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ANAFILAXIA é uma etapa mais intensa de um processo alérgico e causa: Inchaço nos olhos: um dos primeiros sinais clínicos; Aumento da permeabilidade vascular; Edema: fechamento da glote, dificultando a respiração e pode levar à hipotensão ou morte; Existem mecanismos de reversão, mas o paciente deve procurar o atendimento de forma rápida: Farmacoterapia: o Epinefrina/adrenalina: provoca aumento da pressão arterial e broncodilatação; o Corticóides: mais usado em casos de asma (lembrar que diminui a imunidade); o Desensibilização: administração repetida de baixas doses de alérgenos a fim de deixar o paciente tolerante àquela medicação; o Ensaios clínicos com anticorpos anti-IgE: IgE leva à sensibilização e provoca o efeito alérgico. O anticorpo se liga ao antígeno (IgE) e forma um imunocomplexo, buscando a redução dos IgE circulantes; o Anti-histamínicos: bloqueiam a ação nas veias e músculos lisos; o Cromolim: inibe a desgranulação dos mastócitos. Testes cutâneos: o Injetam na pele uma substância alergênica e põe um adesivo sobre o local. Fica em torno de 24 a 48h com o adesivo para fazer a análise. Se houver a formação de halo, o alergista consegue medir o diâmetro do halo e dizer a que substância o paciente é alérgico; o Testa a propriedade do IgE se ligar ao receptor Fc dos mastócitos, quando sensibilizado por alérgenos específicos; o Injeção intradérmica e punctura; HIPERSENSIBILIDADE tipo II: associada ao IgG ou IgM O anticorpo se liga ao antígeno presente em uma célula. O dano ocorre devido à presença de autoanticorpos (doenças autoimunes) que ativam um complemento ou ativam as células fagocitárias. O dano gerado é localizado e restrito ao tecido ou às células portadoras do antígeno, não ocasionando um feito sistêmico. Os auto-antígenos podem ser: proteínas na membrana de eritrócitos, proteínas nas membranas de plaquetas, proteínas nas junções intercelulares, mielina, receptores de acetilcolina, receptor de TSH, etc. Mecanismo: o Opsonização feita pelos anticorpos IgM ou IgG → ativação de células fagocitárias ou do S. complemento → diminuição do número de células (fagocitose ou lise pelo complexo MAC do S. complemento) → destruição tecidual o O antígeno está presente na membrana das células teciduais. O anticorpo vai e se liga a esse antígeno. As células fagocitárias reconhecem o anticorpo e leva à destruição do tecido pela ação do complemento ou desgranulação das células (ex: neutrófilo). A célula fagocitária pode chegar para fazer a fagocitose do tecido, mas o alvo é muito grande (células únidas) e ele desgranula, liberando enzimas líticas e destrói as células adjacentes– fagocitose frustrada. o O receptor de certas moléculas (ex: TSH e acetilcolina) está na superfície celular e tem a função de, ao se ligar a molécula, estimular aquela célula. Há produção de anticorpo que bloqueia esse receptor e a molécula não consegue mais se ligar ao seu receptor – modulação da resposta. Porém não é uma boa modulação, pois leva a uma patologia. Em células isoladas pode ocorrer fagocitose. Em alvos grandes (ex: membrana basal) ocorre a fagocitose frustrada (a fração Fc dos anticorpos podem se ligar às células fagocitárias e natural killer, liberando grânulos lisossomais por exocitose). O sistema imune inato não reage contra o próprio, o sistema adaptativo que tem reação ao próprio. No entanto, a célula fagocitária reconhece o anticorpo e o sistema complemento, porque houve falha no adaptativo (seleção negativa, etc). Doenças da Hipersensiblidade tipo II: Anemia hemolítica: autoimune (opsonização das hemácias) ou induzidas por drogas (hemácias transportam imunocomplexos com os restos das drogas). Nos dois casos, ocorre lise ou fagocitose das hemácias; Pênfigo ou Fogo selvagem: produção de anticorpos contra os desmossomos (junções intercelulares). Ocorre separação dos tecidos e formação de bolhas pelo corpo. O paciente fica imunossuprimido para evitar uma resposta imune; Miastenia gravis: bloqueio dos receptores de acetilcolina, causando flacidez nos músculos (ex: pálpebra caída); Doença de Graves: bloqueio dos receptores de TSH, causando hipertireoidismo; Eritroblastose fetal ou Doença hemolítica do recém-nascido: a mãe é Rh- e o bebê é Rh+, no momento do parto a mãe entra em contato com o sangue fetal fica sensibilizada e começa a produzir anticorpos anti-RH. Se na próxima gestação o bebê for Rh+, os anticorpos que foram produzidos podem levar à destruição das hemácias fetais. Porém existe soro anti-Rh que podem ser administrado na mãe, para que ela não fique sensibilizada e não produza memória imunológica contra o Rh. As pessoas com doenças autoimunes têm momentos “saudável”/assintomáticos, até o momento que entra em crise. Alguns pacientes sempre estão em crise, dependendo do estado emocional, psicológico, hormonal, etc. HIPERSENSIBILIDADE tipo III: o anticorpo está formando um imunocomplexo O imunocomplexo é formado com objetivo de ser facilmente transportado e eliminado, pois é de difícil reconhecimento pelas células fagocitárias (antígenos pequenos). A reação inflamatória é induzida pela deposição de imunocomplexos em locais propícios/adequados (ex.: bifurcação de vasos e capilares pequenos) antes que chegasse ao fígado ou baço para ser eliminado, gerando uma reação local e ativa o S. complemento e células efetoras. Os antígenos podem ser: Antígenos de patógenos: Sífilis secundária (T. pallidum) e Endocardite bacteriana; Soro heterológico: Doença do Soro; Autoantígenos (destruição celular, DNA, histonas, antígenos Ro e La): Lúpus eritematoso sistêmico. Mecanismo: (fase 1) Sensibilização e formação do complexo antígeno-anticorpo (imunocomplexo) → persistência do imunocomplexo na circulação sanguínea → (fase 2) deposição do imunocomplexo em determinado tecido → (fase 3) reação inflamatória tecidual (reação de Arthus), mediada pelo S. complemento e células efetoras concentração tempo Ocorre o aumento da permeabilidade vascular para que mais células fagocitárias e inflamatórias chegassem até o local. As plaquetas estão presentes para fazer um tampão e impedir a exposição da membrana basal, tentando bloquear as enzimas líticas e um reparar o tecido. A reação é pontual, mas com o agravamento, o imunocomplexo pode se depositar em outros locais. O tamanho do imunocomplexo tem que ser adequado, se for muito menor pode permanecer mais tempo circulando e passar despercebido, se for maior pode ficar retido em um vaso. Os imunocomplexos trímeros são mais rapidamente eliminados. A concentração do imunocomplexo monômero no sangue é maior que a do imunocomplexo dímero e por isso é mais difícil de ser eliminado. Localização de deposição dos imunocomplexos: Capilares glomerulares: glomerulonefrite; Pele: lesões eritematosas; Membrana sinovial: artrite; Leitos vasculares: vasculite. Remoção do imunocomplexo: Os antígenos solúveis pequenos formam o imunocomplexo e ativam o S. complemento → a fração C4b e C3b (partículas opsonizadoras) ajudam na remoção do imunocomplexo → as células fagocitárias reconhecem mais facilmente ou podem ser transportadas pelas hemácias (receptor de superfície CR1) → os eritrócitos transportam o imunocomplexo até o fígado ou baço, onde serão removidos pelos macrófagos locais, sem destruição das células transportadoras, ou seja, as hemácias são preservadas. FALTOU ELA FALAR SOBRE AS DOENÇAS DA HIPERSENSIBILIDADE TIPO III, MAS JÁ FORAM CITADAS DURANTE A AULA (Doença do soro, vasculiteautoimune, lúpus eritematoso sistêmico, nefrite lúpica e artrite reumatoide). Imunocomplexo trimérico Imunocomplexo dimérico Imunocomplexo monomérico
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