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petição inicial - danos morais - materiais (Pronta)

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE CAMPO MOURÃO – PR
CARLOS SILVA, brasileiro, viúvo, professor, portador da cédula de identidade RG nº 11.094.023-4, inscrito no CPF/MF sob n° 024.155.254-55, residente e domiciliado na Rua Joy Estoy, n° 40, Centro, da Cidade de Campo Mourão - PR, por meio do seu Procurador Judicial, que ao final subscreve, com escritório profissional localizado na Rua Clotário Portugal, nº 265, Centro, na Cidade de Engenheiro Beltrão - PR, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, propor AÇÃO DE RESPONSABILIDADE CIVIL - INDENIZAÇÃO DE DANOS MORAIS E DANOS MATERIAIS, com fulcro nos artigos 319, do Código de Processo Civil, e dos artigos 186, e 187, do Código Civil,
Em face de MARS, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n° 3191132-24, com sua sede localizada na Rua Peroquezi, n° 10, na Cidade de Campo Mourão –PR;
e em face de VENHA SER FELIZ, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n° 31983621-23, com sua sede localizada na Rua dos Quente Disse n° 52, Centro, na Cidade de Campo Mourão - PR, pelos fatos e fundamentos a seguir demonstrados:
1, DA PRELIMINAR
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
Considerando-se a falta de condições financeiras, por parte do Autor da presente ação, de arcar com as despesas e custas processuais, temos que a Constituição Federal assegura às pessoas o acesso ao Judiciário, in verbis:
Art. 5º – LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos. Neste caminho, a Lei nº 1.060/50 garante a assistência judiciária a parte processual. Vejamos:
“Art. 4º. A parte gozará dos benefícios da assistência judiciária, mediante simples afirmação, na própria petição inicial, de que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários de advogado, sem prejuízo próprio ou de sua família.”
Desta forma, requer o demandante o deferimento dos benefícios da assistência judiciária gratuita, pois como atesta a declaração de hipossuficiência anexo, este, não tem condições de arcar com a custa e despesas processuais sem o comprometimento do sustento próprio e de sua família.
2. DA AUTOCOMPOSIÇÃO
Visando a celeridade processual, na solução do conflito, o Autor da presente demanda, demonstra total interesse na conciliação, considerando ser a melhor medida a ser realizada.
Diante disso, o autor da presente ação, requer a realização da audiência de conciliação, obedecendo inteiramente o previsto no artigo 319, inciso VII, do Código de Processo Civil.
3. DOS FATOS
	No dia 01º (primeiro) de abril de 2018, o Autor, adquiriu um veículo 0km, da montadora MARS, no valor de R$ 52.000,00 (cinquenta e dois mil reais), na concessionária VENHA SER FELIZ. Ocorre que, ao sair da concessionária dirigindo o referido veículo, o mesmo apresentou um defeito no freio, fazendo com que o autor perdesse o controle do carro, colidisse com um barranco, causando “perda total” no veículo.
	Em decorrência do acidente, o Autor teve uma lesão em sua perna direita, e foi submetido a uma cirurgia, que lhe custou o valor de R$15.000,00 (quinze mil reais). Além disso, devido aos outros danos sofridos com o impacto do veículo, teve que comprar/utilizar uma prótese, no valor de R$10.000,00 (dez mil reais), inobstante, as custas com os medicamentos, e tratamentos de pós-operatórios, lhe custaram, a quantia de R$1.650,00 (mil seiscentos e cinquenta reais).
4. DO DIREITO
4.1 DA RELAÇÃO DE CONSUMO 
	A caracterização de relação de consumo entre as partes se estabelece tendo em vista que a empresa ré é prestadora de serviços e, portanto, fornecedora de produtos e serviços, ocorre que, o CDC dispõe em seu artigo 14, do Código do Consumidor:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
Portanto, estando claramente comprovado a relação de consumo existente entre as empresas e o Autor, cabe a estes, independentemente da existência de culpa, reparar os danos causados, por defeitos relativos a prestação dos serviços, o que se enquadra inteiramente no caso em tela.
4.2 DO DANO MORAL
	Como já exposto, o Autor adquiriu um veículo novo (0km), e após sair da concessionária, o freio do r. veículo apresentou falhas, tendo o Autor se envolvido em um acidente, vindo a colidir o seu carro, causando no mesmo, perca total. 
	Diante do ocorrido, a parte autora sofreu diversos danos psicológicos, devido ao grande trauma sofrido, devendo a parte Ré, responsabilizar-se por estes danos, assim como dispõe o artigo 186, e 927, “parágrafo único”, ambos do Código Civil:
Art. 186- Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito de outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
Art. 927- Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187) causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único- Haverá obrigação de reparar o dano independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.”
Sendo ambos corroborados, pelo consoante no artigo 5°, inciso X, da Constituição Federal: 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;
	Por esta razão, levando em conta o disposto nos artigos supramencionados, e devido ao fato do grande trauma sofrido pelo Autor, que foi surpreendido com defeitos em um veículo novo, requer-se a condenação da parte Ré em arcar com a indenização pelos danos morais sofridos.
4.3 DO DANO MATERIAL
	O Autor sofreu diversos prejuízos em decorrência do acidente sofrido, e como já mencionado acima, restou totalmente comprovado a culpa exclusiva da concessionária e da montadora (partes Ré da demanda).
	Portanto, o dano material sofrido pelo Autor, evidencia-se, visto para a Profª. Maria Helena Diniz , vem a ser a lesão concreta, que afeta um interesse relativo ao patrimônio da vítima, consistente na perda ou deterioração , total ou parcial , dos bens materiais que lhe pertencem sendo suscetível de avaliação pecuniária e de indenização pelo responsável. Mede-se pela diferença  entre o valor atual do patrimônio da vítima e aquele que teria , no mesmo momento, se não houvesse a lesão.
Ou seja, diante da concretude do exposto, requer-se a condenação das partes Ré, a arcarem com o valor de:
	R$52.000,00 (cinquenta e dois mil reais) referente a perda total do veículo;
R$15.000,00 (quinze mil reais) referente a cirurgia realizada na perna;
R$10.000,00 (dez mil reais) referente à prótese;
 
E R$ 1.650,00 (um mil e seiscentos e cinquenta reais), referentes aos medicamentos e ao pós-operatório. 
Nesse sentido, colhe-se o seguinte julgado do TJ/PR:
CÍVEL. RECURSO INOMINADO. NULIDADE DE SENTENÇA. INOCORRÊNCIA. COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL. DESNECESSIDADE DE PERÍCIA. DEFEITO NO PRODUTO. VEÍCULO 0KM QUE APRESENTOU DEFEITO APÓS UM ANO DA COMPRA E APÓS 40 DIAS DA REVISÃO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. FABRICANTE QUE DEVE RESPONDER PELOS DANOS MORAIS E MATERIAIS SOFRIDOS PELA CONSUMIDORA. SENTENÇA MANTIDA (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0028325-49.2013.8.16.0182 - Curitiba - Rel.: Pamela Dalle Grave Flores - J. 23.03.2016).
Desta forma, deve-se imputar a demandada a obrigação de indenizar os prejuízos incorridos pelo autor.
5. DOS PEDIDOS
Diante do exposto requer-se:
1) A citação da parte Ré, no endereço do pórtico desta inicial para comparecer à audiência de conciliação a ser designada e, querendo, apresente resposta;
2) A concessão dos benefícios da Assistência Judiciária Gratuita, devido ao fato do Autor não possuir condições financeiras de arcas com as custas processuais;
A concessão da inversãodo ônus da prova conforme prescreve o Art. 6° VIII e 22 ambos do CDC;
A total procedência desta ação, com a condenação da parte Ré a arcar com o pagamento da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais) a título de dano moral, e a quantia de 78.650,00 (setenta e oito mil e seiscentos e cinquenta reais) a título de danos materiais.
A condenação da Parte Ré, referente as custas processuais e os honorários advocatícios sucumbenciais.
Dá-se à causa o valor de R$ 88.650,00 (oitenta e oito mil e seiscentos e cinquenta mil reais)
Termos em que, 
Pede deferimento.
Campo Mourão 24 de Agosto de 2018
Breno Oliveira Damaceno
OAB/PR nº 70.777

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