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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA

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SEMIOLOGIA NEUROLÓGICA
 O sistema nervoso permite grande objetividade na correlação anatomoclínica. Porém, certa dificuldade na correlação clínico – funcional (especialmente em diagnósticos neurológicos x psiquiátrico)
 A resposta clínica (sinais e sintomas) depende mais da localização que dá causa da lesão
 Do ponto de vista funcional, os sintomas podem ser de 3 categorias: 
Perda ou déficit
Irritação ou excitação
Desinibição ou liberação 
 A maturação do sistema nervoso se dá pela mielinização das vias – DNPM. Essa maturação acontece do mecanismo menos complexo para o mais complexo. Do involuntário para o voluntário.
 Quando ocorre o desenvolvimento de um sistema ocorre a inibição do antecessor
 Em caso de lesão de um sistema, pode ocorrer liberação desse mecanismo, anteriormente inibido, levando à sintomas 
 ANAMNESE: Segue a mesma técnica já estudada. Como o SN controla praticamente todas as funções do organismo, doenças do SN podem apresentar sintomas muito variados, entre eles: dor, parestesia, alterações visuais e da fala, diminuição da força, convulsões, distúrbios do equilíbrio, alterações nas funções orgânicas (micção, defecação, digestão, respiração)
Como diferenciar os sintomas de origem neurológica dos demais? Seguindo a sequência de diagnóstico anatômico (onde?); diagnóstico funcional (o que?); diagnóstico etiológico (por quê?)
Curso temporal: início agudo (minutos ou horas) – trauma, vascular, infeccioso
sub- agudo (dias) – inflamatório ou tóxico
crônico com evolução lenta e progressiva – assimétrico (efeito de massa (neoplasia)), simétrica (degenerativa)
surtos e remissões – doenças da bainha de mielina (esclerose múltipla)
sintomas paroxísticos de curta duração, com longos intervalos de normalidade
(epilepsia)
Exames complementares: exames de imagem muito precisos, saber o que procurar e onde procurar, avaliação funcional não tão desenvolvida
 FUNÇÕES SUPERIORES: 
O exame do estado mental 
CASOMI APeJuCoL- consciência, atenção, sensopercepção, orientação, memória, inteligência, afetividade, pensamento, juízo crítico, conduta e linguagem
A primeira parte, CASOMI, é mais específico para doenças neurológicas
A segunda, APeJuCoL, alteram mais comumente com doenças psiquiátricas
Consciência: vai do estado vigil ao estado de coma. Alterações: obnubilação/sonolência, confusão, esturpor, coma, avaliação do nível de consciência, escala de coma de Glasglow (vai de 3 a 15, avalia 3 itens: abertura ocular, resposta verbal, resposta motora, considerar a melhor resposta de cada itens, reavaliar periodicamente).
Atenção: dimensão da consciência que designa a capacidade para manter o foco em uma atividade, para selecionar certos aspectos de um fato, experiência do mundo interno ou externo, fazendo com que a atividade mental se volte para eles em detrimento dos demais. Avalia-se 3 aspectos: VIGILÂNCIA, TENACIDADE E CONCENTRAÇÃO
Vigilância: capacidade de voltar o foco da atenção para os estímulos externos
Tenacidade: capacidade de manutenção da atenção ou de uma tarefa específica 
Concentração: é a capacidade de manter a atenção voluntária em processos internos do pensamento ou em alguma atividade mental
Alterações: desatenção – incapacidade de voltar o foco para um determinado estímulo, distração – incapacidade de manter o foco da atenção em determinado estímulo 
Sensopercepção: designa a capacidade de perceber e interpretar os estímulos que se apresentam aos órgãos dos sentidos. Os estímulos podem ser auditivos, visuais, olfativos, táteis e gustativos. 
Alterações: Ilusões – ocorrem quando os estímulos sensoriais reais são confundidos ou interpretados erroneamente. Alucinações – ocorre a percepção sensorial na ausência de estímulo externo. Podem ser visuais causadas por demência, enxaqueca, drogas; auditivas causadas por esquizofrenia, bipolaridade; olfativa sendo chamada de phantosmia e tendo como causa TCE, tumor cerebral, substâncias tóxicas; tátil que tem como causa o uso abusivo de cocaína
Orientação: capacidade do individuo de situar-se no tempo, espaço ou situação e reconhecer sua própria pessoa. Avaliação - tempo e espaço, autopsíquica e alopsíquica. Quando um paciente fia desorientado, após um quadro de delirium, por exemplo, a primeira noção de orientação perdida é em relação ao tempo, depois espaço e por último (e raramente) em relação a si próprio. Recuperação inversa – própria pessoa – outras pessoas – espaço – tempo 
Memória: é a capacidade de registrar, fixar ou reter, evocar e reconhecer objetos, pessoas e experiências passadas ou estímulos sensoriais. Para fins de avaliação divide- se a memória em imediata (último 15 a 20 segundos), recente de curto prazo (5 a 10 min) e de longo prazo (mais de 30 min) e remota que é a retenção permanente de informação selecionada. Avaliação - memória imediata – pode-se pedir ao paciente repetir uma sequência de números com 3, 4, 5, 6 e 7 algarismos, ou mencionar 3 objetos não relacionados, memória recente de curto prazo – repetir as palavras depois de 5 min, memória recente de longo prazo – indaga-se ao paciente sobre o que comeu no café da manhã ou na janta, na véspera, memória remota – solicita-se que o paciente fale de eventos importantes com a respectiva data no passado
Inteligência: capacidade de uma pessoa assimilar conhecimentos factuais, compreender as relações entre eles e integrá-los aos conhecimentos já adquiridos anteriormente, de raciocinar logicamente e de forma abstrata manipulando conceitos, números ou palavras, Capacidade de resolver situações novas com rapidez e com êxito. Difícil de avaliar na prática clínica, avaliação deve levar em consideração fatores educacionais, sociais e pessoais. Teoria de inteligência múltipla, teste de Q.I. em situações selecionadas. Na prática clínica comparamos os pacientes com seus semelhantes e com ele mesmo, procurando indícios de alteração, se existe suspeita de alteração deve-se investigar. Alterações – retardo mental (QI < 70), demência (deterioração global do funcionamento intelectual sem alteração no nível de consciência), perda de abstração
Afeto e humor: é a experiência subjetiva das emoções sentidas pelo paciente, abrangendo desde sentimentos em relação a pessoas e ambientes até lembranças de fatos, situações do passado, bem com expectativas sobre o futuro. Humor é se emoção predominante, mais constante, a maior parte do tempo. Afeto é a expressão do sentimento que se observa no momento, sendo mais flutuante (alegre, triste, etc). Alterações – humor: deprimido, eutímico (normal), eufórico (maníaco); afeto: labilidade afetiva, incontinência emocional (deixar transparecer todas emoções que sente, geralmente sendo estas intensas), indiferença afetiva ou “la belle infiderence”, afeto inapropriado ou incongruente
Pensamento: é o conjunto de funções integrativas capazes de associar conhecimentos novos e antigos, integrar estímulos externos e internos, analisar, abstrair, concluir, sintetizar e criar. É avaliado em três componentes: 
Produção/forma: ilógica (irreal, difícil de acompanhar ou desagregado), mágico (místico, influências à distância, poderes extremos)
Curso: lento, acelerado, fuga de ideias, tangencialidade, circunstancialidade
Conteúdo: delírio, ideia delirante
Diferença de delirium e delírio: delirium é uma alteração da orientação, secundário a uma causa orgânica (drogas, abstinência, hipóxia, hipercapnia), muito comum (mas não exclusivo) em pacientes idosos. Delírio é uma alteração do conteúdo do pensamento, geralmente segundáreis à doenças psiquiátricas como por exemplo, a esquizofrenia
Juízo crítico ou julgamento: capacidade para perceber e avaliar adequadamente a realidade externa e separá-la dos aspectos do mundo interno. Implica separar sentimentos, impulsos e fantasias próprias dos sentimentos e impulsos de outras pessoas. Refere-se ainda à possibilidade de autoavaliar-se adequadamente e ter uma visão realista de si mesmo, suas dificuldades e suas qualidades. Alterações mais comuns – falar coisas inapropriadas, ser inconveniente,gastar mais do que pode não medir as consequências, não reconhecer limitações. Ex.: drogadição, esquizofrenia, demência avançada 
Conduta: são os comportamentos observáveis do indivíduo – comportamento motor, atitudes, atos, gestos, tiques, impulsos, verbalizações. Alterações mais comuns: inquietação, agitação, agressividade, sadismo, masoquismo, comportamento catatônico, comportamento bizarro, comportamento histriônico (expressa sentimentos de forma exagerada e dramática), tentativa de suicídio e homicídio, aumento ou diminuição da atividade sexual, tricotilomania, compulsões, piora dos cuidados pessoais, isolamento social
Linguagem: maneira como a pessoa se comunica, verbal ou não verbalmente, envolvendo gestos, olhar, expressão facial ou por escrito. Alterações - bradilalia (falar muito devagar), taquilalia (falar muito rápido), ecolalia (repetir as últimas palavras do interlocutor), logorréia/verborréia (não parar de falar), coprolalia (uso de palavras obcenas); disgrafia (escrever palavras incorretamente); alterações da mímica facial (ausência, exagero, tiques). Gilles de la Tourette, esquizofrenia, surto maníaco (taquilalia e logorréia)

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