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FISIOLOGIA RENAL: CONTROLE DA OSMOLARIDADE A osmolaridade representa a quantidade de partículas dissolvidas em um determinado solvente. O principal determinante da osmolaridade do liquido extracelular é o Sódio (Na+). O hipotálamo apresente osmorreceptores (quimiorreceptores) que detectam alterações da osmolaridade, ou seja, detectam alterações da quantidade de partículas dissolvidas em um determinado solvente. O sinal que mostra aos rins a necessidade de excretar a urina mais concentrada (com menos água) ou diluída (com mais água) é fornecido pelo hormônio ADH produzido pelo hipotálamo e armazenado na neurohipófise. O ADH modula (aumenta ou diminui) a permeabilidade à H20 principalmente no Ducto Coletor. Diminuição da Osmolaridade: A diminuição da concentração de partículas dissolvidas nos líquidos corporais é decorrente da falta de Na+ ou de um excesso de H20. Devido a esse excesso de água ou falta de sódio, os osmorreceptores no hipotálamo não são ativados e ocorre uma redução da secreção de ADH e consequentemente uma redução da absorção de água. Controle da Osmolaridade no Meio Interno: Após a ingestão de 1L de água há uma pequena diluição no meio interno e uma consequente diminuição da secreção de ADH. A falta de ADH diminui a permeabilidade do ducto coletor à água e a urina é mais diluída. Alta Osmolaridade: É decorrente da falta de água ou ingestão exagerada de sódio (Na+). Os osmorreceptores no hipotálamo detectam a alta osmolaridade e há um aumento da secreção de ADH. O ADH promove o aumento da quantidade de aquaporinas no Ducto Coletor e há uma maior reabsorção de água, fazendo com que a urina saia mais concentrada (com menos água). Vasos Retos: são derivados dos capilares peritubulares. Tem função de remover a água e o NaCl que foram reabsorvidos. Efeitos do ADH em condições de alta osmolaridade: O ADH atua como hormônio dipsogênico no cérebro (induz a sede). Aumento da osmolaridade -> Ativa os osmorreceptores hipotalâmicos -> Promove a sensação de sede no indivíduo. Controle do Volume Sanguíneo: Diurese e Natriurese de Pressão. Diurese: produção de urina pelo rim. É regulada pelo ADH e Aldosterona. Natriurese: excesso de sódio na urina. Com um aumento da P.A, há um aumento de sódio. Fator Natriurético Atrial (FNA): É liberado pelas fibras musculares cardíacas quando há estriamento dos átrios (hipervolemia) e promove: Vasodilatação periférica (relaxamento do mm. Liso vascular) – redução da pressão. Aumento da filtração glomerular. Inibe a liberação de Aldosterona – aumento da excreção de Na+ - redução da pressão. Inibe os efeitos do ADH no ducto coletor – produção de urina mais diluída. Diminuição do Volume Sanguíneo – Hipovolemia. Em casos de desidratação ou hemorragia o paciente entra em quadro de hipovolemia e queda da P.A. As células justaglomerulares próximas ao glomérulo secretam renina. A renina promove a conversão da proteína angiotensinogênio na corrente sanguínea em angiotensina I. A angiotensina I percorre os vasos capilares dos pulmões e é convertida pela enzima ECA (Enzima Conversora de Angiotensina) em angiotensina II. A AG II por sua vez, promove: Secreção de Aldosterona (reabsorção de sódio e excreção de potássio) Potente vasoconstritor (aumento da P.A) Secreção de ADH (reabsorção de água) Resumo do Controle Hidro-Eletrolítico Exercido Pelos Rins: Regulação da Pressão Osmótica: aumenta ou diminui o ADH de acordo com a pressão arterial. Retém mais ou menos água (estimula a sede). Regulação da Volemia: aumenta ou diminui o sistema renina-angiotensina-aldosterona. Retém mais ou menos sódio.
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