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Resumo TGD

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Ciência Política e Teoria Geral do Estado
Conceitos de CP e TGE
 Estuda o Estado e suas relações com a sociedade
 Segundo Bobbio, ciência politica é compreendida como ciência do homem 
e do comportamento humano, e em comum com outras ciências 
humanísticas, tem dificuldades como:
o O homem é um animal teológico. Não permitindo a CP prescindir;
o O homem é um animal simbólico. Se comunica através de símbolo, 
principalmente pela linguagem. O conhecimento da ação humana 
exige a decifração e interpretação destes símbolos.
o O homem é um animal ideológico. que utiliza valores vigentes no 
sistema cultural no qual está inserido, a fim de racionalizar seu 
comportamento, alegando motivações diferentes das reais, com o 
fim de justificar-se ou de obter o consenso dos demais
 CP possibilitará interpretar a complexidade que envolve o Estado, o 
poder, a política, a democracia e o direito (e suas consequências para 
sociedade)
 Vê-se, então, que como conteúdo, a Ciência Política, na qual aqui se inclui 
uma Teoria (Geral) do Estado, pretende estudar o Estado, sua estrutura e 
seu funcionamento, bem como sua relação com o sistema jurídico, o qual é 
apresentado e se pretende o locus privilegiado de emanação da 
normatividade, e, como objeto, tanto a sua realidade quanto a sua 
idealidade
 “O de que mais se precisa no preparo dos juristas de hoje é fazê-los 
conhecer bem as instituições e os problemas da sociedade 
contemporânea, levando-os a compreender o papel que representam na 
atuação daqueles e aprenderem as técnicas requeridas para a solução 
destes. Evidentemente certas tarefas a serem cumpridas com relação a 
esse aprendizado terão de ser deixadas às disciplinas não jurídicas da 
carreira acadêmica do estudante de Direito” (Edgar Bodenheimer)
 Há, nessa referência, três pontos que devem ser ressaltados:
o É necessário o conhecimento das instituições, pois quem vive 
numa sociedade sem consciência de como ela está organizada e do 
papel que nela representa não é mais do que um autônomo, sem 
inteligência e sem vontade;
o É necessário saber de que forma e através de que métodos os 
problemas sociais deverão ser conhecidos e as soluções 
elaboradas, para que não se incorra no gravíssimo erro de 
pretender o transplante, puro e simples, de fórmulas importadas, 
ou a aplicação simplista de ideias consagradas, sem a necessária 
adequação às exigências e possibilidades da realidade social; 
o Esse estudo não se enquadra no âmbito das matérias estritamente 
jurídicas, pois trata de muitos aspectos que irão influir na própria 
elaboração do Direito. 
 Fixando-se, em largos traços, a noção de Teoria Geral do Estado, pode-se 
dizer que ela é uma disciplina de síntese, que sistematiza conhecimentos 
jurídicos, filosóficos sociológicos, políticos, históricos, antropológicos, 
econômicos, psicológicos, valendo-se de tais conhecimentos para buscar o 
aperfeiçoamento do Estado, concebendo-o, ao mesmo tempo, como um 
fator social e uma ordem, que procura atingir os seus fins com eficácia e 
com justiça
 Concluí-se que quanto ao objeto da Teoria Geral do Estado pode-se dizer, 
de maneira ampla, que é o estudo do Estado sob todos os aspectos, 
incluindo a origem, a organização, o funcionamento e as finalidades, 
compreendendo-se no seu âmbito tudo o que se considere existindo no 
Estado e influindo sobre ele. 
---
Origem da Sociedade
1. Naturalistas (Fruto da própria natureza humana)
 Teoria do impulso associativo natural: A sociedade é o produto de um 
impulso associativo natural e da cooperação da vontade humana.
 Aristóteles: “ O homem é naturalmente um animal político”
 a ideia que a obediência é tão natural quanto a própria origem da 
sociedade, um instinto natural à obediência (ex: os filhos obedecem 
naturalmente aos pais)
 São Tomás de Aquino: “ O homem é, por natureza, um animal social e 
político, vivendo em multidão, ainda mais que todos os outros animais, o 
que se evidencia pela natural necessidade”
 3 hipóteses para uma vida solitária: Indivíduos virtuosos, que vive com a 
própria divindade, Anomalia mental, Por acidente (mogli).
2. Contratualistas ( Consequência de um ato de escolha)
 Pacto contratualista - a sociedade é produto de acordo de vontades, ou 
seja, um contrato hipotético celebrado pelos homens. Nesta perspectiva, 
negam o impulso associativo natural. 
 Teoria desenvolvida, sobretudo, por Rousseau, deve ser entendida no 
instante da formação do agrupamento humano “mais complexo” 
denominado Estado. 
 Autores que defendem essa tese: Platão, Thomas More, John Locke, 
Hobbes, Rousseau
Estado de natureza
 Thomas Hobbes: Leviatã. Estado da natureza: É uma constante ameaça. 
o Para Hobbes todos são naturalmente iguais, isto gera uma 
desconfiança constante e leva a um estágio de auto defesa em que 
o homem agride antes mesmo de ser agredido
o Por isto, sendo o homem um animal racional ele entende que o 
contrato social é imprescindível
o O Estado é soberano, e os que o rodeiam são seus súditos
o As ideias de Hobbes contribuíram para justificar governos 
absolutistas e totalitários
 Jonh Locke – Segundo tratado sobre o governo civil
o Duplamente limitada, o estado reconhece a existência de direitos e 
tem a obrigação de dar garantia a esses direitos, principalmente do 
direito de propriedade
o John Locke foi o primeiro a lançar a ideia de separação de poderes
o O poder está no povo, o individuo transfere o direito de ” fazer 
justiça com as próprias mãos ” para o Estado
o O estado de natureza não foi um período histórico, mas é uma 
citação na qual pode existir independentemente do tempo
o Ele legitima a propriedade pelo trabalho, mas ele também acha que 
o direito de propriedade é algo inviolável para o homem desde sua 
forma primitiva
o O que leva o homem a querer sair do Estado de Natureza? Em 
Locke, o individuo deixa a condição primitiva pois quer ter 
garantias de proteção ao seu direito de propriedade.
o Quando se fala em pacto, na verdade, existem dois, o primeiro é o 
pacto de unanimidade, que cria a sociedade, depois de formada 
essa sociedade, é feito um segundo pacto, o de submissão, para 
criação das estruturas de poder, partindo da vontade da maioria.
 Montesquieu – Do espírito das leis
o Estado de natureza: Diz que o homem sentiria, antes de tudo, sua 
fraqueza e estaria constantemente atemorizado, acrescentando 
que nesse estado todos se sentem inferiores e dificilmente alguém 
se sente igual a outrem
o Segundo ele existiam leis naturais que levam o homem a escolher a 
vida em sociedade: 
 O desejo de paz;
 O sentimento das necessidades, experimentado 
principalmente na procura de alimentos;
 A atração natural entre os sexos opostos, pelo encanto que 
inspiram um ao outro e pela necessidade recíproca;
 O desejo de viver em sociedade, resultante da consciência 
que os homens têm de sua condição e de seu estado. 
o Depois que, levados por essas leis, os homens se unem em 
sociedade, passam a sentir-se fortes, a igualdade natural que 
existia entre eles desaparece e o estado de guerra começa, ou entre 
sociedades ou entre indivíduos da mesma sociedade. 
o Montesquieu, embora reconheça em sua obra a necessidade de um 
governo para existência de uma sociedade, não faz menção ao 
contrato social
 JEAN-JACQUES Rousseau – o contrato social
o O contratualismo de Rousseau, que exerceu influência direta e 
imediata sobre a Revolução Francesa e, depois disso, sobre todos 
os movimentos tendentes à afirmação e à defesa dos direitos 
naturais da pessoa humana, foi, na verdade, o que teve maior 
repercussão prática
o Ainda hoje é claramente perceptível a presença dos ideais de 
Rousseau na afirmação do povo como soberano, no 
reconhecimento da igualdade como um dos objetivos 
fundamentais da sociedade, bem como na consciênciade que 
existem interesses coletivos distintos dos interesses de cada 
membro da coletividade
o Ser humano é bom - O mito do “bom selvagem” - “Felicidade 
perfeita”
o Estado de natureza – Sociedade Civil – República
o Afirma Rousseau que a ordem social é um direito sagrado que 
serve de base para todos os demais, mas esse direito não provém 
da natureza, encontrando seu fundamento em convenções. Assim, 
portanto, é a vontade, não a natureza humana, o fundamento da 
sociedade. 
o “suponho os homens terem chegado a um ponto em que os 
obstáculos que atentam à sua conservação no estado natural 
excedem, pela sua resistência, as forças que cada indivíduo pode 
empregar para manter-se nesse estado. Então este estado 
primitivo não pode subsistir, e o gênero humano pareceria se não 
mudasse de modo de ser.
o “Há um deslocamento da noção de soberania. Para chegar naquilo 
que ele denominou de contrato social, é fundamental que se 
compreenda o estado de natureza e a inserção do homem em 
comunidade. Com efeito, o estado de natureza em Rousseau é 
somente uma categoria histórica para facilitar esse entendimento. 
Assim, no “Discurso sobre desigualdade”, ele diz que o “verdadeiro 
fundador da sociedade civil foi o primeiro que, depois de haver 
delimitado um terreno, pensou em dizer “isto é meu”, e falou a 
outros tão ingênuos para nele acreditarem”. A desigualdade 
nasceu, pois, junto com a propriedade, e, com a propriedade, nasce 
a hostilidade entre os homens. 
o É então que ocorre a alienação total de cada associado, com todos 
os seus direitos a favor de toda uma comunidade. Nesse instante o 
ato de associação produz um corpo moral e coletivo, que é o 
Estado, enquanto mero executor de decisões, sendo o soberano 
quando exercita um poder de decisão. O soberano, portanto, 
continua sendo o conjunto de pessoas associadas, mesmo depois 
de criado o Estado, sendo a soberania inalienável e indivisível. 
ELEMENTOS CARACTERISTICOS DA SOCIEDADE
Finalidade Social (deterministas e finalistas)
1. Deterministas: 
 para eles os acontecimentos já estão traçados pelas causalidades. E não há 
como mudar. A vontade humana não tem força de alterar o que está 
determinado a acontecer. Os fatores que determinam são fatores naturais 
como por exemplo os de ordem econômica ou geográficas.
 As maiores criticas vem do fato de a vontade humana não poder interferir
2. Finalistas:
 O que define as transformações em uma sociedade é o esforço de seus 
indivíduos.
 Estabelecimento do bem comum. Valores da coletividade.
 A sociedade humana tem por finalidade o bem comum, isso quer dizer 
que ela busca a criação de condições que permitam a cada homem e a 
cada grupo social a consecução de seus respectivos fins particulares.
Bem Comum
 “O bem comum consiste no conjunto de todas as condições de vida social 
que consintam e favoreçam o desenvolvimento integral da personalidade 
humana e do social” (Papa João XXIII). 
 Para Dallari: conjunto das condições sociais, políticas, jurídicas, 
econômicas, etc. que permitam o pleno desenvolvimento da 
personalidade de todos os indivíduos componentes de uma dada 
sociedade
 Para Dallari, toda sociedade que se organiza negligenciando o bem 
comum abre espaço para a sua transformação. Por reforma (mantem 
instituições sociais) ou por revolução (destrói e substitui instituições 
sociais) . 
 Dallari assim considera fundamental que as sociedades humanas 
organizem-se para a realização de alguns valores humanistas, como por 
exemplo: solidariedade, justiça, felicidade humanas. Nessas sociedades 
não se pode retirar-se legitimamente dos simples fato de existir.
Ordem Social e Jurídica
Um agrupamento de pessoa com finalidade comum, não seria o suficiente para o 
alcanço da ordem. Para que haja um sentido de conjunto e para que se assegure 
um rumo certo, tem que haver um todo harmônico e a exigência da ordem.
 Reiteração: se manifestem em conjunto reiteradamente
 Ordem: normas morais e jurídicas, e convenções sociais 
 Adequação: levar em consideração a realidade
1. Ordem da Natureza (Mundo físico – Causalidade)
Se acontece A, ocorre B (É)
2. Ordem Humana (Mundo Ético – Imputação)
Se acontece A, pode ocorrer B, ou não. (Dever Ser)
Poder Social
Formado a partir do homem com o homem. Econômico (produção ou riqueza), 
ideológico ou culturais e político (poder político e expectativa de uso da força).
“Consiste na faculdade de alguém impor a sua vontade a outrem” Características:
1. Socialidade: o poder é fenômeno social;
2. Bilateralidade: Relação de duas ou mais vontades. Uma será submetida.
Devemos considerar o poder sob dois aspectos:
1. Como Relação: isolando o fenômeno para análise, verificando as posiçãos;
2. Como Processo: quando se estuda a dinâmica do poder;
Configurações atuais do poder:
1. O poder, reconhecido como necessário, quer também o reconhecimento de 
sua legitimidade;
2. Embora o poder não seja puramente jurídico, ele age concomitantemente 
com o direito. Buscando os mesmos objetivos.;
3. Processo de objetivação do poder, desaparecendo a caract. de poder pessoal.
4. Buscando a racionalização, desenvolveu-se uma técnica do poder, que o torna 
despersonalizado. Ao mesmo tempo que busca meios sutis de atuação.
Poder econômico: ocorre em uma situação de escassez de um bem necessário. 
Quem tem, submete quem não tem.
Poder ideológico: influencia de alguém que detém autoridade sobre outros. Ex.: 
O poder da mídia.
George Orwell expressou bem essa questão em sua fala: “A massa mantém a 
marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa”. Em uma sociedade 
em que ter informação é ter poder
Poder político: é o poder regulador. Onde representantes escolhidos pela 
população determinam o que deve ser cumprido. Usando métodos coercivos.
--
Origem, Formação e Evolução histórica do Estado
Criado da palavra Estado (estar firme), Maquiavel, em O príncipe (1513). 
Estado: sociedades politicas, com autoridade superior, que fixaram regras de 
convivência para seus membros.
Quando surgiu o estado?
1. O Estado, assim como a sociedade, existe desde que o ser humano surgiu na 
Terra
2. O Estado é produto da evolução natural da sociedade humana e foi precedido 
por outros tipos de sociedades, como tribos, clãs etc
3. O Estado surgiu somente quando adquiriu características bem definidas, 
principalmente a ideia de soberania (poder máximo e exclusivo sobre um 
determinado território habitado por um povo), que só aparece no Estado 
Moderno
Justificação:
formação natural ou espontânea (naturalismo): o Estado se forma naturalmente
 Origem familiar ou patriarcal: núcleo social, família. Cada família primitiva 
deu origem a um estado;
 Origem em atos de força, de violência ou de conquista: a superioridade de 
força de um grupo social permitiu-lhe submeter um grupo mais fraco, 
nascendo o estado dessa conjunção de dominantes e dominados (vencedores 
e vencidos).
 Origem em causas econômicas e patrimoniais: o estado teria sido formado 
para se aproveitarem os benefícios da divisão do trabalho. Marx e Angels, 
defendem essa teoria. Angels afirma que o estado é um produto da sociedade, 
quando ela chega a determinado grau de desenvolvimento.
Teoria marxista: em relação a origem na causa econômica, Marx diz que o 
estado foi criação da burguesia para submeter o proletariado, e diz que não 
existia nos primeiros tempos das sociedades humanas, o que levar a crer que 
poderá deixar de existir.
 Origem no desenvolvimento interno da sociedade: o estado é um germe, uma 
potencialidade adormecida. Quando a sociedade evolui, o estado adormecido, 
se constitui. Desenvolvimento espontâneo, que independe de forcas externas.
Estágios da Civilização:
1. Selvagem (promiscuidade sexual)
a. Inferior (arvores)
b. Médio (fogo, linguagem e pedras)c. Superior (arco e flecha, e aldeias)
2. Barbárie
a. Inferior (cerâmica, animais e plantas) (Gens = grandes famílias)
b. Médio (irrigação, gado, tijolo) (estado, propriedade, fidelidade e 
herança, patriarcado) (o estado entra em colapso e desaparece)
c. Superior (escrita, arado)
3. Civilização
a. Inferior (cidades)
b. Médio(indústria)
c. Superior (futuro)
formação contratual (contratualismo): o Estado se forma por um ato de vontade
Formação do Estado:
Formação originária dos estados: agrupamentos humanos ainda não integrados 
a qualquer estado.
Formação derivada: formação de novos estados a partir de outros preexistentes.
 Fracionamento: um território se desmembra e dá origem a outro estado;
 União dos estados: dois ou mais se tornam um. Ex.: Estados unidos;
 Formas atípicas, não usuais e absolutamente imprevisíveis: resultante de 
guerras. Ex.: Alemanha oriental e ocidental.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS DO ESTADO
POPULAÇÃO, TERRITÓRIO, SOBERANIA E PODER POLÍTICO
População: 
1. Povo: é a população do Estado, considera sob o aspecto puramente 
jurídico, é o grupo humano encarado na sua integração em uma ordem 
estatal determinada, é o conjunto de indivíduos sujeito às mesmas leis, 
são os/as súditos/as, os/as cidadãos/ãs de um mesmo Estado. O 
elemento humano do Estado é sempre um povo, ainda que formado por 
diversas raças, com interesses, ideias e aspirações diferentes
2. Nação: é um grupo de indivíduos que se sentem unidos pela origem 
comum, pelos interesses comuns e, principalmente, por ideais e 
aspirações comuns. Povo é uma entidade jurídica; nação é muita coisa 
mais que povo, é uma comunidade de consciências, unidas por um 
sentimento complexo, indefinível e poderosíssimo: o patriotismo
3. Raça: 
a. Alguns autores colocam a raça como elemento central na formação 
de uma nação. 
b. Este tipo de pensamento incentivou as práticas nazistas (raças 
puras).
c. Na perspectiva antropológica não há raças puras, não há mais 
raças no sentido antropológico, mas apenas raças históricas.
ALERTA !!
A raça, assim como a língua e a religião NÃO são fatores essenciais, não 
constituem a característica fundamental da nação
4. Nacionalidade: Ao conjunto de todos esses traços morais, que dão 
fisionomia peculiar a cada nação. 
5. Patriotismo: Amor e devoção. Amálgama indefinível de sentimentos de 
simpatia recíproca, de amor às mesmas tradições, de aspirações de 
grandeza futura.
Território
O território é elemento essencial à existência do Estado, que serve de limite a sua 
jurisdição, e lhe fornece recursos materiais. O território é o país propriamente 
dito, e portanto país não se confunde com povo nem com nação, e não é sinônimo 
de Estado, do qual constitui apenas um elemento
SEM TERRITÓRIO NÃO PODE HAVER ESTADO! Os judeus são uma nação mas 
não formavam um Estado, porque não possuem território. 
O território estabelece a delimitação de soberania do Estado. 
Soberania (summapotestas)
Origem da necessidade: à oposição entre o poder do Estado e outros poderes.
Jean Bodin (1576) lança a primeira obra que vai definir soberania, para o autor: 
“soberania é o poder absoluto e perpétuo de uma República, palavra que se usa 
tanto em relação aos particulares quanto em relação aos que manipulam todos 
os negócios de estado de uma república”
Soberania do Estado sob dois aspectos: 
Interno: autoridade do Estado, nas leis e ordens que edita para todos os 
indivíduos que habitam seu território e as sociedades formadas por estes 
indivíduos, predomina sem contraste, não pode ser limitada por nenhum outro 
poder. O termo “soberania” significa, portanto que o poder do Estado é o mais 
alto existente dentro do Estado. 
Externo: A soberania externa significa que, nas relações recíprocas entre os 
Estados, não há subordinação nem dependência, e sim igualdade
Poder Político
O poder político é a possibilidade efetiva que tem o Estado de obrigar os 
indivíduos a fazer ou não fazer alguma coisa, e seu objetivo deve ser o bem 
público. Quando o poder, no seu exercício, não visa ao bem público, não é mais o 
poder do Estado, não é mais um direito, não obriga jurídica e moralmente; é 
apenas a força, a violência de homens que estão no governo
Pensa-se geralmente que o poder é somente necessário para pôr a força a serviço 
da ordem. Essa é apenas uma razão secundária. A razão primordial é a 
necessidade de uma cabeça para assegurar a unidade de ação, para formular a 
ordem antes de impor
Poder Difuso: Próprio das sociedades primitivas. Descentralizado.
Poder Personalizado: poder centralizado em lideres ou autoridades.
Poder Institucionalizado: o poder institucionalizado existe quando há uma 
estrutura organizada para cumprir a função social do poder e quando essa 
estrutura obedece a normas preestabelecidas, independentemente da vontade 
própria dos que exercem o poder.
Na fase institucional, o poder volta à massa dos indivíduos e são as normas por 
eles editadas ou aprovadas que regulam as ações dos governantes e as relações 
dos indivíduos entre si. O conjunto dessas normas, costumeiras ou escritas, é o 
direito, e a organização daí recorrente é o Estado moderno
A observação de qualquer sociedade humana revela sempre, mesmo nas mais 
rudimentares, a presença jurídica e de um poder. Organizar-se, portanto, é 
constituir-se com um poder, assinalando que, assim como não há organização 
sem presença do direito, não há poder que não seja jurídico, ou seja, não há 
poder insuscetível de qualificação jurídica. Isso não quer dizer que o poder esteja 
totalmente situado no âmbito do direito, pois na verdade o poder nunca deixa de 
ser substancialmente político
UNIDADE 2
Estado e Direito
O Estado é uma organização destinada a manter a ordem social.
O Direito são as condições existenciais da sociedade, que ao Estado cumpre assegurar.
A concepção do Estado como pessoa jurídica representa um extraordinário avanço. Esta noção 
promove a conciliação do político com o jurídico.
Teoria Monista
Estatismo Jurídico: para os monistas só existe o direito estatal. O Estado é a fonte única do 
direito. O Estado e o Direito confundem-se.
Nomes: Hegel, Thomas Hobbes, Bodin, Rudolf von Ihering, John Austin, Jellinek e Hans Kelsen.
Teoria Dualística (pluralística)
Estado: direito positivo.
Sociedade: Direito natural e Direito costumeiro
Esta corrente afirma que o Direito é criação social, não estatal. O Direito, assim, é um fato social 
em contínua transformação. A função do Estado é positivar o Direito.
Nomes: Gierke, Gurvitch, Léon Duguit, Hauriou e Rennard (correntes sindicalista e 
corporativistas) e Santi Romano.
Teoria do Paralelismo (???)
O Estado e o Direito são realidades distintas, porém necessariamente interdependentes.
Culturalismo
O Direito é um objeto cultural, dotado de um significado, de valores, concebidos conforme cada 
tempo e lugar. Os valores mudam, assumem maior ou menor importância conforme cada 
sociedade ou época.
Tridimensionalidade do direito (da conduta ética) de Reale
Fato, Valor e Norma
Dialética da complementariedade (Norma e conduta se complementam)
Estado, Direito e Política
Para Reale o estado possui uma face social (fatores socioeconômicos), uma face jurídica (ordem 
jurídica) e uma face política (finalidades do governo em razão da cultura). 
Para Neumann, o poder político, é o poder social do estado, que trata da obtenção do controle dos 
homens (coação através do direito) para fim de influenciar o comportamento do Estado.
Dualismos fundamentais:
 Necessidade e possibilidade: atender as necessidade considerando os meios disponíveis;
 Indivíduo e coletividade: a conciliação entre as duas necessidades;
 Liberdade e autoridade;
Mudanças do Estado
 Reforma ou Evolução Natural: Alteração da ordem vigente sem sua destruição. 
Mudanças ocorrempor evolução, gradativamente
 Revolução: Mudança brusca da ordem vigente. Destruição da ordem anterior. Baseada 
em uma crise política ou crise econômica. Requisitos da Revolução: 
a) Legitimidade 
b) Utilidade 
c) Proporcionalidade (evitar os excessos desnecessários)
Estado Constitucional
O Estado originou-se da vontade de preservação do interesse público ou bem comum.
A única forma de preservação do bem comum é a delegação de poder a um único centro, o Estado
O Estado é reconhecido através do seu poder e de elementos constitutivos, tais como povo, 
território e a soberania.
O constitucionalismo moderno tem sua origem mais remota na Idade Media, nas lutas contra o 
absolutismo. Em 1215, os barões da Inglaterra obrigaram o rei João Sem Terra a assinar a Magna 
Carta, que limitava seus poderes.
Revolução Inglesa
Acontece no século XVII e consagra a supremacia do Parlamento como órgão legislativo;
A ideia que se consolida é de que o Estado deve ter “um governo de leis, não de homens”. 
Azambuja
1. Constituição no sentido amplo: Nessa acepção, todos os Estados têm e sempre tiveram 
constituição.
2. Em sentido restrito: que é o usual, Constituição é o conjunto de preceitos jurídicos, 
geralmente reunidos em um código.
--
1. Constituição costumeira: Até o século XVIII. Tradições e costumes e às vezes de uma ou outra 
lei ou documento, como por exemplo, a Magna Carta.
Esses preceitos jurídicos-políticos não estavam reunidos, codificados. Eram por isso pouco 
conhecidos fora do círculo dos juristas.
2. Constituição escrita: Reivindicação filosófica séc.XVIII
a) Tendo o Estado um contrato por origem, a Constituição seria a expressão e a renovação 
deste pacto primitivo; 
b) Clareza e firmeza da lei escrita sobre a lei costumeira;
c) A Constituição escrita é mais solene, tem mais garantias e não poder ser alterada de 
qualquer forma;
d) É uma forma de educação política, pois faria com que o povo conhecesse seus direitos e 
deveres. 
 Inspirada nesses princípios, a primeira Constituição escrita foi a dos Estados Unidos da 
América do Norte, em 1787. 
 Em 1789/1791 foi promulgada a Constituição Francesa trazendo os ideais da revolução 
francesa. 
 O Brasil teve sua primeira constituição escrita em 1824. 
Objetivos do constitucionalismo
1. Afirmação da supremacia do indivíduo;
2. Necessidade de limitação de poder dos governantes; 
3. Racionalização do poder
Revolução Inglesa
Filósofo: Locke
O poder monarquico cedeu grande parte de suas prerrogativas para o parlamento.
Precursora da Revolução Industrial no século XVIII e da Revolução francesa em 150 anos.
Pontos básicos: estabelecer limites ao poder absoluto do monarca e a influência do 
protestantismo. Governo da maioria, exercendo o poder legislativo assegurando a liberdade dos 
cidadãos.
Bill of Rights (declaração de direito dos cidadãos): liberdade de expressão, liberdade política e 
tolerância religiosa.
 Aprovada pelo parlamento inglês em 1689;
 Nenhuma lei seria sancionada sem a autorização do parlamento;
 Nenhum dos discursos do parlamento seria examinado em outra corte;
 Condições ao avanço da industrialização e capitalismo (XVIII e XIX);
Revolução Americana
Declaração da independência em 1776 (Desdobramento da Revolução Inglesa)
Revolução Francesa (Liberdade, Igualdade e Fraternidade)
 Os homens nascem e permanecem livres e iguais em direitos;
 Conservação dos direitos naturais e imprescritíveis do homem, que são: 
o a liberdade;
o a propriedade;
o a segurança;
o e a resistência a opressão;
 Nenhuma limitação pode ser imposta ao indivíduo, a não ser por meio da lei, que é a 
expressão da vontade geral (supremacia da vontade popular);
 Garantia de participação popular do governo;
Mista:
 Plebiscito: consulta prévia ao povo;
 Referendo: consulta posterior ao povo;
 Iniciativa popular: o povo exerce o direito de petição e o estado (Ficha limpa)
 Veto popular: democracia direta, o povo pode vetar uma lei aprovada, não previsto na CF
 Recall: direito de cassar ou revogar mandato ou reformar decisão judicial
Formas de Governo
Aristóteles: Realiza, aristocracia e democracia
Montesquieu: Republicano, Monarquico e Despotico (ilegitimo)
Monarquia (vitaliciedade, hereditariedade e irresponsabilidade)
República (Temporariedade, Eletividade e Responsabilidade)
Sistema de Governo
Presidencialismo (executivo: presidente) e Parlamentarismo (executivo: primeiro ministro)
Qual a natureza jurídica do sufrágio?
 Função Social
 Dever eleitoral
 Direito Público Subjetivo 
Sufrágio: exercício do voto;
Sufrágio universal: é o direito de votar e ser votado, sem limitações;
Facultativo > 70 > Obrigatório > 18 > Facultativo > 16 > Proibido 
Impedido: Presos condenados, transitado em julgado, durante a pena
1932: direito ao voto da mulher
2016: vereadores (6M/33H) deputados (5M/44H)
Sistema Eleitoral
Representação majoritaria: eleito o que tiver maior número de votos. Simples ou absoluta (mais 
da metade de todos os votos – segundo turno);
Sistema proporcional: quoficiente eleitoral
Sistema de representação distrital:

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