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AVALIAÇÃO NUTRICIONAL NO IDOSO Curso: Nutrição Módulo: Envelhecimento Disciplina: ENVELHECIMENTO: ASPECTOS METABÓLICOS E NUTRICIONAIS. Elaborado por: Profa Ms. Fany Sena Revisado por: Profa Dra. Renata Marciano Roteiro de Aula Objetivo da aula: Conhecer , treinar e aplicar as técnicas para avaliação nutricional do idoso e do consumo alimentar. Estratégia/Recursos: Aula expositiva com recursos áudio visuais, aula prática para treinamento de aferição das medidas antropométricas mais comuns no idoso e desenvolvimento de um exercício dirigido. Conhecimento: Técnicas mais adequadas para a aferição das medidas antropométricas no diagnóstico nutricional do idoso e análise do consumo alimentar. Habilidade: Aplicar corretamente as técnicas para aferição das medidas antropométricas no idoso e investigação do consumo alimentar. Atitude: Compreensão e aplicação das técnicas de maneira adequada. Consumo Alimentar Recordatório de 24 horas Dia alimentar habitual Frequência de consumo alimentar Registro alimentar Inquéritos mais comuns Idoso QUAL INQUÉRITO UTILIZAR ??? Verificar sempre as condições de memória e escrita do idoso, antes de optar por um ou mais inquéritos. Pacientes Hospitalizados Identificar: Consumo Alimentar Os hábitos alimentares antes da patologia Após a patologia se houve mudança quanto a alimentação No hospital, verificar a aceitação alimentar. VARIÁVEIS ANTROPOMÉTRICAS: Mais utilizadas em idosos peso, estatura, circunferência do braço, da panturrilha, cintura e quadril, dobras cutâneas tricipital e subescapular. Estabilidade de Massa Corporal (OMS,1990) : Homens: por volta dos 65 anos diminuindo a partir dessa idade Mulheres: geralmente até 75 anos havendo redução posterior. Estatura– Não existe consenso quanto aos valores da redução com a idade, parece ser de 0,5 a 2,0 cm por década após 60 anos acentuando-se em idades mais avançadas. (Pereira et al, 2006) Diminuição com início aos 40 anos Diminuição de 2 a 3cm por década (Perissinotto et al) ou 1-2cm em 4 anos (Euronut Seneca Study). Gordura Corporal: é maior na região do tronco região abdominal. Ocorre mais precocemente no homens – meia idade, em mulheres após menopausa CC/CQ: Utilizada para identificar gordura visceral (Risco cardiovascular e distúrbios metabólicos) Tavares, EL; Anjos, LA, 1999. PESO ESTIMADO 1988 – Chumlea et al – Para estimar o peso em indivíduos com idade >65 anos. Homens: Peso = (CB x 2,31) + (CP x 1,50) – 50,10 Peso = (CB x 1,92) + (CP x 1,44) + (DCT x 0,26) – 39,97 Peso = (CB X 1,73) + ( CP X 0,98) + (DCT X 0,37) + (AJ X 1,16) – 81,69 Mulheres: Peso = (CB x 1,63) + (CP x 1,43) – 37,46 Peso = (CB x 0,92) + (CP x 1,50) + (DCT x 0,42) – 26,19 Peso = (CB X 0,98) + ( CP X 1,27) + (DCT X 0,40) + (AJ X 0,87) – 62,35 PESO ESTIMADO 1990, Lee – Para estimar o peso em indivíduos com idade entre 60 a 80 anos. Sexo Idade (anos) Raça Equações Feminino 60 - 80 Negra Peso = (AJ X 1,50) + (CB X 2,58) – 84,22 60 - 80 Branca Peso = (AJ X 1,09) + (CB X 2,68) – 65,51 Masculino 60 - 80 Negra Peso = (AJ X 0,44) + (CB X 2,86) – 39,21 60 - 80 Branca Peso = (AJ X 1,10) + (CB X 3,07) – 75,81 PESO ESTIMADO 1987 – Chumlea et al – Para estimar o peso em indivíduos idosos Mulheres: P(Kg)= [1,27 x CP (cm)] + [0,87 x AJ (cm)] + [0,98 x CB(cm)] + [0,4 x DCSE (mm)] – 62,35 Homens: P(Kg)= [0,98 x CP (cm)]+ [1,16 X AJ (cm)] + [1,73 x CB(cm)] + [0,37 x DCSE (mm)] – 81,69 % de Perda de Peso Recente (PPR) TEMPO Perda Significativa de Peso Perda Grave de Peso 1 semana 1 – 2 % > 2 % 1 mês 5 % > 5 % 3 meses 7,5 % > 7,5% ≥ 6 meses 10 % > 10 % Fonte: Blackburn, 1977. % PPR = Peso Usual – Peso Atual x 100 Peso Usual Perda de peso rápida possível patologia aumento de mortalidade Exemplo: Paciente 74 anos, estatura 1,70m, peso usual 72Kg. Relata que percebeu que houve perda de peso no último mês. Através da avaliação o seu peso é de 67Kg. %PPR = PU – PA x 100 = 72 - 67 x 100 = 5 x 100 = 500 = 6,94% PU 72 72 72 Perda de peso grave (maior que 5% em 1 mês) % PPR = Peso Usual – Peso Atual x 100 Peso Usual % Peso Usual = Peso atual x 100 Peso usual % Peso Usual Classificação < 74% Desnutrição Severa 75 – 84% Desnutrição Moderada 85 – 94% Desnutrição Leve 95 – 110% Eutrofia Fonte: Blackburn, Gl; el al 1977. Peso Usual: Referência na avaliação das mudanças recentes de peso e em casos de impossibilidade de mensurar peso atual. Paciente, MLR, 69 anos, altura 1,65, peso atual 68Kg, peso usual 71Kg. Qual a porcentagem de peso usual apresentada pela paciente? % Peso Usual = Peso atual x 100 Peso Usual %PU= 68 x 100 = 0,9577 x 100 = 95,77% Eutrofia 71 Burr e Phillips, 1984 PESO IDEAL SEGUNDO IMC DESEJADO PARA IDOSO PESO IDEAL SEGUNDO IMC DESEJADO PARA IDOSO Cálculo do peso ideal para idosos (mulheres): PI = P50 (tabela) X Altura2 Peso Ideal = IMC DESEJADO (25kg/m2) X ALTURA 2 % de Peso Ideal = Peso Atual x 100 Peso Ideal % Peso Ideal Classificação < 69% Desnutrição Severa 70 – 79% Desnutrição Moderada 80 – 89% Desnutrição leve 90,1 – 110% Normal 110,1 – 130% Excesso de Peso 130,1 – 199% Obesidade >200% Obesidade Mórbida Fonte: ASPEN, 1993 PESO IDEAL SEGUNDO IMC DESEJADO PARA IDOSO LMS, 63 anos, altura 1,72m, peso atual é de 77Kg. Calcule a porcentagem do peso ideal do paciente. % de Peso ideal = Peso atual x 100 Peso ideal IMC desejado no idoso = 25kg/m2 1º) Achar o peso ideal A2 x 25 1,72 x 1,72 x 25 = 2,95 x 25 = 73,75kg 2º) % de Peso ideal = Peso atual x 100 Peso ideal % de Peso ideal = 77 x 100 1,04 x 100 104% Normal 73,75 Peso ajustado: é o peso ideal corrigido para que possamos determinar a necessidade energética e de nutrientes quando a adequação do peso atual for menor de 95% ou maior de 115% do peso ideal (baixo peso ou excesso de peso) Peso ajustado = (peso ideal – peso atual) x 0,25 + peso atual **Importante lembrar: presença de ascite, edema, desidratação severa ou amputação podem prejudicar a interpretação do valores do peso EDEMA Presença de edema: utilizar o peso atual e subtrair o peso do resultado do edema Peso = peso atual – peso resultante do edema Grau de edema Local Peso a ser subtraído + Tornozelo 1Kg ++ Joelho 3 a 4 Kg +++ Raiz da coxa 5 a 6 Kg ++++ Anasarca 10 a 12 Kg Fonte: Duarte e Borges, 2007. Classificação do peso para ser descontado em casos de ascite e edema Grau Peso ascite a ser descontado Peso do edema a ser descontado Leve 2,2 1,0 Moderado 6,0 5,0 Grave 14,0 10,0 Fonte: James, 1989 Peso Ideal na Presença de amputação Peso ideal corrigido para amputação para obter o peso ideal deve-se subtrair do peso ideal ou estimado a porcentagem do membro amputado. O peso ideal é calculado como se não existisse amputação e, posteriormente, subtraído da parte amputada (Ver tabela). O peso estimado da parte amputada é facilmente calculado, conforme exemplo a seguir: Peso ideal (sem amputação): 65kg Parte amputada: perna inteira (16%) Cálculo: 65 × 16% = 10,4 kg (65 × 0,16) O peso ideal para esse paciente é: 54,6 kg (65 kg –10,4 kg = 54,6 kg) ESTATURA • Aferida: indivíduo em pé, descalço, com os calcanhares juntos, postura ereta, costas e glúteos encostados à parede braços juntos ao lado do corpo e o paciente olhando para frente. • Estimada: necessária a realização de fórmulas para que seja realizado o cálculo da estimativa de estatura, a partir da aferição da altura do joelho (AJ), utilizada na composição da fórmula. ESTATURA ESTIMADA Equação de Altura do Joelho (Chumlea, et al, 1985) : Frisancho, 1990. Homem Estatura = [2,02 x AJ (cm)] – [0,04 x idade (anos)] + 64,19 Mulher Estatura = [ 1,83 x AJ (cm)] – [0,24 x idade (anos)] + 84,88 Homem [64,19 – (0,04 x idade) + (2,02 x altura do joelho (AJ) em cm)] Mulher [84,88 – (0,24 x idade) + (1,83 x altura do joelho (AJ) em cm)] ESTATURA ESTIMADA (Chumlea, 1994): IDADE/SEXO/RAÇA MULHERES Negras Mais de 60 anos Estatura = 58,72 + (1,96 x AJ) Brancas Mais de 60 anos Estatura = 75,00 + (1,91 x AJ) – (0,17 x idade) HOMENS Negros Mais de 60 anos Estatura = 95,79 + (1,37 x AJ) Brancos Mais de 60 anos Estatura = 59,01 + (2,08 x AJ) ESTATURA ESTIMADA Najas (1995) * única fórmula para a população do Brasil Homens: 46,93 + 2,24 [AJ (cm)] + 2,72 x amarelo + 0,14 pardo + 4,44 x nível de escolaridade Mulheres: 37,08 + 2,35 [AJ(cm)] +1,61 x branco + 5,84 x amarelo + 3,75 x nível de escolaridade Amarelo 1 oriental 0 (outra cor) Pardo 1 pardo 0 (outra cor) Branco 1 branco 0 (outra cor) Nível de escolaridade 1 (+ de 8 anos de estudo) 0 ( - de 8 anos de estudo) Estatura estimada através da Hemi-envergadura do Braço Altura = [0,73 x (2 x hemi-envergadura do braço)] + 0,43 Idosos: Medida realizada (meio da fúrcula external até ponta do dedo médio) no braço em posição horizontal. Presença de discrepância medir os dois lados medida deverá ser repetida e considerar a mais longa. OMS, 1999 Pode-se utilizar a medida de um dos braços até o meio do peito e multiplicar o valor por 2. *Fonte: Organização Pan - Americana de Saúde (OPAS)2003* IMC Classificação < 23 Baixo Peso 23 < IMC < 28 Peso Normal 28 ≤ IMC < 30 Sobrepeso ≥ 30 Obesidade Adaptado de LIPSCHITZ (1994) adaptado pelo MS – SISVAN 2004 IMC – IDOSOS CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC) Último estudo nacional americano: NHANES III Classificação IMC ALTURA DO JOELHO E CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA Distância entre a base do calcanhar e a parte superior da patela Ângulo de 90º Circunferência máxima no plano perpendicular à linha longitudinal da panturrilha; Medida mais sensível de massa muscular par idosos. (0MS , 1995) Valor <31 cm indica perda de massa muscular – indicador de desnutrição **Valor considerado adequado quando ≥ 31 cm para homens e para mulheres Em particular é recomendada na AN de pacientes acamados REFERÊNCIA ANATÔMICA: Ponto médio da distância entre a borda súpero-lateral do acrômio e do olécrano CB: Indica gordura subcutânea, massa óssea e muscular CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO (CB) CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO AFERIDA NO LEITO Dobra cutânea triciptal Dobra Biciptal: DOBRAS CUTÂNEAS AFERIDAS NO IDOSO Dobra cutânea subescapular (DCSE) indicador de reserva calórica REFERÊNCIA ANATÔMICA: 2 cm abaixo do ângulo inferior da escápula. O avaliado deve dobrar o braço para trás para melhor visualização do ângulo (quando possível) DCSE AFERIDA NO LEITO DCT (Dobra Cutânea Tricipital): Estimativa de reserva energética (tec. adiposo) Dobras cutâneas: aferição menos precisa no idoso CB (Circunferência Braquial): Estimativa de proteína somática = proteína muscular e tec. Adiposo – (indicador de reserva calórica e proteica) **CMB (Circunferência Muscular do Braço): Uma das medidas mais utilizadas para avaliar reservas de tecido muscular avalia a reserva do tecido muscular (sem correção de massa óssea) Estimativa de tecido muscular CMB (cm) = CB (cm) – [0,314 x DCT (mm)] Frisancho, 1979, 1981, 1990. Quais medidas são consideradas bons indicadores de desnutrição em idosos? CMB: Circunferência Muscular do Braço CP: Circunferência da Panturrilha São medidas sensíveis da perda de massa muscularem em idosos WHO, 1995. DCT, CB e CMB Classificação em percentis homens com 60 anos ou mais (NHANES III) DCT, CB e CMB Classificação em percentis mulheres com 60 anos ou mais (NHANES III) > 90 Obesidade > 85 Sobrepeso > 75 Risco de sobrepeso 25 - 75 Eutrofia 10 - 25 Risco Nutricional <10 Desnutrição DCT, CB, CMB Classificação do estado nutricional – referência NHANES III Para a classificação da CMB, todos os percentis acima de 25 são considerados como Eutrofia Não se usa a classificação de sobrepeso ou obesidade para a classificação da massa muscular ADEQUAÇÃO CB Frinsancho, 1981 Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) / CB percentil 50 X 100 Frinsancho, 1981 ADEQUAÇÃO CB Fonte: Blackburn, G. L., Thornton, P. A., 1979 Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) / CB percentil 50 X 100 ADEQUAÇÃO CMB Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm)/CMB percentil 50 x 100 Frisancho, 1981 Frisancho, 1981 ADEQUAÇÃO CMB Adequação da CMB (%) = CMB obtida (cm)/CMB percentil 50 x 100 Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm)/DCT percentil 50 x 100 ADEQUÃÇÃO DCT Frisancho, 1981 Frisancho, 1981 ADEQUÃÇÃO DCT Adequação da DCT (%) = DCT obtida (mm)/DCT percentil 50 x 100 Perímetro Braquial ou Circunferência do Braço (mm) Classificação do perímetro braquial - percentil Importante lembrar: os valores da CB na tabela estão em milímetros. Sendo assim a unidade de medida deve ser alterada para centímetro. Como deve ser feito? Pegar o valor em milímetros e dividir por 10 Dobra Cutânea Triciptal (mm) Classificação Dobra Cutânea Triciptal - Percentil HOMENS: AMBc = { CB (cm) - [DCT x 0,314 } 2 – 10 4 x MULHERES: AMBc = { CB (cm) – [DCT x 0,314 } 2 – 6,5 4 x ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO: fornece estimativas de reservas de massa muscular, corrigindo área óssea Área Muscular do Braço Classificação da AMB para idosos acima de 65 anos: Classificação da AMBc para adultos e idosos até 75 anos: CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade Risco Homens Mulheres Sem risco < 94 cm < 80 cm Risco aumentado > 94 cm e < 102 cm > 80 cm e < 88 cm Substancialmente aumentado ≥102 cm ≥ 88cm Fonte: OMS, 2000 RAZÃO CINTURA-QUADRIL Risco de complicações metabólicas associadas à obesidade Risco Homens Mulheres Sem risco < 1,00 < 85 Com risco ≥ 1,00 ≥ 85 Fonte: OMS, 1998 RCQ = PC (cm) PQ (cm) MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS NÃO CONVENCIONAIS MUSCULATURA ADUTORA DO POLEGAR (MAP) MAP novo parâmetro antropométrico que vem sendo estudado, método simples, não invasivo, rápido e de baixo custo. MUSCULATURA ADUTORA DO POLEGAR (MAP) Atrofia do músculo adutor do polegar levaà perda da vida laborativa (redução das atividades diárias) provocada pela desnutrição. Poucos estudos tem padronizado medidas do MAP para indivíduos saudáveis e pacientes hospitalizados. A literatura ainda é deficiente. O MAP é o único método de avaliação muscular que possibilita a avaliação de sua espessura, por apresentar-se anatomicamente bem definido, ser plano e estar situado entre duas estruturas ósseas. A espessura do MAP é uma medida direta, não havendo necessidade de aplicação de fórmulas para o cálculo de seu valor real. MUSCULATURA ADUTORA DO POLEGAR (MAP) Por meio da seguinte fórmula, é possível fazer a adequação do MAP. Classificação da % de adequação da espessura do MAP MUSCULATURA ADUTORA DO POLEGAR (MAP) Percentis da espessura do MAP da mão não dominante e da dominante, em idosos saudáveis (> 60 anos), segundo sexo: Idosos > 60 anos Homens Mulheres P5 P50 P95 P5 P50 P95 Mão não dominante 16 23 30 14 17,8 23 Mão dominante 18 23,9 30 14 18,7 25 Fonte: Gonzalez et al. (2010) DINAMOMETRIA MANUAL (DM) DM É a aferição da força máxima voluntária de preensão manual. Teste simples, rápido, de baixo custo e pouco invasivo, com objetivo de estimar a função do músculo esquelético. É realizado com um aparelho portátil (dinamômetro). DINAMOMETRIA MANUAL (DM) DM vem sendo reconhecida como instrumento útil de avaliação funcional no acompanhamento do estado nutricional de pacientes cirúrgicos, na avaliação funcional de idosos e na população em geral. Valores abaixo do percentil 5 podem ser considerados risco de depleção da função muscular Valores de referência disponíveis na literatura Idosos > 60 anos Homens Mulheres P5 P50 P95 P5 P50 P95 Mão não dominante 18 29,2 45 10 16,8 27 Mão dominante 18 31,3 44 11 19,1 29 Fonte: Barbosa-Silva et al. (2008) Depleção de reservas energéticas: bíceps e tríceps Depleção de tecido Muscular: Têmpora, olhos, ombros, clavícula, costelas. AVALIAÇÃO CLÍNICA Depleção moderada no tecido muscular, região supraclavicular e infraclavicular Depleção de reservas energéticas: bíceps e tríceps Depleção de tecido muscular no dorso da mão e na região entre o polegar e o indicador (músculo adutor do polegar) Força de pressão palmar: (dinamometria) sua perda pode ser indicativo de desnutrição (perda de massa magra) Depleção de tecido muscular Verificar a hidratação do paciente. Pele com diminuição do turgor permanece elevada. Dentição Presença de feridas na boca, gengiva e língua, além da higiene bucal Edema Avaliação Clínico-nutricional: • Aspecto geral (Ex.: emagrecido); • Aspecto geral dos tecidos adiposo e muscular (Ex.: depleção de tecido muscular nas têmporas) • Mucosas (Ex.: hipocoradas); • Pele (Ex.: presença de xerose, descamação); • Extremidades (Ex.: edema) • Olhos (Ex.: xerose conjuntival); • Boca, língua e dentes (Ex.: edentulismo, fissura); • Cabelos (Ex.: quebradiços, alopecia); • Unhas (EX: rugosas); Fonte: DUARTE; BORGES, 2007. Avaliação Clínico-nutricional: • Têmporas atrofia bilateral (ingestão insuficiente /imunocompetência); • Regiões supra e infraclaviculares (pescoço) – perda muscular = depleção crônica; • Membros superiores: atrofia muscular bi e triciptal = depleção crônica; • Atrofia da musculatura de pinçamento: depleção crônica; • Abdome escavado: perda severa calórica; • Atrofia das musculaturas das panturrilhas: desnutrição proteico-calórica. Fonte: DUARTE; BORGES, 2007. A MINI AVALIAÇÃO NUTRICIONAL (MAN): desenvolvida para avaliar o risco de desnutrição em idosos e identificar aqueles que possam se beneficiar de intervenção precoce. Para o questionário total da MAN/MNA os escores que devem ser considerados são: • Estado nutricional adequado: MAN ≥ 24; • Risco de desnutrição: MAN entre 17 e 23,5; • Desnutrição: MAN < 17 Podem ser aplicados em nível ambulatorial, hospitalizados, institucionalizados e em atendimento domiciliar. Guigoz Y, Vellas B, Garry PJ, 1994. A AVALIAÇÃO SUBJETIVA GLOBAL (ASG) utilizada na população geriátrica, para a avaliação do estado nutricional em idosos. Sacks et al, 2000.; Christensson I, Unossom M, Ek A-C, 2002. ALTERAÇÕES BIOQUÍMICAS As alterações também podem estar relacionadas a... • Hemoglobina e hematócrito: na anemia, infecção generalizada... desidratação, choque ... • Linfócitos totais: reflete indiretamente o EN do idoso indica imunossupressão ... • Albumina: desnutrição, doenças renais, edema, diarreia, na desidratação ... • Transferrina: reservas inadequadas de ferro, anemia... • OUTRAS..... • Pré-albumina: estados catabólicos, desnutrição, infecção • Proteínas totais: deficiência proteica, desnutrição, diarreia, edema... Desidratação... • Enzimas hepáticas TGO: hipotireoidismo, doença hepática; TGP: Doença hepática, pancreatite; FA: doença hepática, metástase, anemia, desnutrição... GGT: doença hepática, hepatotoxicidade, pancreatite, alcoolismo, obstrução do trato biliar... • Colesterol total: na desnutrição, anemia, hipertireoidismo • Creatinina: na IRA, IRC, hipertireoidismo... • Ureia: IR, desidratação, gota, infecção, catabolismo proteico, desnutrição.... • Vitaminas e minerais • TSH, T3, T4 Cardoso, SP, Martins, C., 1998. CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS: * Avalia a função imunitária CTL = % linfócitos x cont. leucócitos 100 Normal > 2000/mm3 Depleção Leve 1200 e 2000/mm3 Depleção moderada 800 e 1.199/mm3 Depleção Grave < 800/mm3 Fonte: Calixto-Lima ET AL., 2012; Santos, 2009.
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