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REVISÃO DE LITERATURA SOBRE DIABETES

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Segundo Ferreira et al. (2011), o termo diabetes melito é caracterizado por uma desordem metabólica de múltipla etiologia, que se desenvolve por uma hiperglicemia originada de defeitos na ação da insulina no organismo. Existem diversos tipos de diabetes, as mais comuns são a diabetes tipo 1, diabetes tipo 2, gestacional e a pré-diabetes. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), essa doença crônica tem acometido cerca de 13 milhões de pessoas no Brasil, o que traduz um grande desafio para os sistemas de saúde, principalmente, porque a população tem adotado um estilo de vida pouco saudável como sedentarismo, dieta impertinente e o descuido com o envelhecimento, sendo esses grandes responsáveis pelo aumento do número de casos.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde (MS) a diabetes, junto com a hipertensão, é responsável por mortalidades, hospitalizações, amputações de membros inferiores, além de aumentar o risco de desenvolver insuficiência renal. Sendo assim, é necessário colocar em prática ações, mesmo que de maneira gradual, que possam retardar ou prevenir doenças crônicas em geral.
Existem diversos estudos epidemiológicos que têm demonstrado forte relação entre a inatividade física e a presença de fatores de risco cardiovascular, como resistência à insulina, diabetes e hipertensão arterial, uma vez que apresenta efeitos benéficos para a prevenção das mesmas. Segundo Eriksson, Taimela e Koivisto, foi a partir de 1945 que começaram a ser registrados alguns estudos dessa relação e, atualmente, sabe-se que uma única sessão de exercício físico pode ajudar a mediar as doses de insulina no sangue, bem como ajudar na sensibilização à insulina quando constante. 
O exercício físico para pessoas com diabetes possui diversas vantagens e a mediação da insulina no organismo dura cerca de 12 a 48 horas após a sessão, o que indica que o mesmo deve ser constante. Partindo desse pressuposto, Persghin et al. (1996) afirma que há sinais agudos e crônicos durante a realização do exercício, sendo que a maior parte dos portadores de diabetes com resistência à insulina melhoram a sensibilidade à insulina em 22% após a primeira sessão de exercício e em 42% após seis semanas de treinamento, principalmente para a diabetes tipo 1.
Todos os tipos de diabetes podem ser reguladas com o exercício físico, embora sejam em graus diferentes. Segundo Castaneda et al. (2002), independente do histórico familiar, a diabetes tipo II é a principal variável que pode ser prevenida e regulada pela prática de exercícios físicos regularmente. 
Para Ciolac e Guimarães (2002), no envelhecimento o metabolismo é afetado de maneira não positiva, o que é um fator propenso para o desenvolvimento da diabetes. Sendo assim, Castaneda et al. (2002) comprova que o exercício influencia o metabolismo, a partir da análise dos índices glicêmicos de idosos após 16 dias de prática de atividades, percebendo que os mesmo reduziram em 72% dos participantes.
Portanto, a atividade física colabora com a prevenção e manutenção de inúmeras doenças crônicas. Entretanto, para iniciar a prática de exercícios é necessário que haja um acompanhamento inicial a fim de conhecer o histórico individual e familiar, bem como um profissional que possa conduzir, porque a realização desses exercícios pode resultar em lesões não desejadas.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Leandro Tadeu et al. Diabetes melito: hiperglicemia crônica e suas complicações. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, Santo André, p. 182-188, 8 nov. 2011.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. DIABETES MELLITUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/diabetes_mellitus.PDF. Acesso em: 2 maio 2019.
ERIKSSON, J; TAIMELA, S; KOIVISTO, VA. Exercise and the metabolic syndrome. Diabetologia, p. 125-135, fev. 1997
PERSEGHIN, G et al. Increased glucose transport-phosphorylation and muscle glycogen synthesis after exercise training in insulin-resistant subjects. New England Journal of Medicine, p. 1357-1362, 31 out. 1996.
CASTANEDA , C et al. A randomized controlled trial of resistance exercise training to improve glycemic control in older adults with type 2 diabetes. Diabetes Care, p. 2238-2243, 25 dez. 2002. Disponível em: http://care.diabetesjournals.org/content/25/12/2238. Acesso em: 2 maio 2019.
CIOLAC , EG; GUIMARÃES, GV. Importância do exercício resistido para o idoso. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, p. 15-26, dez. 2002.
CASTANEDA , C et al. A randomized controlled trial of resistance exercise training to improve glycemic control in older adults with type 2 diabetes. Diabetes Care, p. 2238-2243, 25 dez. 2002. Disponível em: http://care.diabetesjournals.org/content/25/12/2238. Acesso em: 2 maio 2019.

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