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LEGISLAÇÃO E NORMAS PARA USO DO FOGO NO ESTADO DO PIAUÍ

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
	CAMPUS PROFESSORA CINOBELINA ELVAS	
BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL
DISCIPLINA DE INCÊNDIOS FLORESTAIS
LEGISLAÇÃO E NORMAS PARA USO DO FOGO NO ESTADO DO PIAUÍ
DISCENTE
Bruno Matias dos Santos Sousa
BOM JESUS-PI
2019
LEGISLAÇÃO E NORMAS PARA USO DO FOGO NO ESTADO DO PIAUÍ
Considerando a importância de se promover a conservação da biodiversidade, do meio físico natural, do patrimônio socioambiental e ecossistemas associados no estado do Piauí, o governador no ano de 2008, por meio do Decreto Estadual Nº 13.263 de 15/10/2008 sancionou a lei que regulamenta o uso do fogo em área com cobertura vegetal, bem como definiu o Plano Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Controle de Queimadas (Piauí, 2008).
O capítulo II do Decreto Nº 15.513 de 27/01/2014– dispõe das ações e normas sobre as queimas controladas, na qual, diz que: Admite-se o emprego do fogo em áreas com cobertura vegetal apenas na modalidade Queima Controlada, assim entendida como o uso do fogo como fator de produção e manejo agrícola, pastoril e florestal e para fins de pesquisa científica e tecnológica, em áreas com limites físicos previamente definidos. Ainda, dispõe sobre o uso de técnica de contrafogo, que pode-se utilizar apenas em caso do incêndios florestais e por pessoas especializadas (PIAUÍ, 2014). 
O único órgão responsável que pode prescrever a utilização de fogo é a SAMAR - Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí.
Para prescrição do uso do fogo é necessário ater algumas normas, como:
declaração de realização do preparo adequado da área a ser queimada, com a adoção dos procedimentos previstos na legislação;
descrição da área e do material a ser queimado, bem como mapa ou croqui de localização georreferenciada;
previsão dos dias e horários para a realização da Queima Controlada;
laudo agronômico, devidamente registrado mediante ART - Anotação de Responsabilidade Técnica junto ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia – CREA.
compromisso de acompanhamento de toda a Operação de queima, até sua extinção, firmado por profissional habilitado.
Após autorização a SEMAR ainda poderá revogar a prescrição quando: ser constado risco de vida para os moradores do entorno, causar danos ambientais ou provocar alterações nas condições climáticas. Ainda, a SEMAR suspenderá quando, quando a qualidade do ar seja comprometida ou quando os limites das fumaças ultrapassarem limites mínimos de visibilidade, comprometendo e colocando em risco as operações aeronáuticas, rodoviárias, fluviais e de outros meios de transporte.
O capítulo III – dispõe da aprovação do Plano Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Controle de Queimadas criada pelo criado pelo Decreto Estadual nº 13.263 de 15 de outubro de 2008. Na qual, fica atribuída ao Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Piauí, a gestão do Plano, assim como a coordenação das ações a serem desencadeadas em situações de emergência. Além, os trabalhos de controle, fiscalização e monitoramento envolvendo o emprego de fogo, serão exercidos pela SEMAR em articulação com outros órgãos, e deverão contar com o apoio dos órgãos municipais dotados de poder de polícia administrativa ambiental.
O Decreto Nº 13.263 de 15/10/2008 dispõe ainda da criação de um comitê estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Controle de Queimadas no Estado do Piauí, com a finalidade de subsidiar o Governo do Estado na formulação do Plano Anual de Ação de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais e Controle de Queimadas e de propor políticas, diretrizes e ações, com vistas ao controle de queimadas e combate aos incêndios florestais.
O comitê tem como finalidade o monitoramento das áreas com maior propensão a incêndios florestais, bem como dispor de políticas públicas voltadas para educação ambiental, prevenção e combate aos incêndios. Com o objetivo de reduzir o emprego do fogo nas práticas agropastoris e florestais no território piauiense, principalmente nas áreas com vegetação com relevante interesse ecológico para biodiversidade, em especial as pastagens nativas, os remanescentes de vegetação da caatinga, de cerrados, das matas de cocais e de florestas nos vales de rios. Além de priorizar as áreas de unidades de conservação e nos entornos.

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