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Joelma Pinto Cateterismo Vesical Campus IBMR Catete, Rio de Janeiro/RJ 2018.2 Conceito É a introdução de um cateter até a bexiga através da uretra com finalidades diversas. Anatomia do Sistema Urinário Fisiologia do Sistema Urinário transportam a urina para a bexiga transporta a urina para o exterior do corpo através do meato urinário produzem a urina Funções do Sistema Urinário Produzir, armazenar e eliminar a urina; Regular o volume e a composição química do sangue; Eliminar o excesso de água e resíduos do corpo através da urina; Garantir a manutenção do equilíbrio hidroeletrolítico; Auxiliar na regulagem de produção das hemácias (células vermelhas sanguíneas). 6 Sistema Urinário Feminino Uretra Feminina – é curta, +/- 3,8 cm e faz parte exclusivamente do sistema urinário 7 Sistema Urinário Masculino Uretra Masculina – Tem +/- 20cm. Faz parte do sistema urinário (conduz a urina) e reprodutor (conduz o esperma). 8 Alívio da obstrução/retenção do trato-urinário; Auxiliar com a drenagem pós - operatória de cirurgias urológicas e demais cirurgias ( criteriosamente); Monitorar débito urinário em pacientes críticos; Drenagem eficaz para disfunção neurogênica da bexiga e retenção urinária; Auxilia no tratamento de úlceras por pressão em pacientes incontinentes; Excepcionalmente oferecer conforto em situações terminais. Indicações do Cateterismo Vesical 10 Contra Indicações do Cateterismo Vesical • Traumas – descentralização da próstata e edema em períneo; • Prostatite; • Uretrite; • Pacientes anticoagulados; contra indicação • Hipertrofia prostática; relativa 11 Tipos de Cateterismo vesical Intermitente e/ou alívio • É a passagem de uma sonda de Nelaton através da uretra, em intervalos que podem ser ou não programados. Demora • é a passagem de uma sonda Foley ou siliconizada através da uretra sem determinação prévia de tempo para sua retirada. Indicações do Cateterismo Vesical Indicações do Cateterismo Intermitente e/ou de Alívio Indicações do Cateterismo Vesical Retenção urinária aguda Patologias neurológicas, lesões medulares ou bexiga neurogênica Incontinência urinária Coleta de urina estéril Cirurgias de bexiga ou obstruções de vias urinárias Dilatação da uretra Irrigação Terapêutica da bexiga Administração de medicamentos intravesicais . 14 Balanço hídrico rigoroso Pós operatório de grande complexidade Disfunção vesicoesfincteriana Câncer uroginecológico Traumas pélvicos Obstrução intrínseca do rim Trauma raquimedular 15 Indicações do Cateterismo de Demora Avalie.... O cateterismo vesical é um procedimento invasivo que envolve riscos e complicações !!!!!! 16 Material para o Procedimento 22 BANDEJA DE CV TIPOS DE CATETER Látex- conforto e custo Silicone- menor incidência incrustação Cobertura hidrofílica- compatibilidade , barreira para colonização bacteriana, conforto ao procedimento Cateter impregnado prata: alternativa para uso em unidades de pacientes queimados Cobertura antibiótica 24 Qual calibre de cateter deve ser usado? Cateter deve ser o de menor calibre (12F a 16F). Deve permitir drenagem urinária eficaz. Deve conferir perfeito ajuste dentro da uretra, a fim de evitar lesões por atrito constante. Calibre do cateter maior do que o indicado - lesão tecidual favorecendo a colonização. 25 Calibre do Cateter 12 – 14 CH/FR Homens e mulheres 16 – 18 CH/FR pacientes com muco na urina ≥ 18 CH/FR Hematúria e coágulos (Kennedy, 1983; Roe, 1987) 26 Atenção!!! 1 French (F) corresponde a 1/3 de mm. Ex: 12F=4mm Sinopse de Urologia – ano 7, no 2, 2004 Técnica do Cateterismo Vesical Antes do procedimento avaliar história prévia de: Coagulograma Tumor de próstata Hiperplasia prostática Tumor de bexiga Tumor de uretra Estenose de uretra Prótese peniana Cirurgia urológica 28 • Orientar o paciente e família sobre o procedimento; • Escolher e separar os materiais apropriados; • Lavar as mãos; • Colocar o paciente em posição confortável; homens – decúbito dorsal com membros inferiores afastados mulheres – posição ginecológica 29 Descrição da Técnica • Realizar higiene íntima; • Abrir a bandeja de cateterismo vesical – colocar todo o material em campo estéril; • Testar o balão da sonda com água destilada; 30 Descrição da Técnica Realizar antissepsia do meato uretral; homens – abaixe o prepúcio expondo a glande mulheres – antissepsia no sentido anteroposterior da vulva Lubrificar a sonda com anestésico local; homens – introduzir anestésico local no meato uretral Introduzir a sonda no meato uretral; Após a drenagem insuflar o balão (em caso de CVD); 32 Descrição da Técnica Tracionar a sonda levemente; Nos homens, recobrir a glande com o prepúcio; Observar o aspecto da diurese; Realizar fixação da sonda; Retirar o excesso do anti-séptico com água e sabão; Descrição da Técnica Organizar o ambiente; Registrar todo o procedimento: tipo de sonda intercorrências característica da urina volume drenado 34 Fixação Segura • Homens – região supra púbica • Mulheres – face interna da coxa Previne irritação meato urinário Previne espasmo bexiga Previne erosão uretral Minimiza movimento do cateter 35 Fixação: Cateterismo Vesical masculino Evitar lesões no ângulo peno - escrotal (Bruschini, 1999) CERTO ERRADO 36 38 Fixação: Cateterismo Vesical masculino Fixação: cateterismo vesical feminino CERTO ERRADO 40 Riscos e Complicações do Procedimento • Infecções do trato urinário associadas ao cateter (Catheter- associated urinary tract infections – CAUTIs) – representam 40% infecções nosocomiais • Infecções renais • Sepse • Traumatismo (lesão uretral e lesões de pele) • Sangramento (hematúria) • Falso trajeto 17 Profilaxia de Complicações do Procedimento • Remoção do cateter o mais precocemente possível; • O sistema fechado para drenagem da urina nunca deve ser posicionado acima do púbis; • Realizar higiene perineal no mínimo duas vezes ao dia e sempre que o paciente evacuar; 42 Fatores de Risco para Infecção Associada a Cateter Vesical Tempo prolongado de uso Idade avançada Sexo feminino Doença de base grave 18 Rota de entrada de microrganismos 19 Cuidados na Manutenção do Cateter • Usar sistema fechado estéril ao meio ambiente manter (se CVD); • Manter sistema coletor conectado ao cateter até a retirada; • Garantir fluxo urinário contínuo; • Esvaziar coletor periodicamente; • Esvaziar coletor individualmente; • Garantir controle de infecção - utilizar álcool 70% na extremidade do coletor; • Observar fixação do cateter ao manipular o paciente; • Lavar as mãos antes e após manuseá-lo. Fonte: www.anvisa.gov.br.//Acesso em 08/10/2012 41 Quando Retirar o Cateter • Desconexão do sistema • Contaminação na instalação ou manuseio • Presença de grande quantidade de resíduos no sistema • Incrustações na ponta do cateter • Obstrução do sistema • Mau funcionamento do cateter • Vigência de febre sem outra causa reconhecida www.anvisa.gov.br. Acesso em 08/10/2012 43 Referências • VIANA, R.A.P.P; WHITAKER, I.Y. Enfermagem em terapia intensiva: práticas e vivências. Porto Alegre: Artmed; 2011 • SILVA, S.C; SIQUEIRA, I.L.C.P; AUDRY, E.S. Procedimentos especializados. São Paulo: Atheneu; 2009• POTTER, P.A; PERRY, A.G. Grande tratado de enfermagem prática: clínica e prática hospitalar. São Paulo: Santos;2002 • Infecção do Trato urinário relacionada a cateter vesical. Disponível em www.anvisa.gov.br, acesso em 08/10/2012 44 ESCLARECIMENTO DE DÚVIDAS
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