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ANÁLISES DE FLUIDOS BIOLÓGICOS fim

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CASSIELLE DE OLIVEIRA BARROS
QUIXADÁ
2019PORTIFOLIO DE ANÁLISES DE FLUIDOS BIOLÓGICOS
SUMARIO 
1.0 - Urinálise ……………………………………………………............... 01
2.0 – exame de urina ............................................................. 
3.0 – etapas............................................................................
 3.1 – INFORMAÇÕES SOBRE A COLETA..................................
 3.2 – EXAME FISICO ............................................................ 
 3.3 – EXAME QUIMICO ........................................................
 3.4 – EXAME MICROSCOPICO ................................................
4.0 – procedimentos operacionais padrão (pop)- URINA.... 
5.0 - IMAGENS DOS SEDIMENTOS PRESENTES NA MICROSCOPIA...
 	5.1 – CÉLULAS ……………………………………………………………………
		5.1.1 - CÉLULAS EPITELIAIS ESCAMOSAS ………………………..
		5.1.2 - CÉLULAS EPITELIAIS TUBULARES………………………..
		5.1.3 - CÉLULAS DE TRANSIÇÃO.........................................
5.2 – HEMÁCIAS..........................................................................
5.3 – LEUCÓCITOS......................................................................
5.4 – CILINDROS.......................................................................
 5.4.1 - CILINDROS LEUCOCITÁRIOS....................................
 5.4.2 - CILINDROS EPITELIAIS................................................
 5.4.3 - CILINDROS ERITROCITÁRIOS.....................................
 5.4.4 - CILINDROS CÉREOS..................................................
 5.4.5 - CILINDROS GRANULARES..........................................
 5.4.6 - CILINDROS HIALINOS...............................................
6.0 – CRISTAIS ………………………………………………………………………….
 6.1 - URATOS AMORFO................................................................
 6.2 - OXALATOS DE CÁLCIO.........................................................
 6.3 - ÁCIDO ÚRICO......................................................................
 6.4 - FOSFATO AMORFO................................................................
 6.5 - FOSFATO TRIPLO..................................................................
 6.7 - CARBONATO DE CÁLCIO.........................................................
 6.8 - FOSFATO DE CÁLCIO.............................................................
 6.9 – CISTINA..............................................................................
 6.10 – TIROSINA.........................................................................
7.0 – BACTÉRIAS..............................................................................
8.0 – LEVEDURAS.............................................................................
9.0 – ESPERMATOZÓIDES................................................................
10.0 - Trichomonas vaginalis....................................................
Urinálise
A Urinálise é um exame de urina que pode ser usada para detectar e medir o nível de diversas substâncias presentes na urina, como proteínas, glicose (açúcar), cetonas, sangue, entre outras. Para a realização deste exames utiliza se uma tira fina de plástico (tira reativa) impregnada com produtos químicos que reagem com as substâncias na urina e rapidamente mudam de cor. Os resultados dos exames são confirmados através de outras análises laboratoriais mais precisas. A urina pode ser examinada ao microscópio para verificar se há glóbulos vermelhos e brancos, cristais e cilindros (impressões dos túbulos renais criadas quando as células urinárias, a proteína ou ambas se precipitam nos túbulos e saem na urina).
exame de urina
 O exame de urina é extremamente importante para a avaliação da função 
renal, ele deve ser realizado com frequência pois através dele se é detectado outras possíveis 
doenças . Com este exame é possível diagnosticar diversas patologias, monitorar o 
progresso das doenças no organismo e acompanhar o tratamento. O exame de urina é 
realizado em três etapas, sendo elas: primeira etapa, onde são analisadas as características 
gerais da urina (como as propriedades físicas da urina, seu volume, e coloração), segunda 
etapa, onde é realizada a pesquisa de elementos anormais, analisando a composição química 
da urina e por fim a terceira etapa, onde é feito o exame microscópico da urina.
 Etapas
INFORMAÇÕES SOBRE A COLETA
Para exame de urina ou cultura, uma higiene prévia deve ser feita antes da coleta, os órgãos genitais devem ser limpos com água e sabão neutro, lenço umedecido ou com uma solução anticéptica para que não haja interferência nos resultados. Após a assepsia íntima, a coleta de urina é realizada. Nos homens, no momento da micção, instrui-se que puxem o prepúcio para trás e nas mulheres que afastem os grandes lábios e mantenham os joelhos afastados, tentando com estas medidas evitar ao máximo a contaminação da amostra. Ao iniciar a micção do paciente, instruí-lo para desprezar o primeiro jato (no vaso sanitário quando possível) e após coletar a urina referente ao jato médio colocando diretamente no frasco coletor, fechando o frasco com a tampa, identificando e encaminhando ao laboratório.
EXAME FISICO
As características físicas da urina são analisadas na primeira etapa do exame, sendo então 
observado a cor, o cheiro, o aspecto e o volume e a densidade. Uma urina normal tem, 
normalmente, coloração amarela ou amarela clara (na qual se é chamado de amarelo sitrino. 
Tonalidade normal da urina que se é dada pelo o urocromo), pode ser percebidas variações 
de cor na urina, tais como; amarelo escuro ou âmbar (presença de bilirrubina, que pode ser 
causada por uma hepatite por exemplo), amarelo esverdeado (hiperbilirrubidêmia), azul 
esverdeada (pode ser causada por infecções por pseudômonas ou por uso de certos 
medicamentos como o sepeurin) e vermelha ou rosada (pode ser causada pela a presença de 
hemácias ou no caso de algumas pessoas influencia da sua alimentação). A cor é 
extremamente importante, pois através dela é possível ter uma idéia do funcionamento 
normal ou da presença de alguma patologia. A urina possui um cheiro característico.
Também, possui um aspecto claro e transparente(podendo ser transparente/límpido, turvo, 
opaco e leitoso) que pode variar devido a mudança do pH, temperatura e saturação. Não 
existe um valor normal para o volume da urina, na maioria das vezes a quantidade de urina é 
maior durante o dia e menor durante a noite. O volume de urina excretado pode variar de 
acordo com:A alimentação; exercício físico;Ingestão de líquidos; Temperatura.
EXAME QUIMICO
O exame de urina pode nos fornecer pistas importantes sobre doenças, principalmente 
sobre problemas nos rins e nas vias urinárias. A presença de sangue, piócitos (pus), 
proteínas, glicose e diversas outras substâncias na urina costuma ser um indicativo 
para alguns tipos de doenças que podem ainda não estar apresentando sinais ou 
sintomas muito claros.O fato da urina ter uma aparência completamente normal não 
significa que ela não possa conter alterações. É utilizado para esta etapa do exame um 
Método de pesquisa das substâncias químicas da urina pela a utilização de reagentes 
específicos (fita reativa). Cada fita possuiu vários quadradinhos coloridos compostos por 
substâncias químicas que reagem com determinados elementos da urina. Através 
destas reações e com o complemento do exame microscópico, podemos detectar a 
presença e a quantidade dos seguintes dados da urina: Densidade, pH, Glicose, 
Proteínas, Hemácias (sangue), Leucócitos, Cetonas, Urobilinogênio e bilirrubina, Nitrito, 
Cristais, Células epiteliais e cilindros. A fita identifica a presença dessas substâncias 
citadas acima, mas aquantificação é apenas aproximada. O resultado é normalmente 
fornecido em uma graduação de cruzes de 1 a 4. Por exemplo: uma urina com 
“proteínas 4+” apresenta grande quantidade de proteínas; uma urina com “proteínas 
1+” apresenta pequena quantidade de proteínas. Quando a concentração é muito 
pequena o resultado se é dado apenas com a presença de “traços de proteínas” 
 EXAME MICROSCOPICO (Sedimentoscopia) 
A microscopia do sedimento urinário é um aspecto muito importante na avaliação dos pacientes. O exame de urina pode oferecer informações não apenas sobre os rins e bexiga, mas sobre o fígado, pâncreas e outros órgãos, analisando uma ampla gama de distúrbios. Uma pequena amostra indica a situação em que o organismo se encontra de uma forma geral. A urina possui vários elementos sólidos microscópicos, insolúveis em suspensão. Esses elementos incluem glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, células epiteliais, cristais, bactérias e parasitas. Quando em repouso, ou após centrifugação, esses elementos se estabelecem e sedimentam no fundo do recipiente. Eles são conhecidos como depósitos urinários ou sedimentos urinários, por essa razão a análise desses sedimentos é chamada de sedimentoscopia. O sedimento urinário deve ser reportado qualitativamente (tipos de células, cilindros, cristais, organismos) e quantitativamente (número de cilindros por campo de pequeno aumento e/ou células por campo de grande aumento). Pelo menos de 10 até 20 campos microscópicos devem ser observados e uma faixa média reportada.O exame microscópico do sedimento urinário pode indicar a presença de uma doença e, muitas vezes, a natureza e a extensão das lesões. Normalmente, um pequeno número de células e outros elementos formados podem ser detectados na urina. Quando há uma enfermidade, o número desses elementos aumenta significativamente.
procedimentos operacionais padrão (pop)- URINA
Um laboratório o de analise é um ambiente interessante 
pelas inúmeras possibilidades de conhecimentos e descobertas que oferece 
porém os manuseios de equipamentos e materiais inadequados podem apresentar risco ao 
profissional da área da saúde. É de suma importância usar os equipamentos de proteção 
individual, faze r a descontaminação de bancadas e equipamentos conforme as normas de 
segurança do laboratório. 
 D esprezar o res ta nte da mi cção; 
 Tampar o f rasco i medi atame nte. 
 
 
 
IMAGENS DOS SEDIMENTOS PRESENTES NA MICROSCOPIA
CÉLULAS
CÉLULAS EPITELIAIS ESCAMOSAS
É comum que células epiteliais sejam liberadas pela bexiga ou uretra, afinal de contas, o tecido celular está em constante renovação dentro e fora do organismo. Embora saibamos desse fato, é preciso analisar mais profundamente o exame de urocultura quando as células apresentam um formato cilíndrico.Esse fato é bastante importante, pois essa forma de célula epitelial é característica do túbulo renal, e não de estruturas diretas do trato urinário como bexiga e uretra. Isso pode ocorrer quando há lesões no túbulo renal, que podem levar a doenças mais graves.Um aumento da quantidade de células epiteliais também pode indicar um problema renal grave chamado síndrome nefrótica. A síndrome nefrótica é um distúrbio nos glomérulos, que produzem quantidades excessivas de proteínas.Uma grande quantidade de proteína sendo excretada, leva a um acúmulo de líquidos no organismo, baixos níveis de Albumina e aumento de gordura no sangue.
 CÉLULAS EPITELIAIS TUBULARES
 Essas células provenientes dos tubos contorcidos proximais, da alça de Henle, dos tubos contorcidos distais e dos dutos coletores. O tamanho da células renais observadas no exame microscópico, geralmente, varia de 12 a 25 μm, dependendo do local de origem. A acentuada granulação dessas células é decorrente do grande número de estruturas presentes no citoplasma como: retículo endoplasmático rugoso, retículo endoplasmático liso, complexo de Golgi e mitocôndrias. No exame microscópico do sedimento urinário, células oriundas dos túbulos contorcidos proximais raramente são observadas. A presença de número aumentado de células tubulares renais ocorre em patologias renais como: necrose tubular aguda, infecções virais, infecções bacterianas, inflamações e neoplasias. Número aumentado de células tubulares renais é, também, verificado em pacientes que se submeteram a transplante renal e que apresentam rejeição do órgão transplantado. È, contudo importante lembrar que a observação da presença de número aumentado de estruturas como leucócitos, hemácias com alteração em sua morfologia (dismórficas) e cilindros constituem em importantes informações e contribuem para uma melhor interpretação dos resultados. A identificação de células renais é, relativamente, difícil quando realizamos o exame microscópico sem empregamos qualquer método de coloração ao sedimento urinário. Nesse sentido, a utilização do corante supravital de Sterheimer Malbin é de grande auxílio na identificação destas células.
CÉLULAS DE TRANSIÇÃO
As células de transição são células do trato urinário, apresentam diâmetro que varia de 20 a 30μm, sua forma é esférica ou oval, podendo também ser caudada, geralmente, tem um único núcleo, redondo ou oval, que se encontra centralizado. O tamanho do núcleo é, aproximadamente o mesmo do núcleo das células pavimentosas, mas o citoplasma dessas células aparece mais denso e apresenta maior número de inclusões, bem como maior vacuolização. A relação citoplasma/núcleo das células de transição é de aproximadamente 5/1. Células de transição agrupadas podem ser observadas em sedimento urinário de pacientes com alterações do trato urinário baixo como cistite mas, principalmente, em amostras de urina de pacientes submetidos à cateterização ou à lavado de bexiga. Alterações no tamanho das células de transição e alterações no núcleo e no citoplasma podem ser verificados em pacientes submetidos à tratamento radioterápico e pacientes com câncer de bexiga. Entretanto, para melhor observação destas alterações e adequada caracterização deve ser realização exame citológico, visto que o exame de urina, realizado em sedimento sem coloração não tem como objetivo a observação de alterações celulares desta natureza.
HEMÁCIAS
As hemácias apresentam for discóide com diâmetro é de aproximadamente 7 μm, são células anucleadas e não apresentam inclusões citoplasmáticas. A observação de diferentes ângulos permite a sua visualização sob diferentes formas. Depois da forma discóide a mais freqüentemente observada é a de duplo prato. A ausência de inclusões citoplasmáticas confere às hemácias aparência lisa quando observadas por microscopia de campo claro. Na microscopia de campo claro as hemácias podem ser confundidas com gotículas de gordura, ou óleo, bolhas de ar cristais ovais de oxalato de cálcio (monohidratado) e leveduras. No exame microscópico do sedimento urinário podemos encontrar três tipos de hemácias: normais, fantasma e dismórficas. As hemácias normais apresentam coloração laranja pálido e podem ser encontradas em urinas recém emitidas e isotônicas, isto é, que apresentam densidade próxima de 1.010. Hemácias íntegras são observadas, principalmente, no sedimento urinário de amostras obtidas de pacientes cuja hematúria é decorrente de lesão mecânica (ex.: litíase renal, acidente) e amostras contaminadas com fluxo menstrual, pois essas células sofrem rápida degradação de sua morfologia em doenças renais com retenção urinária e em amostras não analisadas logo após sua colheita, conforme recomendado. A presença de pequena quantidade (<2 por campo) de hemácias na urina é normal. Presença de grandes números de hemácias podem ser chamados de hematúria. A hematúria pode ter origem ao longo do trato urinário e indicar a ocorrência de patologia severa. As hematúrias podem ser classificadas de acordo com a intensidade, freqüência e repercussão clínica. Quanto à intensidade do sangramento podem ser macroscópicas, quando a cor da urina sugere a presença de hemáciasem grande quantidade, ou microscópicas, quando a presença de hemácias pode ser detectada apenas através da microscopia. Em relação à freqüência, elas podem ser isoladas, permanentes e recorrentes. Nas hematúrias isoladas e permanentes a presença de hemácias no sedimento urinário é verificada em episódio único (amostra isolada) ou constantemente (amostras consecutivas), respectivamente, enquanto nas hematúrias recorrentes se verificam períodos de remissão do sangramento. Quanto à repercussão clínica elas podem ser assintomáticas e sintomáticas
LEUCÓCITOS
Os leucócitos tem, aproximadamente 12 μm de diâmetro, seu citoplasma apresenta granulações finas e o núcleo é lobulado. As granulações podem se apresentar mais densas quando já se verifica certo grau de degeneração dos leucócitos. Essa degeneração é comumente observada em urinas diluídas e alcalinas e em aproximadamente 50% das amostras que são examinadas 3 horas depois de realizada sua colheita caso a mesmas não tenham sido submetida à refrigeração. Podem estar presentes em pequena quantidade na urina normal. Porém em quantidade elevada é denominada piúria. Os neutrófilos são o tipo mais comum, mas também podem ser observados eosinófilos e linfócitos. Quantidades aumentadas indicam a presença de lesões inflamatórias, infecciosas ou traumáticas em qualquer nível do trato urinário. Também pode ser um indicativo de contaminação da amostra. Por isso, deve-se sempre excluir contaminação por via genital. É preciso observar qual tipo de célula branca está aumentada para buscar a causa sistêmica ou local correspondente.
CILINDROS
 São elementos exclusivamente renais compostos por proteínas e moldados principalmente nos túbulos distais dos rins. Por essa razão todas as partículas que estiverem contidas em seu interior são provenientes dos rins. Indivíduos saudáveis, principalmente após exercícios extenuantes, febre ou uso de diuréticos, podem apresentar pequena quantidade de cilindros, geralmente hialinos.Os cilindros retêm o conteúdo dos túbulos renais no momento de sua formação, constituindo-se em verdadeiras “biópsias”. Quando em conjunto com outros achados do sedimento urinário e do exame bioquímico da urina, funcionam como biomarcadores do local da lesão renal (glomerular, tubular ou intersticial), de natureza da lesão (funcional ou estrutural) e até mesmo de prognóstico.
CILINDROS LEUCOCITÁRIOS
São cilindros hialinos que contém leucócitos ao seu redor e em seu interior. A maioria das células brancas que aparecem nos cilindros leucocitários são os neutrófilos polimorfonucleares. Em muitos casos as células ainda estão intactas podendo visualizar claramente os núcleos, Geralmente ocorre concomitante com leucocitúria e mostra a necessidade de se realizar uma cultura de urina. São indicativos de infecção no interior do nefron tais como: pielonefrite e glomerulonefrite. 
CILINDROS EPITELIAIS
As células epiteliais são as células do trato urinário. O fato delas estarem presentes na urina 
significa apenas que essas células descamaram e foram levadas pela urina ao passar pelo canal 
urinário. Portanto, células epiteliais na urina são apenas o resultado da descamação natural que 
ocorre no trato urinário, assim como acontece na pele, por exemplo. A presença delas só é 
relevante quando se agrupam em forma de cilindro (cilindros epiteliais). Podendo assim serem indicativos de patologias. Tais como: Lesões nos túbulos renais, Após exposição a agentes nefrotóxicos ou vírus. 
CILINDROS ERITROCITÁRIOS
Os cilindros Eritrocitários ou Hemáticos, são cilindros hialinos que contém aglomerados de hemácias ou hemoglobina ao seu redor e em seu interior. Em muitos casos estão associados á glomerulonefrite, lesões glomerulares, tubulares e capilares renais, sendo formados devido ao sangramento no interior dos nefrons. Por isso são muito importantes para definir se a lesão é glomerular, uretral, da bexiga, da próstata ou da uretra.
 CILINDROS CÉREOS
Os cilindros céreos possuem índice de refração muito elevado, são de cor amarela, acinzentada, ou incolor. E tem uma aparência lisa e homogênea com bordas semicerradas. A presença desses cilindros apresenta um estágio avançado da evolução natural dos cilindros hialinos patológicos, sendo indicativo de insuficiência renal crônica grave, hipertensão maligna, amiloidose renal e nefropatia diabética. 
CILINDROS GRANULARES
Este tipo de cilindro são oriundos da desintegração dos cilindros celulares que permanecem nos túbulos devido a estase urinária, ou podem representar a agregação direta de proteínas do soro em uma matriz de mucoproteína de Tamm-horsfall, ou serem resultantes de restos de leucócitos e bactérias. Normalmente, os grânulos são grosseiros, mas quando a estase urinária é prolongada, estes grânulos podem quebrar e virar grânulos finos. Eles normalmente estão presentes quando ocorre estase urinária, no entanto os cilindros granulares podem estar presentes na urina por um curto periodo de tempo após o exercício físico intenso.
CILINDROS HIALINOS
Os cilindros hialinos são formados pelo o acúmulo de proteína de Tamm-horsfall gelificada no interior do túbulo distal. Uma vez que eles são compostos de proteína única tem um índice de refrigeração muito baixa e deve ser visualizada sob luz fraca. Eles são incolores, e transparentes, e geralmente têm extremidades arredondadas. A presença destes cilindros em pequena quantidade é normal, principalmente após exercicos físicos, desidratação, calor e estresse. Porém pode pode aparecer de forma patológica Quando o individuo apresentar doenças como; glomerulonefrite, pielonefrite, doença renal crônica,insuficiência cardíaca congestiva. 
CRISTAIS
Os cristais são formados a partir da precipitação de sais presentes na urina por diversos fatores, como o pH e a concentração. São um achado frequente na análise do sedimento urinário normal. Há cristais cuja presença na urina pode estar associada a algumas doenças metabólicas ou infecciosas, sendo considerados cristais patológicos. Um mesmo cristal, na dependência da quantidade, forma de apresentação e condições do meio ambiente urinário, pode ter diferentes significados clínicos. Alguns cristais representam um sinal de distúrbios físico-químicos na urina ou têm significado clínico específico, como os de cistina, leucina, tirosina e fosfato amoníaco magnesiano. Podem também ser observados cristais de origem medicamentosa e de componentes de contrastes urológicos.
URATOS AMORFO
Urato amorfo é um tipo de cristal presente na urina, mais concretamente no ácido úrico. Os uratos estão presentes nos cálculos dos rins e da vesícula.  Os cristais uratos amorfos são formados pela precipitação de sais da urina submetidos a variações de pH, temperatura ou concentração. O urato amorfo é um cristal normal da urina ácida que é comum nas urinas concentradas e de pH ácido, principalmente após o resfriamento da amostra. Podem ser solubilizados com aquecimento ou por adição de NaOH a 10%. A identificação dos cristais é importante na averiguação das doenças hepáticas, e suas subdivisões e até de algumas alterações metabólicas. Para a correta identificação dos cristais é preciso determinar o pH urinário para conhecer o tipo de substância que se encontra precipitado. Os cristais podem ser classificados em normais de urina alcalina e cristais anormais.
OXALATOS DE CÁLCIO
As pedras nos rins ou cálculos renais são formadas por depósitos de oxalato de cálcio. A urina contém substâncias químicas protetoras que inibem a formação de cálculos, porém esses podem não funcionar bem em todas as pessoas. Os rins têm a importante função de manter a quantidade de água necessária ao corpo e ao mesmo tempo remover substâncias desnecessárias. Sendo assim, cristais sólidos de oxalato de cálcio aparecem em grande quantidade em pacientes com litíase urinária, isto é, pedra nos rins ou areia na urina. Ocorrem também em mulheres grávidas e em pessoas que não ingerem muitaágua.
ÁCIDO ÚRICO
Ele normalmente é encontrado em urinas de pH ácido e é normalmente relacionada à dieta hiperproteica, já que o ácido úrico é um subproduto da degradação das proteínas. Assim, dietas ricas em proteínas levam ao acúmulo e precipitação de ácido úrico. Além disso, a presença de cristais de ácido úrico na urina pode ser indicativo de gota e nefrites crônicas.
FOSFATO AMORFO
FOSFATO TRIPLO
podem ser normais, mas também podem estar presentes em casos de urina muito alcalina provocada por infecção urinária pelas bactérias Proteus ou Klebsiella. Pacientes com cálculo renal por pedras de estruvita costumam ter esses cristais na urina.
CARBONATO DE CÁLCIO
FOSFATO DE CÁLCIo
São longos, finos, prismas incolores e pode ter uma extremidade pontiaguda, também podem assumir formas grandes, finas ou de placas irregulares que podem flutuar na superfície da urina. Cristais de fosfato de cálcio são solúveis em ácido acético diluído.
CISTINA
A cistinúria é um distúrbio renal hereditário raro que resulta na eliminação do aminoácido cistina na urina, o que muitas vezes causa a formação de cálculos de cistina nas vias urinárias. A cistinúria é o resultado de um defeito hereditário dos túbulos renais.
TIROSINA
Aparecem em enfermidades hepáticas graves ou em tirosinose.
BACTÉRIAS
Normalmente a urina não possui bactérias, mas se a amostra não for colhida nas condições adequadas, pode ocorrer contaminação. Especialmente em mulheres, bactérias e leucócitos na urina podem ser resultados de contaminação com secreções vaginais. Em infecções do trato urinário com envolvimento dos rins, além de leucócitos e bactérias, podem ser observados cilindros leucocitários e mesmo cilindros contendo bactérias. A suspeita de infecção urinária pode acontecer se bactérias estiverem presentes em amostras recentemente obtidas por coleta de jato médio, particularmente se numerosos leucócitos estiverem também presentes.
LEVEDURAS
As células leveduriformes podem ser observadas no sedimento urinário devido à contaminação por secreção vaginal ou ainda por contaminação pela pele ou pelo ambiente. As leveduras estão presentes em secreções vaginais de indivíduos com infecção pelo fungo, freqüentemente em pacientes diabéticos e/ou imunossuprimidos. As principais leveduras observadas são Candida sp. Essas se apresentam como células ovóides, com tamanho de 5 a 7 micra, incolores e refringentes. Muitas vezes apresentam brotamentos, devido à germinação, e pseudohifas. Na transcrição do resultado a presença de leveduras deve ser relatada da seguinte forma: "Presença de células leveduriformes (pseudohifas) com aspecto morfológico de Candida sp".
Candida Albicans 
ESPERMATOZÓIDES
Estas células podem estar presentes tanto em amostras de urina de homens, quanto de mulheres. A presença de espermatozóides em amostras de urina de mulheres não deve ser relatada, por questões éticas, a não ser quando há solicitação explícita de comprovação de abuso sexual. Em amostras de urina de homens a presença de espermatozóides pode indicar espermatorréia, uma das causas de infertilidade masculina; nesses casos deve-se relatar a presença de espermatozóides. Esses são facilmente reconhecidos pela cabeça oval, com tamanho de 4 a 6 micra, e pela cauda de 40 a 60 micra de comprimento.
Presença de espermatozóides e hemácias 
Trichomonas vaginalis
Trichomonas vaginalis é o agente etiológico da tricomoníase, a doença sexualmente transmissível (DST) não-viral mais comum no mundo. Esse protozoário flagelado atinge o parasitismo com sucesso em um ambiente hostil através dos vários mecanismos pelos quais estabelece sua patogenicidade e também por sua capacidade de evadir a resposta imune do hospedeiro. A infecção apresenta uma ampla variedade de manifestações clínicas, desde quadro assintomático até severa vaginite. A tricomoníase tem sido associada à transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV), à doença inflamatória pélvica, ao câncer cervical, à infertilidade, ao parto prematuro e ao baixo peso de bebês nascidos de mães infectadas.

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