Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Universidade de Brasília Departamento de Administração Aluno(a): Anna Carolina da Silva Góis Matrícula: 18/0062450 Sinopse Crítica – Textos Teóricos Autor(es) do texto Gareth Morgan Ano 1995 Titulo Imagens da Organização Fonte (Livro, revista, jornal) Capítulo 6- Interesses, Conflitos e Poder Editor (a) Atlas Local São Paulo Qtdade Páginas 59 págs. Objetivos do Texto Explicar e aplicar a metáfora política, que focará diferentes conjuntos de interesses, conflitos e jogos de poder que moldam as atividades organizacionais. Idéias Principais Os objetivos organizacionais, a estrutura, a tecnologia, a estruturação de cargos, o estilo de liderança e outros aspectos formais do funcionamento organizacional têm uma dimensão política, da mesma forma, que o mais óbvio jogo de poder e conflitos. O modelo baseado nos interesses, conflito e poder desenvolvido neste capítulo oferece um meio prático e sistemático de compreender a dimensão política da organização, enfatizando o papel chave do poder na determinação dos resultados políticos. As metáforas consideradas nos capítulos anteriores tendem a subestimar a relação entre poder e a organização. A metáfora da política preenche essa deficiência, colocando o conhecimento do papel e do uso do poder no centro da análise organizacional. Organizações vistas como sistemas de atividade política: A política de uma organização é mais claramente manifesta nos conflitos e jogos de poder que algumas vezes ocupam o centro das atenções, bem como nas incontáveis intrigas interpessoais que promovem desvios no fluxo da atividade organizacional. A política organizacional nasce quando as pessoas pensam diferentemente e querem agir também diferentemente. Essa diversidade cria uma tensão que precisa ser resolvida por meios políticos. Análise de interesses: O autor apresenta formas que permitem analisar e definir a busca e defesa de interesses, e por conta da relevância para o âmbito do capítulo, aborda a concepção de interesses em termos de três domínios interligados e relativos a tarefas, carreira e vida pessoal de alguém na organização. Interesses da tarefa estão ligados com o trabalho que alguém deve desempenhar; Interesses de carreira são trazidos pelos empregados para o local de trabalho como aspirações e visões daquilo que seu futuro deve ser e podem ser independentes do trabalho que está sendo desempenhado; E interesses extra-muro configuram a forma de agir tanto em relação ao cargo quanto à carreira. O autor também fala sobre o desenvolvimento da coalizão, que oferece uma estratégia para pôr em andamento o interesse das pessoas em uma organização, que, com frequência, dão considerável atenção a aumentar o seu poder e influência através dos meios. Quer seja formal ou informal, as coalizões e os grupos de interesses frequentemente fornecem meios importantes para garantir os fins desejados. A compreensão do conflito: O conflito aparece sempre que os interesses colidem. O conflito pode ser pessoal, interpessoal ou entre grupos rivais e coalizões. Pode ser construído dentro das estruturas organizacionais, nos papéis, nas atitudes e nos estereótipos, ou surgir em função de recursos escassos. Pode estar explícito ou implícito. Qualquer que seja a razão e qualquer que seja a forma que assuma, a sua origem reside em algum tipo de divergência de interesses percebidos ou reais. O uso do poder: O poder é o meio através do qual os conflitos de interesses são, afinal, resolvidos. O poder influencia quem consegue o quê, quando e como. O autor apresenta de forma resumida quais são as mais importantes fontes de poder, sendo elas: 1. Autoridade Formal; 2. Controle sobre recursos escassos; 3. Uso da estrutura organizacional, regras e regulamentos; 4. Controle do processo de tomada de decisão; 5. Controle do conhecimento e da informação; 6. Controle dos limites; 7. Habilidade de lidar com incerteza; 8. Controle da Tecnologia; 9. Alianças interpessoais, redes e controle da “organização informal”; 10. Controle das contra-organizações; 11. Simbolismo e administração do significado; 12. Sexo e administração das relações entre os sexos; 13. Fatores estruturais que definem o estágio da ação; e 14. O poder que já se tem. Essas fontes de poder dão aos membros da organização uma variedade de meios para ampliar os seus interesses, resolvendo ou perpetuando os conflitos organizacionais. Administração de organizações pluralistas: O termo pluralismo é usado em ciência política para caracterizar tipos de democracias liberais em que, potencialmente, as tendências autoritárias são mantidas sob controle pelo livre jogo de grupos de interesses que têm alguma semelhança com governo político. A filosofia pluralista apresentada no texto contrasta com um quadro mais antigo de referência orgânico ou “unitário” e com a tão conhecida estrutura “radical” de referência. Algumas organizações tendem a funcionar como grupos unitários, outras como sistemas políticos vibrantes, enquanto outras são campos de batalha onde grupos rivais se engajam em guerras contínuas. Por fim, o autor trata das forças e limitações da metáfora política, chegando as seguintes conclusões: FORÇAS: A metáfora política encoraja a ver como toda atividade organizacional é baseada em interesse e a avaliar todos os aspectos do funcionamento organizacional, com isso em mente; A metáfora política enfatiza que os objetivos organizacionais podem ser racionais para o interesse de algumas pessoas, mas não para outras; Reavaliação da importância ideológica do conceito de racionalidade; Politização da compreensão do comportamento humano nas organizações; Encoraja a reconhecer como e por que o ator organizacional é um ator político e a compreender a importância política de modelos de significado que constituem a cultura e as subculturas corporativas; Encoraja a reconhecer as implicações sociopolíticas dos diferentes tipos de organizações e dos papéis que estas desempenham na sociedade. LIMITAÇÕES: Ao entender as organizações como sistemas políticos, está-se mais próximo de exibir um comportamento político com relação ao que se vê, e por essa razão a metáfora deve ser usada com precaução. Existe um perigo muito real de que o seu uso possa gerar cinismo e desconfiança nas situações em que antes nada havia; Uma última limitação potencial da metáfora diz respeito à questão sobre até que ponto as aplicações do pluralismo são meramente superficiais. De um ponto de vista radical, o poder pluralista pode ser mais aparente do que real. Essas considerações sugerem que a política pluralista pode estar restrita a resolução de assuntos marginais, estreitos e superficiais, podendo falhar ao levar em conta forças estruturais que definem a natureza daqueles assuntos. Como resultado, a metáfora política pode insistir de modo exagerado sobre o poder e a importância do indivíduo, minimizando a dinâmica do sistema que determina aquilo que se torna político e como a política se manifesta. As metáforas não são usadas como um artifício de linguagem para melhorar o discurso, mas como uma forma de pensar e de ver que determina como compreendemos nosso mundo organizacional. Morgan se preocupa em caracterizar as principais metáforas que podem ser utilizadas para entender os processos organizacionais, enfatizando que é necessário lançar mão de várias delas e não de uma única para melhorar nossa habilidade compreensiva de “ler e interpretar” os diferentes aspectos que coexistem e se completam dentro da realidade organizacional, por mais paradoxal que esta possa parecer. Suas Críticas e Contribuições O texto, por conta das metáforas e da linguagem utilizada, permite uma fácil compreensão e umavisualização das demonstrações exemplificadas nele, e por sua simplicidade e grande volume de conteúdo, permite que alunos dos mais diversos âmbitos consigam compreender Organizações e as maneiras como elas se dividem e se organizam, fazendo com que o texto seja de grande contribuição não somente para o público da área administrativa, mas para todos que tenham interesse em conhecer mais sobre as organizações.
Compartilhar