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CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS

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CLASSIFICAÇÃO DAS INFRAÇÕES PENAIS
GABRIEL RAMOS WITKOWSKI – RA: 2018100495 – 3MB 
10/06/2019 
CRIME DOLOSO, CULPOSO E PRETERDOLOSO:
	Doloso é aquele em que o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo (Art. 18, Inciso I, CP); Culposo, é quando o agente não quis o resultado, mas deu causa a este por imprudência, negligência ou imperícia (Art. 18, Inciso ll, CP); Preterdoloso, é o tipo de crime em que o resultado da conduta extrapolou o pretendido pelo agente causador. Existe uma conjugação entre o dolo e a culpa. Também pode ser entendido como o crime que de inicio houve o dolo e de consequência houve a culpa. Exemplo: Art. 129,§3º,CP – Lesão seguida de morte 
CRIME COMISSIVO, OMISSIVO E COMISSIVO-OMISSIVO:
	Comissivo, é entendido como uma ação que tipicamente vislumbra o ilícito, assim realizando o que a lei proíbe; Omissivo compreendido como o ato de deixar de fazer aquilo que deveria ter sido feito, devido à uma relação jurídica pré-estabelecida. A inatividade é por si própria crime. É praticado pela omissão; Comissivo-omissivo é o qual o agente responde pelo fato de que, devido a sua própria “não vontade”, ou de fato um “deixar de fazer” tal ato produz um resultado. O agente comissivo-omissivo não responde pelo ato que deixou de fazer, mas sim pelo resultado que foi gerado devido a sua conduta. 
CRIME INSTANTÂNEO E PERMANENTE:
	Crime instantâneo é aquele que o único ato que a pessoa cometeu, já o caracteriza como crime, não há continuidade temporal de tal ato. A consumação é instantânea. Ex: Art. 121, CP – Homicídio; Permanente quando a consumação não é imediata, o tempo do crime é contínuo, se prolonga. Ex: Art. 148, CP – Sequestro. 
CRIME MATERIAL, FORMAL E DE MERA CONDUTA:
	Crime material é aquele que se consuma com a produção do resultado natural de tal conduta. Já é previsto e exigido na lei 1 resultado que após a sua consumação o crime existe. Ex: Art. 121, CP, - Homicídio; Já o crime formal não necessita da consumação dos fatos, apenas com a vontade do agente e a sua ação, sem o recebimento do que foi requisitado já caracteriza o crime. Ex: Art. 158, CP – Extorsão. Somente tendo exigido, já se consumou; Crime de Mera Conduta, quando a mera conduta já consuma o crime, não é descrito um resultado natural pela lei, apenas a conduta, o ato, a omissão já o caracteriza. Ex: Art. 135, CP – Omissão de Socorro
CRIMES DE DANO E DE PERIGO
	Crime de dano. Ocorre quando há a superveniência, é necessário um resultado material. Sem ela, pode ser compreendido como apenas a tentativa de tal ato. Ex: Art. 129 – Lesão Corporal; Crime de perigo, ocorre quando há a superveniência de um resultado material, mas não exige o dano, apenas o perigo abstrato já o caracteriza como crime. O agente não necessita visar o dano real, apenas vislumbra a criação da situação de perigo. Ex: Art. 132, CP – Periclitação da vida ou saúde de outrem. 
CRIMES UNISSUBJETIVO E PLURISSUBJETIVO
	UNISSUBJETIVO é caracterizado como o tipo de crime em que se admite somente uma pessoa. Contudo é possível ocorrer o concurso de pessoas. Ex: Art. 343, CP – dar dinheiro a terceiros para que omita a verdade, negue-a ou a modifique. PLURISSUBJETIVA é necessário para se classificar como tal que tenha a participação de mais de uma pessoa, que haja o concurso de pessoas. Ex: Art. 288, CP – Formação de Quadrilha.
CRIMES UNISSUBSISTENTE E PLURISSUBSISTENTE
	Unissubsistente é o tipo de crime, que apenas um ato já o consuma. Não havendo a possibilidade de seus resultados serem fracionados. Sendo assim, não consegue também admitir tentativa. Delitos formais e de mera conduta, são qualificados como Unissubsistente. Ex: Art. 331, CP – Desacato; Plurissubsistente, entende-se como o tipo de crime que não consumado em apenas um momento, são necessários mais de um ato para praticá-lo. Ação e resultado se separam espacialmente. Ex: Art. 12, CP – Homicídio.
CRIMES COMUM, PRÓPRIO E DA MÃO PRÓPRIA
	Entende-se como crime comum, o qual toda e qualquer pessoa pode realizar. Não sendo necessária uma qualidade especial ou uma característica para que possa ser feito. Ex: Art. 155, CP – Furto; Próprio é o que exige determinada qualidade ou condição pessoal do agente. Podem ser 3 tipos de condição: Jurídica, Profissional ou Natural. Ex: Art. 312 – Peculato, são crimes praticados por funcionários públicos (profissional); Mão Própria, é o tipo de crime que somente o autor pode o realizar, difere do crime próprio, pois não é possível os cometer por intermédio de outrem. Não corrobora com longa manus.
CRIMES DE AÇÃO ÚNICA, DE AÇÃO MÚLTIPLA E DE DUPLA SUBJETIVIDADE
	Se assimila como crime de ação única, aquele que estiver expresso no código, com apenas uma modalidade de conduta. 1 conduta, 1 verbo. Ex: Matar.; Crime de ação múltipla, mesmo havendo outros tipos de conduta relatadas no código penal, haverá somente um único crime. Ex: Art. 180, CP – Receptação; Dupla Subjetividade, pode ser vista quando existem mais de uma vítima passiva ao mesmo tempo. Ex: Violação de correspondência.
CRIMES COMPLEXOS
	Quando ocorre a soma ou fusão de dois ou mais crimes. Ofende mais de um bem jurídico ao mesmo tempo. Ex: Roubo, Art. 157, nada mais é que o Art. 155, furto junto com o Art. 147, grave ameaça. 
As informações deste trabalho foram retiradas do Livro de Cézar Roberto Bitencourt; Tratado de Direito Penal, Vol. 1. Edição 2019; junto com informações da seguinte pesquisa: https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=2&ved=2ahUKEwiPzNzImt_iAhV1CrkGHa-IAYMQFjABegQIDBAE&url=http%3A%2F%2Fprofessor.pucgoias.edu.br%2FSiteDocente%2Fadmin%2FarquivosUpload%2F17502%2Fmaterial%2FCLASSIFICA%25C3%2587%25C3%2583O%2520DE%2520CRIMES.doc&usg=AOvVaw1HguyqkvndqduUhlx5uMAU
Gabriel Ramos Witkowski

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