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ROSÂNGELA AVELINO FINAL


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO CÍVEL _________ DE 
TERESINA/PI 
 
 
 
 
Prioridade de tramitação de processos de pessoa idosa. A autora possui idade de 69 
anos, nascida em 01/06/1949, requer o benefício da prioridade na tramitação, 
conforme previsto no Estatuto do Idoso – Lei 10.741/03, ratificando sua idade através 
de cópia de sua carteira de identidade em anexo. 
 
 
 
 
Rosângela Costa Avelino, Brasileira, Casada, aposentada, portadora do RG nº 92.534, 
inscrita no CPF sob o nº 156.718.603-34, residente e domiciliada no endereço Av.: 
Noronha Almeida, nº 2290 – BL-A, apartamento 504, no Bairro São João na cidade de 
Teresina/PI, com o CEP: 64.045.500, possuindo o seguinte endereço eletrônico: 
cdavb2010@hotmail.com vem, a presença de Vossa Excelência propor a presente. 
 
 
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO SOBRE DANOS MATERIAIS 
 
 
Em face de Condomínio Riverside Walk Shopping, pessoa jurídica de direito privado, 
inscrita sobre o CNPJ nº 01.736.646/0001-02, sediado na Av.: Ininga, nº 1201, Bairro: 
Jóquei Club, CEP: 64.048-110, Teresina/PI, consubstanciado nos motivos fáticos e de 
direito a seguir expostos: 
 
 
 
BREVE SINOPSE FÁTICA 
No dia 04/12/2018, a requerente, 69 anos, encontrava-se no estabelecimento do hora 
réu a fim de realizar pagamentos de contas. Após concluir seu objetivo, dirigiu-se ao 
guichê a fim de pagar o estacionamento, entretanto devido uma goteira escorregou 
em uma poça a qual não estava sinalizada. Foi socorrida por transeuntes que 
passavam no local e levada à COT (Centro Ortopédico de Teresina) em virtude da 
queda a autora veio a fraturar o tornozelo comprovado por fotos dos exames em 
anexo. Entretanto, devido à idade e sabido que o sistema imunológico não atua mais 
de forma lépida, o quadro veio a se agravar, ocasionando inflamação da perna e 
tornozelo, assim, correndo o risco de evoluir para uma erisipela conforme demonstra o 
diagnóstico médico. 
Em virtude do agravamento da lesão teve de ser internada no HOSPITAL UNIMED 
TERESINA, foram realizados os procedimentos de radiografia e ultrassom o qual 
constataram uma fratura no tornozelo direito. A requerente foi submetida a cirurgia e 
foi posto uma placa e sete parafusos e uma placa metálica no maléolo lateral para 
tratamento da fratura como consta laudo médico em anexo. Após 15 (quinze) dias 
internada a requerente teve alta e ficou 3 meses sem poder andar e fazer suas 
atividades que antes do ocorrido fazia normalmente. Desde o dia do acidente a autora 
teve diversos gastos referente à sua saúde, comprou cadeira de banho, alugou 
cadeiras de rodas e comprou uma bota ortopédica, pois estava impossibilitada de 
andar, ainda teve de contratar 3 (três) pessoas; 1 (um) motorista, 2 (duas) cuidadoras 
para que se revezassem no turno da manhã e noite. Haja vista, o acidente a 
requerente que antes morava sozinha e não tinha tantos gastos com; energia, água e 
alimentação passaram a aumentar consideravelmente em razão de sua causalidade 
comprovados por comprovantes de pagamentos (antes e depois) do ocorrido em 
anexo. 
 
DO DIREITO 
Conforme evidenciado é notória a lesão sofrida pela autora, portanto, com base na 
Constituição Federal, em seu artigo 5°, X assegura que: 
 
X- São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a 
indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação". (Grifo nosso) 
 
O Código de defesa do Consumidor determina “é direito básico do consumidor efetiva 
prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais” (art.6º, VI, CDC) 
 
O Código de civil de 2002 é cristalino quando dispõe sobre a necessidade de reparar os danos 
causados, conforme se observa no art. 186 do referido código 
 
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência imprudência, violar direito e causar 
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
 
Igualmente de forma complementar, o art. 927, do mesmo códex, reitero a previsão do dever 
de reparar, consubstanciado na responsabilidade civil objetiva, senão vejamos: 
 
Art. 927. Aquele que, por ato lícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a 
reparara-lo. 
 
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos 
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do 
dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
Relembre-se, inclusive, que o direito de resposta e de indenização moral, material ou à 
imagem é oriundo da Carta Magna de 1988, em seu artigo 5º, V, ao dispor que “É assegurado 
direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral 
ou à imagem. ” 
 
Ademais, como já exposto, em decorrência do acidente a autora teve inúmeros gastos, sendo 
de responsabilidade do réu arcar com essas despesas, como expõe o artigo 949, código civil; 
No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do 
tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro 
prejuízo que o ofendido prove haver sofrido. 
 
Destarte, sob os ângulos jurisdicionais, legal e constitucional, nota-se que o ato ilícito praticado 
pela empresa requerida nos moldes de que for apresentado inicialmente são fatores graves e 
suficientes a ensejar o dever de indenizar, e que, embora desnecessária a comprovação de 
culpa esses em situações de índole, é certo que ela constitui aumentos capacidade elementar 
de agravar as consequências do ato, fatos presente no presente pleito. 
 
DA RESPONSBILIDADE CIVIL OBJETIVA 
A responsabilidade civil visa reprimiu dano causado pela gente em face do endivido lesado 
materialmente ou moralmente. Vê-se que a responsabilidade civil apresenta duas espécies 
distintas sendo a responsabilidade subjetiva e responsabilidade objetiva. 
A responsabilidade subjetiva emana do ato lícito, além de trazer a necessidade caracterizar 
como requisitos fundamentais a culpa, o dano e o nexo causal entre a esta e aquela. 
 
No presente caso, é vidente existência da responsabilidade objetiva, como sendo aquela em 
que o dano deverá ser reparado independentemente de culpa, conforme os ditames do 
parágrafo único do art. 927 do Código Civil. 
 
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados 
em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem. 
 
 
O Código de defesa do consumidor dispõe ainda, por seu artigo 6º, inciso, I, que: 
 
I - A proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no 
fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos. 
 
No mesmo artigo 6º, em seu inciso, VI, do referido códex, deixa claro que: 
 
VI - A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e 
difusos. 
 
DOS DANOS MATERIAIS E MORAIS 
Conforme já foi exposto inicialmente, no dia 04/12/2018, a requerente, 69 anos, 
encontrava-se no estabelecimento do hora réu a fim de realizar pagamentos de 
contas. Após concluir seu objetivo, dirigiu-se ao guichê a fim de pagar o 
estacionamento, entretanto devido uma goteira escorregou em uma poça a qual não 
estava sinalizada. Foi socorrida por transeuntes que passavam no local e levada à COT 
(Centro Ortopédico de Teresina) em virtude da queda a autora veio a fraturar o 
tornozelo comprovado por fotos dos exames em anexo. Entretanto, devido à idade e 
sabido que o sistema imunológico não atua mais de forma lépida, o quadro veio a se 
agravar, ocasionandoinflamação da perna e tornozelo, assim, correndo o risco de 
evoluir para uma erisipela conforme demonstra o diagnóstico médico. 
Em virtude do agravamento da lesão teve de ser internada no HOSPITAL UNIMED TERESINA, 
foram realizados os procedimentos de radiografia e ultrassom o qual constataram uma fratura 
no tornozelo direito. A requerente foi submetida a cirurgia e foi posto uma placa e sete 
parafusos e uma placa metálica no maléolo lateral para tratamento da fratura como consta 
laudo médico em anexo. Após 15 (quinze) dias internada a requerente teve alta e ficou 3 
meses sem poder andar e fazer suas atividades que antes do ocorrido fazia normalmente. 
Desde o dia do acidente a autora teve diversos gastos referente à sua saúde, comprou cadeira 
de banho, alugou cadeiras de rodas e comprou uma bota ortopédica, pois estava 
impossibilitada de andar, ainda teve de contratar 3 (três) pessoas; 1 (um) motorista, 2 (duas) 
cuidadoras para que se revezassem no turno da manhã e noite. 
Faz-se imperioso destacar que o dano moral deve atender a alguns objetivos precípuos, quais 
sejam: 
a) ressarcir o prejuízo moral decorrente da violação de bens jurídicos tutelados “imagem, 
honra e a moral. ” 
 b) coibir, punir e prevenir a prática reiterada de comportamento desse gênero por parte do 
réu (FALTAR COM A DEVIDA SINALIZAÇÃO), que agem de forma contrária legislação e aos 
consumidores prestando – lhes um serviço incompatível com a fragilidade que é inerente à 
parte mais fraca da relação de consumo. 
Diante de todos posto, foram avaliados, todos os gastos referentes ao acidente chegando a 
uma quantia de R$12.500 reais, sendo 10.000 referente ao dano moral, e os 2500 reais, 
referente ao dano material sofrido pela requerente. 
 
 
 
DOS PEDIDOS 
 
Ante o que foi exposto, requer: 
 
1) que se julgue procedente a presente ação, condenando a requerida a indenizar a 
requerente pelo ressarcimento dos danos materiais causados no valor de 12.500,00, 
devidamente atualizados; 
2) a concessão do benefício da prioridade na tramitação, conforme previsto no Estatuto do 
Idoso – Lei 10.741/03. 
3) a citação da Pessoa Jurídica, que figura no polo passivo para, através de seus sócios 
querendo, no prazo legal, contestar a ação 
4) os benefícios da justiça gratuita, previsto na lei 1.060/50, em caso de recurso, visto que não 
poderá a autora arcar com as despesas processuais sem que cause prejuízos para sua 
subsistência. 
5) pretende-se provar, por intermédio de todos os meios permitidos por lei, os fatos alegados 
na inicial, especialmente através 
 
 
Dá-se o valor da causa em 12.500,00 
Nestes termos, pede deferimento. 
31/05/2019 
 
 
Maria do Socorro Carvalho de Sales Sousa 
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