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Sinopse Crítica - Guimarães, Holzmann e Cattani e Holzmann

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Universidade de Brasília 
Departamento de Administração 
 
Aluno(a): Anna Carolina da Silva Góis 
Matrícula: 18/0062450 
 
Sinopse Crítica – Textos Teóricos 
 
Autor(es) do texto 
Guimarães (2006; 2006b), 
Holzmann e Cattani (2006) e 
Holzmann (2006). 
Ano 
2006 
Titulo 
Dicionário de Trabalho e Tecnologia 
Fonte (Livro, revista, jornal) 
Livro 
Editor (a) 
 
UFRGS 
Local 
Rio Grande 
do Sul 
Qtdade 
Páginas 
16 págs. 
 
Objetivos do Texto 
Apresentar os conceitos de Fordismo, Taylorismo, Toyotismo e Volvoismo, e suas aplicações. 
Ideias Principais 
 O texto se inicia com os conceitos de Fordismo e pós-fordismo. A autora apresenta o significado do termo, que 
se generalizou a partir da concepção de Gramsci, que o utilizou para caracterizar o sistema de produção e 
gestão empregado por Henry Ford em sua fábrica, a Ford Motor CO. Gramsci associa tal sistema de produção 
à forma de racionalização que define um modo de vida. Atualmente o termo se tornou a maneira usual de se 
definirem as características daquilo que muitos consideram constituir-se um modelo/tipo de produção, baseado 
em inovações técnicas e organizacionais que se articulam tendo em vista a produção e o consumo em massa. 
 No fordismo, o trabalhador perde suas qualificações, as quais são incorporadas à máquina. Na concepção de 
Ford, o operário da linha de montagem deveria ser recompensado por esse tipo de trabalho por meio de um 
salário elevado. Ao contrário do trabalho de execução, o de concepção torna-se altamente qualificado, 
abrangendo o desenho dos produtos, a programação da produção e as tarefas de manutenção e de reparação 
e sendo realizado isoladamente, fora da linha de montagem. 
 Mesmo com o significativo desempenho da Teoria, o Fordismo teve dificuldades para se difundir nos EUA e 
principalmente na Europa, em razão da desistência dos trabalhadores ao sistema de produção baseado no 
trabalho rotinizado e fragmentado. Mais à frente, Sônia Guimarães fala sobre o difundimento do Fordismo 
mundialmente e sua aplicação em países periféricos como o Brasil. 
 No fim do debate sobre o assunto, a autora revela que a discussão em torno da questão da ruptura ou 
continuidade do modelo fordista de produção pode ser abordado em termos de uma dicotomia. 
 Como próximo tema temos o Taylorismo, abordado pela Lorena Holzmann e Antônio David Cattani. Os autores 
iniciam a discussão apresentando a definição de Taylorismo, que seria o conjunto de técnicas e princípios 
referentes à organização do processo de trabalho, a relações sociais de produção e a um sistema de 
remuneração que associa rendimento à produção, concebidos por Frederic W. Taylor. Inicialmente aplicado na 
indústria, o Taylorismo difundiu-se por praticamente todos os setores de atividades. Para Taylor, as formas 
empíricas de organização da empresa e da execução do trabalho então vigentes nas fabricas norte-
americanas precisavam ser substituídas por procedimentos entendidos como científicos, para promoverem o 
bem comum na sociedade mediante a elevação da produtividade. Trata-se de uma proposta de racionalização 
da produção, que integra a organização científica d o trabalho (OCT), aprofundando a divisão técnica do 
trabalho e a separação entre concepção e execução e levando à obsolescência dos ofícios. São 10 as técnicas 
e os princípios da OCT: 
a) Estudo dos tempos e movimentos; 
b) Atribuição e treinamento antecipados de tarefas; 
c) Individualização do Trabalho; 
d) Padronização das tarefas e dos instrumentos de trabalho; 
e) Seleção pretensamente científica dos trabalhadores; 
f) Formação Profissional de empregados e operários com caráter operacional; 
g) Pagamento Individualizado; 
h) Determinação de tempos de repouso e de pausas obrigatórias; 
i) Sistema de supervisão funcional do trabalho de execução; 
j) Mediação objetiva do trabalho realizado. 
 O próximo assunto abordado foi o Toyotismo, que, segundo a autora, é chamado o modo de organizar os 
processos de trabalho e de produção, idealizado pelo engenheiro Taiichi Ohno e introduzido na fábrica da 
Toyota. O Toyotismo foi adotado em todos os setores industriais, e seus princípios, métodos e programas 
mostraram-se aplicáveis também no setor de serviços. No Toyotismo a produção e desencadeada pela 
demanda do mercado. Produz-se o que já foi vendido, condicionando-se estreitamente a produção ao 
consumo. Mais à frente, a autora revela que o Toyotismo tem polarizado as opiniões dos estudiosos do 
trabalho e de suas transformações no mundo contemporâneo, opondo defensores de suas vantagens e críticos 
de suas consequências. Por fim, a autora conceitua Trabalho e sua interferência na economia e na política. 
 Como último tópico, conceitua-se o Volvoismo, constituído numa série de inovações quanto à organização do 
trabalho, distintas dos princípios fordista e taylorista e representando alternativas ao chamado modelo japonês. 
O Volvoismo traz princípios de gestão da produção e do trabalho baseados na autonomia do poder de decisão 
dos trabalhadores. A autora cita a primeira experiência com o Volvoismo, ocorrida em Kalmar, 1997. A 
experiência foi um fracasso, e os resultados obtidos foram baixa produtividade, tempos ociosos e controle do 
supervisor. Após isso, ocorreu o caso da planta da Volvo em Uddevala (1989). O caso teve 2 anos dew 
estudo/negociação, e a fábrica foi dividida em 6 plantas autônomas, sendo 8 equipes de trabalho com 8 a 10 
pessoas. Cada planta ficou responsável por 1 carro inteiro, e cada trabalhador ficou responsável por ¼ do 
carro. 
 Por fim, a despeito dos limites supostamente existentes considerando-se a operacionalização do modelo, de 
fato, o Volvoismo representou um novo conceito, cujo mérito foi o de preocupar-se em oferecer, aos 
trabalhadores, possibilidades de desenvolvimento de suas capacidades, competências e responsabilidades. 
Suas Críticas e Contribuições 
 
A respeito do texto, acredito que ele cumpre o que se dispõe a fazer, que seria apresentar e demonstrar as aplicações 
dos modelos Fordista, Taylorista, Toyotista e Volvoísta. Por conta da clareza do texto, a compreensão desses conceitos 
se torna fácil, o que torna a leitura agradável e dinâmica, prendendo a atenção até a última palavra. Como ressalva, 
aconselharia que a abordagem sobre o trabalho e suas abordagens no meio de aplicação dos modelos citados, fosse 
feita ou em outro artigo ou junto com a conceituação e apresentação dos termos, e não em tópicos separados, como 
demonstrado no texto.

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