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Diatermia por ondas curtas É a aplicação de energia elétrica de alta frequência que é utilizada para gerar calor nos tecidos do corpo como um resultado da resistência do tecido á passagem de energia Diatermia classificada em: •ondas curtas •microondas ONDAS CURTAS O ondas curtas é basicamente um transmissor de rádio. A Federal Communications Comission (FCC) apontou 3 freqüências para as unidades de diatermia por ondas curtas: 27,12 MHz comprimento de ondas: 11 m. 13,56 MHz comprimento de ondas: 22 m 40,68 MHz comprimento de ondas: 7,5m (raramente utilizado) ONDAS CURTAS Calor profundo: 2 a 5 cm. Energia eletromagnética de alta frequência (maior que 10MHz) e absorvida pelos tecidos Uma unidade de diatermia por ondas curtas que gera corrente elétrica de alta frequência produz um campo elétrico e um campo magnético nos tecidos. A diatermia pode ser liberada por: técnica de capacitância e técnica de indução Capacitância: cria um campo elétrico mais forte do que o campo magnético e coloca o paciente dentro do circuito real da energia da máquina. Indução: cria um campo magnético mais forte do que o campo elétrico e não coloca o paciente diretamente no circuito da unidade A fricção causada pelo movimento dos íons produz o efeito de aquecimento. Os íons livres dentro do campo de tratamento são atraídos para o pólo com carga oposta e repelidos do pólo com carga igual. O efeito de aquecimento ocorre como resultado da fricção entre os íons que se movimentam e os tecidos ao redor. À medida que o campo elétrico é criado nos tecidos biológicos, o tecido que oferece a maior resistência ao fluxo de corrente tende a desenvolver o maior calor. Tecidos com alto conteúdo de gordura tendem a isolar a passagem de um campo elétrico e também resistir a ela. Em razão da área relativamente grande afetada pela diatermia, os efeitos de aquecimento profundo duram mais que os originados pelo ultrassom. Entretanto, a DOC é menos eficaz quando aplicada em pessoas com muita gordura subcutânea. MÉTODO DE CAPACITÂNCIA Placas de espaço de ar (schiliephakes) Eletrodos de coxim EFEITOS FISIOLÓGICOS Térmicos: aumento do metabolismo Transpiração aumentada vasodilatação (hiperemia) relaxamento muscular aumenta a permeabilidade celular aumenta a extensibilidade dos tecidos Não térmicos: repolarização das células danificadas, corrigindo a disfunção da célula. reativação da bomba de sódio e potássio, permitindo que a célula readquira o equilíbrio iônico normal. Aplicação: contínuo ou pulsado Duração:20 a 30 minutos (pode ser utilizado diariamente por até 2 semanas) Intensidade: calor suave (a maior parte é produzida mais abaixo dos receptores de calor localizados superficialmente) PRECAUÇÕES equipamentos eletrônicos ou magnéticos devem ser removidos do campo (aparelhos auditivos ou relógios usados pelo paciente ou terapeuta). nunca deixe os cabos encostarem um no outro (curto-circuito) nunca permita que a pele entre em contato com a unidade de aquecimento (queimaduras) sensação dolorosa profunda pode ser sintoma de superaquecimento (lesões teciduais) – destruir o tecido muscular ou necrose da gordura subcutânea) Terapeuta deve manter uma distância de 91,4 cm da fonte de energia. não permita transpiração durante o tratamento INDICAÇÕES Inflamações da articulação (bursite, tendinite, sinovite) – se for agudo usar modo pulsado. CUIDADO: o aquecimento profundo pode provocar a destruição do colágeno da articulação. fibrosite miosite condições inflamatórias subagudas e crônicas de camadas de tecidos profundos áreas grandes que não podem ser aquecidas com eficácia por outros métodos. CONTRA INDICAÇÕES áreas isquêmicas doença vascular periférica implantes de metal ou metais, como joias hemorragia tumor febre marcapassos cardíacos infecções placas epifisárias de ossos em crescimento genitália olhos e rosto abdome com dispositivo intrauterino (DIU) perda sensorial agnosia Técnicas de aplicação Posicionamento dos eletrodos capacitivos Aplicação contraplanar / transversa / paralela / transarticular: a área a ser tratada deve ficar entre os eletrodos. Aplicação coplanar / paravertebral: os eletrodos serão colocados lado a lado ou um acima do outro. Aplicação longitudinal Aplicação mista: sem paralelismo nem plano. Aplicação em fogo cruzado: primeiro látero-lateral e depois ântero-posterior (dissipa muito calor). Para aplicação desse tipo de eletrodo, há a necessidade de envolvê-los em uma toalha seca e felpuda. Eletrodos de Schliephake Os eletrodos rígidos tipo Schliephake são usados através de braços articulados, possibilitando um melhor acoplamento em regiões não planares como ombro, tornozelos, etc. Os eletrodos possuem um dispositivo interno, que possibilitam a variação da distância eletrodo pele de 0 cm a 2,5 cm. Esta variação permite que a concentração de calor seja deslocada para o local desejado, ou para que se obtenha calor superficial ou profundo. A aplicação pode ser realizada de 3 maneiras: Com os 2 eletrodos de Schliephake bem próximos ao local, gerando um aquecimento profundo Com os 2 eletrodos de Schliephake distantes do local (1 a 2,5 cm), gerando um aquecimento superficial Com 1 eletrodo de Schliephake e outro capacitivo (envolto por uma toalha) Modo Contínuo: nesse modo as moléculas dipolares do tecido entram em movimentação oscilatória contínua, gerando energia que é transformada em calor. Pulsado: consiste em aplicar uma séria de trens de pulsos de determinada frequência e duração. Tempo Fase aguda e subaguda: deve-se 5 a 10 minutos e 15 minutos, respectivamente. Fase crônica: de 15 a 20 minutos. Dosagem A dose varia de acordo com a sensibilidade do paciente e da fase da patologia. Escala de Schiliephake Calor muito débil: imediatamente abaixo da sensação de calor perceptível (bem fraco) Calor débil: sensação imediatamente perceptível Calor médio: sensação de calor clara e agradável Calor forte: no limite da tolerância do paciente Fase aguda e subaguda: deve-se utilizar calor muito débil e débil, respectivamente (mas só em processos álgicos). Fase crônica: calor médio e forte (tanto de dor como de processo inflamatório). Diatermia por Microondas (DMO) A Federal Communication Comision (FCC)estabeleceu 2 freqüências para a DMO: 915 MHz e 2456 MHz São frequências mais altas e com comprimento de onda mais curto do que a DOC. As unidades de DMO geram campo elétrico forte e campo magnético relativamente pequeno, ao contrário da diatermia por ondas curtas que predominam os campos magnéticos. O aquecimento é provocado pela vibração intramolecular das moléculas ricas em polaridade. O tratamento é mais superficial que a DOC porque a radiação das microondas não consegue penetrar na camada adiposa. Gordura subcutânea > 1cm:temperatura desconfortável. Gordura subcutânea < 0,5 cm: penetração e elevação da Tº até 5 cm de profundidade Os eletrodos para a DMO são chamados de aplicadores. Podem ser: circular e retangular Circular: A temperatura máxima é produzida na periferia de cada campo de radiação. Retangular: Produzem a temperatura máxima no centro do campo de radiação. Diferença entre microondas e DOC A diatermia por microondas não penetra na camada de gordura como na DOC. A diatermia por microondas não penetra tão profundamente quanto a diatermia por ondas curtas. Nenhum metal deve ficar ao alcance de 1,22metros da diatermia por microondas. A DOC é mais segura do que a DMO. Efeitos térmicos, duração, intensidade, precauções, indicações e contra-indicações Mesmos do ondas curtas Técnicas deAplicação Recursos necessários Aparelho de micro-ondas aferido Principais passos Avaliar o paciente Higienizar as mãos Conferir a região a ser tratada e as datas de início e término do tratamento Técnica de aplicação Com o paciente sentado ou deitado, posiciona–se o emissor de forma que sua superfície fique paralela à pele, a uma distância de 5 a 20 cm; Frequênciade tratamento: Diariamente ou em dias alternados; Duração do tratamento: 1 a 15 minutos; Intensidade: De acordo com o tipo de sensação de calor relatado pelo beneficiário; ULTRASSOM Definição Tratamento por meio de vibrações mecânicas com uma frequência acima 20.000 Hz. (BORGES, 2010) Vibrações acústicas inaudíveis de alta frequência que podem gerar efeitos fisiológicos térmicos ou atérmicos nos tecidos Propagação As ondas sonoras necessitam de um meio para se propagarem (líquido, sólido e gasoso). Nos tecidos a propagação depende das características de propagação do meio biológico e da reflexão de energia ultrassônica nas interfaces teciduais. • A velocidade é maior em meios com maior agregação molecular Ar: 343 m/s H2O sal.:1500 m/s osso: 4000 m/s (PRENTICE, 2002) EFEITO PIEZELÉTRICO Pierri e Jaques Curie- 1880 Quando a corrente elétrica alternada, gerada em igual frequência que a ressonância do cristal, é propagada através do cristal piezoelétrico, este expandir-se-á e contrair-se-á ou vibrará na frequência da oscilação elétrica, proporcionando, desta maneira, ultrassom na frequência desejada. Frequências do ultrassom O ultrassom terapêutico nacional, é comercializado nas frequências de 1, 3 ou 5 megahertz (MHz Intensidade Ultrassônica • É a energia / segundo a cada cm² de uma superfície perpendicular à emissão das ondas. • É Calculada em W/ cm² • Intensidade: 0,01 - 3,0 W/ cm². Potência ultrassônica É a energia total que se produz por segundo, medida em watts. Existem dois tipos de ondas que podem se propagar por um meio sólido: LONGITUDINAIS e TRANSVERSAIS Ondas Longitudinais O deslocamento molecular na direção em que a onda se propaga Durante a propagação da onda longitudinal em regiões de alta densidade cria-se uma compressão Durante a propagação da onda longitudinal em regiões de baixa intensidade cria-se uma rarefação Ondas Transversais As moléculas são movimentadas em uma direção perpendicular à direção em que a onda ultrassônica se move. Ondas longitudinais: se propagam em sólidos e líquidos Ondas transversais: se propagam apenas no sólido Área de Radiação Efetiva (ARE) Região da superfície do transdutor que realmente produz a onda sonora. Corresponde aproximadamente ao diâmetro da superfície de contato do transdutor. Considerando que a área de radiação efetiva sempre é menor que a superfície do transdutor, o tamanho do transdutor não é real indicação da superfície de radiação. O tamanho da área a ser tratada usando-se o ultrassom é de 2 a 3 vezes o tamanho da área de radiação efetiva (ARE) do cristal. A absorção de energia sonora é maior nos tecidos com quantidades maiores de proteínas e menor conteúdo de água A profundidade de penetração do tecido é determinada pela frequência do ultrassom e não pela intensidade Absorção das ondas ultrassônicas utilizando a frequência de 1 MHz A energia ultrassônica a 1 MHz é transmitida através dos tecidos mais superficiais e absorvida principalmente nos tecidos profundos ( 2 a 5cm). É muito útil em pacientes com alta porcentagem de gordura cutânea no corpo e sempre que os efeitos desejados se destinarem às estruturas mais profundas Absorção das ondas ultrassônicas a 3 MHz A energia de 3 MHz é absorvida nos tecidos mais superficiais (1 a 2 cm), sendo utilizado para tratar as condições mais superficiais A frequência de 3 Mhz não é somente mais absorvida superficialmente, é também absorvida 3 vezes mais rapidamente do que o ultrassom de 1 MHz. Esta maior taxa de absorção resulta em pico de aquecimento mais rápido nos tecidos. Tem sido demonstrado que o ultrassom de 3 MHz aquece o músculo humano 3 vezes mais rapidamente do que o ultrassom de 1 MHz Ultrassom Contínuo versus Pulsado • Pulsado: a intensidade é periodicamente interrompida, com nenhuma energia ultrassônica sendo produzida durante o período desligado. • Contínuo: a intensidade sonora permanece constante ao longo do tratamento e a energia do ultrassom é produzida em 100% do tempo Efeitos Fisiológicos do Ultrassom Na aplicação das ondas ultrassônicas é possível observar efeitos térmicos e não térmicos nos diferentes tipos de tecidos biológicos: células, tecidos e órgãos. Efeitos térmicos Aumento na extensibilidade das fibras de colágeno encontrada nos tendões e cápsulas articulare; Diminuição da rigidez articular; Redução do espasmo muscular: Modulação da dor; Aumento do fluxo de sangue; Efeitos térmicos Tem sido sugerido que para a maioria desses efeitos acontecerem, os tecidos devem ser elevados para um nível de 37,5 a 40,5°C por um mínimo de 5 minutos. Aumento da temperatura tecidual em 1°C acelera o metabolismo e o processo de cura. Aumentos de 2 a 3°C diminuem a dor e o espasmo muscular. Aumentos de 4°C aumentam a extensibilidade do colágeno e diminuem a rigidez articular. Efeitos não-térmicos Cavitação e Micromassagem Cavitação - Formação de bolhas gasosas que expandem-se e comprimem-se em razão da mudança de pressão induzida pelo ultrassom nos líquidos teciduais Estável: as bolhas se expandem e se contraem em resposta à mudança de pressão regularmente repetida durante muitos ciclos. Instável: existem grandes modificações violentas nos volumes de bolhas de ar antes que ocorra a implosão e o colapso depois de uns poucos ciclos Micromassagem - As ondas de compressão e rarefação podem produzir uma forma de micromassagem capaz de reduzir o edema Técnicas de aplicação Instruções gerais ao paciente Preparo e teste do equipamento Aplicação e movimento do cabeçote Preparo e teste do equipamento - colocar o cabeçote logo abaixo da superfície da água. Pode-se também cobrir o cabeçote com água ou álcool quanto este não tem características subaquática. Métodos de aplicação Subaquática - é usado quando o contato direto não é possível devido a forma irregular da parte a ser tratada. Geralmente utilizado nas extremidades. O cabeçote é colocado na água e movido paralelo à superfície da parte que está sendo tratada e o mais próximo possível da pele. Para que a técnica seja eficaz alguns requisitos devem ser seguidos 1. Se possível a água deverá ser fervida e aquecida 2. A mão do terapeuta não deverá estar em contato com a água 3. Caso a água não seja desgaseificada o terapeuta deverá constantemente limpar o cabeçote devido a formação de bolhas. Aplicação com gel sólido (contato direto) - o mais utilizado. É importante que a distância entre o cabeçote e o tecido seja preenchida por gel numa distância aproximada de 0,5 cm. Evitar durante a aplicação mudanças no ângulo do cabeçote. Se o cabeçote se aquecer em excesso é possível que o preenchimento de gel seja inadequado. Após a aplicação retirar todo o gel do cabeçote Aplicação com bolsa de água - utilizado também em superfícies irregulares. Geralmente utiliza-se uma bolsa de plástico ou borracha, preenchida com água desgaseificada. No contato entre a bolsa e o cabeçote e entre bolsa e a pele deverá existir uma fina camada de gel. O cabeçote deverá ser firmemente pressionado sobre a bolsa. Fonoforese - é um termo que descreve a habilidade do ultrassom em incrementar a penetração de agentes farmacológicos ativos através da pele. Trata-se de uma eficiente alternativa de transporte de substâncias além da utilização medicamentosa via oral, ou injeções intradérmicas. Existem vantagens da fonoforese, entre elas a ação local do produto a ser introduzido (medicamento), com ausência de possíveis efeitos colaterais decorrente de ações sistêmicas. Outra vantagem é a somatória dos efeitos do ultrassom associados aos da substância terapêutica introduzida. O medicamento a ser introduzido não precisa ser polarizado, ou seja, ter alguma carga elétrica, pois o ultrassom não utiliza corrente elétrica para a sua permeação. Regras gerais: Na aplicação de modo subaquático a absorção da onda ultrassônica é de 100%. Na aplicação com gel é de 80%. Quando se utiliza com bolsa de água 50% assim como com o gel estéril. Quando se utilizaoutras substâncias como cremes, óleos a absorção é de 50%. Dosagem • Três fatores determinam a dosagem do ultrassom: – Tamanho da área a ser tratada – Profundidade da lesão – Natureza da lesão Tempo de aplicação • Tempo = Área / ERA • Ex.: ÁREA: Largura = 5 cm; comprimento = 8 cm • área = 40 cm2 • ERA: 4 cm2 • TEMPO = 40 / 4 = 10 min • - Tempo máximo = 15 min por área Indicações Condições agudas e pós-agudas Cura e reparo do tecido mole, tecido cicatricial Contratura articular Inflamação crônica Aumento da extensibilidade do colágen Redução do espasmo muscular Modulação da dor Aumento do fluxo sanguíneo Reparação e regeneração do tecido mole Aumento da síntese de proteína Reparação de fraturas não consolidadas Pontos-gatilho miofasciais Precauções Podem ocorrer queimaduras se o calor gerado exceder a habilidade fisiológica para dissipá-lo Pode haver destruição do tecido como resultado de cavitação transitória Pode ocorrer estase de células sanguíneas e dano endotelial se houver formação de ondas estacionárias Contra indicações Condições agudas Áreas de sensação de temperatura diminuída Insuficiência vascular Tromboflebite Olhos Órgãos reprodutores Pelve imediatamente após menstruação Gravidez Marcapasso Câncer Áreas epifisais em crianças Próteses cimentadas Infecção
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