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RESUMO CONSTRUTIVISTA NP1 E NP2

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PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA 
 
O foco de Piaget era o 
interacionismo, que é basicamente 
entender cada sujeito como único, 
onde a inteligência é o produto do 
sujeito sob o ambiente. 
 
CONCEITOS 
Esquema- É a unidade básica, vai 
mudando ou se adaptando, sendo 
simples ou complexa. A criança 
tem um equipamento biológico 
desde seu nascimento e conforme 
interage constrói esquemas para 
solucionar problemas. EX: A criança 
nasce com reflexo de prensão, ou 
seja, sempre que tocam sua mão 
ela fecha. Conforme ela aprende a 
esquematizar, ela elabora novas 
maneiras de tocar e pegar com as 
mãos. Depende de: 
1-Assimilação 
É o processo de entrada, uma nova 
situação é assimilada a algo que já 
existe. Ex: Bebe aprendeu a usar a 
escada, logo ele usa esse 
conhecimento para todas as 
escadas 
2- Acomodação 
É o processo de saída, modifica 
estruturas antigas e constrói novas. 
Ex: Bebe sabe subir as escadas, mas 
ve uma escada rolante pela 
primeira vez. Ele vai usar o 
conhecimento já assimilado para 
tentar e vendo que não dá, ela 
constrói uma nova forma de agir 
3- Adaptação 
É a assimilação e a acomodação 
dando certo, a mudança de 
organismo e meio. Aqui vem o 
processo de equilíbrio 
Sujeito epistêmico- Des. Do 
pensamento da criança ate o 
raciocínio adulto. Procura entender 
não só os conhecimentos, mas a 
capacidade de conhecer 
 
CONHECIMENTOS 
Cognitivo- É o desenvolvimento 
natural, motivado pelo 
questionamento. 
Físico- Agir sobre objetos e observar 
a reação deles. Ex: Bola- rola 
Social- Aprendizagem informal, 
aprendida com a família, amigos... 
Lógico-matemático- Relações da 
interação da criança com a lógica. 
Há comparação 
Abstração empírica- 
Conhecimento extraído das ações 
ou reflexões da pessoa sobre o 
mundo. 
Abstração reflexiva- Cria relações 
entre objetos pelo conhecimento 
lógico. 
 
ESTADIO X ESTAGIO 
Estádio: Processo de equilibração 
na forma de períodos sequenciais 
onde existe começo e fim. 
Estágio: Falta de alguma coisa para 
completar a informação. 
 
ESTADIOS: 3 FUNÇÕES BÁSICAS 
Conhecimento- Resposta pelo 
conhecimento do mundo; 
organização do pensamento logico 
e da realidade. 
PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA 
Representação- Uso de um 
significante para representar 
significados. Por ex: Paninhos 
Afetivos- Motor do desenvolvimento 
cognitivo. Dividido em: 
Anomia- ATÉ 5 ANOS, a moral não 
se coloca com as normas de 
conduta determinadas pelas 
necessidades básicas, se segue 
uma regra ainda é por hábito. Um 
bebe chora porque sente fome e 
não liga se pode ou não. Ex: Uma 
criança de 3 anos deita na hora de 
deitar porque está acostumada, 
não porque sabe que é errado ficar 
acordada até tarde. 
Heteronomia- ATÉ 9 ANOS, o certo é 
/o cumprimento cego das regras, 
qualquer coisa diferente não é 
certa. Não há nível de errado, 
errado é só errado. Ex: Um homem 
que rouba remédio é tão errado 
quanto o que rouba um banco. 
Autonomia- Legitimação das 
regras, já tem noção de 
relativização bem como de certo e 
errado. Mesmo sozinho, vai cumprir 
o que é “certo” 
 
ESTÁDIOS DO DESENVOLVIMENTO 
SENSÓRIO MOTOR (0 A 24 MESES) 
É dividido em 06 subestádios. É 
basicamente uma inteligência 
prática e acaba quando aparece 
a linguagem. 
1º subestádio- 0 a 1 mês 
Reflexos inatos, tipo sucção. Reflexo 
de moro (surge no desequilíbrio do 
bebe, ele joga a cabeça para trás, 
estica as penas...) 
2º subestádio- 1 a 4 meses 
Reações circulares primárias- Vem a 
coordenação. A criança repete um 
comportamento relativo ao próprio 
corpo. Descobre por exemplo o pé 
3º subestádio – 4 a 8 meses 
Reações circulares secundárias: 
Começa a perceber além do 
próprio corpo. Tem atos que 
mudam de ao acaso para 
intencionais, com o objetivo de 
fazer durar o que era aleatório até 
então. O que ela vê, existe. O que 
não vê, não. 
4º subestádio – 8 a 12 meses 
Noção de objeto permanente, 
nascimento da inteligência. Aqui 
ela já generaliza ações. Existe 
intenção e desejo, mas a criança 
ainda não criará novos meios, só 
usa o que tem. Tem uma noção de 
objeto permanente e procura por 
ele se o mesmo some. 
5º subestádio- 12 a 18 meses 
Reações circulares terciárias: 
Repete uma ação para conhecer e 
explorar o objeto, tem atividade 
mental mais elevada. 
6º subestádio- 18 a 24 meses 
Invenção de novos meios através 
da combinação mental. Passa de 
ação para representação. A 
linguagem aparece. 
 
PRÉ-OPERATÓRIO (2 A 6 ANOS) 
A criança evolui de pensamento 
sensório-motor para 
representacional. São estas: 
Imitação diferida- Lembra de um 
comportamento imitado na 
ausência dele. Ex: A criança ve a 
PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA 
mãe fazendo comida e longe dela 
faz comidinhas. 
Jogo simbólico- A criança constrói 
símbolos que representam o que 
ela quiser, é um faz de conta. Ex: 
Brincar de escolinha 
Desenho- A criança rabisca e passa 
a atribuir significado a seus rabiscos, 
tentando repetir o que tem na 
imagem mental 
Linguagem falada- Usa palavras 
para representar objetos. Ex: fala 
au- au lembrando do cachorro, 
sem vê-lo. 
2 formas de fala: 
Egocêntrica- Não há intenção de 
comunicação, ela fala com outras 
pessoas, mas para si mesma. Ex: 
Criança fala para amiguinha “eu 
gosto de bala” enquanto ela conta 
uma história 
Socializada- 7 ANOS. Tornam-se 
comunicativas, mas sem coordenar 
pontos de vista. 
Pensamentos 
Pensamento egocêntrico- A criança 
parte de seu “eu” para julgar o 
outro. Ex: Não entende que um 
adulto está cansado para brincar. 
Centração- Não consegue levar em 
consideração várias relações. Ex: 
Como sua mãe é sua mãe e filha 
da minha avó? 
Pensamento transdutivo- Raciocínio 
primitivo. Não estabelece relações 
logicas entre eventos. 
Justaposição- A criança coloca 
informações lado a lado. 
Sincretismo- Explica um evento com 
outro sem relação. Tenta deduzir, 
mas não tem lógica. Ex: O balão 
voa porque é vermelho 
Pensamento animista- Atribui vida a 
seres inanimados. Ex: Boneca viva 
Pensamento artificialista e finalista- 
A criança atribui origem humana a 
tudo. Ex: ‘’Papai’’ do céu 
Pensamento intuitivo- Ainda é pré-
logico, mas começa a existir 
Conservação- Apesar de variações 
de formas, a quantidade não se 
altera. Ex: Copos de diferentes 
alturas podem ter o mesmo tanto 
Irreversibilidade- Não conseguem 
percorrer uma trajetória. 
Relacionamento social- Crianças 
brincam juntas, mas “sozinhas” 
 
OPERATÓRIO CONCRETO (7 A 11 
ANOS) 
Aqui a criança coordena diferentes 
pontos de vista, mas só consegue 
lidar estando com o objeto em 
mãos, entra a regra. Dividido em 
domínios: 
Conduta e socialização- Surge 
aumento da concentração 
individual. A criança consegue se 
livrar da linguagem egocêntrica. 
Começa a pensar antes de agir. As 
regras são entendidas como 
diferentes, mas que devem ser 
iguais a todos. 
Pensamento operatório- Declínio da 
casualidade. Há pensamento 
indutivo, onde a criança parte do 
particular para o geral. 
 
 
 
PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA 
OPERATÓRIO FORMAL (11+ ANOS) 
Aqui a criança já é capaz de 
formar esquemas abstratos e 
realizar operações mentais com 
lógica formal. Consegue também 
agrupar representações, onde 
nasce o raciocínio dedutivo, discute 
valores morais dos pais e constrói os 
seus próprios. A lógica dedutivanasce também. 
 
DESENHO INFANTIL 
Lá pelos 2 anos, a criança começa 
a desenhar. É muito importante, 
NÃO é só um ato criativo. 
LUQUET 
Ele inicia seus estudos observando 
os desenhos de seus filhos. 
1º Realismo fortuito (2-3 anos) – 
Traços aleatórios no papel sem 
significado. Dá nome, mas não 
mantem. RABISCOS 
 
2º Realismo malsucedido (3- 4 anos) 
O desenho tem intenção, mas não 
consegue representar porque falta 
coordenação E atenção. Desenha 
elementos lado a lado, detalhes 
incompatíveis e começa a 
representação da figura humana. 
 
3º Realismo intelectual (4-8/9 anos) 
Desenha o que sabe e não o que 
vê. Aprende pormenores e 
precisam estar no desenho para 
que eles sejam parecidos. Aprende 
transparência. É a fase mais 
criativa. 
 
4º Realismo visual (9 a 11/12 anos) – 
Desenha o que vê. Utiliza outras 
técnicas. Para Luquet, há uma 
submissão da criança as leis da 
realidade, não sendo espontânea e 
diminuindo a produção artística. 
 
LOWENFELD 
1º Gratujas (2 a 4 anos) 
Desordenadas- Não respeita o limite 
do papel, é descontrolada. O foco 
é explorar os materiais e pode 
ultrapassar a folha 
Controladas- Melhor controle visual, 
não ultrapassa o papel, foca nas 
gratujas. O adulto precisa incentivar 
Nomeadas- Começa a dar 
significado as gratujas. Ela anuncia 
o que quer desenhar, e tem 
significado para a criança. 
Diagramadas- Traços e linhas 
interligadas, parecendo mandalas. 
 
 
 
PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA 
2º Pré- esquemática (4 a 7 anos) 
Começa a desenhar formas 
humanas, basicamente cabeça e 
pés. Desenha o que sabe. Desenha 
vários itens, mas separados. 
 
3º Esquemática (7 a 9 anos) 
Aparecem linhas de base, 
permitindo separar terra e céu. 
Conceito de forma é criado e tem 
detalhes. Alguns objetos são vistos 
de “cima”. Há vários 
acontecimentos no mesmo 
desenho, 
 
4º Realismo (9-12 anos) 
Preocupa-se com perspectiva, 
profundidade, pormenores... 
 
O MÉTODO CLÍNICO DE PIAGET 
É a metodologia utilizada para 
estudar desenvolvimento cognitivo. 
Apresentam provas operatórias, 
critérios para aplicação delas e a 
atitude do experimentador na 
entrevista. São reconhecidas 
respostas e reações. 
Objetivo: Entender como o sujeito 
pensa, resolve situações e 
corresponde as questões 
elaboradas. É compreender o 
COMO e o QUANDO e PORQUE ele 
chegou ali. Ou seja, uma resposta 
“errada” pode ser uma forma de 
raciocínio importante. Usa a 
abordagem PSICOGENÉTICA 
 
ABORDAGEM PSICOMÉTRICA 
Testes de QI, era baseado na 
padronização de acordo com a 
idade. O objetivo era mensurar 
habilidades mentais, a aplicação 
sendo feita por meio de controle de 
variáveis ambientais, rapport... Para 
não ter interferência, é necessário 
padronizar o material. SOMENTE 
PSICÓLOGOS PODEM APLICAR. 
 
ABORDAGEM PSICOGENÉTICA 
Investigar a forma como o sujeito 
pensa e resolve situações 
apresentadas a ele. É entender a 
resposta e instruir ao invés de 
padronizar. Todas as respostas 
dadas são interpretadas para 
entender o processo que as gerou 
e as diferenças individuais são 
avaliadas. 
 
II PARTE DO MÉTODO CLÍNICO 
As perguntas do método abordam 
física, metafísica, moral, natureza... 
Elabora questões e contra-
argumentações no processo. 
Somente após UM ANO de 
exercícios é que podemos aplicar 
este método. Devemos observar 
sem desviar e buscar algo de 
PSICOLOGIA CONSTRUTIVISTA 
preciso, tendo hipóteses. Alguns 
procedimentos são propostos: 
1-Acompanhar o raciocínio, não 
corrigir ou completar as respostas. 
Deixa a criança pensar. 
2- Buscar justificativas para as 
respostas dadas, já que o foco é o 
processo. 
3- Verificar a certeza que o sujeito 
responde porque se não for 
dedutivo, pode mudar 
4- Evitar ambiguidade nas respostas 
dadas 
TIPOS DE PERGUNTAS 
1-Exploração- Aflorar a noção cuja 
existência queremos compreender. 
2-Justificação- Razões do estado 
atual do objeto e explicação 
3-Contra-argumentação- 
Estabelecer se as aquisições são ou 
não estáveis. 
A entrevista começa quando o 
experimentador propõe uma tarefa 
na qual a criança apresenta 
resposta. É fundamental um bom 
rapport. Assim que pegamos a 
resposta acrescentamos uma 
pergunta para ver a variação no 
problema e no raciocínio, seguindo 
o pensamento da criança. NÃO 
TEM PADRÃO. 
NIVEIS DE DESENVOLVIMENTO 
I- A criança não resolve o problema 
ou responde errado, mas se 
comunica 
II- Conflito que a criança oscila nas 
respostas, apresentando flutuações. 
III- A criança apresenta solução 
suficiente a questão e a 
compreensão do problema 
colocado. Pode ocorrer erros, mas 
aqui a diferença é a maneira que a 
criança lida com eles. 
5 reações a serem desencadeadas: 
Não-importismo (a criança 
responde qualquer coisa se 
aborrecida ou desinteressada); 
crença sugerida (se esforça para 
responder, sem sugestão); 
fabulação (a criança inventa 
histórias); crença desencadeada 
(reflete e extrai respostas de seus 
recursos); crença espontânea (não 
tem necessidade de raciocínio). 
 
PROVAS OPERATÓRIAS 
Conservação- Capacidade de 
perceber que apesar de variar 
forma ou arranjo, uma quantidade 
ou valor não variam se não tirarmos 
ou pormos dele. A criança 
normalmente entende isso dos 7 
aos 12 anos, mas a partir dos 6 
começa a entender números e 
quantidade, 
Classificação- Mudança de 
critérios, quantificação... 
Seriação- Palitos 
Espaço- Unidimensional ou 
tridimensional 
Pensamento formal- Combinação 
de fichas. 
 
DESENVOLVIMENTO MORAL 
Piaget apresenta dilemas morais 
para as crianças, inventando 
histórias. De acordo com a idade, a 
criança vai dizer quem errou mais 
ou menos baseado no estrago que 
fez. Ao ser mais velha, julga pela 
intenção.

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