Isto é basicamente uma afirmação descritiva, logo. não envolve lógica em circular. Ver nota 1 no Capitulo 6. Ptlftcípyot Co Corr>co>tamef>to na Vid» Oiirg» 10 derar como dois comportamentos • um fácil c um mais difícil • sào aprendidos devido aos reforçadores associados com o Jornalismo e jornais 0 comportamento fòcil é pegar e lec o jornal do campus No primeiro dia no campus o calouro observa que o jomal e distribuído gratuitamente nos dormitórios, pega um e o !ê. Estes oper antes são recompensados porque se vê as últimas noticias, fotografias e cartoons O reforçamemo imediato aumenta as chances do estudante pegar e ler o jomal no faturo. A Fígura 2.2 apresenta um regtsiro cumulativo das respostas do estudante nos primeiros 42 dias (6 semanas) na escola. Registros acumulados fornecem uma maneira conveniente de $e visualizar padrões de comportamento mostrando o número total de respostas que uma pessoa deu durante um período de tempo. As linhas no registro acumulado fazem um degrau para cima cada vez que um comportamento é emitido; eles permanecem tia horizontal durante o tempo que a pessoa não emite o comportamento. O número total de respostas dada é mostrado à esquerda no registro acumulado- A linha pontilhada na Figura 2.2 mostra o registro acumulado do calouro ao pegar o jomal diário. No primeiro dia no campus, o estudante apanhou o jomal e foi recompensado por ver as noticias, cartoons e fotografias. O registro acumulado mostra que o estudante repetiu o comportamento iodo dia, pdos 5 primeiros dias da semana Nlo há respostas nos 2 dias seguintes, jã que o jomal não é publicado no sábado e domingo. Cada semana seguinte apresenta cinco respostas seguidas pela pausa de sábado e domingo. Desde que pegar o jomal é uma resposta de fácil desempenho e produz reforçamemo imediato, o estudante aprendeu-a no primeiro dia e não perdeu uma única oportunidade de obter este reforço durante as 6 semanas inteiras mostradas no registro acumulado. O segundo comportamento, mostrado na linha continua na Figura 2.2, é o de trabalhar no escritório do jomal do campus Este comportamento exige consideravelmente mais habilidade c esforço do que simplesmente pegar o jomal no dormitório, e o registro acumulado mostra que o estudante aprendeu esta atividade mais vagarosamente. No quartodia de aula, o calouro visitou o escritório do jomal pela primeira vez para ver se havia uma chance de trabalho, c o editor sugeriu que o calouro tentasse escrever um artigo como experiência Foi recompensador conversar com o editor e obter uma chance de escrever um artigo. O estudante foi para casa e trabalhou po>r vários dias nesta amostra, tentando escrever algo que pudesse ser aceito para publicação. Apenas no 1° dia de aula ele voltou ao escritório do jomal com o artigo. O editor leu o trabalho, deu ao estudante um '‘feedback’' encorajador, fez algumas modifica-çõcs úteis c sugeriu uma nova entrevista para o proximo finvdc-scmana 0 encorajamento forneceu reforçamemo para escrever artigos Quatro dias mais tarde. o estudante voltou ao escritório do jomal com o novo artigo, que foi aceito para publicação quase sem nenhuma alteração. Mais recompensas. Como o estudante aprendeu como escrevei melhor, o tempo médio necessário para preparar cada artigo se tomou menor Durante as próximas semanas o estudante vohou ao escritório do jomal cada vez com maior freqüência, e cada visita ao escritório era recompensado por “feedback” positivo sobre os artigos e interações mais e mais amigáveis com os editores, repórteres c o corpo editorial. Durante as primeiras cinco semanas de aula, houve mais ou menos 5 ou 8 dias de pausas entre as visitas ao escritório: mas como o estudante melhorou sua capacidade de escrever bons artigos, ele veio a trabalhar no escritório mais freqüentemente, mesmo nos fins de semana. O registro acumulado mostra que comportamentos fáceis (tais como pegar o Jomal) podem ser aprendidos quase imediata* mente e executados no nivel máximo por longos periodos de tempo. Comportamentos mais difíceis (tais como escrever para um jornal) são geralmente aprendidos mais lentamente. Entretanto, na última semana mos trada no registro acumulado, o estudante traba lhou no escritório do jomal por S dias rum total Princípios do Comportamento na Vida Diária I I de 7, tomando seu comportamento tão freqüente quanto o comportamento simples de pegar o jomal cinco dias na semana. Uma vez dominados, os comportamentos que exigem mais habilidade podem ser realizados tão freqüentemente quanto as atividades mais simples, se produzem amplo reforçamento. ESTÍMULOS D1SCRIMINATIVOS Quando uma resposta (R) é seguida _por estímulos reforçadores ( ^ 's) em um contexto mas não em~outrosf as ~pistas do_contexto antecedentes associadas com o reforçamento sc tomam estímulos discriminativos (S° 'ó). jsstes ^ ’s estabelecem a ocasião para respostas futuras. Por exemplo, .se um ameri cano está em um país estrangeiro onde poucas pessoas falam inglês, sinais escritos "FALA- SE INGLÊS AQUI” se tomam sP*s que estabelecem a ocasião para se conversar em inglês com os nativos. Quando os sinais estão presentes, há uma boa chance de que falar em inglês levará à comunicação e será reforçado por respostas significativas. Quando os sinais estão ausentes, as chances são de que ninguém entenderá, e que falar em inglês não será reforçado. Os_ estímulos que _ melhor_ predizem quando e onde o comportamento. provavel mente será reforçado são mais prováveis de se tomarem 5 ° 's. Um aviso escrito “FALA-SE INGLÊS AQÜI” é obviamente um bom indicador de que falar em inglês produzirá resultados recompensadores. Numerosas outras pistas podem se tomar 5o ’s para se usar inglês. Uma vez que os funcionários bem vestidos em hotéis e restaurantes interna cionais geralmente falam inglês eles podem servir como SD*s para se usar o inglês - se uma pessoa tiver tido experiências reforçadoras falando inglês com tais indivíduos. Os estudantes em universidades estrangeiras freqüentemente falam inglês, logo os indica dores de que uma pessoa é um estudante universitário podem se tomar SD’s para se conversar em inglês - para aqueles que tiveram resultados reforçadores ao falar com estudantes. Guando um comportamento__não é seguido por reforçamento, os estímulos que melhorjpredizem ò não reforçamento sejom am SA’s, estímulos discriminatíyos_para não responder. Estes deltas)^£tò pístas SATs que (prommeia-se^ esses não éavisam que provável que o comportamento seja reforçado nesta situação particular (considerando que os ’s avisam que o reforçamento_è provavej)^ Num país estrangeiro, lojas com avisos “FALA-SE INGLÊS AQUT’ se tomam S°'s para se falar em inglês; e lojas sem tais avisos se tomam SA,s para não se usar inglês, se o inglês for raramente falado lá. Desde que nativos pobres e incultos raramente falam inglês, as pistas de que uma pessoa é pobre ou inculta também servem como SA’s para não se falar inglês. Nos dois últimos parágrafos, está claro que diversas pistas podem se tomar 5° *s e SÍTs para o mesmo comportamento. Não há apenas um único 5o e SA para cada comportamento. para se falar em inglês podem incluir avisos em inglês, estilos de roupa, e locais (tais como restaurantes ou hotéis internacionais). Alem disso, cada indivíduo pode aprender a responder a diferentes pistas, dependendo de sua história passada particular de reforçamento. Um estudante pode ser sensível a certas pistas como fP*s e SA’s, enquanto um banqueiro é sensível a outras. Os estímulos que__sâo ,S° *s par.CL_um, comportamento podem ser SA,s para outras, respostas. Quando um -estrangeiro que não sabe inglês visita pela primeira vez os Estados Unidos e se depara com portas marcadas com “PUSH-’ (empurre) e “PULL” (puxe), ele pode não discriminar entre estas 2 pistas e aleatoria mente empurrar ou puxar as portas até que um dos dois atos seja reforçado. Gradualmente os P n n o n o i do C onportam w o ra vma O i i a 12 avisos ‘'PUSH” sc tomam SP's para empurrar c SJ'$ para puxar, já que empurrar é reforçador e puxar não. Do mesmo modo, os avisos “PULL” "se tornarão iP ’s para puxar e S^s para empurrar, já que puxar é reforçador e empurrar não. Qualquer wtimu{o_-_ uma pessoa, lugar ou coisa - pode se tomar um para todos os comportamentos que tenham' sido reforçados eu m S^ para todos os compor tamentos que nio tenham sido reforçados cm sua presença. Um banco internacional se toma ura S° para se trocar moeda estrangeira por dólares e um SA para todos os tipos de atividades que não são recompensadas se forem feitas ali. Um cart&o postal fomece S ^’s para sc escrever nele e S4’s para não mastigá- lo e comê-lo. Como as pessoas aprendem a discriminar entre S°'s e SA’s para um dado operante, é mais provável que realizem este comportamento na presença de S °‘s do que na presença de Si's. Entretanto, o sS °^s nfo causam o comportamento. Cm viajante estran geiro pode passar por diversos bancos antes de entrar cm um para trocar dinheiro, ou comprai dez cartões postais e só escrever em seis. Algumas vezes as pessoas aprendem a discriminar entre duas experiências reforça- doras só porque uma fomece mais nfurça- dores que a outra. Pistas antecedentes que predizem mais reforçamento se tomam 5°V, e pistas que predizem menos reforçamento sc tomam SA,s. Podem existir dois restaurantes que fomcccm boa comida; mas uma pessoa a tta um deles um pouco melhor que o outro O restaurante melhor se toma um Sfí para jantar e o pior. um S* para não jantar. Logo. as pistas antecedentes podem se tornar S**s (JJ porque sâo associadas com nenhum reforça- memo ou (2) meramente ^porque das são associadas com menos reforçamento do_ que está dtsponhvl em outra parte. As discriminações podem ser aprendidas rápida ou vagarosamente. Muitas vezes discri minações sutis entre mais ou menos reforça mento demoram mais para serem aprendidas do que discriminações fáceis entre reforça- memo e nSo reforçamento. Quando as pessoas se mudam para uma cidadenova, elas têm que aprender muitas discriminações novas, tais como os melhores lugares para se comer, comprar e obter cuidados médicos. Se a nova cidade tem três cadeias de mercearias • X Y e Z - o novo morador pode aprender a discri minar entre os três tipos de lojas em diferentes velocidades A primeira vez que o novo morador vai ate o mercado Z será óbvio que a baixa qualidade e pouca variedade de produtos Cará a compra aí pouco compensadora Então, o mercado Z sc torna rapidamente um S* para não se comprar lá; e o morador pode sair da loja sem levar coisa alguma. Entretanto, a discriminaçio entre os mercados X c Y pode nSo ser tio fecil. Muitos vizinhos recomendaram a mercearia X. mas outras pessoas recomendaram a Y. Por diversas semanas o novo morador aleatória e indiscrimi nadamente vai e vem entre X e Y, não notando muita diferença entre os alimentos comprados nos dois mercados Ambos fornecem bons produtos e, portanto, iào ^ ' s para comprar O registro acumulado apresentado na Figura 2.3 mostra que para as primeiras 10 semanas, o oovo morador comprou cinco vezes no mercado X e cinco vezes no Y. Entretanto, durante as várias semanas seguintes alguns pequenos incidentes revelaram que os produtos nos dois mercados não eram iguais Na semana 13, a carne no mercado Y não estava muito fresca. Embora só isso não fosse o bastante para fazer uma pessoa parar de comprar no mercado Y, isto sugere uma possível diferença na qualidade de alimento nos dois mercados. Na semana tS, a alface no mercado Y estava murcha c amassada. O morador nunca tinha observado tais problemas no mercado X. Na semaoa 19, o pacote de leite no mercado Y estava azedo. Pouco a pouco, o novo morador discriminou que comprar no mercado Y era ligeiramente menos recom pensador do que comprar no mercado X. Entre as semanas 10 c 20, o armazém Y deixou de ser um SD para a compra e sc tomou um S4 para não comprar. Este S* não sc baseou na ausência total de recom pensas, porque o armazém Y linha muitos produtos bons. Entretanto, diferenças pequenas, mas constaiues, na qualidade dos reforçadores s&o suficientes para fazer uma pessoa aprender Princípios do Comportamento na Vida Diária 13 FIGURA 2.3 Um registro acumulado que mostra o número total de vezes que uma pessoa fez compras em dois diferentes mercados, X e Y. Observe a semelhança das freqüências de respostas nas primeiras 10 semanas antes da discriminação e então os padrões bem diferentes de responder nas últimas 10 semanas, depois que a discriminação ficou clara. i discriminar diferenças sutis. Após a semana 19, o armazém X era um SD para comprar e o V era um SA para nào comprar. A Figura 2.3 mostra que, como a pessoa ;omeçou a discriminar as diferenças na qualidade dos alimentos entre as semanas 10 e 20, ela parou gradualmente de fazer compras no armazém Y. Após a 19® semana, o registro acumulado não mostra nenhuma escolha adicional do aimazém Y. Simultaneamente, o registro mostra um aumento das compras no armazém X, já que a pessoa fazia compras lá toda semana ao invés de somente metade das vezes. As pessoas desenvolvem numerosas discriminações sutis entre situações que fornecem reforçamento semelhante - mas um pouquinho diferentes: entre restaurantes bons e excelentes, entre bons discos e discos razoáveis, um bom serviço médico e um excepcional serviçc médico. REFORÇAMENTO POSITIVO E NEGATIVO Há dois tipos de reforçamento: positivo e \ negativo. Reforçar significa fortalecer, e tanto o J^-reforçamento positivo quanto o negativo_forta1 ! lecem comportamento. Ãmbos aumentam a probabilidade da pessoa repetir, o compor; tamento no futurcT A diferença critica è que o reforçamento positivo ocorre com o surgimento de um estimulo reforçador_eojteggtivp_pcorre com término de um estimulo aversivo. Em termos da lei do~efeito~ ò reforçamento positivo consiste__9JO_surgimento de bonsejfeitos,_e o reíorçaraento^ negadvolcõnsiste jiojérm ino de maus efeitos O começo de uma música agradável fornece reforçamento positivo para ligar o stereo. O término de um som aversivo produz reforçamento negativo para desligar o despertador pela manhã. Receber um prêmio por quebrar um recorde na pista fornece Princípios do Comportamento na Vida Diária 14 reforçamento positivo para o exercício e treino regularcs. Livrar-se de uma dor de garganta produz reforçamento negativo para chupar pastilhas de garganta. Aumentar o número de sorrisos e risadas numa festa produz reforçamento positivo para contar piadas e estórias engraçadas. Diminuir o número de brigas em um casamento produz reforçamento negativo para se ir a um conselheiro matrimonial e seguir seus conselhos. As pistas antecedentes que precedem qualquer tipo de reforçamento - positivo ou negativo - se tomam SD’s. Assim, os SD,s do aumento da escuridão dos fins de tarde estabelecem a ocasião para se ascender as luzes, porque este operante produz o reforçamento positivo de se enxergar as coisas à noite. Os SD’s de bocejo e sonolência estabelecem a ocasião para se desligar as luzes tarde da noite porque este operante produz o reforçamento negativo pelo término da claridade das lâmpadas que tomam difícil dormir. As pistas antecedentes que precedem o comportamento que não produz nem reforço positivo nem negativo - ou menos reforçamento do que o disponível em outro lugar - se tomam SA,s. A maioria dos comportamentos pode ser fortalecida tanto por reforçamento positivo quanto por reforçamento negativo. Considere-se a polidez. Se, à sua polidez se seguem sorrisos e palavras agradáveis de outras pessoas, o aparecimento dc bons efeitos fornece reforçamento positivo para a sua polidez. Se você e polido com alguém mal- humorado a pessoa para de resmungar, o término dos maus eventos fornece um reforçamento negativo para a sua cortesia. Criancinhas sempre recebem reforçamento positivo e negativo por se aproximar em correndo dos pais. Se a mãe está sentada na sala de visitas e seu filho pula no seu joelho e lhe pede para brincar “de cavalinho”t a mãe balança a criança no seu joelho. A ocorrência do jogo reforça a resposta da criança de se aproximar e pedir para brincar. Logo, balançar a criança produz reforçamento positivo para o comportamento de se aproximar da mãe. Por outro lado, quando uma criança surge com uma ferpa no dedo, ela pode procurar o pai para ajudá-la a remover a ferpa. Quando o pai o faz, o término da estimulação aversiva da lasca de madeira reforça a resposta da criança de procurar o pai. Então, remover a ferpa fornece forçanento negativo para se aproximar do adultc em busca de ajuda. Os pais se tomam SD’s para a resposta de aproximação devido tanto ao reforçamento positivo quanto ao negativo. Reforçamento Positivo As pessoas geralmente preferem aprender via reforçamento positivo~porque ele aumenta os bons efeitos, p. as experiências' agradáveis em suasvldásT Assim, o reforçamento positivo é ura método ideal para ajudar as pessoas a aprender em coisas de formas mais agradáveis. A criança que aprende a ajudar nos serviços de casa via reforçamento positivo - comentários aprecia tivos e carinhosos dos pai - achará bom ajudar os pais (em vez de fazê-lo como dever ou medo de reprimenda). Os pais que mostram uma atenção sincera e afetiva para seu filho como reforçamento positivo para a cortesia, amizade, cooperação e consideração terão um filho que sente prazer em tratar os outros bem. O reforçamento positivo é um método ideal para aumentar a criatividade As pessoas têm o potencial para serem criativas ou não. 0 subconjunto particular deste potencial humana que qualquer indivíduo desenvolve depende, em parte, dos padrões de reforçamento, como demonstra um estudo sobre criatividadena infância.3 Enquanto as crianças brincavam com blocos de construção, recebiam reforçadores sociais seja por construir formas inovadoras e criativas seja por repetição de formas velhas. As crianças que receberam recompensas somente quando construíram estruturas novas e interessantes se tomaram mais criativas e 3 Goetz c Baer (1973). Principios do Comportamento na Vida Diária {!> inovadoras no seu jogo de blocos. As outras crianças, que receberam recompensas por repetirem velhos padrões, se tomaram menos criativas porque seus padrões repetitivos eram incompatíveis com os novos e criativos. Estu dos similares têm mostrado que o reforça mento aumentará a criatividade na escrita, pintura e outros esforços artísticos.4 Ao longo da vida, todos nós recebemos reforçadores para as respostas criativas e não criativas. Quanto mais reforçamento acompanha o com portamento criativo em vez do não criativo maior a probabilidade de que desenvolvamos o aspecto criativo de nosso potencial humano. Infelizmente, o dia a dia de muitas pessoas está cheio de tarefas e deveres que reforçam o comportamento repetitivo ao invés do compor tamento inovador. Um dos objetivos das ciências comport amentais é ajudar as pessoas o aumentar o reforçamento positivo para o comportamento criativo e inovador.5 O reforçamento positivo pode ser liberado de forma natural ou artificiai Nós todos já ouvimos adultos fazerem elogios claramente artificiais e não sinceros às crianças: "Maria, que linda casa de madeira você construiu *\ O elogio forçado e recompensas artificiais são algumas vezes não muito efetivos para se reforçar um comportamento. Recompensas pouco naturais, muito pensadas, podem mesmo diminuir a freqüência de um operante se forem usadas de forma manipulative6 Entretanto, o feedback positivo, natural e sincero, é geralmente tanto agradável de se receber quanto efetivo para reforçar comportamento. O reforçamento positivo natural ocorre muito espontâneamente quando as pessoas mostram respostas entusiásticas e de apoio a coisas que outras fizeram: ”Puxa! Você tem um saque poderoso, Sônia!” “Que bom você aparecer, Tomf” Sorrisos sinceros e comentários apreciativos sobre o comportamento de outras pessoas são 4 Goetz c Salmonson (1972); Maloney e Hopkins (1975). 5 Mahoncv (1975). 6 Lepper e Greene (1975); Condry (1977). as formas mais comuns de reforçamento- positivo natural visto na vida diária - mesmo que muitas pessoas não estejam conscientes de que estão dando ou recebendo reforçamento positivo, quando estas formas naturais de feedback positivo sâc trocadas. Algumas pessoas tendem a dar muito mais reforçamento positivo que outras. Em vez de comentar mais as faltas e inadequações dos outros, a pessoa positiva tende a focar os acertos e mostrar um prazer genuíno sobre eles. "Nossa, que fotografias lindas você tirou!" Este estilo de interação social dá aos outros o reforçamento positivo pelas coisas boas que tenham feito em vez de criticas pelos seus fracassos. Como você pode imaginar, é um prazer conhecer pessoas positivas uma vez que são generosas em seus ‘feedbacks" positivos. Como conseqüência, as pessoas positivas tendem a ser queridas.7 O reforçamento positivo tem sido .sempre mais comum nos negócios e indústria para recompensar os trabalhadores produtivos e criar um bom relacionamento de confiança entre empregados e a administração. Por exemplo, usam-se “algemas douradas” para reter na companhia empregados valiosos tais como engenheiros que projetam chips de computador. Já que outras companhias tentam aliciar empregados capacitados com altos salários, um empregador tem que tomar o emprego reforçador para que os empregados não saiam. O empregador pode oferecer “algemas doura das” a um empregado excelente, tais como um novo automóvel Porsche, financiado em 10 anos, a juros baixos, com a promessa de a companhia assumir os pagamentos depois da permanência do empregado na firma por 5 anos. Para obter as recompensas de ter o carro completamente pago, o empregado deverá ficar na companhia pelos 5 anos completos. 0 reforçamento positivo ajuda o trabalhador a decidir ficar e cria sentimentos positivos para com a companhia. * Thibaut e Kelly (1959); Homans (1974). Princípios do Cyrtpcrtamento na Vida Diária 16 FIGURA 2.4 A percentagem de pessoas que são pontuais sob seis condições de reforçamento. Reproduzido de Hermann et al. Copyright da Sociedade para a análise do comportamento, Inc. 1973. Uma vez que a produtividade industrial pode ser diminuída significativamente pelo absenteísmo têm-se feito esforços para se reduzir o atraso fornecendo reforçamento positivo pela pontualidade. Uma companhia no México adotou um método de reforçamento positivo para resolver seus problemas com os empregados retardatários.8 Todo dia que os empregados se apresentavam ao serviço no horário, eles recebiam tiras de papel confir mando que sua pontualidade lhes garantia 2 pesos extras por dia (um aumento de 4% acima dos salários normais). Os trabalhadores podiam colecionar estas tiras e trocá-las por dinheiro no fim da semana. A Figura 2.4 mostra como as recompensas foram efetivas no reforço da pontualidade. Antes do início do programa, quando não havia nenhuma recom pensa especial peia pontualidade (em A) Hermann ct al. (19^3). somente 80% dos trabalhadores chegavam na hora. Durante 8 semanas que os reforçadores positfvos eram dados por chegar na hora (B), a pontualidade aumentou significativamente, com 97% a 99% das pessoas chegando dentro do horário. Houve então um período de 4 semanas no qual não foi dada nenhuma recompensa pela pontualidade (C), e os scores de pontualidade diminuíram para 92%. Quando as recompensas foram reinstaladas para as próximas 9 semanas (D), os scores da pontualidade aumentaram de novo, alcançando 95% a 100%. Durante as 12 semanas seguintes, o reforçamento pela pontua lidade foi removido novamente (E), e as taxas de pontualidade diminuíram. Para as 32 semanas finais de estudo (F), o reforçamento positivo para a pontualidade foi reinstalado, aumentando a freqüência da classe de resposta significativamente. O reforçamento positivo pode vir de fontes não sociais como se vê no seguinte Princípios do Comportamento na Vida Diária 17 exemplo de reforçamento de percepção seletiva. As pessoas só prestam atenção a uma fração da totalidade dos estímulos em seu ambiente - não notando muitas coisas que acontecem ao seu redor. Um dos determinantes dessa percepção seletiva é o reforçamento positivo. Você talvez já tenha experimentado uma “descoberta fortuita” e notado a rápida mudança na atenção visual produzida por este tipo de reforçamento positivo. Por exemplo, enquanto anda pela rua, Mike descobriu, por acaso, um papel verde perto do meio-fio. Para sua surpresa é uma nota de 5 reais. Quando ele a apanha vê um a segunda nota alguns metros a frente. Todas as duas estavam empoeiradas. Não se sabe quem as perdeu ou quando. Então Mike as coloca no bolso e continua seu trajeto. Alguns momentos mais tarde, ele nota uma mudança em seu próprio comportamento. Ele não olha mais para as árvores ou casas. Em vez disso, seus olhos se mantêm explorando o chão como se estivesse procurando outro "achado fortuito ” O comportamento de olhar para o chão foi acompanhado pelo reforçamento positivo de achar o dinheiro. Este reforçamento positivo fortaleceu os operantes de olhar para baixo e explorar o chSo. Após um feliz achadu como este as pessoas, algumas vezes, observam que olham para o chão mais do que o usual por diversos dias. Uma vez que focalizar a atenção numa coisa ou noutra exige menos esforço e é fácil de se aprender, um reforçamento positivo pode ter efeitos