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CASE DESENHO UNIVERSAL

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O DESENHO UNIVERSAL NOS ESTABELECIMENTOS DE ENSINO 
EM SÃO LUÍS
1
 
Marina Costa de Oliveira
2
 
Raíssa Muniz
3
 
 
1 DESCRIÇÃO DO CASO 
O Ministério Público do Maranhão solicita a análise da edificação Sul da Unidade 
de Ensino Superior Dom Bosco (UNDB), aos estudantes arquitetos, com o objetivo de 
realizar o levantamento de dados que abrangem a acessibilidade, levando em consideração a 
Constituição Federal de 1988. Com base nisto, são analisadas através de legislações e NBR 
9050/2015 – acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos – e 
NBR 16537/2016 – acessibilidade: sinalização tátil no piso: diretrizes para elaboração de 
projetos e instalações – as características encontradas na edificação, a fim de identificar as 
possíveis melhorias para o ambiente em questão. 
 
2 IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE 
Para a elaboração do estudo de caso, foram feitas visitações ao local e estudo das 
normas necessárias para atender as obrigatoriedades quanto à acessibilidade nestas 
edificações. Logo, há de se responder perguntas que englobem o tema em questão: 
a) Quais os pontos marcantes das legislações citadas interferem no processo 
arquitetônico? 
A NBR 9050 estabelece a necessidade de uma rota acessível, sendo esta bem 
sinalizada, desobstruída e com trajeto contínuo, conectando ambientes internos e externos de 
espaços e edificações. A mesma engloba estacionamentos, calçadas e travessias, tendo o seu 
início a partir do local de acesso ao lote. Dito isto, sabe-se o quão fundamental é a presença de 
uma rota que abranja o acesso de qualquer indivíduo independentemente de sua natureza. O 
estabelecimento desta rota de acesso é influência clara no projeto arquitetônico a ser 
elaborado. 
 
1
 Case apresentado à disciplina Desenho Universal do curso Arquitetura e Urbanismo da UNDB; 
2
 Aluna do sétimo período de Arquitetura e Urbanismo da Unidade de Ensino Superior Dom Bosco – UNDB; 
3
 Professora, orientadora da disciplina. 
 
 
Ainda segundo a NBR 9050, todas as entradas principais devem possuir medidas 
mínimas que prezem a acessibilidade ao local. Interferindo o projeto arquitetônico de forma 
mais branda que a medida anterior, o estabelecimento destas medidas para acesso à edificação 
são primordiais para o atendimento de sua função por parte de todo e qualquer indivíduo que 
almeje adentrar o espaço. 
A mesma norma estabelece a presença de rampas com áreas de descanso a cada 
50 metros de percurso quando estas possuírem inclinação entre 6 e 8%, e corredores com 
medidas mínimas de 0,90 metros para corredores de uso comum com extensão de até 4 
metros; 1,20 metros para corredores de uso comum de até 10 metros; 1,50 metros para 
corredores para extensão superior a 10 metros. Devem-se haver corredores de 1,50 metros de 
largura para edificações de uso público, e valor maior a este quando abranger um grande fluxo 
de pessoas. 
Segundo a NBR 9050, os sanitários, banheiros e vestiários acessíveis devem se 
localizar em rotas acessíveis, próximas às entradas principais da edificação. 
Em casos de reforma de edificações construídas antes da regulamentação da 
norma, constitui-se como interferência (maléfica) ao projeto arquitetônico a presença de 
barreiras na rota acessível da edificação (lei 10.098/2000, que pontua a existência de barreiras 
arquitetônicas urbanísticas, nos transportes e na construção), como rampas com inclinação 
exagerada, patamares e outros elementos que impossibilitam o fácil acesso aos ambientes. 
 
b) Quais demandas sociais citadas no documento? 
Todo e qualquer indivíduo, independentemente da sua natureza (com enfoque nas 
limitações, sejam elas físicas ou psicológicas) deve possuir o direito básico de ir e vir em 
qualquer espaço de maneira que seu bem estar seja promovido. A constituição de 1988, no 
entanto, abrange o conjunto de características que englobam origem, etnia, idade e indivíduos 
com limitações como “toda pessoa humana”. Logo, todo e qualquer cidadão possui os mesmo 
direitos diante da constituição brasileira, não podendo ser excluído de nenhuma maneira no 
meio em que habita. 
 
c) A edificação atende às demandas legais? E sociais? 
Os elementos da edificação foram categorizados como: 
I. Elemento acessível legal e social. 
II. Elemento não acessível legal e não acessível social; 
 
 
III. Elemento acessível legal e não acessível social; 
IV. Elemento não acessível legal e acessível social. 
 
Logo, sabe-se que a inexistência de uma rota acessível que atenda os princípios 
ligados a um caminho contínuo, bem sinalizado e sem barreiras arquitetônicas. Tais barreiras 
podem ser caracterizadas por degraus (figura 1) que prejudicam a conexão de ambientes pelos 
indivíduos com diferentes limitações. Logo, considera-se o espaço irregular em âmbitos legais 
e sociais (tópico III). 
 
 
Figura 1 – Escadaria interrompe a rota acessível da edificação. Acervo pessoal. 
 
A rampa de acesso principal possui mais de 6 metros e meio de largura e 
proporciona a integração de pessoas, mas as sua inclinação não está de acordo com a norma 
NBR 9050, que preza pela acessibilidade de edificações (tópico IV). 
 
 
Há também a presença de extintores e pilares que invadem a passagem em 
corredores e rampas; neste último caso, os pilares interrompem o corrimão da rampa do bloco 
sul da instituição, constando uma irregularidade que pode oferecer risco ao indivíduo. 
Os banheiros não fazem parte de uma rota acessível (figura 2) e não contemplam 
todas as demandas legais em vista da ausência de barras de apoio em sanitários, e lavatórios 
que não possuem altura apropriada para o uso do cadeirante. Há também a ausência de 
puxadores horizontais nas portas de sanitários, dificultando o acesso ao ambiente, 
característica exigida pela NBR 9050. 
 
Figura 2 – Banheiros têm corredores estreitos e não fazem parte de uma rota acessível. Acervo pessoal. 
 
Há piso tátil, mas com algumas falhas acerca de sua comunicação, uma vez que a 
disposição do mesmo foi aplicada de forma equivocada, não tornando o ambiente funcional e 
potencialmente perigoso para uma pessoa com limitação visual. 
A rota de fuga é também uma irregularidade, uma vez que a presença de catracas 
e porta de acesso aos espaços não abrangem a segurança exigida por norma para um escape 
rápido e eficiente. Considera-se, então, a rota inexistente ou potencialmente perigosa (figura 
3). 
 
 
 
Figura 3 – A existência de porta com dimensões mínimas e catracas ao longo do acesso dificultam a rota de fuga. 
Acervo pessoal. 
 
Logo, conclui-se que a edificação atende o básico dos quesitos legais, pois que 
engloba rotas de fuga, rotas acessíveis, conforto e bem estar para pessoas com mobilidade 
reduzida, tornando a edificação deficiente em um âmbito social. 
 
d) Qual relação pode ser feita a partir dos dados encontrados no que se refere a 
qualidade do projeto arquitetônico executado? 
O projeto executado atende majoritariamente pessoas sem qualquer tipo de 
deficiência, possibilitando um ambiente limitado e segregado para pessoas com mobilidade 
reduzida. Logo, vê-se a edificação como um ponto a ser melhorado em diferentes âmbitos 
dentro das medidas cabíveis na acessibilidade, em prol da segurança e bem estar de todo e 
qualquer indivíduo, como explicita a constituição brasileira. 
 
 
 
e) Quais soluções poderiam ser adotadas para os problemas identificados? As 
mesmas são viáveis para um projeto consolidado? 
A criação de uma rota acessível, a fim de proporcionar o acesso aos ambientes por 
qualquer pessoa, podendo ser feita através da criação de rampas no acessoda entrada 
principal – onde se localizam degraus que levam ao pátio –, área com maior circulação nos 
acessos de entrada onde estão dispostas atualmente as catracas e porta de acesso com largura 
insuficiente para fuga. 
Há também a necessidade de aplicação de barras de apoio em sanitários, 
puxadores horizontais nas portas e lavatórios com medidas mais baixas para pessoas com 
diferentes limitações. 
O piso tátil precisa ser disposto de maneira correta a fim de não apresentar riscos e 
cumprir a sua funcionalidade – indicar o caminho para deficientes visuais. 
Extintores e pilares não devem obstruir a passagem, tendo de estar dentro da 
parede a fim de evitar acidentes. De todas as opções apresentadas, esta é a única que não é 
vista como viável em um âmbito econômico para a instituição. 
 
2.3 DESCRIÇÃO DAS DECISÕES POSSÍVEIS 
 Criação de rota acessível; 
 Regularização de elementos ausentes nos banheiros, tais como puxadores horizontais e 
adequação de altura do lavatório; 
 Regularização do piso tátil. 
 
2.4 DESCRIÇÃO DOS CRITÉRIOS E VALORES 
Foi realizada para a execução deste estudo de caso, a análise da lei de 
acessibilidade 10.098/2000, NBR 9050 – acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos –, NBR 16537 – acessibilidade: sinalização tátil no piso: diretrizes 
para elaboração de projetos e instalações –, e aulas e registros adquiridos durante o primeiro 
bimestre de 2018, na disciplina Desenho Universal. Tem-se como objetivo, neste case, o 
estudo da acessibilidade em instituições de ensino através da aplicação das medidas cabíveis 
que englobem o bem estar de todo e qualquer indivíduo de acordo com a Constituição de 
1988. Logo, tem-se como principais justificativas para as decisões possíveis às defasagens no 
prédio Sul da UNDB: 
 
 
 
 Criação de rota acessível: 
Facilidade de acesso à edificação; proporciona integração entre pessoas, uma vez 
que a rota acessível passa a ser um trajeto principal, não havendo necessidade do usuário em 
acessar diferentes trajetos que não configuram uma rota acessível; facilidade para o usuário 
com mobilidade reduzida; segurança, pois pode ser também uma rota de fuga; aplicação de 
esforço mínimo; autonomia da pessoa com mobilidade reduzida; obrigatoriedade de boa 
iluminação e sinalização; acesso fácil a diversos ambientes; piso tátil em todo o percurso. 
 Regularização de elementos ausentes nos banheiros, tais como puxadores 
horizontais e adequação de altura do lavatório: 
Autonomia do indivíduo com mobilidade reduzida; fácil execução de tarefas; 
abrange pessoas com diferentes estaturas; segurança; esforço mínimo possível. 
 Regularização do piso tátil: 
Segurança; autonomia do indivíduo com mobilidade reduzida; acesso a todos os 
ambientes da edificação; aplicação em cima do piso construído – baixo custo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIAS 
MOSAICO AMAZONAS (Amazonas). Piso tátil e a sua importância para o deficiente 
visual. Disponível em: <https://www.mosaicosamazonas.com.br/dica/piso-tatil-e-sua-
importancia-para-quem-e-deficiente-visual>. Acesso em: 22 abr. 2018. 
 
 TOCANTINS. Fernanda Borges da Fonseca. Ministério Público do Estado do 
Tocantins. ACESSIBILIDADE: Palmas: Instituto de Arquitetos do Brasil, 2008. 19 slides, 
color. Disponível em: 
<http://www.totalacessibilidade.com.br/pdf/cartilha_acessibilidade_para_uma_cidade_melhor
.pdf>. Acesso em: 22 abr. 2018. 
 
 SANTA CATARINA. Alexandre Herculando Abreu. Ministério Público de Santa 
Catarina. Os principais pontos da NBR 9050: Florianópolis: Centro de Direitos Humanos e 
Terceiro Setor, 2009. 30 slides, color. Disponível em: 
<https://pt.slideshare.net/Ministerio_Publico_Santa_Catarina/os-principais-pontos-da-
nbr9050>. Acesso em: 22 abr. 2018. 
 
Também foram utilizados aulas e registros adquiridos durante o primeiro bimestre 
de 2018, na disciplina Desenho Universal, ministrada pela professora Raíssa Muniz, e dados 
adquiridos na NBR 9050 – acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos 
urbanos –, NBR 16537 – acessibilidade: sinalização tátil no piso: diretrizes para elaboração de 
projetos e instalações – e Lei de acessibilidade 10.098/2000.