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GRADUAÇÃO EM PEDAGOGIA UNIVESP Danielle Camellini Bergonzini de Oliveira RA:1804489 Atividade Avaliativa Teorias do Currículo 1°Semana Professor Orientador: Marcos Garcia Neira Polo Araçoiaba da Serra 1°semestre 2018 Teorias do Currículo O currículo em seu início, foi compreendido como um programa de formação do intelecto de um indivíduo. Em seu início, determinava o que seria ensinado. Nesta mesma fase, ele passa a ser compreendido como uma forma de controle do processo educacional, à ideia de formalização e também de eficiência do ensino. Na forma de controle, o currículo era preenchido pelo conhecimento, e este conhecimento era produzido para transformá-lo em saber escolar. Com a Revolução Industrial, muda o papel da família e o currículo passa a conter conhecimentos laborais para atender as expectativas do mercado de trabalho. Neste cenário surgem as teorias tradicionais, (que também podem ser chamadas de acríticas) onde o currículo é neutro e faz a escola trabalhar de forma padronizada como uma fábrica. Na teoria tradicional, o currículo é caracterizado por uma divisão em disciplinas, e o currículo é compreendido como apenas uma atividade técnica, burocrática e administrativa. A avaliação deste currículo é feita através de classificação, e com isso é formada uma massificação escolar, onde os educandos formados não têm a liberdade de criação. Eles apenas cumprem com seus papéis impostos pela sociedade, gerando nesses educandos, passividade, submissão, ausência de questionamentos, ausência de senso crítico e repetição. Essa teoria curricular é mecânica, onde a sua visão de mundo é limitada. Já as teorias críticas do currículo, por volta da década de 1960, se opõem aos fundamentos das teorias tradicionais, sendo que a questão do poder é que as caracterizam antagônicas. O saber escolar foi definido como diferente do saber acadêmico. Nesta fase, as teorias científicas passam a ser utilizadas como base nos saberes acadêmicos, e o currículo deixa de ser um programa apenas de disciplinar pessoas, para ser um documento que antecede o que será ensinado. Ele passa a ser uma listagem prescrita. Nesta teoria curricular, a disciplina passa a ser matéria, os saberes escolares se transformam em saberes acadêmicos, e surge também, uma certa pressão social em relação aos saberes escolares. A sociedade começa a cobrar mais saber dos professores. A teoria crítica é de natureza dialética. Em uma visão crítica o currículo nunca é neutro. Essa teoria permite o indivíduo conhecer e perceber o mundo que está a sua volta, e a enxergar realmente como ele é. Permite compreender a sociedade em que está inserido e transformá-la. Essa teoria se direciona mais para aspectos políticos e sociais. Na teoria pós-crítica, a partir dos anos 1990, a ideia é de mudança de paradigmas. Nesta teoria as diferenças são mais significativas - diferenças de gênero, sexualidade, etnia, raça, região, religião, entre outras. As demandas por um currículo multicultural e pluridisciplinar multiplicam-se. São levados em consideração aspectos como meio ambiente, sustentabilidade e cidadania, já que nas teorias curriculares anteriores não se abordavam esses temas. É importante ressaltar que na década de 1990, ocorreu a consolidação do campo do currículo no Brasil em decorrência das produções em programas de pós-graduação, da publicação de livros e periódicos, da realização de reuniões científicas, da especialização de estudiosos e pesquisadores nacionais nesse campo, da presença da temática na legislação educacional, nos documentos normativos do Conselho Nacional de Educação e nos documentos oficiais do MEC. Essas teorias curriculares não foram surgindo e sendo utilizadas de maneira linear. Elas convivem e coexistem em diferentes tempos históricos. Inclusive, atualmente podemos observar diferentes concepções e modelos curriculares sendo utilizados. Ainda dentro das teorias curriculares, devemos levar em consideração, que o currículo é mais do que disciplina, ele é considerado a base para a organização pedagógica. O currículo diz respeito a seleção, sequenciação e dosagem de conteúdos da cultura a serem desenvolvidos em situações de ensino-aprendizagem. Ele está relacionado com experiências escolares que estão ligadas ao conhecimento, permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes dos estudantes com os conhecimentos, contribuindo para construir as identidades dos educandos. O currículo deve ser um conjunto de valores e práticas que proporcionem a produção, a socialização de significados no espaço social e contribuem intensamente para a construção de identidades socioculturais dos educandos. Para finalizar, o currículo tem por finalidade: planejar cientificamente as atividades pedagógicas e controlá-las visando metas e padrões pré-definidos.