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Resenha do Documentário: OURO AZUL AS GUERRAS MUNDIAIS PELA ÁGUA

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ
MESTRADO EM GESTÃO E REGULAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS
profágua
ALINE DIAS DE SÁ
RESENHA Do documentário:
“oURO AZUL – AS GUERRAS MUNDIAIS PELA ÁGUA”
TRABALHO ACADÊMICO
ITABIRA
2019
Nome: 
aline Dias de Sá
FORMAÇÃO ACADÊMICA: 
Engenheira Ambiental
ATUAÇÃO PROFISSIONAL: 
Professora de Educação Básica de Química/Biologia na Rede Estadual de Ensino
RESENHA Do documentário:
“oURO AZUL – AS GUERRAS MUNDIAIS PELA ÁGUA”
Trabalho de Acadêmico apresentado como requisito para avaliação obrigatória da Governança e Regulação das Águas, do curso de Mestrado em Gestão e Regulação de Recursos Hídricos, da Universidade Federal de Itajubá.
Professor: Dr. Roberto Cézar de Almeida Monte-Mor
ITABIRA/Mg
 
de maio de 2019
RESENHA
Baseado no livro “Ouro Azul: A luta para acabar com o roubo empresarial das águas do mundo”, o documentário “Ouro Azul – As guerras mundiais pela água” inicia-se narrando a história de um homem que sobreviveu sete dias sem água ao fazer uma viagem ao México em busca de ouro e descreve as consequências da desidratação no organismo humano. Assim, nesta perspectiva, destaca a importância da água para a vida, pois independente de quem a pessoa seja, sofrerá estas mesmas consequências, caso seja submetido a desidratação.
O documentário aborda vários problemas relacionados a água, dentre estes, alguns me chamaram mais atenção, como as duras críticas as barragens hidrelétricas, que interrompem o transporte de nutrientes dos rios, que são essenciais para a saúde das bacias hidrográficas. E faz-se ainda uma comparação dos rios com as veias do sistema sanguíneo, no qual as barragens representam um entupimento de uma artéria, que compromete todo o sistema. Achei interessante o ponto de vista do documentário, pois atualmente o setor enérgico brasileiro é muito dependente da energia hidrelétrica, mas deveria diversificá-lo para alternativas renováveis, considerando o alto impacto social e ambiental destes barramentos nas regiões as quais são instaladas, além de muitas vezes ter uma baixa produtividade energética e pequena vida útil do reservatório, como é o caso das Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH’s).
Outro tema que me chamou a atenção, foi a discussão referente a perturbação causada nos ecossistemas pelo transporte das águas para fora da bacia. Neste ponto, eu concordo que o transporte de águas de uma bacia para outra, como o exemplo brasileiro da transposição do Rio São Francisco, pode provocar a longo prazo uma possível desertificação da área, visto que, um volume expressivo do Rio está sendo levado para limites fora do seu leito natural, e submetido a condições adversas. Entretanto, por outro lado, acho exagerado os exemplos dados referentes a comercialização de frutas serem consideradas uma perturbação de tal nível que possa causar uma desertificação da área. Isso porque, neste comércio global, ocorre a troca destas águas virtuais, por exemplo, o Brasil compra um tipo de fruto de outro país, mas outros países compram outro produto do Brasil, e assim, o déficit de água de um país ao vender seu produto seria reposto pela compra de outro produto. 
Outro tema que merece destaque é em relação as políticas. Ressalta-se que a França privatizou as águas do país, e logo em seguida, a ONU (Organização das Nações Unidas) apresentou uma nova definição da água como um bem, o que contradiz as ideias, que se tinham até então, de que a água era um direito. Além disso, neste momento, o Banco Mundial também estava a subsidiar ajuda financeira aos países em desenvolvimento em troca da privatização das águas. Tudo isso ocorreu ao mesmo tempo, em determinado período, o que acelerou este domínio das águas através da privatização. Fato que gerou a revolta em toda as populações diretamente atingidas, pois a decisão de privatizar as águas dos países emergia de uma situação oportunista para vantagens pessoais, visto que os serviços públicos funcionavam bem e eram baratos. Embates severos foram travados entre populações atingidas e as empresas de privatização das águas. Ainda neste contexto de corrupção, ressalta-se a exigência da Organização Mundial do Comércio de que os países em desenvolvimento eliminem as tarifas para que os produtos possam entrar e sair do país. O que na verdade é uma forma de explorar os recursos destes países, que vendem por um preço injusto, o que os impossibilita de se desenvolver. 
Infelizmente, a maioria das pessoas no mundo pensam em seus desejos particulares, e esquecem-se das necessidades coletivas. É por esse motivo que, na minha opinião, é difícil evoluir no cenário político para um sistema que funcione, no qual a política cumpra a sua função de gerir a administração pública de forma eficiente promovendo o bem-estar da população. Atualmente, temos um sistema ganancioso onde os políticos administram as máquinas públicas para atender seus desejos particulares, e estes políticos, são eleitos pelo voto de uma população, que também pensam apenas nas suas particularidades. Então, como cobrar uma postura diferente das pessoas que eles elegeram, se os eleitores mesmo, estão vendendo seu voto? 
Ainda nesta perspectiva, de ganância, atualmente, o ser humano, de uma maneira geral, ainda não percebeu a importância da água para a vida e que este recurso é finito. Isso porque vivemos em uma situação de abundância de recursos hídricos. Entretanto, se não nos atentarmos para a preservação destes recursos, e estes começarem a faltar, as pessoas começarão a se dar conta da importância da água, mas será tarde demais. E nesta situação de necessidade, novamente, a ganância falará mais alto e será o motivo de uma guerra pela sobrevivência. No qual as áreas mais ricas em água do mundo serão o alvo de um conflito em potencial.
Por fim, o documentário salienta que ainda há tempo de realizar mudanças e evitar situações extremas. Entretanto, é necessário que se faça alterações nas legislações e regulações das águas, primeiramente, declarando a água como um direito humano e um bem público que não pode ser negado a ninguém. Mas na minha opinião, para que isso aconteça, é necessário, antes de tudo, que haja uma mudança cultural, na qual as pessoas valorizem o que realmente é necessário e pensem em ações coletivas. Pois, caso contrário, a mudança na legislação não irá resolver o problema, se as pessoas não se conscientizarem no dever de cada uma perante a natureza.

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