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GESTÃO DA INOVAÇÃO E TECNOLOGIA AULA 3 Profª Dayse Mendes 2 CONVERSA INICIAL Caro aluno: nesta aula tem-se como objetivo conhecer o que é a gestão do conhecimento. Para tanto, você observará o que é conhecimento e que ele pode ser dividido em dois tipos específicos: o tácito e o explícito. Partindo do pressuposto de que é possível converter cada um desses conhecimentos no outro, se percebe a possibilidade de criar novos conhecimentos, em uma empresa. Você também conhecerá o conceito de capital humano e a importância dele para as organizações que se pretendam inovadoras. Verá que o capital humano precisa ser tratado como uma questão estratégica, já que grande parte da vantagem competitiva de uma organização se deve aos seus elementos de capital. Observará que, embora seja importante para a organização implantar e manter práticas de gestão do conhecimento, há uma série de barreiras a serem transpostas. Finalmente, poderá conhecer elementos técnicos da gestão do conhecimento, por meio dos sistemas que podem ser utilizados para o gerenciamento do conhecimento nas organizações. Vamos lá! TEMA 1 – GESTÃO DO CONHECIMENTO EM UMA EMPRESA Gestão do conhecimento diz respeito a entender como se dão os processos de aprendizagem em uma organização e como usar das informações para transformá-las em inovação que lhe ofereça uma vantagem competitiva, ou seja, que possa fazer a empresa ser melhor que suas concorrentes. A gestão do conhecimento nas empresas passa, portanto, pela compreensão das características e demandas do ambiente competitivo. Mas, também se refere à compreensão dos processos de criação e aprendizado organizacionais e individuais. Em sendo assim, a gestão do conhecimento é uma abordagem que coloca a criação do conhecimento como elemento estratégico para as organizações. É importante ter em mente um conceito de organização como um organismo vivo, ou seja: assim como o indivíduo, a empresa pode trabalhar com novos conhecimentos, ao longo do tempo. No entanto, uma organização não pode criar conhecimento sem os indivíduos. Conforme Takeuchi e Nonaka (2008), os novos conhecimentos sempre têm início no indivíduo e depois 3 transformam-se em conhecimento organizacional para a empresa como um todo. É um ciclo que os autores denominam de espiral do conhecimento. Para entender esse ciclo de transformação, é necessário, antes, compreender os conceitos de conhecimento tácito e conhecimento explícito. Como conhecimento tácito tem-se aquele conhecimento que é pessoal, adquirido e organizado por meio das experiências vivenciadas por uma pessoa. É um conhecimento de difícil transmissão, pois depende do contexto dessas experiências. O exemplo clássico de conhecimento tácito é o andar de bicicleta, citado por Polanyi (1966) em sua obra seminal sobre o tema, The tacit dimension. Para Polanyi (1966), a física envolvida em andar de bicicleta é tão complexa e contraintuitiva que, dificilmente, algum ciclista conhece a física envolvida e, mesmo que dela soubesse, não seria capaz de usar esse conhecimento para andar de bicicleta. Ou seja, as pessoas adquirem esse conhecimento vivenciando a situação, numa experiência prática que prescinde de um manual do tipo biking for dummies. Já o conhecimento explícito é aquele que pode ser transmitido facilmente, pois se presta a ser escrito e, portanto, armazenado. Livros, manuais, informações disponibilizadas numa nuvem na internet são bons exemplos desse tipo de conhecimento, que tem relevância para as organizações pela sua facilidade de disseminação e de mensuração. Na Figura 1, Nonaka e Takeuchi (1997) fornecem uma distinção dos dois tipos de conhecimento. Figura 1 – Os dois tipos de conhecimento: tácito e explícito Conhecimento tácito (subjetivo) Conhecimento explícito (objetivo) • Conhecimento da experiência (corpo) • Conhecimento simultâneo (aqui e agora) • Conhecimento análogo (prática) • Conhecimento da racionalidade (mente) • Conhecimento sequencial (lá e então) • Conhecimento digital (teoria) Fonte: Nonaka; Takeuchi, 1997, p. 67. Apesar da relevância do conhecimento explícito, Nonaka e Takeuchi (1997) afirmam que, para que as organizações possam ter reais vantagens competitivas, elas precisam utilizar do conhecimento tácito, pois este sim gera inovação, já que não é estático e nem está disponível a todos. É daí que surge a ideia da conversão dos conhecimentos, de forma a tornar disponível para a organização os conhecimentos tácitos dos indivíduos. 4 Os autores partem do pressuposto de que o conhecimento é gerado pela interação entre os conhecimentos tácito e explícito, em quatro tipos distintos de conversão. São eles: (1) De conhecimento tácito em conhecimento tácito, que chamamos de socialização; (2) de conhecimento tácito em conhecimento explícito, que denominamos externalização; (3) de conhecimento explícito em conhecimento explícito, ou combinação; e (4) de conhecimento explícito para conhecimento tácito, ou internalização. (Nonaka; Takeuchi, 1997, p. 68) Figura 2 – A espiral do conhecimento Fonte: Nonaka; Takeuchi, 1997, p. 80. Para compreender melhor cada tipo de conversão, observe alguns exemplos: • Na socialização (de tácito para tácito), indivíduos trocam experiências por meio de diálogo, observação e imitação, como no caso de um aprendiz e seu mestre. Essa não é uma situação que pode ser utilizada pelas empresas, pois o conhecimento não se transforma em explícito. • Na combinação (de explícito para explícito), documentos podem ser recombinados de forma a gerar um documento distinto dos inicialmente utilizados. É o caso de um auditor que observa os procedimentos padronizados pela empresa e elabora um relatório, com base nesses procedimentos, sobre a sua conformidade ou não conformidade. Essa combinação de documentos não amplia o conhecimento da empresa, apenas o organiza de forma diferente. • Na externalização (de tácito para explícito), o conhecimento do indivíduo é compartilhado por meio de metáforas, analogias e modelos que podem ser transformados em manuais ou outros tipos de documento, mas que 5 são inovadores, por utilizarem de experiências do indivíduo ao serem criados, sendo assim diferentes dos já existentes na empresa. • Na internalização (de explícito para tácito), o indivíduo aprende por meio, por exemplo, da leitura de manuais, livros ou outros materiais disponíveis para tanto, melhorando seu próprio conhecimento tácito usando o conhecimento explícito preexistente. De acordo com Takeuchi e Nonaka (2008, p. 44), a empresa que cria conhecimento utiliza a interação dessas quatro combinações, gerando assim uma espiral do conhecimento. Primeiramente, a empresa aprende os segredos tácitos de seus funcionários (socialização); a seguir, traduz esses segredos em conhecimento explícito que pode ser comunicado para os membros de sua equipe (externalização); a partir desse momento a equipe padroniza esse conhecimento agrupando-o em manual ou documento e o incorporando em um produto (combinação) para, finalmente, por meio da experiência de criar um novo produto, enriquecer sua base de conhecimentos tácitos (internalização). Um novo ciclo de combinações tem início, mas agora num nível mais elevado do que o primeiro, pois o conhecimento tácito dos indivíduos é maior. “Quando os empregados inventam um novo conhecimento, eles também estão reinventando a si próprios, a empresa e até́ mesmo o mundo” (Takeuchi; Nonaka, 2008, p. 44). Portanto, a gestão do conhecimento é um processo sistemático de identificação,criação, renovação e aplicação dos conhecimentos que são estratégicos na vida de uma organização. É a administração dos ativos de conhecimento das organizações e permite à organização saber o que ela sabe. TEMA 2 – O CAPITAL HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES Tendo em vista serem os indivíduos que geram, inicialmente, conhecimento para as organizações, potencializando as inovações nas empresas, pode-se perceber a importância de uma organização investir no comprometimento e no desempenho das pessoas que a compõem. Schultz (1961) foi o primeiro economista a se preocupar conceitualmente com essa questão, lançando o termo capital humano. O autor diz que as habilidades e conhecimentos das pessoas são, para as organizações, um investimento, pois são essas habilidades e conhecimentos que produzem a capacidade de realizar trabalho. Assim, o capital humano seria uma ferramenta 6 para gerar valor econômico para as organizações e o investimento em educação para as pessoas aumentaria o próprio capital dessas organizações. O capital humano, segundo Vidotto et al. (2016), contém o conhecimento do empregado, conhecimento esse que vai embora quando o empregado, por algum motivo, deixa a empresa. Com esse capital humano que deixa a empresa se perdem saberes, capacidades, experiências e habilidades das pessoas que integram a organização, tais como: “Capacidade de inovar, a criatividade, o saber fazer, a experiência prévia, capacidade para trabalhar em equipe, a flexibilidade, a capacidade de negociação, a motivação, a satisfação, a capacidade de aprender, a lealdade, entre outras, como o nível de educação e titulação acadêmica” (Vidotto et al., 2016). Embora possa parecer frio ou manipulador pensar no ser humano como um recurso gerador de valor para uma organização, essa é a realidade de nossa sociedade e, assim, para as organizações, o conceito de capital humano se torna fundamental, em especial ao se compreender que cada vez mais as pessoas têm mais acesso à informação e cada vez mais as empresas precisam da inovação gerada pelo conhecimento das pessoas. Assim, é necessário manter as pessoas na empresa e mais: mantê-las com seu conhecimento renovado. De acordo com Crawford (1994, p. 44): O único caminho para os trabalhadores da sociedade do conhecimento manterem suas habilidades e conhecimentos e atuarem efetivamente como capital humano é se comprometendo com um aprendizado contínuo e vitalício, o que afetará todos os trabalhadores, tanto como indivíduos quanto como empregados ou empregadores. Figura 3 – O capital humano Fonte: Dizain/Shutterstock. 7 Davenport (2001, p. 32-33) propõe que os elementos formativos do capital humano são capacidade, comportamento, empenho e tempo. Como capacidade o autor entende competência em um conjunto de atividades relacionadas ao trabalho do indivíduo, sendo ela composta por conhecimento, habilidade e talento. O conhecimento seria o controle dos fatos necessários à execução do trabalho. A habilidade, a destreza para a realização da tarefa. Finalmente, o talento diria respeito à capacidade inata para se realizar uma tarefa específica. O comportamento, segundo o autor, é a forma de agir que contribui para a realização de uma tarefa. O comportamento revela os valores, a ética, as crenças e as reações do indivíduo em relação às situações que vivencia. Quanto ao empenho, diz respeito à aplicação consciente de recursos mentais e físicos para a realização de uma tarefa. Finalmente, o tempo é o elemento cronológico do investimento do capital humano, ou seja, a quantidade de horas, dias, meses, anos despendidos pelo indivíduo para a realização de uma tarefa. De acordo com Davenport (2001, p. 36), esses elementos se combinam para dar origem ao capital humano, por meio da seguinte equação: INVESTIMENTO DE CAPITAL HUMANO = (CAPACIDADE + COMPORTAMENTO) x EMPENHO x TEMPO O autor explica a equação da seguinte forma: “Por que multiplicação? Porque multiplicar significa que aumentar um dos elementos pode também aumentar enormemente a quantidade investida. Inversamente, mesmo a elevada presença de um fator não pode compensar a baixa presença de outro” (Davenport, 2001, p. 36). Dessa forma, o gestor da organização pode efetivamente mensurar o capital humano de cada um de seus trabalhadores no intuito de verificar qual elemento pode ser melhorado em relação à atividade exercida por cada trabalhador. Também seria possível mensurar o estoque de capital humano da empresa. Essas atividades corroboram o pensamento de Vidotto et al. (2016, p. 178), que dizem que “há uma necessidade de [uma empresa] gerenciar o capital humano e, para isso, é imprescindível o uso de métricas, indicadores que permitam avaliar o momento e estabelecer o rumo para alcançar o próximo estágio” em termos de desempenho da organização. Resumindo, o capital humano é composto por uma série de elementos, tais como os valores, a cultura e a filosofia da organização, bem como da 8 capacidade individual de seus colaboradores para combinar conhecimentos, habilidades e atitudes para inovar e realizar seu trabalho. Tal capital não pode ser negociado, mas é fundamental em termos estratégicos. TEMA 3 – A ESTRATÉGIA DO CAPITAL HUMANO Verificada a necessidade de elas se destacarem no mercado por meio de alguma vantagem competitiva em relação a suas concorrentes, cabe às empresas investirem mais em seu capital humano, a fim de obterem as inovações necessárias no atual cenário de mudanças rápidas e intensas. Nesse sentido, deve-se observar como tratar de maneira estratégica o tema, dentro da organização. Como estratégia, entende-se aquela ação que auxilia a empresa a alcançar seus objetivos mais importantes. O mercado tem exigido das organizações, em especial das de base de atuação tecnológica, cujos produtos são facilmente copiáveis, investimentos em soluções inovadoras de diversas naturezas, em especial quanto a novos usos. Com essas atividades inovadoras demandando esforços consideráveis da empresa, uma forma de obter vantagens competitivas é a criação de valor. A criação de valor diz respeito às ações com as quais as organizações maximizam os benefícios percebidos pelo cliente sobre os custos envolvidos na aquisição dos produtos. Conforme Scharf et al. (2014, p. 426), entre os “benefícios da proposta de valor o referente ao capital humano é o que tem obtido substanciais resultados quanto mais se depende do talento e da experiência para a criação de novas oportunidades no mercado”. É fato que as decisões estratégicas contêm um componente comportamental e, portanto, refletem de alguma forma as características dos tomadores dessas decisões que, sem dúvida, detêm grande parte do capital humano de que dispõe uma organização. Assim, quando um diretor-executivo ou um chief executive officer (CEO) toma uma decisão estratégica e se torna o líder de uma inovação radical na empresa, ele transfere sua credibilidade para essa inovação. Um exemplo já clássico desse tipo de CEO é Steve Jobs, que faz parte do grupo de líderes fortemente associados à marca que criaram. Para Shane, Locke e Collins (2003, p. 263), o desenvolvimento da Apple foi influenciado pelas motivações de Jobs e o sucesso do computador pessoal (PC) dependeu da abordagem direcionada por ele. “De certo modo, Jobs criou o mercado de massa 9 [para o computador pessoal]”. Sua visão de simplicidade foi retratada desde o início da história da Apple Inc. quando, em um comercial em 1984, afirmou que “[...] se você consegue apontar, você consegue usar Macintosh” (“If you can point, you can use Macinstosh”, no original eminglês) (Jobs citado por Shane; Locke; Collins, 2003, p. 263), referindo-se à comodidade oferecida pelo mouse para apontar e clicar, algo totalmente inusitado, à época, em comparação com a forma como trabalhavam os computadores até então. Figura 4 – Steve Jobs Fonte: Antoniodamore/Shutterstock. Dessa forma, fica clara a interferência do fator humano no alcance de vantagem competitiva de uma organização. Assim, a gestão de talentos organizacionais torna-se fator estratégico para as empresas. Nesse sentido, a preocupação com ações como atração, recrutamento e integração; capacitação e desenvolvimento; ou retenção de talentos são fundamentais para se alimentar o capital humano e gerar retorno do investimento para a empresa. Mas, também é necessário observar se os esforços despendidos para melhoria do capital intelectual, por meio de investimentos em ativos intangíveis, estão gerando o resultado esperado. Nesse sentido, um instrumento eficaz para se realizar esse acompanhamento é o balanced scorecard (BSC). Os criadores do BSC, Robert Kaplan e David Norton, defendem que, para se ter sucesso na gestão das empresas, é preciso que os gestores tenham em conta outros indicadores além dos tradicionais indicadores financeiros. O BSC traduz a missão, a visão e a estratégia da empresa num conjunto de indicadores em torno de quatro perspectivas interligadas entre si: financeira; mercado/clientes; 10 processos internos; e desenvolvimento e capacitação. No caso específico do capital humano, é possível trabalhar com uma série de indicadores de desempenho, em especial na perspectiva de desenvolvimento e capacitação, verificando o retorno das ações estratégicas de desenvolvimento do capital humano. Alguns exemplos de indicadores são: desenvolvimento de competências; compartilhamento de conhecimento na organização; formas de remuneração e incentivo; programas de avaliação de desempenho; retenção de talentos, entre outros. TEMA 4 – DIFICULDADE DE IMPLANTAÇÃO Pode-se dizer que a gestão do conhecimento é um processo organizacional, interligado à estratégia de uma empresa e que envolve a gestão de capital humano, a aprendizagem organizacional, a inteligência empresarial e a educação corporativa. Nesse sentido, a gestão do conhecimento é baseada em competências, vinculando papéis, funções, atividades às necessidades estratégicas de uma empresa. Dessa forma, a aprendizagem deve estar disponível sempre que solicitada, para que se possam desenvolver, no tempo certo, competências básicas do ambiente de negócios, em um processo contínuo de aprendizagem. Não é possível se parar as atividades para se capacitar e, somente então, usar das competências desenvolvidas. O processo de aprendizagem ocorre ao mesmo tempo em que se utiliza dos novos conhecimentos e habilidades com o objetivo de se melhorar o desempenho no trabalho e os desempenhos da empresa e não só o desenvolvimento de qualificações individuais. A gestão do conhecimento nas organizações passa, necessariamente, pela compreensão das características e demandas do ambiente competitivo e, também, pelo entendimento das necessidades individuais e coletivas associadas aos processos de criação e aprendizado. No entanto, para implantar um processo de gestão do conhecimento nas organizações, há várias barreiras a serem transpostas. A maior e mais frequente dificuldade diz respeito à resistência natural das pessoas quanto às mudanças. Essa resistência acaba por criar uma cultura organizacional avessa a inovações e aos riscos consequentes dessas inovações. Assim, a dificuldade de se implantar o processo de gestão do conhecimento está na dificuldade em se modificar a cultura organizacional. Barreiras desenvolvidas pelas pessoas como 11 instrumento de defesa, limitando-se elas a atuar segundo faixas predeterminadas de soluções para reduzir as chances de erro e a evitar compartilhar seu conhecimento para manter sua posição na empresa, são dificuldades tradicionais nos processos de gestão do conhecimento. Além da questão da retenção do conhecimento como garantia de emprego, a implantação da gestão do conhecimento tem outros desafios a superar, segundo Terra (2000, p. 203): a) como mapear o conhecimento (competências individuais) existente nas empresas? b) onde se encontram as expertises e habilidades centrais da empresa relacionadas às core competences? c) como facilitar e estimular a explicitação do conhecimento tácito dos trabalhadores? d) como atrair, selecionar e reter pessoas com as requeridas competências, habilidades e atitudes? e) como manter o equilíbrio entre o trabalho em equipe e o trabalho individual e entre o trabalho multidisciplinar e a requerida especialização individual? f) como utilizar os investimentos em informática e em tecnologia de comunicação para aumentar o conhecimento da empresa e não apenas acelerar o fluxo de informações? g) quais sistemas, políticas e processos devem ser implementados para moldar comportamentos relacionados ao estímulo à criatividade e ao aprendizado? h) como incentivar e premiar o knowledge sharing (compartilhamento de conhecimento) e desencorajar o knowledge holding (que as pessoas guardem o conhecimento para si próprias)? i) como tornar a empresa aberta ao conhecimento externo? Como ampliar e capturar o fluxo de conhecimentos, insights e ideias provenientes de clientes, parceiros, fornecedores e da comunidade em geral? Figura 5 – O compartilhamento de conhecimentos Fonte: Darko/Shutterstock. Outros desafios são de ordem prática e dizem respeito à rotina da gestão do conhecimento. Um primeiro desafio nesse sentido são as rotinas de storytelling, ou seja, de reuniões de exposição e vivência para transferência de 12 conhecimento tácito. Não só as reuniões são exaustivas, como também há a necessidade de deixar apto o detentor do conhecimento para que ele possa mostrar o que sabe e, assim, transferir seus conhecimentos para os demais colaboradores. Muitas das vezes o detentor do conhecimento não percebe o quanto conhece e tem dificuldade em entender por que outras pessoas não tem o mesmo conhecimento que ele. Uma outra situação diz respeito ao incentivo necessário a ser dado aos colaboradores que se dispõem a compartilhar o que sabem em artigos, redes sociais ou outros meios. Quando esses incentivos não ocorrem, a tendência dos colaboradores é parar com esse tipo de prática, reduzindo a possibilidade de troca de conhecimento com outras pessoas que não fazem parte da organização. Reduz-se também a possibilidade de inovação para a empresa, na medida em que se reduzem as condições para que colaboradores possam desenvolver ideias inovadoras. Além de todas essas questões, ainda há que se considerar que a gestão do conhecimento só produz efeitos práticos e resultados para as empresas quando a alta administração apoia essa prática e suas decisões e compromissos são voltados ao apoio das iniciativas necessárias em termos de desenvolvimento estratégico e organizacional, investimento em infraestrutura tecnológica e cultura organizacional, de forma a fazer com que a gestão do conhecimento não seja mero discurso dentro da empresa, mas sim uma filosofia e uma prática consistente. Ou seja, uma barreira importante surge quando o nível estratégico da organização não tem interesse ou não demonstra aderir à implantação e manutenção da gestão do conhecimento. Para finalizar, quanto às dificuldades de implantação, Terra (2000) afirma que a gestão do conhecimento tem um “caráter universal”, ou seja, de tal maneira que pode ser aplicada a empresas de todos os portes e todas as nacionalidades;mas, essa amplitude “requer a criação de novos modelos organizacionais (estruturas, processos, sistemas gerenciais), novas posições quanto ao papel da capacidade intelectual de cada funcionário e uma efetiva liderança”, que deve estar disponível para enfrentar todas as barreiras que, naturalmente, surgirão ao longo do processo de transformação da empresa em uma organização que aprende. 13 TEMA 5 – SISTEMAS DE GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO A gestão do conhecimento, de acordo com Nonaka e Takeuchi (1997), leva as organizações a mensurar de forma mais acurada a sua eficiência, a decidir de maneira mais assertiva em relação a suas estratégias, a identificar fontes de informações fidedignas, a saber gerenciar dados, informações e conhecimentos. Assim, é uma prática organizacional para agregar valor à informação e distribuí-la. Para tanto, busca-se facilitar essas tarefas utilizando as soluções da tecnologia da informação (TI). Muitos autores consideram que a gestão do conhecimento só se tornou possível a partir da disseminação da aquisição e do uso de sistemas de informação nas organizações. Tais sistemas oferecem ferramentas/softwares que auxiliam as empresas a organizar, interpretar e direcionar estrategicamente o seu conhecimento organizacional. Ou seja, um sistema de gerenciamento de conhecimento de serviço é: Um conjunto de ferramentas e bancos de dados que são usados para gerenciar conhecimento, informações e dados. O sistema de gerenciamento de conhecimento de serviço inclui o sistema de gerenciamento de configuração, além de outros bancos de dados e sistemas de informação. O sistema de gerenciamento de conhecimento de serviço inclui ferramentas para coletar, armazenar, gerenciar, atualizar, analisar e apresentar todos os conhecimentos, informações e dados que um provedor de serviço de TI precisa para gerenciar o ciclo de vida completo dos serviços de TI. (Sistema, [S.d.]) De modo geral, existem inúmeros sistemas de gerenciamento de conhecimento; alguns, inclusive, são capazes de atuar em todas as fases da gestão do conhecimento e com os mais diferentes elementos do ciclo de vida corporativo. Entretanto, alguns são mais específicos para funções especializadas. Entre esses, encontram-se: Groupware: esses sistemas incentivam e capacitam os funcionários para que colaborem com diversas tarefas, como a comunicação, a geração de ideias e mesmo a análise e o aperfeiçoamento das iniciativas de toda a empresa. Sistemas especialistas: sistemas de informação que oferecem uma alta capacidade para resoluções de problemas específicos de determinada área. Apoio à decisão: servem de apoio à gestão para que sejam tomadas as melhores decisões, garantindo que estejam alinhadas à visão, à missão e aos valores corporativos. Documentos e gerenciamento de banco de dados: permitem o controle, o compartilhamento e a recuperação de documento e dados pertinentes no momento que for necessário. Simulação: simulam os resultados e os efeitos de ações estratégicas antes que elas sejam de fato implantadas. Eles são importantes porque, em muitos casos, não é possível testar diretamente. (Conheça, 2016) 14 Segundo Koulopoulos (1998), um sistema de gerenciamento do conhecimento deve ser implantado em três etapas. A primeira etapa seria a captação do conhecimento. Para o autor, A captação do conhecimento ocorre em cada organização sem influência dos mecanismos formais. Porém, um sistema de Gerenciamento do Conhecimento requer um ressuprimento constante. Este conhecimento implícito representa a única vantagem da maior parte das pequenas empresas ou outras que atuam em mercados incipientes. Nelas, a rotatividade de pessoal é pequena e o compartilhamento informal da informação ocorre naturalmente entre uma pequena quantidade de pessoas. Confundir informação com conhecimento complica esta situação, porque tendemos a acreditar que mais informação gera grande quantidade de conhecimento, capaz de diferenciar nossa organização. Na realidade, o inverso é verdadeiro. Nos mercados de hoje, maior volume de informação tende a nivelar a competição, já que a informação dificilmente é vendida ou fornecida a uma só organização. A informação é, simplesmente, muito fácil de reproduzir e distribuir. O conhecimento, entretanto, é muito mais difícil de reproduzir fora de uma Corrente de Conhecimento organizacional, em face das inúmeras conexões que implica. (Koulopoulos, 1998) A segunda etapa seria o inventário do conhecimento. De acordo com Koulopoulos (1998), depois que a empresa decide como será sua captação do conhecimento, ela precisa encontrar uma forma de catalogá-lo; mas, ele adverte que essa catalogação não é tarefa simples, pois: [...] se conhecimento não é informação, mas sim uma tarefa mais complexa de estabelecer conexões entre as informações, pense como seria mais adequado criar sistemas de hipertexto do tipo daqueles usados para ligar documentos na lnternet. Estas conexões formam a essência da navegação através de uma base de conhecimento, ao mesmo tempo em que se constituem no seu problema fundamental. Elas aumentam exponencialmente a complexidade de interpretação dos documentos. A catalogação da informação costumava significar a pesquisa e localização de um conjunto de documentos. Com conexões de conhecimento, cada documento pode levar a um número indeterminado de conexões, tornando a navegação quase impossível se pretendermos manter a base de conhecimento atualizada. Não é só o trabalho do usuário do conhecimento que fica mais difícil, mas a manutenção do conhecimento necessita de mais recursos. A única forma de resolver esta questão é dispor de um sistema inteligente de inventário que catalogue o conhecimento quando ele for necessário. Novamente é preciso notar que não se trata de categorizar a informação que pode ser disposta em categorias e hierarquias padronizadas e pré-definidas, mas sim conhecimento que está em mudança contínua. (Koulopoulos, 1998) 15 Figura 6 – Transferência de conhecimentos Fonte: Faithie/Shutterstock. Finalmente, como uma terceira etapa, Koulopoulos (1998) propõe a transferência do conhecimento. O autor esclarece que: [...] fornecer um documento conexão para mais outros dois documentos é necessário, porém não o suficiente para transmitir conhecimento. É fundamental que os processos e normas de negócios que regulam o uso do conhecimento sejam convergidos, para que a informação possa ser transferível para as pessoas de toda a organização. Disponibilizar regras empresariais ou ferramentas aplicativas com o conhecimento não é uma tarefa visionária, principalmente com a rápida proliferação da lnternet e sua capacidade de fornecer pequenas aplicações adaptadas ao usuário como parte de um procedimento típico de transferência da informação. A transferência do conhecimento sempre significa transferir a natureza implícita não apenas de o que deve ser feito, mas também do como o trabalho deve ser realizado. A forma de execução é uma das coisas difíceis de transmitir no trabalho do conhecimento. Após colocar em ação a captação, o inventário e a transferência do conhecimento, uma empresa poderia, então, conforme Koulopoulos (1998), ter a certeza de ter desenvolvido um verdadeiro sistema de gerenciamento do conhecimento. O sistema seria um importante marco para a criação de uma empresa do conhecimento. 5.1 Funcionalidades dos softwares Há uma grande quantidade de taxonomias distintas, de acordo com a forma como cada autor entende que deve classificar os vários softwares que auxiliam as organizações em seu gerenciamento do conhecimento. Para Sordi (2015), independente de todas essas classificações, o importante é conhecer as16 funcionalidades que cada tipo de software oferece à gestão do conhecimento. O autor elenca 11 distintas funcionalidades: 1. Funcionalidades para armazenamento de conteúdo (data warehouse): O ambiente para armazenar o conteúdo digital da organização deve ser seguro e de fácil acesso, permitindo o armazenamento de conteúdo em diferentes formatos (relatório, vídeo, foto, desenhos e voz) e possibilitando o acúmulo de volumes históricos de conteúdo, verificável, por exemplo, em ambientes de data warehouse, evitando a alta complexidade imposta pelo manuseio e pela análise de grandes coleções de dados. (Sordi, 2015, p. 214) 2. Funcionalidades para classificação de conteúdo (taxonomy softwares): Em decorrência do crescente acúmulo de documentos digitais nas organizações, é muito importante ter instrumentos que permitam classificar automaticamente cada novo conteúdo criado ou recebido. As funcionalidades da taxionomia realizam as atividades de classificação considerando as categorias de assuntos e tópicos previamente definidas, cada qual com seus documentos-exemplo e/ou palavras-chave, utilizadas para análise e classificação de cada novo conteúdo digital. (Sordi, 2015, p. 214) 3. Funcionalidades de busca e captura de conteúdo (softwares agents, web researchers): Os conceitos de busca e de captura trazem a noção de conteúdo em movimento, ou seja, fluxos de conhecimento. O fluxo é o que facilita a conexão entre o pesquisador de certo conhecimento e seu provedor. Do ponto de vista das funcionalidades de software, um bom algoritmo de busca deve permitir trabalhar com uma combinação dos múltiplos atributos que caracterizam cada conteúdo disponível: palavras-chave, partes do texto, períodos de tempo da criação do conteúdo, fonte do conteúdo, tipo de mídia em que está disponibilizado, idioma, tamanho do arquivo digital, entre outros atributos que possam facilitar a busca e a seleção do conhecimento requerido. A operação de busca pode ser operacionalizada pelo próprio usuário final, em tempo real, via motor de busca, no qual o usuário introduz valores ou limites nos parâmetros de comparação; ou pode ser agendada para intervalos predefinidos, por meio de softwares agentes capazes de auto execução em períodos pré-programados. (Sordi, 2015, p. 215) 4. Funcionalidades para representação de realidades em forma gráfica (mapas geoespaciais, sociogramas, diagramas): Muitos conteúdos digitais tornam-se mais significativos para os leitores quando apresentados de forma gráfica. Exemplos práticos e bastante difundidos são: mapas viários utilizados para análise de rotas de veículos, diagramas que descrevem atividades e recursos ao longo de uma linha de produção ou de um processo de negócio, diagramas de relacionamento social que agregam valor ao diagnosticar padrões de interação entre pessoas de uma organização. Parte do conhecimento organizacional pode ser representado graficamente, de modo a auxiliar os futuros leitores no julgamento e no manuseio do conhecimento disponível. Assim, as funcionalidades de representação gráfica colaboram diretamente com a atividade de obtenção e aquisição de 17 conhecimento, pois oferecem a informação no formato mais adequado para seu provável uso. (Sordi, 2015, p. 215-216) 5. Funcionalidades para distribuição de conteúdo (e-mail, workgroup): São as funcionalidades que colaboram diretamente com as operações realizadas pela atividade de distribuição e partilha, no processo de gestão do conhecimento. Por meio delas, usuários potenciais da informação são notificados das informações disponíveis no acervo de conhecimentos da organização. Pode-se enviar o próprio conteúdo digital que traz o novo conhecimento ou, simplesmente, divulgá-lo por meio de uma mensagem especifica ou mediante mapas informacionais. A funcionalidade de distribuição de conteúdo é fundamental quando se deseja adotar a estratégia de empurrar a informação. (Sordi, 2015, p. 216) 6. Funcionalidades para publicação de conteúdo (site, e-learning, portal): Colaborando diretamente com as atividades de distribuir e partilhar do processo de gestão do conhecimento, há as funcionalidades para publicação da informação. Por meio delas, usuários potenciais da informação podem ter acesso às coleções de conhecimento disponíveis na organização. A funcionalidade de publicação de conteúdo é fundamental quando a organização deseja adotar a estratégia de puxar a informação. (Sordi, 2015, p. 216) 7. Funcionalidades de suporte à análise e à interpretação de conteúdo (Olap, EIS, data mining, text mining): O aumento da capacidade técnica e a redução dos custos das tecnologias de armazenamento de dados, conciliados com o movimento continuo e crescente de introdução de novos coletores de dados e sistemas de informação, aumentaram de maneira significativa os acervos de dados das organizações, o que dificulta sobremaneira a análise e a interpretação humanas. Para que grandes volumes de dados se tornem matéria-prima para a atividade de obtenção e aquisição de novos conhecimentos pela organização, é necessário o emprego de algoritmos que facilitem a análise cruzada de múltiplas dimensões de um mesmo fato, que desenvolvam inferências estatísticas e apontem aos analistas relacionamentos interessantes. Algoritmos mais sofisticados de text mining trabalham também com o nível semântico do idioma, sendo capazes de descobrir e capturar dados que revelam padrões significativos para o negócio. (Sordi, 2015, p. 217) 8. Funcionalidades para gerenciar a evolução de conteúdo (content management system): A maior parte do conhecimento organizacional apresenta alterações ao longo do tempo, exigindo do processo de gestão do conhecimento um trabalho continuo de acompanhamento da evolução dos acervos digitais. É muito comum a necessidade de acesso a versões precursoras de relatórios, softwares, mapas, diagramas organizacionais, desenhos de projetos da engenharia, bem como de diversas outras formas de conhecimento digital. Por essa razão, a funcionalidade de gestão do conteúdo deve oferecer serviços de preservação, organização e disseminação do histórico evolutivo das coleções de conteúdo digital. (Sordi, 2015, p. 217) 18 9. Funcionalidades de apoio à experimentação (simuladores): Essas funcionalidades merecem um destaque especial por serem as mais direcionadas à atividade de aprendizagem e criação no processo de gestão do conhecimento. Esses recursos são importantes para incentivar a geração de novas ideias. As pessoas da organização passam a não ter receio de experimentar e errar, uma vez que toda experimentação ocorre em um ambiente virtual propício à realização de diferentes testes. Alguns exemplos muito conhecidos de simuladores são os encontrados nos softwares de simulação de voo para pilotos de aeronaves, em simulações para operação e planejamento da carga de máquinas em fábricas, na análise de resultados financeiros em cenários que impliquem alteração de variáveis importantes. (Sordi, 2015, p. 218) 10. Funcionalidades de interatividade para discussão e troca de ideias (web conference, workgroups, voz via internet/voz sobre IP): Dispor de softwares que auxiliem as pessoas a se comunicar é um benefício que agrega valor à maioria das atividades do processo de gestão do conhecimento organizacional. As dúvidas e as questões são importantes insumos para o processo de identificação e mapeamento das necessidades informacionais, que devem ser geridas e desenvolvidas pela organização, ou seja, são input à atividade de identificar e mapear conhecimento. Os conhecimentos tácitos da organização, apontados pelos mapas informacionais e encaminhados pela atividade distribuir/partilhar, tornam-se mais explícitos quando podem ser acessados via ferramentasde interatividade, seja mediante troca de e-mails, seja por uma conversa em um sistema de comunicação de voz sobre IP ou utilizando um sistema de conferência via web. As discussões sobre conteúdo, facilitadas pelas ferramentas de interatividade, também colaboram com a atividade de aprendizagem e criação no processo de gestão do conhecimento. A crescente integração dos diversos recursos de comunicação suportados pela tecnologia da informação promoverá maior facilidade e mais frequência na interatividade entre os indivíduos das organizações. (Sordi, 2015, p. 218-219) 11. Funcionalidades para identificar e tratar exceções (rule engine): Esse grupo de funcionalidades permite ao usuário especificar situações de interesse para serem monitoradas. Algoritmos que definem regras operacionais são utilizados para monitorar a ocorrência das situações de interesse, bem como o tratamento a ser aplicado, geralmente o disparo de uma ação predefinida. Essa ação pode ser o acionamento de um software ou a notificação de um usuário para que possa decidir sobre a atitude a ser tomada diante do ocorrido. Situações não previstas pelas regras são eventos prioritários para a gestão do conhecimento e, por serem um fato novo, requerem análise e interpretação que podem resultar no aprendizado e na geração de novos conhecimentos. (Sordi, 2015, p. 219) Cada um desses softwares aqui apresentados tem sua função específica para auxiliar no gerenciamento do conhecimento das organizações. Cabe ao gestor responsável pelo processo definir quais os softwares a serem utilizados e 19 acompanhar a sua evolução a fim de ter sempre as melhores ferramentas em seu sistema. FINALIZANDO Nesta aula, você pôde conhecer acerca da gestão do conhecimento. Para que uma empresa que se pretenda inovadora obtenha vantagem competitiva, uma importante situação a ser cuidada e gerenciada é o conhecimento gerado por essa empresa. Assim, você pôde entender o conceito de gestão do conhecimento, por meio dos conhecimentos tácito e explícito e entender, por meio da espiral do conhecimento de Nonaka e Takeuchi (1997), como o conhecimento do indivíduo se transforma em conhecimento organizacional. Pôde conhecer a ideia de capital humano, sua importância para as organizações e seu papel estratégico na gestão das empresas inovadoras. Pôde também verificar, de uma forma geral, quais as dificuldades encontradas pelas empresas para implantar a gestão do conhecimento. Por fim, teve a oportunidade de distinguir vários suportes tecnológicos para que a gestão do conhecimento ocorra a contento, nas organizações. 20 REFERÊNCIAS CONHEÇA os sistemas de gerenciamento do conhecimento. Humantech Gestão do Conhecimento, 1 ago. 2016. Disponível em: <https://www.oconhecimento.com.br/conheca-os-sistemas-de-gerenciamento- do-conhecimento/>. Acesso em: 27 nov. 2018. CRAWFORD, R. Na era do capital humano: o talento, a inteligência e o conhecimento como forças econômicas. São Paulo: Atlas, 1994. DAVENPORT, T. O. O capital humano: o que é e por que as pessoas investem nele. São Paulo: Nobel, 2001. KOULOPOULOS, T. As peças do quebra-cabeças do gerenciamento do conhecimento. In: SEMINÁRIO INTERNACIONAL – GERENCIAMENTO DO CONHECIMENTO, 1998, São Paulo. Anais... São Paulo: Cenadem, 1998. NONAKA, I.; TAKEUCHI, H. Criação de conhecimento na empresa. Rio de Janeiro: Elsevier, 1997. POLANYI, M. The tacit dimension. Londres: Routdedge & Kegan Paul, 1966. SCHARF, E. R. et al. O capital humano como um driver das estratégias de marketing em empresas inovadoras: o caso da Apple. Race, v. 13, n. 2, p. 425- 452, maio/ago. 2014. SCHULTZ, T. W. Investiment in human capital. The American Economic Review, v. 51, n. 1, p. 1-17, mar. 1961. SHANE, S.; LOCKE, E. A.; COLLINS, C. J. Entrepreneurial motivation. Human Resource Management Review, v. 13, n. 2, p. 257-279, 2003. SISTEMA de gerenciamento de conhecimento de serviço (SGCS). PMG Academy, São Paulo/Flórida. Disponível em: <https://www.pmgacademy.com/pt/glossario-itil/488-sistema-de-gerenciamento- de-conhecimento-de-servico-sgcs>. Acesso em: 27 nov. 2018. SORDI, J. O. Administração da informação: fundamentos e práticas para uma gestão de conhecimento. São Paulo: Saraiva, 2015. TAKEUCHI, H.; NONAKA, I. Gestão do conhecimento. Porto Alegre: Bookman, 2008. 21 TERRA, J. C. C. Gestão do conhecimento: o grande desafio empresarial. São Paulo: Negócio, 2000. VIDOTTO, J. D. F. et al. Reflexões sobre a percepção do capital humano nas últimas cinco décadas. Ijkem, Florianópolis, v. 4, n. 10, p. 169-187, nov. 2015/fev. 2016. Conversa inicial FINALIZANDO Nesta aula, você pôde conhecer acerca da gestão do conhecimento. Para que uma empresa que se pretenda inovadora obtenha vantagem competitiva, uma importante situação a ser cuidada e gerenciada é o conhecimento gerado por essa empresa. Assim, você pôde... REFERÊNCIAS
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