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Direito Civil - OBRIGAÇÕES; resumo (2º bimestre) ; prof. Kátia.

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OBRIGAÇÕES: resumo. 
 
ponto 4:​ ​adimplemento; 
obrigações nasceram para serem extintas. aquele que compra espera receber o bem 
adquirido, e aquele que vende espera receber o valor relativo ao bem. uma relação jurídica 
tem início (nascimento), meio (execução da obrigação, com a realização da prestação) e ​o 
fim (adimplemento)​. o adimplemento é o final de toda relação jurídica, e no campo da das 
obrigações, o adimplemento é uma das formas de extinção da obrigação. 
 
o pagamento: ​uma das espécies mais conhecidas de adimplemento, também chamada de 
solução ou cumprimento. O pagamento é reservado para designar a forma de cumprimento 
da obrigação, que neste caso é dar soma em dinheiro. 
 
❏ conceito:​ é o cumprimento da prestação que estava vinculada ao devedor (pode ser 
fazer, não fazer, dar) e o fim quando atingido pelas partes satisfaz o interesse do 
credor e libera o devedor, provocando a extinção definitiva da obrigação. 
 
peculiaridades do pagamento: ​em regra só o devedor tem legitimidade para pagar, em 
casos excepcionais, terceiros podem fazer. Esse terceiro, que pode ser interessado ou não, 
quando paga - o resultado dessa operação (adimplemento) será a satisfação ao credor, mas 
não a liberação do devedor. 
 
o pagamento nem sempre importa na satisfação do interesse do credor: ​o 
adimplemento, então, não pode ser confundido com a satisfação do interesse do credor, 
porque podem ocorrer a satisfação do interesse do credor sem que tenha havido o 
adimplemento do devedor - isso pode acontecer por meios naturais. ​por exemplo: se o 
credor contrata determinada empresa especializada na retirada de entulhos, os quais se 
encontram acumulados à beira de rio que margeia sua casa e, antes da execução da 
obrigação, ocorre enchente inesperada que remove totalmente os objetos, ocorreu a 
satisfação do credor (remoção dos entulhos), por fatos totalmente naturais (enchente, 
forças da natureza) sem o adimplemento por parte do devedor (execução da remoção pela 
empresa especializada na retirada de entulhos).​ Também pode ocorrer de de terceiro 
cumprir a prestação - nesse caso há satisfação do credor mas não do devedor. Outro 
aspecto que revela a necessidade de​ não se confundir adimplemento com satisfação do 
interesse do credor ​reside no fato de que pode haver a liberação do devedor antes mesmo 
da satisfação do credor, cuja hipótese mais facilmente visualizada é a da consignação em 
pagamento. 
 
legitimação ativa; quem deve pagar 
em regra só o devedor pode adimplir a obrigação seja qual ela for. mas em determinadas 
hipóteses pode ocorrer concorrência de legitimidade para pagar (adimplir) 
 
OBRIGAÇÃO PERSONALÍSSIMA: 
só o devedor pode pagar 
Quando a obrigação for personalíssima só o devedor originário pode pagar. Se a prestação 
nao tiver esse caráter a dívida pode ser adimplida pelo devedor ou qualquer outra pessoa - 
porque para o credor o que interessa é a satisfação do seu crédito e não quem irá pagá-lo. 
 
 
PAGAMENTO FEITO POR TERCEIRO: 
(interessado ou não interessado) 
Interessado​ é todo aquele não é o devedor mas tem interesse na extinção da dívida, 
porque ela pode lhe afetar direta ou indiretamente. O ​interesse é meramente jurídico, e não 
moral ou afetivo. ​Um exemplo seria o fiador e o avalista; o fiador é subsidiariamente 
responsável pela prestação e efetua pagamento para que não tenha dívidas em efeitos de 
mora. 
 
❏ efeitos: reembolso com sub rogação; ​o terceiro interessado tem direito de pedir 
reembolso ao devedor. Ele agora detém dos direitos que o devedor tinha antes. 
 
TERCEIRO 
não interessado 
é aquele que paga a dívida sem que essa possa atingi-lo de qualquer maneira. Como por 
exemplo: o namorado que paga o cartão de crédito da namorada. 
 
QUITAÇÃO E A PROVA DO PAGAMENTO; 
Uma vez paga a dívida, o devedor tem direito a quitação. É o documento que certifica o 
devedor que ocorreu o pagamento, liberando-o do vínculo obrigacional. Extingue a 
obrigação e salva o devedor contra qualquer novo tipo de cobrança do credor. ​É um direito 
do devedor.​ ​Não é um recibo​: recibo é a declaração que alguém recebeu uma coisa, 
enquanto a quitação é o recibo do adimplemento com o reconhecimento que o devedor 
salvou o que devia. ​Pode ser plena ou parcial;​ plena quando a obrigação é extinguida 
totalmente, liberando o devedor - e parcial quando é quitada apenas parte da prestação. 
 
Quem pode receber prestação e dar a quitação? 
O próprio credor. Excepcionalmente outras pessoas que não o credor. Um representante 
(legal ou convencional). Pessoa autorizada por lei ou pelo próprio credor. ​Credor aparente 
ou putativo​: é aquele que se apresente na frente de todos como credor. 
 
capacidade para adimplir, receber o pagamento e dar quitação 
somente pessoas capazes podem dar quitação; 
pagamento a incapaz: ​não gera defeitos se o devedor tinha ciência dos fatos. Só terá 
validade se o devedor comprovar que o pagamento foi revertido em benefício ao incapaz, 
como por ex: menor de idade recebe o pagamento que era dirigido a seu pai. Se ele gastar 
o valor do pagamento em um parque de diversões a quitação não será considerada válida 
pois o legislador entende que o incapaz não tem capacidade de discernir. No entanto, se o 
menor de idade, compra títulos da dívida pública, do tipo “tesouro direto” e o credor 
consegue comprovar que os mesmos ainda existem, preenche o requisito no art. 310 e o 
pagamento será considerado válido. 
 
objeto do pagamento 
é a prestação devida relacionada ao fato lícito ou ilícito da qual se originou. O credor não é 
obrigado a receber prestação adversa da qual foi convencionado. 
❏ credor não está obrigado a receber por partes se assim não convencionou; 
Não se pode obrigar o credor a receber a prestação por partes 
 
PAGAMENTO EM CONSIGNAÇÃO 
se trata de quando o devedor usa de meios coercitivos para forçar o credor a receber a 
prestação. Consiste no depósito judicial ou extrajudicial de quantia ou coisa devida. 
 
hipóteses para o pagamento em consignação 
❏ Recusa injusta do credor em receber a prestação 
❏ Negativa do credor em dar quitação 
❏ dúvida ou desconhecimento sobre a legitimidade do credor (ex. espólio) ou sobre o 
seu paradeiro (ausência) 
❏ quando o objeto se tornar litigioso (briga entre sócios ou entre irmãos em inventário, 
p. ex.); 
❏ incapacidade do credor; 
❏ instauração do concurso de credores; 
 
Em resumo, abrir-se-á o caminho para a consignação toda vez que o devedor não 
possa efetuar pagamento de forma válida. 
 
➢ pode ser extrajudicial em caso de pagamento em dinheiro. nos demais casos será 
sempre judicial! 
 
PAGAMENTO COM SUB-ROGAÇÃO 
Ocorre quando se substitui o sujeito da obrigação no pagamento da dívida, mas sem 
extinguir a obrigação. O terceiro se coloca no lugar do devedor. 
 
espécies​: 
 
❏ legal: ocorre de pleno direito, acontece independentemente da vontade das partes. O 
terceiro tem o direito de pagar essa dívida 
❏ embargo de terceiro 
❏ convencional: As partes convencionam. ex.: dinheiro emprestado pela Caixa para 
comprar um apartamento 
 
IMPUTAÇÃO DO PAGAMENTO 
várias dívidas da mesma natureza contra o mesmo credor e não possui dinheiro para pagar 
todas. É necessária a pluralidade de débitos, caso contrário não seria necessário a 
imputação. Identidades iguais. É necessário identificar qual está sendo paga para não 
acabar pagando a mesma novamente. no caso de imputação feita por vontade do credor, 
ele irá declarar sobre qual dívida está caindo a quitação do pagamento feito. Imputaçãolegal ocorre apenas quando nenhum dos dois indicar qual dívida será paga 
❏ critérios: ​1) Pagamento será imputado à dívida mais antiga, líquida e vencida antes, 
a que for exigível primeiro; 2) Pagamento será imputado à dívida mais onerosa 
(mais ônus ao devedor). 
 
DAÇÃO EM PAGAMENTO 
Quando o devedor dá outra coisa em pagamento ao credor. O credor não é obrigado a 
receber, mesmo que seja mais valiosa. Tem de haver concordância. O principal efeito da 
dação em pagamento é a extinção da obrigação. Em caso de evicção, quando devedor da 
aquilo que não lhe pertence, a obrigação primitiva volta a se estabelecer. 
 
NOVAÇÃO 
Criação de uma nova obrigação no lugar da anterior, que se extingue. Um exemplo de 
novação objetiva poderia ser o seguinte: Fred Flintstone, pedreiro, contrata os serviços de 
um advogado para que este promova a dissolução de seu vínculo conjugal com Wilma, sua 
esposa. Acorda com o advogado que pagará R$ 10.000,00 pelos serviços. O advogado 
ajuíza a ação, dissolve o vínculo conjugal e, quando vai realizar a cobrança, Fred Flintstone 
afirma estar passando por dificuldades financeiras motivo pelo qual as partes acordam que 
ao invés de Fred pagar os R$ 10.000,00 que eram devidos, Fred irá construir uma 
churrasqueira na casa do advogado. Neste exemplo, as partes resolveram substituir a 
obrigação de dar (pagar R$ 10.000,00) por uma obrigação de fazer (construir uma 
churrasqueira). 
 
requisitos: 
 
❏ Existência e validade da obrigação anterior. 
❏ Criação de uma nova obrigação em ​substituição da anterior, criada especificamente 
para extinguir a obrigação anterior. 
❏ "Animus novandi"​: intenção inequívoca de realizar essa nova ação. 
 
efeitos​: 
 
❏ Extinção da obrigação. 
❏ Extinguem-se as obrigações acessórias. 
❏ Na novação subjetiva o credor aceita os riscos da insolvência do novo devedor 
❏ Na novação realizada por um dos devedores solidários, todos se aproveitam da 
extinção da dívida. 
❏ Na novação realizada por um dos credores solidários, os demais credores têm direito 
de regresso contra ele 
 
COMPENSAÇÃO 
extinção de relações recíprocas em pessoas que são devedora uma da outra até a 
concorrência de seus respectivos créditos. 
❏ ex.: A deve 100 pra B, B deve 60 para A. A passa a dever 40 para B e B deixa 
de dever para A. 
❏ espécies​: ​legal ou ​convencional​. se existirem os requisitos legais, deve ser 
feita. na convencional os autores escolhem fazer a compensação mesmo não 
havendo os requisitos. 
requisitos​: reciprocidade de créditos. A deve para B e vice-versa. ​não pode ser 
triangular. ​as duas dívidas devem ser líquidas, que já tem valor atribuído. o objeto deve 
ter a mesma natureza. 
CONFUSÃO 
É quando a pessoa deve para ela mesma. Confundem-se na mesma pessoa as qualidades 
de credor e devedor. Ocorre por sucessão inter vivos ou 
causa mortis. Ex.: A deve pra B, B falece, A era seu herdeiro. Se ele era o único herdeiro, 
extingue-se a dívida. Se havia mais herdeiros, ele deve pros outros(extingue-se 1/3 da 
dívida). 
 
REMISSÃO DE DÍVIDAS 
Perdão da dívida. Instituto de natureza contratual. A entrega do título da obrigação implica 
remissão (386). A restituição voluntária do objeto empenhado prova a renúncia do credor 
à garantia real, não a extinção da dívida (387). 
❏ art. 388. A remissão concedida a um dos co-devedores extingue a dívida na 
parte a ele correspondente; de modo que, ainda reservando o credor a 
solidariedade contra os outros, já lhes não pode cobrar o débito sem dedução 
da parte remitida. 
❏ quando um dos credores perdoa a dívida ela é perdoada por 
inteiro, e então os outros tem direito de regresso contra ele. 
INADIMPLEMENTO DAS OBRIGAÇÕES 
O descumprimento da obrigação. O devedor deve responder com seu patrimônio. 
❏ absoluto​: Quando não foi cumprida corretamente e não tem mais como 
cumprir. Ou é impossível de cumprir ou o credor não tem mais interesse em 
receber. Única solução que resta é resolver em perdas e danos. Também podem 
incidir os honorários do advogado e a cláusula penal. 
❏ relativo​: Também conhecido como mora(atraso). A obrigação não foi 
cumprida corretamente mas ainda é possível cumprir posteriormente. As 
consequência são os encargos da mora: correção monetária(pra corrigir a 
mudança do valor da moeda), juros moratórios, perdas e danos, honorários de 
advogado, cláusula penal (previsão no contrato de uma penalidade pecuniária) 
(395). 
❏ são cumulativos. ​exceção: não é possível acumular cláusula penal 
com perdas e danos (Art. 416). O estabelecimento da cláusula já é 
uma previsão do prejuízo. Caso o prejuízo exceda o valor da 
cláusula penal é possível acabar com essa cláusula para cobrar 
somente as perdas e dano, DESDE QUE haja previsão no contrato 
nesse sentido. 
❏ Tem que ter ocorrido por um fato imputável ao devedor. (393) É possível 
assumir a responsabilidade de responder pelos prejuízos gerados por caso 
fortuito e força maior. 
❏ Há a possibilidade do credor rejeitar a prestação. (395 parágrafo único) 
❏ Ex.: Jantar de casamento entrega no dia errado 
❏ Além de tudo isso o devedor fica com os riscos do objeto. Caso o devedor em 
mora perca o objeto, seja com culpa ou não, ele responde. Ele pode se safar se 
o dano fosse acontecer de qualquer forma mesmo se tivesse devolvido. (399) 
❏ Mora do credor: Riscos da coisa e do preço. (400) 
❏ Purgação da mora 
❏ Devedor: pagando 
❏ Credor: recebendo 
❏ Deve-se observar as regras do contrato para a purgação da mora. 
❏ Juros 
❏ Compensatórios​: retribuição pela utilização do capital alheio. Os 
frutos civis do capital. O contrato deve previr. 
❏ Moratórios​: Não precisa ter previsão contratual, são juros legais. 
Têm aplicação na taxa de 1% ao mês. 
❏ Formas de cálculo de juros: simples ou compostos 
❏ Simples: Incide somente sobre o capital. 
❏ Compostos: Juros sobre juros 
❏ Cláusula Penal 
❏ Tem que ter previsão contratual. 
❏ Obrigação acessória aplicada pelo descumprimento da obrigação 
principal. 
❏ Penalidade pecuniária, responsabilidade patrimonial. 
❏ Três tipos: Moratória, Compensatória e Cláusula especial 
❏ Moratória​: Decorre do atraso. Será de no máximo 10% do valor 
da obrigação principal. Quando se trata de relação de consumo o 
limite é de 2%. Art 411 
❏ Compensatória​: Decorre de quando a obrigação não é cumprida, 
inadimplemento absoluto. Art 410/412. Vai ser cobrada no lugar 
da obrigação que não vai mais ser desempenhada. 
❏ Cláusula especial​: Art 411. Ex.: Cláusula de confidencialidade. 
● A mora pode ser: 
○ ex persona - na falta de termo certo para a obrigação; não haverá 
mora automaticamente constituída. Ela começará da interpelação 
que o interessado promover, e seus efeitos produzir-se-ão ex nunc 
(do dia da intimação). 
○ ex re - imposta legalmente, independentemente de provocação da 
parte a quem interessa, nos casos especialmente previstos.

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