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Atenção domiciliar

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ASSISTÊNCIA DOMICILIÁRIA
“A assistência domiciliar vem demonstrando ser a nova fronteira aos serviços de saúde. Embora exista desde tempos remotos, este tipo de atenção à saúde vem sendo muito enfocado, em especial nas últimas duas décadas , no Brasil”(Camarano,2002)‏
Introdução
Atualmente, a assistência domiciliar mostra- se como uma alternativa assistencial para os serviços de saúde, que vem sendo ampliada e diversificada. 
Nas duas últimas décadas, nos Estados Unidos, no Canadá, na Inglaterra e, mais recentemente, no Brasil, a assistência domiciliar cresce com rapidez. 
Esta mudança está relacionada com a diminuição dos custos e com o atendimento individualizado que esta modalidade assistencial proporciona aos pacientes/clientes e família.
Aumento das doenças degenerativas e crônicas - longos períodos de internação hospitalar
Necessidade de atendimento de equipe multidisciplinar - complexidade de cuidados necessários aos pacientes
O atendimento domiciliar é um serviço de atendimento a pacientes que podem apresentar casos agudos, crônicos ou que necessitam de cuidados específicos. Praticada, na maioria das vezes como complementação ao tratamento hospitalar, essa seria uma fase de transição entre a alta e o final do tratamento. (Santos, 2003).
Histórico
Tem origem em tempos remotos, sendo uma modalidade assistencial referida desde os tempos bíblicos, quando não havia uma sistematização da assistência, mas sentimentos de piedade e caridade associados à religiosidade eram marcadores desse processo. 
Segundo relatos históricos, os cuidados em saúde realizados no domicílio já são descritos no Egito Antigo e na Grécia (em relatos de Asképlios e Hipócrates). 
Na Europa, no final do século XVIII, antes do surgimento dos hospitais e dos ambulatórios, já se praticava a atenção no domicílio como modalidade de cuidado.
Somente em meados do séc. XIX, um processo inicial de metodologia assistencial foi implantado. Em 1800, nos E.U.A., esta atividade se iniciou com mulheres cuidando de seus doentes.
A atenção domiciliar como extensão do hospital surgiu, propriamente dita, em 1947 para “descongestionar” os hospitais. A partir de então, as experiências deste tipo multiplicaram-se na América do Norte e Europa. 
HISTÓRICO NO BRASIL
No Brasil, esta modalidade assistencial teve seu início por volta de 1900, também com mulheres, em expressiva relação com a enfermagem. Nessa época, o país passava por inúmeras dificuldades, incluindo as epidemias. 
Este processo desencadeou, em 1920, a criação do primeiro curso de formação de enfermeiras visitadoras, o qual foi transformado, posteriormente, na Escola de Enfermagem Ana Néri. Em 1942, foi criado o Serviço Especial de Saúde Pública, cuja assistência domiciliária foi utilizada como elemento facilitador para assistência aos indivíduos e suas famílias. 
Diante do exposto, constata-se que o atendimento domiciliar esteve durante muitos anos relacionado com a área da Saúde Pública, com ações restritas à vigilância epidemiológica (CUNHA, 1991, apud DUARTE; DIOGO, 2000).
O país assolado por várias epidemias Carlos Chagas trouxe ao Brasil enfermeiras americanas
 Objetivo principal: preparar profissionais no país para atuarem no combate das epidemias
No Brasil, a atenção no domicílio contou inicialmente com os Médicos de Família, os profissionais legais de medicina que atendiam seus abastados clientes em casa, proporcionando uma assistência humanizada e de qualidade. Aos menos favorecidos, cabia a filantropia, o curandeirismo e a medicina caseira 
O Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), fundando em 1949 e vinculado ao Ministério do Trabalho, foi a primeira experiência de atendimento domiciliar brasileira organizada como um serviço. 
A atenção domiciliar foi iniciada como uma atividade planejada pelo setor público com o Serviço de Assistência Domiciliar do Hospital de Servidores Públicos do Estado de São Paulo (HSPE), que funciona desde 1963 
TENDÊNCIAS
A assistência domiciliar foi sofrendo transformações; os crescentes custos econômicos e sociais e a baixa efetividade na recuperação levaram ao questionamento, nos anos 60, desta prática de institucionalização. Os âmbitos familiar e comunitário foram valorizados como espaço de atendimento. 
Uma tendência à desinternação (ou à internação domiciliar) pode ser observada em vários países do mundo, aliada a uma crescente adesão aos diversos movimentos sociais pelo fim dos manicômios, abertura de internatos etc. e com o desenvolvimento de experiências que chegaram a resultados interessantes.
Alguns fatores têm contribuído para o avanço da assistência domiciliária; entre eles estão: 
Mudanças demográficas, com predomínio das doenças crônico-degenerativas mais presentes em idosos, devido à longevidade observada;
Custos - estudos internacionais têm demonstrado que as internações domiciliárias equivalem a 1/3 dos custos das internações hospitalares;
Desenvolvimento tecnológico - estes avanços têm permitido a simplificação dos equipamentos, tornando-os cada vez mais fáceis de manipulação;
Interesse e aceitação dos profissionais, aumento do interesse por esta modalidade assistencial, assim como a preocupação na formação específica desses profissionais.
Aumento da demanda, da grande aceitação e da preferência por parte dos pacientes e familiares para o atendimento domiciliário. Duarte e Diogo (2000).
IMPLANTAÇÃO NO MUNICÍPIO DE SANTOS
A assistência domiciliar foi uma experiência inovadora na cidade de Santos. Em 1989, a administração da Prefeitura Municipal de Santos, por intermédio da Secretaria de Higiene e Saúde, teve como meta a institucionalização do Sistema Único de Saúde (SUS), um sistema público, integrado, regionalizado de boa qualidade, atuando na saúde preventiva e curativa, nos termos previstos pela Constituição Federal de 1988, incorporado em 1989 pela Constituição Estadual de São Paulo e, em 1990, pela Lei Orgânica do Município de Santos. Com essa ação, foi uma das cidades pioneiras na instalação do Sistema Único de Saúde (SUS).
Em meados de 1991, novas soluções foram pensadas, estudadas e debatidas no Conselho Municipal de Saúde sobre a crise hospitalar. Com o agravamento da falta de leitos públicos e a dificuldade no repasse de verbas do Governo Federal para os Municípios, buscaram-se soluções alternativas que pudessem minimizar a carência de leitos. Surgiu, então, a proposta da Secretaria de Higiene e Saúde da Prefeitura Municipal de Santos da criação do Programa de Internação Domiciliar (PID) que daria uma resposta imediata à crise hospitalar no município, além de prestar uma assistência mais humanizada ao paciente.
Baseando-se em trabalhos existentes em países como EUA, Canadá, Inglaterra, França, Espanha e outros que já adotaram esta nova proposta assistencial, o Conselho Municipal de Saúde, em reunião ordinária de janeiro de 1992, aprovou a implantação do Programa de Internação Domiciliar
Essa concretização foi possível graças às estruturas de serviços já existentes nas unidades básicas de saúde. 
Objetivo: o atendimento e o tratamento de pacientes que necessitam de internação domiciliar, até alta, cura ou eventual internação hospitalar. 
Foi implantado, inicialmente, o PID - Clínica Médica, Oncologia e Aids. 
A cidade de Santos foi a primeira a implantar esta nova modalidade assistencial no Brasil.
EQUIPE – SANTOS
Este trabalho é desenvolvido por uma equipe multiprofissional, contando com médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e auxiliares de enfermagem. É imprescindível a presença de um cuidador para dar continuidade às atividades assistenciais no domicílio.
Visita domiciliar: aspectos práticos para abordagem integral às famílias em domicílio
A visita domiciliar é um dos instrumentos estratégicos que potencializa as condições de conhecimento do cotidiano dos sujeitos, no seu ambiente de convivência familiar e comunitária. As visitas domiciliares "têm como objetivo conhecer as condições (residência, bairro) em que vivem tais sujeitose apreender aspectos do cotidiano das suas relações, aspectos esses que geralmente escapam a entrevistas de gabinete".
A atenção às famílias e à comunidade é o objetivo central da visita domiciliar. A família e comunidade são entidades influenciadoras no processo de adoecer dos indivíduos, os quais são regidos por suas relações nos contextos em que estão inseridos. Compreender o contexto de vida dos usuários e suas relações familiares impacta nas formas de atuação dos profissionais de saúde.
Isto irá permitir um planejamento terapêutico adequado, integral, pois considera o modo de vida e os recursos de que as famílias dispõem.
A ESF objetiva a promoção e a qualidade de vida das pessoas em seu cotidiano, deve promover a garantia dessa qualidade no próprio ambiente em que as pessoas vivem, estimulando sua participação ativa no cumprimento desse objetivo.
Definições e conceitos: Vários termos são utilizados para definir modalidades de assistência em que se inclui a visita domiciliar como instrumento. A variedade desses termos leva algumas vezes a certa controvérsia, dificultando o intercâmbio de informações.
A Organização Mundial da Saúde define Assistência Domiciliar como a provisão de serviços de saúde por prestadores formais e informais (cuidadores), com o objetivo de promover, restaurar e manter o conforto, a função e a saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna.
Serviços de assistência domiciliar podem ser classificados nas categorias de preventivos, terapêuticos, reabilitadores, acompanhamento por longo tempo e cuidados paliativos.
O Ministério da Saúde utiliza o termo Atenção Domiciliar para designar o conjunto de ações integradas em saúde que ocorrem no domicílio destinadas à população em geral.
Compreender ações articuladas de vigilância à saúde, assistência domiciliar e internação domiciliar.
A Atenção domiciliar subdivide-se em: Assistência Domiciliar e Internação Domiciliar
Assistência Domiciliar - constitui um recorte da Atenção Domiciliar que ocorre no âmbito da Atenção Primária em Saúde, vinculada ou não às equipes de Saúde, vinculada ou não às equipes de Saúde da Família e destinadas a pessoas com perdas funcionais e dependência para as Atividades da Vida Diária (AVD)
Internação Domiciliar - é o conjunto de atividades prestadas no domicílio a pessoas clinicamente estáveis que exijam intensidade de cuidados acima das modalidades ambulatoriais, mas que possam ser mantidas em casa por equipe exclusiva para esse fim. Ex: Programa Melhor em Casa.
A modalidade de Assistência Domiciliar pode ser dividida em três subcategorias: Vigilância, Atendimento e Acompanhamentos domiciliares.
A Vigilância Domiciliar é o comparecimento de um integrante da equipe para realizar ações de promoção, prevenção, educação e busca ativa da população, como:
-Visitas a puérperas;
-Busca de recém-nascidos;
-Busca ativa dos programas de prioridades;
-Abordagem familiar para diagnóstico e tratamento;
-Evolução de egressos hospitalares.
O Atendimento Domiciliar é dirigido a pessoas com problemas agudos, temporariamente impossibilitadas de comparecer à UBS.
O Acompanhamento Domiciliar (Monitoramento Domiciliar) é dirigido a pessoas que necessitem contatos frequentes e programáveis com os profissionais da equipe.
Exemplos de condições indicadas:
- Pacientes portadores de doença crônica que apresentem dependência física;
- Pacientes em fase terminal;
- Pacientes idosos com dificuldade de locomoção ou morando sozinhos;
- Pacientes egressos do hospital que necessitem de acompanhamento por alguma condição que os incapacite a comparecer à Unidade;
- Pacientes com outros problemas de saúde, incluindo doença mental, que determinem dificuldades de locomoção ou adequação ao ambiente da Unidade de Saúde;
- Cuidadores das pessoas incapacitadas.
Teoricamente, dificuldades financeiras ou estruturais para acessar a UBS não são uma indicação de Acompanhamento Domiciliar.
Devem ser promovidas ações de adequação do espaço urbano e do sistema de transporte, e medidas globais de acessibilidade, respondendo às mudanças demográficas das populações para endereçar esses problemas (participação e controle social).
Entretanto, no dia a dia das equipes de Saúde da Família, a modalidade de Vigilância ou Atendimento Domiciliar é necessária por essas razões.
OBJETIVOS DA VISITA DOMICILIAR
-Proporcionar vigilância, assistência e promoção à saúde no domicílio, dentro dos princípios do SUS, em uma área geográfica adscrita (área da ESF ou EACS)
-Eles devem ser estabelecidos considerando o motivo da sua solicitação e estar em consonância com a finalidade para a qual a atividade foi proposta.
-As situações ou motivos que requerem VD e acompanhamento domiciliar são as que estão atreladas aos programas e protocolos da Atenção Básica, e obedecendo os princípios do SUS de acesso e equidade.
-Cada equipe deve priorizar e organizar as visitas conforme a situação da comunidade, indicação do Agente Comunitário e recursos da equipe de modo a dar cobertura a todos os indivíduos e famílias que por algum agravo, situação permanente ou provisória estejam incapacitados de buscar a atenção à saúde na Unidade.
1)Ações preventivas das VD:
-Visita à puérpera;
-Busca de recém-nascido;
-Busca ativa de doenças infectocontagiosas ou marcador;
-Abordagem familiar para diagnóstico e tratamento;
-Outras situações devem ser discutidas com a equipe.
2)Ações terapêuticas:
-Pacientes portadores de doenças crônicas que apresentam dependência física;
-Pacientes idosos com dificuldade de locomoção ou morando sozinhos;
-Pacientes com problema de saúde que dificulte sua locomoção até a UBS;
-Outras situações devem ser discutidas com a equipe.
RESPONSÁVEIS PELAS VDs
Um profissional da equipe local de saúde lotado na UBS: médico, dentista, enfermeiro, nutricionista, farmacêutico, psicólogo, assistência social, técnico ou auxiliar de enfermagem:
Agente comunitário de saúde (ACS), sob supervisão da equipe local de saúde.
OPERACIONALIZAÇÃO DAS VISITAS DOMICILIARES
Deve ser centrado nas necessidades da comunidade que ali reside e seus objetivos devem se aproximar ao máximo das peculiaridades e necessidades locais.
A intervenção da ESF através da VD favorece o exercício da integralidade junto ao indivíduo inserido num cotidiano e pertencente a uma família.
A visita domiciliar é, sem dúvida, uma das principais ferramentas da Estratégia Saúde da Família.
Ela aproxima a equipe de saúde à família. Através dela, a equipe passa a conhecer melhor as condições de vida e saúde da comunidade, e os recursos de que a família dispõe.
Propicia a corresponsabilidade do indivíduo ou família, tornando-o sujeito para decidir junto com a equipe sobre os problemas de saúde e agravos.
É necessário o entendimento e o respeito por parte da equipe sobre o contexto de vida daquela comunidade, sua história, costumes e dinâmica das relações familiares, eliminando-se a postura de superioridade ou de autoritarismo, o que seria apenas reproduzir o modelo médico-centrado, ou procedimento-centrado, no domicílio.
A visita domiciliar, precisa ser planejada e sistematizada.
O trabalho em equipes precisa ser valorizado. A troca de informações e conhecimentos sobre o paciente, o conhecimento das competências de todas as disciplinas envolvidas, o estabelecimento de respeito profissional entre os integrantes no trabalho em equipe é imprescindível para a resolutividade.
PRESSUPOSTOS IMPORTANTES
-Territorialização;
-Trabalho em equipe ESF e NASF;
-Planejamento, execução e avaliação;
-Registro;
-Atributos profissionais: promoção da saúde, prevenção e tratamento equitativo, longitudinal e integral;
-Empatia: vínculo, envolvimento e respeito.
ATRIBUTOS DA EQUIPE - PNAB 
-ACS
-Médico
-Enfermeiro
-Dentista
-Técnico de enfermagem
-NASF
*Não esquecer de incluir outros atores que interagem com os usuários, como o recepcionista por exemplo.
ROTEIRO VD
-Reunir todos os dados pesquisados com o solicitante sobre o pacienteou a família que será visitada pela primeira vez, através de formulário: idade, sexo, motivo da solicitação, sinais e sintomas que o paciente apresenta e condições atuais, endereço correto e formas de contato (telefone).
-Revisando o prontuário do paciente já cadastrado, para inteirar-se de dados que podem ser úteis;
-Avaliando se há condições de manejar o problema em casa;
-A partir do formulário de registro da solicitação, estabelecer o espaço de tempo em que deve ser realizada a visita (É urgente? Pode ser agendada?);
-Avaliando qual o profissional da equipe é indicado para avaliar a situação trazida, e se há necessidade de mobilizar outros recursos - da equipe ou externos;
-Anotando e confirmando o endereço antes da visita;
-Execução da visita com registro de dados mediante formulário de VD!
RECOMENDAÇÕES A TODOS OS PROFISSIONAIS
-Compreender o indivíduo como sujeito do processo de promoção, manutenção e recuperação de sua saúde e visualizá-lo como agente corresponsável pelo processo de equilíbrio entre a relação saúde-doença.
-Estar disponível para fornecer esclarecimentos e orientações à família, sempre que solicitado.
-Monitorizar o estado de saúde do paciente facilitando a comunicação entre família e equipe.
-Otimizar a realização do plano terapêutico estabelecido para cada pessoa.
ESCALA DE RISCO DE COELHO
É baseada na ficha "A" do SIAB. A escala é um instrumento de priorização das visitas domiciliares, simples e eficiente de análise do risco familiar, não necessitando criar nenhuma ficha ou escala burocrática.
Elegem-se informações da Ficha A (ficha de cadastro familiar) como sentinelas para avaliação das situações a que as famílias possam estas expostas no dia a dia, e a partir daí realiza-se a pontuação de risco familiar, como explicitado na tabela.
A partir da pontuação das sentinelas estabelece-se, de acordo com o Escore Total, a classificação de risco, que varia de R1- risco menor, a R3- risco máximo.
Classificação das famílias segundo a pontuação obtida:
-Escore 5 ou 6 = R1
-Escore 7 ou 8 - R2
-Maior que 9 = R3
FERRAMENTAS
- GENOGRAMA = trata-se de uma reveladora árvore genealógica familiar. É um desenho que dispõe de forma organizada, elementos gráficos como círculos e triângulos, que podem promover a visualização ao menos três gerações familiares e proporcionar informações úteis como idade, nível de escolaridade, ocupação, saúde, casamento, divórcio, separação e morte.
- ECOMAPA = trata-se de um diagrama de vínculos intra e extrafamiliares, ou seja, é uma representação gráfica dos vínculos que cada integrante da família possui como outros membros internos e grupos/instituições externas à família. Objetiva-se representar os relacionamentos da família com os sistemas mais amplos.
FORTALEZAS E FRAGILIDADES
O agente comunitário de saúde sem dúvida abre portas para esse tipo de atendimento. É o elo.
A educação continuada e o amor pelo trabalho na estratégia de saúde da família, trazem o preparo que facilita a realização da visita.
A visita proporciona orientações ao usuário e ao cuidador, com intervenções precoces de diversas naturezas. Há potencial para serem identificadas as dúvidas, dificuldades e resistências de forma integral de acordo com a necessidade do paciente.
Para esse atendimento devem ser observados e reavaliados todos os detalhes da situação, onde também deve-se respeitar tabus, inserindo o esclarecimento de dúvidas, dinâmica familiar e afetividade, rede de apoio, vacinação, planejamento familiar, higiene do domicílio, consultas de rotina, vínculo entre equipe e família.
O desafio do dia a dia do processo de trabalho consultas, grupos terapêuticos, acolhimento, incompatibilidade da agenda, o tipo de mobilidade (a pé, bicicleta, falta de transporte) e as condições do domicílio para realização de exame físico adequado.
Problemas de comunicação entre os membros da equipe e dificuldades no retorno de informações à família.
Expectativas frustradas devido às "sabotagens inconscientes".
"Porém, ao pensarmos que o trabalho da estratégia de saúde da família é predominante em áreas de risco, o profissional deve entender e se adaptar, criando meios para que esse problema não seja um impeditivo das ações"
CONSIDERAÇÕES FINAIS
-Reconhecer que a territorialização, o olhar sensível, o trabalho em equipe, a multidisciplinaridade, classificação de risco, o planejamento das ações, registro, feedback da equipe a família, a empatia e respeito são fundamentais para o sucesso e efetividade da Visita Domiciliar.
-Equipe reflete e avalia as fortalezas e fragilidades tanto da equipe, quanto das condições do usuário solicitante da VD.
-Portanto, é importante aproveitar os espaços das reuniões de equipe, envolvendo o NASF, assim como as reuniões semanais com as ACS para ouvir e trocar impressões sobre as necessidades das Visitas Domiciliares à família solicitante e dos marcadores em saúde.
-Solicitar Teleconsultorias para a organização do Processo de Trabalho do Telessaúde.
NÃO ESQUECENDO QUE...
-Na visita, a equipe também é acolhida na casa do usuário
-Uma visita domiciliar quando bem feita, é tão bonita
-Não basta planejar, visitar, avaliar. É preciso participar e se envolver
HOME CARE
Segundo o COFEN, Home Care, Assistência Domiciliar e/ou Assistência Domiciliária, necessita atender e se enquadrar nas disposições da Lei 7498/86 e no Decreto-Lei 94.406/87
Definição 
Denominado no Brasil de Assistência Domiciliar, o Home Care compreende o atendimento do paciente em seu domicílio por profissionais da saúde ou cuidadores, com finalidade de promover, manter e/ou restaurar a saúde do cliente/paciente com o máximo de autonomia, privacidade e o mínimo de agravos decorrentes da doença.
A assistência domiciliar deve ser considerada como um recurso a ser utilizado que procura manter o cliente junto à sua família, buscando-se o conforto e a recuperação, reabilitação bio-psico-social, além de primar pela garantia dos mesmos princípios de biossegurança a que os clientes teriam acesso na internação hospitalar tradicional (COFEN).
Indicação
A enfermagem em domicílio é indicada para pacientes em fase aguda ou crônica de doenças, com incapacidade funcional em uma ou mais atividades, visando sua reabilitação, recuperação ou mesmo a oferta de cuidados paliativos. Incluem-se ainda no programa procedimentos pontuais como curativos, administração de medicamentos via parenteral, entre outros.
Histórico
A prática assistencial de atenção no domicílio é tão antiga quanto à própria sociedade, e pode ser considerada uma alternativa valiosa na redução da demanda hospitalar, redução de custos, humanização da assistência, diminuição de riscos e ainda um novo espaço de atuação, especialmente para a enfermagem.
EUA é o pioneiro dessa atividade. Em 1780, o Hospital de Boston implantou o primeiro serviço de home care. 
Esses serviços foram formados por associação de enfermeiras visitadoras, fundadas por mulheres, de cunho filantrópico. 
Em 1885 com um aumento de trabalho, houve estabelecimento da primeira Associação de Enfermeiras Visitadoras (VNA).
Já na década de 40, o hospital de Montefiori em Nova York, introduziu conceitos de home care como sendo uma extensão do atendimento hospitalar, serviço que cresceu após a Segunda Guerra Mundial. 
No mesmo período também ocorre o declínio das visitas domiciliares realizadas por médicos, ressaltando o trabalho de enfermeiras visitadoras.
NO BRASIL
Não há muitos registros formais sobre a história da assistência domiciliar no Brasil. 
As primeiras atividades domiciliares desenvolvidas no Brasil aconteceram no século XX, mais precisamente em 1919, com a criação do Serviço de Enfermeiras Visitadoras no Rio de Janeiro. 
Em 1949 foi criado o Serviço de Assistência Médica e de Urgência (SAMDU).
A difusão desta modalidade de prestação de serviços ocorre tanto no setor privado quanto no setor público, fazendo parte da pauta de discussão das políticas de saúde que, pressionadas pelos altos custosdas internações hospitalares, buscam saídas para uma melhor utilização dos recursos financeiros.
Nos anos 60 foi observada uma valorização dos âmbitos familiares comunitários, tendo ocorrido no mesmo ano a implantação do Programa Pioneiro de Assistência Domiciliar do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPESP).
Seu objetivo foi de atender pacientes com doenças crônicas que pudessem permanecer no domicilio e que não necessitavam de atendimento médico diário.
Os pacientes atendidos tinham o predomínio de patologias como: neoplasias, acidente vascular cerebral, insuficiência cardíaca, doença pulmonar obstrutiva crônica e hipertensão arterial sistêmica.
A partir dos anos 90 houve implantações em prefeituras, hospitais públicos e privados, cooperativas médicas, seguradoras de saúde, medicina de grupo entre outros.
OBJETIVOS
Dentre os objetivos do Home Care destaca-se a humanização do cuidado e de todo o atendimento, uma vez que as internações hospitalares tradicionalmente têm sido alvos de críticas veementes dos usuários, alegando abuso de poder, descaso e negligências da equipe de saúde.
A Enfermagem em Domicílio busca proporcionar conforto e segurança para o paciente no domicilio, e tranquilidade para seus familiares. A partir de uma avaliação criteriosa do paciente, por solicitação do médico ou dos responsáveis, é elaborado um plano de atenção conforme a complexidade de cada caso.
Realizar o cuidado domiciliar; 
Concretizar a autonomia do indivíduo e da família; 
Descobrir formas e possibilidades de vivencia de uma vida digna e com saúde nas mais diferentes situações.
Reintegrar o paciente em seu núcleo familiar e de apoio; proporcionar assistência humanizada e integral, por meio de uma maior aproximação da equipe de saúde com a família; 
Estimular uma maior participação do paciente e de sua família no tratamento proposto; promover educação em saúde; 
Contribuir para a otimização dos leitos hospitalares e do atendimento ambulatorial, visando a redução de custos; e 
Ser um campo de ensino e pesquisa.
BENEFÍCIOS
A diminuição das re-internações e dos custos hospitalares; 
A redução do risco de infecção hospitalar; 
A manutenção do paciente no núcleo familiar; e
O aumento da qualidade de vida deste e de seus familiares.
ENFERMAGEM NO DOMICÍLIO
As modalidades de atendimento de Home Care são: 
Visita Domiciliar; 
Atendimento ou Acompanhamento Domiciliar; e 
Internação Domiciliar;
Visita domiciliar: atendimento realizado por profissional ou equipe de saúde na residência do cliente, com o objetivo de avaliar as necessidades deste, de seus familiares e do ambiente onde vive, para estabelecer um plano assistencial voltado a recuperação/reabilitação. Considerando: necessidades do cliente e disponibilidade do serviço. Orientações são feitas aos acompanhantes para continuidade do serviço
Atendimento domiciliar: compreende-se as atividades assistenciais exercidas por profissionais e/ou equipe de saúde na residência do cliente, para executar procedimentos mais complexos, que exigem formação técnica para tal. A periodicidade do atendimento é realizada de acordo com a complexidade do cuidado requerido.
Internação domiciliar: são atividades assistenciais especializadas, exercidas por profissionais e/ou equipe de saúde na residência do cliente, com oferta de recursos humanos, equipamentos, materiais e medicamentos. Assemelha-se ao cuidado oferecido no âmbito hospitalar. A permanência de profissionais de enfermagem é pré-estabelecida (6, 12 ou 24 horas) ocorrendo também orientação ao responsável pelo cuidado no domicilio.
LEGISLAÇÃO
A Resolução do COFEN 267/2001define enfermagem no Home Care, como: 
“A prestação de serviços de saúde ao cliente, família e grupos sociais em domicílio.”
A Resolução-COFEN Nº 256 de 12 de julho de 2001, define que esta modalidade assistencial exprime, significativamente, a AUTONOMIA e o caráter liberal do profissional Enfermeiro.
O COFEN delimita os níveis de complexidade dos clientes do Home Care para com os cuidados de enfermagem e os Respectivos papeis a serem desempenhados pelo enfermeiro na função assistencial, função administrativa, função de pesquisa e função educativa, o que confere ao profissional pleno domínio nessa área de conhecimento.
Lei nº 7.498/86 é regulamentada pelo decreto 94.406/87; 
A Resolução do COFEN nº 358/2009; 
A Resolução do COFEN nº 281/2003; 
A Resolução do COFEN nº 272/2002; 
A Resolução do COFEN nº 270/2002; 
A Resolução do COFEN nº 267/2001 
A Resolução do COFEN nº 225/2000.
Segundo a Resolução COFEN nº 267/2001: 
As atividades de Enfermagem no domicílio estão previstas nos seguintes níveis de complexidade: 
Menor complexidade: Neste nível está caracterizado a investigação do processo saúde/doença. O cliente necessita de procedimentos técnicos-científicos de Enfermagem relacionada às prevenções, promoção e manutenção do estilo de vida saudável.
Média complexidade: Neste nível não se dá a caracterização de uma doença em curso. Entretanto, o cliente necessita de procedimentos técnicos-científicos de Enfermagem que definirá o modelo assistencial aplicado à clientela visando a deliberação do dano, invalidez e a reabilitação da mesma com retorno ao seu estado de vida;
Alta complexidade: Neste nível o cliente apresenta uma doença em curso, cujo atendimento em domicílio deverá ser multiprofissional, ocorrendo a internação domiciliar, ficando assegurado à complexidade do especialista em Enfermagem em Domicílio-Home Care.
A Resolução ainda estipula como competência privativa do Enfermeiro em Domicílio- Home Care atuar nas seguintes funções: assistencial, administrativa, educativa e de pesquisa.
CONTEXTUALIZAÇÃO
Domicílio 
Definido como o ambiente que proporciona maior viabilidade e ressonância para o agir além das questões estritamente médicas e técnicas, possibilitando agregar as dimensões emocionais e afetivas. Com a vantagem, de possibilitar a integração dos trabalhadores de ambos os espaços de serviços (hospitais e rede básica) já que há a probabilidade de que um trabalho conjunto possa ser efetuado, e não somente em nível de referência e contra referência, mas no compartilhar de responsabilidades.
Público alvo:
Idosos; 
Indivíduos com problemas neurológicos, como: Alzheimer e Parkinson; 
Indivíduos com sequelas de AVC e neoplasias; 
Deficientes físicos e mentais; 
Indivíduos na Recuperação pós-cirúrgica; 
Puérperas e bebês.
Serviços Privados 
As grandes operadoras de planos de saúde, tendenciosa ou estrategicamente, restringem a oferta do serviço de Home Care para uma seleta clientela composta de familiares e/ou amigos dos médicos, diretores e funcionários do primeiro escalão, não sendo, portanto, “produto” de fácil acesso ou extensivo aos demais segurados anônimos.
Perfil dos profissionais 
O enfermeiro tem o papel de facilitador do processo de ajudar o indivíduo e sua família a se determinarem para o cuidado de si por meio de inúmeras estratégias, incluindo a educação, o advogar e o gerenciar. 
Ser educadora no cuidado domiciliar envolve tanto o ensino do paciente quando dos familiares, sendo uma das mais significativas ações atribuídas a enfermagem no domicílio.
O enfermeiro necessita... 
Conhecimento científico-tecnológico; 
Extrema habilidade no relacionamento interpessoal; 
Competência e perfil próprio; 
Boa comunicação; 
Ética;
E deve respeitar...
As necessidades; 
Os hábitos; 
As tradições; e 
Sentimentos
Afim de enaltecer a humanização e autonomia dos envolvidos no cuidar
Formação Profissional 
A formação dos profissionais de saúde deve envolver as questões sobre o cuidado no domicílio. 
Uma vez que o domicílio, indivíduo e sua família devem ser percebidos como integrantes de um Contexto muito mais do que um espaço físico, em uma percepção mais ampla.
O Sucesso 
O sucesso do cuidado domiciliar está em olhar o indivíduo e a sua família em seu contexto, visualizando e considerando o meio social, suas inserções, seu local de moradia, seus hábitose relações e qualquer outra coisa ou situação que façam parte de seu existir e estar no mundo.
O cuidado domiciliar pode estabelecer a tutela, proteção, amparo e defesa. 
Ou a dependência, sujeição vexatória, obediência, subordinação ou submissão.
A capacitação para a autonomia do indivíduo e sua família, demanda um serviço público de saúde sistematizado, com: acompanhamento, supervisão, estabelecimento de um tempo para a realização do cuidado no contexto domiciliar e com objetivos definidos desta forma de cuidados de saúde.
Vantagens 
Humanização no atendimento; 
Diminuição de internações e tempo de permanência em hospitais. 
Diminuição dos gastos em saúde pública; 
Diminuição do estresse; 
Menor risco para infecções hospitalares. 
Desvantagens 
Risco incorrer na delegação de procedimentos de média e alta complexidade a profissionais não habilitados; ou leigos que passam como “cuidadores” remunerados; 
Entendimento errôneo por parte do cuidador das orientações oferecidas pelo profissional após o atendimento. 
O sucesso ou o fracasso dependerão da postura dos profissionais envolvidos na assistência e de sua interação com a família atendida.
CURIOSIDADES
O Enfermeiro pode administrar uma medicação prescrita a mais de 24 horas, DESDE QUE seja validada nos termos legais. 
A abertura de uma empresa de Home Care deve se respaldar em legislações próprias, que poderão ser orientadas pelos órgãos competentes (COREN). 
A abertura de qualquer estabelecimento de saúde possível a qualquer pessoa física, atentando-se ao objeto social da empresa e observadas disposições legais existentes e vigentes que trata a atividade em questão. Para tanto, se faz necessária à formalização por meio de instrumento de constituição da pessoa jurídica, este devidamente chancelado pelo órgão de classe, posteriormente seguindo para registro dos órgãos competentes
De posse do CNPJ, empresa constituída, são liberados os Certificados de Registro de Empresa (RE) e Responsabilidade Técnica (RT) para apresentação junto à ANVISA para concessão do Alvará de Funcionamento da Empresa. 
A Equipe de Enfermagem deve ser composta por profissionais habilitados. Deverá prever o Enfermeiro Responsável Técnico pelo período necessário ao cumprimento das responsabilidades ético-profissionais determinadas em Lei, e priorizando a Sistematização da Assistência de Enfermagem. O Técnico/Auxiliar de Enfermagem, por Lei, somente poderá atuar mediante delegação e supervisão do Enfermeiro (artigo 15 da LEI 7498/86).
SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR
A Atenção Domiciliar é caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, reabilitação, paliação e promoção à saúde, prestadas em domicílio, garantindo a continuidade de cuidados que tem por definição o Serviço de Atenção Domiciliar (SAD). 
O Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) é complementar aos cuidados realizados na atenção básica e em serviços de urgência, substitutivo ou complementar hospitalar, responsável pelo gerenciamento e operacionalização das Equipes Multiprofissionais de Atenção Domiciliar (EMAD) e Equipes Multiprofissionais de Apoio (EMAP).
BASE LEGAL
Componente da Rede de Atenção às Urgências, estruturado de forma articulada e integrada aos outros componentes e à Rede de Atenção à Saúde, a partir dos Planos de Ação, conforme estabelecido nas portarias e resolução vigentes, a seguir:
PORTARIA GM 2.529/2006
RESOLUÇÃO CIB Nº115/2007
PORTARIA nº 1.669/08 (DOE - 28/06/08)
PORTARIA GM/ MS nº 1.600/2011
PORTARIA GM/MS nº 825/2016
PORTARIA MS/GM Nº 825 DE 25 DE ABRIL DE 2016 
Redefine a atenção domiciliar no âmbito do sus modalidade de atenção à saúde caracterizada por um conjunto de ações de prevenção e tratamento de doenças, paliação e promoção a saúde, prestadas em domicílio, garantindo continuidade de cuidados.
INDICAÇÃO E ORGANIZAÇÃO
A Atenção Domiciliar é indicada para pessoas que, estando em estabilidade clínica, necessitam de atenção à saúde em situação de restrição ao leito ou ao lar de maneira temporária, definitiva ou em grau de vulnerabilidade na qual a atenção domiciliar é considerada tendo em vista a ampliação de autonomia do usuário, família e cuidador. Está organizada em três modalidades:
TIPOS DE EQUIPE: EMAD
A EMAD é a principal responsável pelo cuidado do paciente domiciliado. A diferença entre as EMADs e as equipes de atenção básica está no tipo de atendimento prestado (especializado para pacientes domiciliados) e na composição da equipe profissional, que deverá conter, minimamente:
1 ou 2 profissionais médicos, com somatório de carga horária semanal (CHS) de, no mínimo, 40 (quarenta) horas;
1 ou 2 profissionais enfermeiros, com somatório de CHS de, no mínimo, 40 (quarenta) horas; 
3 ou 4 profissionais téc./aux. de enfermagem (pois pode ser 3 profissionais de 40h ou 4 profissionais de 30h);
Profissional fisioterapeuta e/ou assistente social, com somatório de CHS de, no mínimo, 30 (trinta) horas. 
TIPOS DE EQUIPE: EMAP
A EMAP é a equipe de apoio que deverá oferecer suporte à EMAD, bem como às equipes de atenção básica. A composição mínima deverá conter 3 (três) profissionais de nível superior, escolhidos entre oito diferentes ocupações: 
I. Assistente social;
II. Fisioterapeuta;
III. Fonoaudiólogo;
IV. Nutricionista;
V. Odontólogo;
VI. Psicólogo;
VII. Farmacêutico; e
VIII. Terapeuta ocupacional 
REQUISITOS PARA HABILITAÇÃO
População municipal maior ou igual a 20mil habitantes (IBGE);
Hospital de referência no Município ou região a qual integra;
Cobertura de Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) habilitado e em funcionamento.
Obs.: os Municípios com uma EMAD, tipo 1 ou tipo 2, poderão solicitar 1 (uma) EMAP, sendo possível a implantação de mais 1 (uma) EMAP a cada 3 (três) EMAD a mais implantadas.
FINANCIAMENTO
Conforme Art. 305, da PT GM/MS 825/2016, o incentivo financeiro de custeio para a manutenção do Serviço de Atenção Domiciliar (SAD) será distribuído da seguinte forma: (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 34)
I - R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais) por mês para cada EMAD tipo 1; (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 34, I)
II - R$ 34.000,00 (trinta e quatro mil reais) por mês para cada EMAD tipo 2; e (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 34, II)
III - R$ 6.000,00 (seis mil reais) por mês para cada EMAP. (Origem: PRT MS/GM 825/2016, Art. 34, III)
PROPOSTA CREDENCIAMENTO 
OBJETIVO DA ASSISTÊNCIA
Desenvolvimento da autonomia do paciente/família perante o quadro clínico, ou seja, habilitar a família/paciente a lidar, inclusive do ponto de vista afetivo, com os problemas e/ou sequelas criados pela patologia de base, de forma a precisar cada vez menos dos serviços de profissionais de saúde; 
Alta planejada, com continuidade no tratamento no domicílio, liberando leitos mais precocemente e prevenindo re-internações e infecções hospitalares; 
Redução de custos, uma vez que estudos internacionais têm demonstrado que as intervenções na assistência domiciliar equivalem a um terço do custo das intervenções realizadas comparativamente, em ambiente hospitalar; 
Segurança do paciente por estar perto de seus familiares. 
CRITÉRIOS DE ELEGIBILIDADE
Os requisitos básicos para admissão de beneficiário em Atenção Domiciliar são os seguintes:
Circunstância individual do paciente;
Condições do domicílio; 
Características do grupo familiar. 
O primeiro requisito corresponde aos critérios clínicos e os dois últimos aos critérios psicossociais. 
Desta forma, para a concessão e a manutenção do benefício de Atenção Domiciliar são observados os seguintes critérios de elegibilidade para INCLUSÃO: 
1. Critérios Clínicos:
2. Critérios Sociais:
Desta forma, para a concessão e a manutenção do benefício de Atenção Domiciliar são observados os seguintes critérios de elegibilidade para EXCLUSÃO: 
FLUXO DA INTERNAÇÃO DOMICILIAR
A Admissão é caracterizada pelas seguintes etapas: 
Indicação;
Elaboração do Plano de Atenção Domiciliar (PAD); e 
Início da prestação da assistência ou internaçãodomiciliar. 
FLUXO SISTEMATIZADO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR
PROSPOSTA CREDENCIAMENTO
TÉRMINO DA INTERNAÇÃO DOMICILIAR
A atenção domiciliar termina através da Alta Domiciliar. O motivo desta alta pode ser: 
PACOTE DO SERVIÇO DE ATENÇÃO DOMICILIAR
	ITEM
	DESCRIÇÃO
	VALOR
	1
	Internação Domiciliar 24h com ventilação mecânica
	761,19
	2
	Internação Domiciliar 24h sem ventilação mecânica
	473,77
	3
	Internação Domiciliar 12h
	307,12
	4
	Internação Domiciliar 6h
	253,42
	5*
	Gerenciamento 1x ao dia
	173,35
	6*
	Gerenciamento 2x ao dia
	183,59
	7
	Gerenciamento 3x ao dia
	231,94
	8
	Gerenciamento especial 4x ao dia
	231,40
	9*
	Gerenciamento Fisioterapia 1x ao dia
	45,00
	10
	Gerenciamento Fisioterapia sequencial
	36,00
	11*
	Treinamento de Cuidador
	173,35

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