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Teorias da Comunização _ Revisão (1)

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Revisão | teorias da comunicação 
 
Prova | 5 questões 
 
1. Comparativos 
Escolha duas escolas, exemplo a Francesa, apresentar suas principais questões e autores. 
 
R: ​A escola de Frankfurt era vinculada a Universidade de Frankfurt, na Alemanha e era de 
orientação marxista. Por isso, os primeiros estudos da escola se baseavam na economia 
capitalista e a história do movimento operário, analisando o mal estar das sociedades 
capitalistas industrializadas do mundo ocidental. 
Alguns dos seus pensadores e cientistas eram Theodor Adorno e Max Horkheimer. Esses 
pensadores não eram de comunicação, mas tratavam de assuntos que envolviam técnica, até 
politica, arte... 
Adorno e Max Horkheimer criaram a dialética do esclarecimento e da indústria cultural. 
A dialética do esclarecimento era entendida como se os tempos modernos tivessem criado a 
ideia de liberdade dos humanos, sendo assim, cada um poderia auxiliar na criação de uma 
sociedade mais justa. Porém, o uso racional da técnica se tornou uma forma de explorar o 
homem. 
A indústria cultural já entende a produção cultural de bens como movimento de cultura como 
mercadoria, o que leva essa atividade a ser compreendida através de um valor econômico. 
Para eles, os conteúdos dos meios de comunicação geram alienação, que escondem a 
intenção da sociedade capitalista. 
Já a Escola Canadense tinha como reflexão a relação do indivíduo com o ambiente, através da 
tecnologia e comunicação. Se destacam autores como McLuham e Harold Inns, que acreditava 
que o cotidiano se estrutura a partir das mediações tecnológicas de comunicação. 
Esse pensamento serviu de base para McLuham. Ele pensava que as tecnologias criam novas 
formas de ser e pensar dentro da sociedade, sendo assim os meios se tornariam extensões do 
corpo, aumentando s percepção na forma de sentir 
 
2. Os 5 diferentes momentos da comunicação 
O professor disse que não vai cair diretamente, porém, é bom saber por alto todos os pontos. 
3. Filme “Noivo neurótico, noiva nervosa” ou “Gattaca” 
Escolher uma parte do filme e elaborar uma hipótese sobre o que de “comunicacional” 
encontramos nele e ligar ele a alguma escola. 
 
R:​ Na cena do filme “Noivo neurótico, noiva Nervosa”, o diretor consegue dar imagem e som ao 
pensamento de Mcluhan, deslocando as mentes do receptor para a consciência das idéias do 
pensador canadense, fazendo o núcleo central da idéia de meio como mensagem, que significa 
exatamente isso, dar forma ou meio a alguma mensagem. Além disso, saímos da ideia de meio 
quente, que seria um livro do McLuhan para um meio frio, que seria o filme. 
Ler: ​http://www.portcom.intercom.org.br/pdfs/6872546843240494799826698611226592762.pdf 
 
 
Unidade 1 - Comunicação e Ciência 
 
● Communicatio​ é um termo que vem do latim. 
● Para Martino (2010, p. 15), o termo comunicação refere-se ao ​processo de compartilhar 
um mesmo objeto de consciência; ele exprime a relação entre consciências. 
● A sucessão de modelos epistemológicos, no século XX, proporcionou o nascimento de 
diversas disciplinas científicas. 
● Sem sociologia e filosofia, o campo do estudo da comunicação seria problemático. Por 
isso a importância da ​associação com outras ciências​. 
● Comunicação é interdisciplinar​. É importante compreendermos que essa confusão em 
torno do objeto comunicacional se revela, sobretudo, pelo ​fato de que os processos 
comunicativos atravessam praticamente toda a extensão das Ciências Humanas. 
● A ciência vem tentando comprovar teorias por fatos e a comunicação foge disso. 
● Além disso, ​comunicação não tem um campo de estudo tão preciso​, então, cria-se a 
ideia de que o ​campo de estudo da comunicação são os meios de comunicação​. 
● Os estudos específicos sobre o fazer comunicacional ou sobre os meios de 
comunicação ​datam do século XX​. Foram implementados​ a partir de necessidades de 
entendimento e domínio das técnicas, padronização e institucionalização das práticas, 
além das novas configurações espaço-temporais estabelecidas no âmbito da nova 
realidade comunicacional. 
● Comunicação de massa surge no século XIV, principalmente com a TV. 
● A partir de 1930, os Estados Unidos desenvolveram uma ​pesquisa voltada para os 
meios de comunicação de massa​, determinando seus efeitos e funções. Esses 
trabalhos, ​conhecidos como mass comunication reseach​,​ teriam inaugurado a teoria 
das comunicações. 
 
 
Unidade 2 - Paradigmas, escolas e modelos da comunicação 
 
Para Polistchuk e Trinta (2003, p.55), “em plano filosófico, ​paradigma serve à afirmação de 
uma identidade, a qual, sem renegar diferenças possíveis, opõe-se e contrasta, por ser 
unitária e uniforme, a toda dispersão pela multiplicidade”. 
Um paradigma também pode dar conta da redução efetiva de uma complexidade manifesta, 
traduzido, assim, como um ​conjunto de normas que, pela interposição ativa de teorias, 
resultam na elaboração de modelos. 
Os paradigmas que resultam na elaboração de modelos, ao que Sá Martino (2014, p.26) 
conceitua como ​“um modelo é uma representação visual do relacionamento entre os 
elementos de um determinado processo”. 
O ser humano é eminentemente social. Decorre daí o fato de ser o fenômeno da comunicação 
também um fenômeno social. 
 
Obs.:​ A comunicação de massa pressupõe a urbanização massiva, fenômeno que ocorre, em 
especial, ao longo do século XIX, graças à segunda ​Revolução Industrial​ dificultando ou 
mesmo impedindo que as pessoas possam se comunicar diretamente entre si ou atingir a todo 
e qualquer tipo de informação de maneira pessoal, passando a depender de intermediários 
para tal (Hohlfedlt , 2010, p. 62). 
 
 
Tomou-se como parâmetro a civilização ocidental para uma abordagem do fenômeno 
comunicacional​ em sua relação com o desenvolvimento das tecnologias, dos avanços 
culturais e dos fenômenos sociais, e destacaram-se os cinco momentos apontados por 
Hohlfeldt: 
1) Grécia, século V a.C.; filósofos pré-socráticos, ou sofistas, Platão e Aristóteles 
2) Roma, entre o século I a.C. e o século I d.C.; processos de comunicação, 
durante o Império Romano, serviram, essencialmente, para controle social, para garantia de 
poder, para o exercício político. 
3) Itália, entre os séculos XV e XVI; invenção do tipo móvel (ou prensa móvel) 
4) França, a partir do final do século XVIII e primeira metade do século XX; novo patamar de 
funcionamento da comunicação, a chamada massificação. Fenômeno que se deve às 
conquistas industriais e ao imenso alargamento dos públicos. A imprensa torna-se mercadoria 
no sistema capitalista de produção. 
5) Europa e Estados Unidos. ​conquistas tecnológicas. 
 
 
ESCOLAS NORTE-AMERICANAS 
 
Escola de Chicago | Fim do século XIX e primeiras décadas do século XX 
● Tradição sociológica 
● Os estudos dessa escola contribuíram para refletir sobre a constituição dos grupos na 
cidade e as relações interpessoais configuradas. 
● Um de seus principais teóricos é ​Robert Park​. Em seus estudos, diante das 
comunidades étnicas, ​questionou-se sobre a função assimiladora dos jornais, a 
natureza da informação e a diferença entre jornalismo e propaganda social. 
● Divisão sistêmica dos grupos que compõem os estudos norte-americanos. 
○ O primeiro deles é a Teoria Matemática da comunicação (Shannon e Weaver). 
Uma teoria que se destaca por ser uma ​sistematização do processo 
comunicativo​, a partir de uma perspectiva técnica, com ênfase nos aspectos 
quantitativos. 
Fonte de informação > Transmissor > Canal > Receptor > Destino 
 Sinal Ruído Sinal 
 
 
○ O segundo grande grupo, segundo Araújo (2010), é a corrente funcionalista​, 
originada dos estudos de ​Lasswel​l​; e constitui nas funções exercidas pela 
comunicação de massa na sociedade. ​Aborda hipóteses sobre as relações entre 
os indivíduos, a sociedade e os meios de comunicaçãode massa.​ ​O centro de 
sua preocupação é o equilíbrio da sociedade, na perspectiva do 
funcionamento do sistema social no seu conjunto e seus componentes. 
O modelo de Lasswell problematiza e soluciona o processo comunicativo, 
apontando que a maneira conveniente para descrever o ato da comunicação 
consiste em responder às seguintes perguntas: 
■ Quem? 
■ Diz o quê? 
■ Em que canal? 
■ Para quem? 
■ Com que efeito? 
 
○ O terceiro e ​talvez principal grupo​ que compõe a Mass Communication Research 
é a corrente voltada para os estudos da comunicação . 
 As pesquisas desenvolvidas nessa época e nas duas décadas seguintes têm 
um modelo teórico comum, denominado por vários autores “Teoria 
Hipodérmica” , numa referência ao termo “agulha hipodérmica”, desenvolvido 
por Lasswell para explicar a ação dos meios de comunicação nos ou junto aos 
indivíduos. 
As principais características da Teoria Hipodérmica: 
● Estudos ancorados nas teorias da sociedade de massa​, onde se via a 
sociedade industrial do século XX como multidão de indivíduos isolados 
física e psicologicamente; 
● Nas teorias behavioristas, ​que entendiam a ação humana como resposta 
a um estímulo externo. 
 
○ Outro movimento de estudos denomina-se ​Teoria dos Efeitos Limitados​. 
Abriga diferentes abordagens, tanto psicológicas quanto sociológicas, além da 
Teoria dos Usos e Gratificações. 
○ Agenda setting​, também conhecida como “Teoria dos efeitos a longo prazo”. 
Esta construção configura-se como um poder que os meios de 
comunicação exercem sobre a opinião pública, a sociedade 
○ Modelo cibernético tem como objetivo ​desenvolver a linguagem acessível a 
uma série de técnicas para enfrentar o controle das comunicações em geral, ou 
seja, os meios de comunicação controlam as informações e são uma ameaça à 
ordem social​, porque ele visualiza a informação livre como uma forma de 
organização da sociedade de maneira muito mais eficaz. 
 
 
A Escola de Palo Alto | Anos 1940 
● É formada por um grupo distinto de pesquisadores com diferentes formações 
(antropologia, linguística, matemática, psicologia), que adotam uma posição contrária 
à teoria matemática da comunicação proposta por Shannon Weaver e ao modelo 
comunicacional de forma linear. 
● Para eles, a teoria da informação deve ser deixada de lado, e a comunicação deve ser 
vista e observada a partir de um modelo circular. 
 
 
Adorno e Horkheimer – Escola de Frankfurt e a indústria cultural. 
 
Vinculado à Universidade de Frankfurt, primeira instituição de pesquisa da Alemanha sob 
orientação marxista. 
O foco dos primeiros estudos desenvolvidos pela Escola era a ​análise da economia 
capitalista e a história do movimento operário . 
Teoria crítica surge da ​união do pensamento de Marx com o de Freud e tem como objetivo a 
análise do mal-estar das sociedades capitalistas industrializadas no mundo ocidental. 
A Escola de Frankfurt é formada por um grupo de pensadores e cientistas sociais 
alemães que abrange Theodor Adorno, Walter Benjamin, Max Horkheimer, Erich Fromm, 
Hebert Marcuse, entre outros. 
Esses estudiosos não eram de comunicação, e trataram de vários assuntos que compreendiam 
os processos civilizadores modernos e o destino do ser humano na era da técnica até a 
política, a arte, a música, a literatura e a vida cotidiana. 
Deve-se entender o primeiro aspecto, a cultura transformada em mercadoria, compreendendo 
dois conceitos criados por Adorno e Horkheimer: ​a dialética do esclarecimento e a indústria 
cultural. 
Para entender a​ dialética do esclarecimento,​ sob a ótica dos dois pesquisadores,​ é 
importante compreender que, para eles, ​os tempos modernos criaram a ideia de liberdade dos 
seres humanos. Isso significa que cada um pode auxiliar na criação de uma sociedade capaz 
de permitir uma vida justa a todos.​ Essa ideia estava condicionada, segundo Santos (2008, 
p.88), ​ao uso racional da técnica de produção e, em vez de ser usada a serviço da felicidade, 
tornou-se uma forma de explorar o homem. 
Já o ​conceito de indústria cultural​ ​entende a produção cultural de bens como um movimento 
de produção de cultura como mercadoria.​ A crise consiste na queda da Cultura em mercadoria, 
ou seja, ​a atividade ou o ato cultural passa a ser compreendido a partir de um valor econômico, 
o que diminuiu os traços de uma experiência vivenciada autêntica. 
 
Obs.: Para os frankfurtinianos, os conteúdos veiculados pelos meios de comunicação 
produzem uma alienação que esconde a verdadeira intenção de uma sociedade 
capitalista. 
 
 
Escola Canadense | Marshall McLuhan e Harold Innis – Da Galáxia de Gutemberg à 
Aldeia Global 
 
O foco de estudo é a reflexão sobre a relação do indivíduo com o ambiente, através das 
tecnologias de comunicação. A posição dessa Escola é centrada nos meios de comunicação. 
Destacam-se Marshall McLuhan e Harold Innis. 
Essa centralidade das tecnologias de comunicação deu origem a algumas das principais 
teorias da comunicação, baseada em uma centralidade baseada nos meios de comunicação, 
elemento-chave no trabalho de pensadores da chamada Escola canadense de Mídia ou Escola 
de Toronto, pela referência à origem geográfica (Sá Martino, 2014, p.262).7 
Para Harold Innis, cotidiano estrutura-se a partir das mediações tecnológicas de 
comunicação. 
Os trabalhos pioneiros de Harold Innis abriram espaço para as proposições eletrônicas dos 
estudos de ​Marshall McLuhan​, que se ​destaca pelas análises realizadas sobre os meios 
de comunicação e, principalmente, pelos efeitos causados por eles sobre um indivíduo e 
a coletividade. 
Segundo ele, ​as novas tecnologias criam novas formas de ser e pensar dentro de uma 
determinada organização da sociedade, sendo os meios como extensões do corpo 
humano e assim aumentando a sua percepção na forma de sentir​. Isso significa dizer que 
a invenção e a adoção de uma nova ou outra tecnologia causam transformações sociais, 
culturais, políticas em uma determinada condição histórica e gera um novo mundo no qual as 
comunicações causam impacto nas categorias de tempo e espaço e modificam as relações 
sociais dentro da sociedade. 
Duas obras, porém, rendem até hoje a Marshall McLuhan um importante 
destaque nas discussões acadêmicas científicas internacionais. São elas: 
1. A Galáxia de Gutemberg​, a criação do homem tipográfico, escrita em 1962, ​mostra as 
relações sociais alteradas pelas mídias existentes nas diversas épocas da história​. 
“MacLuhan entende a ‘Galáxia de Gutemberg’ como o auge de uma técnica de comunicação 
baseada na escrita, do século XV — invenção da imprensa — até o século XX com os 
audiovisuais” 
2.​ Os Meios de Comunicação como extensões do Homem, ​escrito em 1964, apresenta três 
proposições, de acordo com Martino, 2010. 
● O meio é a mensagem​ – ​um determinado meio condiciona a mensagem a ser 
transmitida.​ Isso ocorre porque cada meio de comunicação se utiliza de uma forma, um 
conteúdo e um significado, isto é, uma linguagem específica. 
● Os meios como extensões do homem​ – cada meio técnico e tecnológico pode ser 
compreendido como extensões do homem à medida que ampliam a capacidade de 
percepção de um determinado sentido humano. 
○ Exemplo: Os óculos são extensões dos olhos; de certa forma a internet é uma 
extensão da mente humana. 
● Meios quentes e meios frios ​–​ O meio quente​ é ​aquele que tem uma expressiva 
quantidade de informação e que, por conta disso, exige do receptor certa atenção​, além 
do seu apelo para um determinado sentido. 
○ Exemplo: o livro, o rádio, o olho, o ouvido. 
O meio frio ​é ​aquele que requer do receptor a utilização de vários sentidos ao mesmo 
tempo,​ o que tende a diminuir o tempo de compreensão e atenção da palavra, da 
mensagem. 
Exemplo: a televisão, o cinema. É a ideia de aldeia global de McLuhan que 
ganha atualmente novo fôlego e força diantedas transformações causadas pelo 
uso da internet e, como ela, cria uma nova cultura tecnológica, um novo 
ambiente de sociabilidade e interação, o ciberespaço. 
 
O pensamento francês sobre a comunicação 
 
O pesquisador Juremir Machado da Silva (2010, p.172), no texto “O pensamento 
contemporâneo francês sobre a comunicação”, discorre sobre o quanto é difícil homogeneizar 
proposições tão variadas e ao mesmo tempo complementares dos estudos franceses. 
Para Silva (2010), podemos classificar as perspectivas comunicacionais francesas 
atuais em três eixos: 
1. A comunicação como fenômeno de dominação; 
2. A comunicação como fenômeno extremo; 
3. A comunicação como vínculo social complexo.

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