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UNIVERSIDADE PAULISTA Ângelo Ferreira da Rocha Júnior RA 1802584 Erica Camargos Bonanome RA 1811490 SAEMA – Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente. PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI Montes Claros – MG Araras – SP 2019 UNIVERSIDADE PAULISTA Ângelo Ferreira da Rocha Júnior RA 1802584 Erica Camargos Bonanome RA 1811490 SAEMA – Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente. PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI Projeto Integrado Multidisciplinar VI para obtenção do título de Gestão Pública apresentado a Universidade Paulista – UNIP Orientador: Prof. Mauro de Souza Montes Claros – MG Araras – SP 2019 RESUMO A autarquia SAEMA, localizada no município de Araras SP, é responsável pela captação, tratamento, distribuição de água e disposição final dos efluentes domésticos foi o objeto do presente projeto. O presente Projeto Multidisciplinar VI (PIM VI) foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas, pesquisas e entrevistas com colaboradores da autarquia afim de, por meio desse estudo, explicar e demonstrar a aplicação de alguns conceitos estudados nas disciplinas de Finanças e Orçamento Público, Plano de Negócios e Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial. Em Finanças e Orçamento Publico será apresentado os conceitos básicos de planejamento plurianual, lei de diretriz orçamentária, lei orçamentária anual e de que forma a autarquia se relaciona a esses conceitos. Em seguida, Plano de Negócios elucidará sobre a importância do planejamento e como elaborar um plano de negócios, e a forma como a autarquia faz seu planejamento em consonância com o orçamento público. Em Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial apresenta o conceito de ética e moral, e as forma como a ética esta conectada a legislação trabalhista, empresarial e ao consumidor. Ao final da leitura do presente projeto, espera-se ter sido específico e conciso, tentando alcançar a coesão entre as opiniões do autor e do leitor. Palavras - Chave: orçamento, planejamento, ética. Sumário 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 5 2. FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS ............................................ 6 2.1. Conceito de Orçamento .................................................................. 6 2.2. Plano Plurianual – PPA ................................................................... 6 2.3. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO ......................................... 6 2.4. Lei Orçamentária Anual - LOA ....................................................... 7 2.5. Princípios Orçamentários ............................................................... 7 2.5.1. Princípio da Universalidade ....................................................... 7 2.5.2. Princípio da Unidade e da Totalidade ........................................ 7 2.5.3. Princípio da Anualidade .............................................................. 8 2.5.4. Princípio da Legalidade .............................................................. 8 2.5.5. Princípio da Reserva Legal ......................................................... 8 2.5.6. Princípio da Publicidade ............................................................. 8 2.5.7. Princípio do Orçamento Bruto ................................................... 8 2.5.8. Princípio da Exclusividade ......................................................... 8 2.5.9. Princípio da Especificação ou Discriminação .......................... 9 2.5.10. Princípio da Não Afetação das Receitas ................................. 9 2.6. Estágios da Receita Pública ........................................................... 9 2.6.1. Previsão ....................................................................................... 9 2.6.2. Lançamento ................................................................................. 9 2.6.3. Arrecadação ............................................................................... 10 2.6.4. Recolhimento ............................................................................. 10 2.7. Estágios da Despesa Pública ....................................................... 10 2.7.1. Fixação ........................................................................................... 10 2.7.2. Empenho .................................................................................... 10 2.7.3. Liquidação ................................................................................. 10 2.7.4. Pagamento ................................................................................. 11 2.8. A autarquia SAEMA e as Finanças Públicas .............................. 11 3. PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................................ 12 3.1. O que é? ......................................................................................... 13 3.2. Como Elaborar? ............................................................................ 13 3.2.1. Sumario Executivo .................................................................... 13 3.2.2. Análise de Mercado ................................................................... 14 3.2.3. Planejamento de Marketing ...................................................... 14 3.2.4. Planejamento Operacional ....................................................... 15 3.2.5. Plano Financeiro........................................................................ 15 3.2.6. Construção de Cenários ........................................................... 15 3.2.7. Análise Estratégica ................................................................... 16 3.2.8. Avaliação do Plano de Negócios ............................................. 16 3.3. Empreendedorismo e Plano de Negócios ................................... 17 3.4. A Autarquia e Plano de Negócios ................................................ 17 4. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL .............. 19 4.1. Conceito de Moral ......................................................................... 19 4.2. Conceito de Ética .......................................................................... 19 4.3. Código de Ética e a Responsabilidade Social das Empresas ... 19 4.4. Ética e a Desconsideração de Pessoa Jurídica .......................... 20 4.5. Ética e o Direito Trabalhista ......................................................... 21 4.6. Ética e o Direito do Consumidor .................................................. 22 4.7. Ética e Legislação Trabalhista na Autarquia .............................. 24 CONCLUSÃO ................................................................................................. 25 BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 27 5 1. INTRODUÇÃO O processo de fornecimento de água e tratamento da mesma é essencial à coletividade, pois, sem água de boa qualidade fica seriamente comprometida a qualidade de vida da população. O objetivo do presente estudo é apresentar e analisar a autarquia SAEMA. O Saema é uma Entidade Autárquica Municipal, compersonalidade jurídica e patrimônio próprio. Criada como Autarquia Pública, pela Lei Municipal nº 937 de 04 de agosto de 1971, é responsável pela captação, tratamento e distribuição de água; captação e disposição final dos efluentes domésticos do município de Araras/SP. . O SAEMA conta com aproximadamente trezentos colaboradores, entre engenheiros, químicos, administradores, contadores, auxiliares administrativos, pedreiros, eletricistas, motoristas e auxiliares de serviços gerais. O presente projeto tem a finalidade de demonstrar através de estudos dessa autarquia, mediante análise estrutural, entrevistas com colaborares e pesquisas bibliográficas a consolidação do conteúdo de Finanças e Orçamento Publico, Plano de Negócios e Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial. ..... Em Finanças e Orçamento Publico, entenderemos conceito de PPA – Plano Plurianual, LDO – Lei de Diretrizes Orçamentária e LOA – Lei Orçamentária Anual, princípios orçamentários, os estágios das receitas e despesas públicas e como a autarquia planeja suas despesas para o ano subsequente, os trâmites e processos para realizar o orçamento anual, quais são os projetos que integram o orçamento e quais dependem de subsídios. Em Plano de Negócios, analisaremos como o planejamento estratégico esta intimamente associado ao sucesso do empreendedorismo, como elaborar um plano de negócios e de que forma a autarquia realiza seu planejamento de curto, médio e longo prazo visando o atendimento à população e estar em consonância com o orçamento pré-estabelecido. Em Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial, apresentaremos conceito de ética e moral, legislação trabalhista e direito do consumidor. Analisaremos a qual legislação trabalhista a autarquia esta submetida, e a estima abonada à ética e a cidadania. 6 2. FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS 2.1. Conceito de Orçamento O orçamento pode ser conceituado como o ato pelo qual o Poder Executivo prevê receitas e fixa despesas e o Poder Legislativo autoriza esses dispêndios para custeio de serviços aos cidadãos e para adoção de políticas econômicas de acordo como o governo vigente para um determinado período. É um instrumento que o governo utiliza para a resolução das falhas de mercado como o fornecimento de bens públicos, mercados incompletos, monopólios naturais e as falhas de comunicação existentes. A Constituição de República Federativa do Brasil de 1988 determina a integração do planejamento e orçamento através da criação do Plano Plurianual e da Lei de Diretrizes Orçamentárias. No Brasil são adotadas três espécies de orçamentos que possuem características e períodos diferentes, sendo eles o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. 2.2. Plano Plurianual – PPA Assim como as organizações privadas possuem planejamento estratégico, o governo também possui. Esse realiza seus projetos de médio prazo através de um planejamento chamando de Plano Plurianual, que estabelece de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital e para as relativas aos programas de duração continuada. O PPA possui um período de quatro anos de vigência, não coincidindo com o mandato presidencial. Esse instrumento de planejamento e aprovado no primeiro ano de mandato presidencial, vigorando a partir do segundo ano de governo até o primeiro ano do governo posterior. A Constituição de 1988 determina que os demais orçamentos devam estar em consonância com o PPA. 2.3. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem como função realizar o elo entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária, estabelecendo as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 7 subsequente, dispondo também sobre a elaboração da lei orçamentária anual, sobre as alterações da legislação tributária e a política de aplicação das agências oficiais de fomento. Além dessas funções, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que, a LDO deve possuir o anexo de metas fiscais e o anexo de riscos fiscais e dispor sobre o equilíbrio entre receitas e despesas. . O encaminhamento da LDO pelo Executivo deve ser realizado até oito meses e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido pelo Legislativo para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Essa lei possui vigência de um ano. 2.4. Lei Orçamentária Anual - LOA A Lei Orçamentária Anual é o orçamento propriamente dito, é o meio pelo qual o Executivo prevê as receitas e fixa as despesas, sempre dependendo da aprovação do Legislativo para sua execução. A LOA somente deve conter matérias atinentes a matérias de previsão de receitas e fixação de despesas, salvo autorização para créditos suplementares e operações de créditos, inclusive por antecipação da receita. O objetivo dessa lei é execução dos objetivos e das metas estabelecidas no PPA, possuindo duração de um ano, devendo ser encaminhado pelo Executivo para aprovação do Legislativo quatro meses antes do término do exercício financeiro e devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislativa. 2.5. Princípios Orçamentários Os princípios orçamentários são linhas norteadoras a serem seguidas na elaboração e execução das leis orçamentárias. 2.5.1. Princípio da Universalidade Este princípio determina que orçamento deva possui todas as receitas e todas as despesas do ente federativo, assim o Legislativo pode conhecer mediante autorização todas as receitas e despesas do governo. 2.5.2. Princípio da Unidade e da Totalidade 8 Segundo esse princípio, o orçamento deve ser único para cada ente de federação. Não obstante o fato de a Lei Orçamentária Anual possuir o orçamento fiscal, orçamento de seguridade social e orçamento de investimentos das empresas estatais, esses são consolidados em uma só LOA, a consolidação desses orçamentos é o princípio da totalidade. 2.5.3. Princípio da Anualidade Conhecido também como princípio da periodicidade determina que o orçamento deva ser elaborado e autorizado para um período de um ano, coincidindo esse com o exercício financeiro. 2.5.4. Princípio da Legalidade O orçamento deve ser sempre aprovado por lei e observar o processo legislativo. O Poder executivo deve elaborar um projeto de lei enviar o projeto pra aprovação do Legislativo para a execução de despesas no ano seguinte. 2.5.5. Princípio da Reserva Legal Cabe somente ao Poder Executivo a consolidação e elaboração da proposta orçamentária, não pode outro poder executar tão função. É reservada constitucionalmente esta atividade. 2.5.6. Princípio da Publicidade A publicação da lei orçamentária em veículos oficiais de comunicação é condição de validade para sua execução. 2.5.7. Princípio do Orçamento Bruto Esse princípio determina que os valores de receitas e despesas públicas devem constar no orçamento pelo seu valor bruto, sem deduções. 2.5.8. Princípio da Exclusividade Surgiu para impedir que o orçamento contivesse matérias estranhas ao estabelecimento de previsão e fixação de receitas. A única exceção é a autorização 9 de créditos suplementares e operações de créditos, inclusive por antecipação de receitas. 2.5.9. Princípio da Especificação ou Discriminação Esse princípio determina que orçamento deva conter as fontes de recursos, ou seja, suas origens, e suas respectivas despesas.2.5.10. Princípio da Não Afetação das Receitas O princípio da não afetação ou não vinculação das receitas dispõe que receitas de impostos não devem estar vinculadas a despesas específicas, salvo algumas reservas constitucionais como a repartição constitucional de impostos e a destinação de recursos para a saúde e desenvolvimento de ensino. 2.6. Estágios da Receita Pública Os estágios da receita são todos os passos que identificam o comportamento de uma receita e são dependentes da ordem de ocorrência de fenômenos econômicos. São estágios da receita a previsão, lançamento, arrecadação e recolhimento. Nem todas as receitas públicas passam por todos os estágios, como uma doação recebida. 2.6.1. Previsão A previsão e a estimativa de receitas de um ente público, levando em conta as alterações das legislações tributárias, o crescimento econômico, desonerações fiscais e os efeitos inflacionários. Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, além desses fatores, as previsões devem conter todo fator relevante e serem acompanhadas de demonstrativos de evolução dos últimos três anos e projeção para os próximos dois. 2.6.2. Lançamento O lançamento é segundo o código tributário nacional um procedimento administrativo que verifica a ocorrência de um fato gerador, o montante devido pelo credor identificado e pode impor penalidade, caso descumprida obrigação por parte 10 do sujeito passivo. São passíveis de lançamento impostos e quaisquer vencimento em contrato, seja em lei, contrato ou regulamentos. 2.6.3. Arrecadação A arrecadação é o estágio que o sujeito passivo entrega recursos aos bancos ou agentes arrecadadores autorizados pelo ente que possui o direito de exigir a prestação pecuniária. 2.6.4. Recolhimento O recolhimento é a fase que os recursos arrecadados são transferidos pelos bancos e agentes autorizados pelo ente para a conta única desse, que é o responsável pela realização da execução orçamentária. 2.7. Estágios da Despesa Pública São estágios das despesas a fixação, empenho, liquidação e pagamento, sendo que esses estágios devem seguir a ordem citada, não sendo permitida pela legislação qualquer inversão. 2.7.1. Fixação A fixação e a dotação inicial na lei orçamentária, sendo a identificação de despesas, concluída com autorização pelo Poder Legislativo para sua execução. Importante destacar, que nem todas as despesas passam pela fixação, como no exemplo de abertura de créditos extraordinários para o custeio de calamidades públicas ou guerras. 2.7.2. Empenho O empenho é a criação de uma obrigação para o Estado caso sejam cumpridas as condições estabelecidas a serem realizados pela parte credora, não podendo exceder o limite dos créditos orçamentários. Serve como garantia de pagamento para o credor. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 2.7.3. Liquidação 11 A liquidação verifica se as condições estabelecidas foram cumpridas pelo credor, gerando no caso do programo da obrigação, como a entrega de bens ou a realização de um serviço, um direito adquirido. A liquidação tem por base, também, títulos e documentos comprobatórios do crédito. 2.7.4. Pagamento Representa e entrega da remuneração após a fase de liquidação pelo ente federativo ao credor, através de créditos em conta, ordem de pagamento ou cheques nominativos. 2.8. A autarquia SAEMA e as Finanças Públicas A autarquia Saema faz previsões orçamentárias de um ano para o outro. Neste orçamento, é previsto o quanto será gasto em despesas fixas e o quanto ficará à disposição para possíveis despesas inopinadas. O ARES PCJ, a agência que faz regulação da autarquia, faz estudos anuais da saúde financeira do Saema levando em conta a inflação do período e indica valores de reajustes para a cobrança da tarifa de água e esgoto, para que não haja defasagem e nem desequilíbrio financeiro, ou seja, as tarifas são reajustadas conforme o custo operacional apreciado pela inflação. Após a previsão sendo feita, é avaliada e aprovada pelo Conselho deliberativo, e então é encaminhado à Câmara Municipal, assim como a prestação de contas do ano anterior, e se aprovado passa a integrar o Balanço do Município. Em entrevista com colaborador do Saema, verificamos que as represas que abastecem a estação de tratamento de água, são antigas e não estavam em conformidades com a legislação da ANA (Agência Nacional de Águas). A Lei nº 12.334/2010 dita em seu terceiro artigo: Art. 3 o São objetivos da Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB): I - garantir a observância de padrões de segurança de barragens de maneira a reduzir a possibilidade de acidente e suas consequências; II - regulamentar as ações de segurança a serem adotadas nas fases de planejamento, projeto, construção, primeiro enchimento e primeiro vertimento, operação, desativação e de usos futuros de barragens em todo o território nacional; III - promover o monitoramento e o acompanhamento das ações de segurança empregadas pelos responsáveis por barragens; 12 IV - criar condições para que se amplie o universo de controle de barragens pelo poder público, com base na fiscalização, orientação e correção das ações de segurança; V - coligir informações que subsidiem o gerenciamento da segurança de barragens pelos governos; VI - estabelecer conformidades de natureza técnica que permitam a avaliação da adequação aos parâmetros estabelecidos pelo poder público; VII - fomentar a cultura de segurança de barragens e gestão de riscos. Segundo a lei, os barramentos que não estiverem regularizados poderiam sair de operação e serem demolidos. Art. 18. A barragem que não atender aos requisitos de segurança nos termos da legislação pertinente deverá ser recuperada ou desativada pelo seu empreendedor, que deverá comunicar ao órgão fiscalizador as providências adotadas. § 1 o A recuperação ou a desativação da barragem deverá ser objeto de projeto específico. O projeto para se adequar a Lei 12.334/2010, para obter a Outorga e Elaboração dos Planos de Segurança de Barragens e Plano de Ação de Emergência, foi incluso e aprovado para orçamento 2018/2019, e atualmente está em fase de licitação e contratação de empresa especializada. Para tal foi realizada uma reserva no orçamento no valor estimado de R$ 315.189,20 (trezentos e quinze mil cento e oitenta e nove reais e vinte centavos). Após as tragédias, como o rompimento da barragem em Mariana/MG e mais recentemente o rompimento da barragem de Brumadinho/MG, a fiscalização ficou mais intensa, e a ANA estipulou o prazo para requisição de outorga e adequação a segurança de barragens e plano de emergências, para o ultimo 07 de maio. Melhorias e projetos grandes e dispendiosos, como a construção da Estação do tratamento de esgoto, reforma da estação de tratamento de água construção de tratamento de lodo, são inclusos na prestação de contas no portal de transparência, mas não são inclusos no orçamento, pois a realização ou não depende de subsídios adquiridos junto à União, como verbas do PAC do Ministério das Cidades. Todos os reservatórios de água bruta que abastecem a ETA (estação de tratamento de água), incluindo as quatro represas e o rio Mogi-Guaçú, estão localizados na região oeste do município de Araras. Há um projeto em fase de desenvolvimento e estudo topográfico e hidrológico para a construção de uma nova represa, desta vez na região Leste, pois é a regiãomais afetada com a falta de água. Este é um projeto dispendioso e de impacto que, quando concluído, será apresentado ao Ministério das Cidades para tentativas de subsídios da União. 3. PLANO DE NEGÓCIOS 13 3.1. O que é? Um plano de negócio é um documento onde é descrito todos objetivos de um negócio e o passo a passo para que esses objetivos sejam obtidos. Um plano de negócios minimiza os riscos e as inseguranças e permite identificar e corrigir erros antes de serem cometidos. Para elaboração de um bom plano de negócios será necessário informações sobre o setor que se deseja empreender, é necessário que se pesquise e procure conhecer tudo sobre este setor. Informações podem ser conseguidas na internet, em jornais, revistas, associações, feiras, cursos, com empresários do ramo, com potenciais clientes ou fornecedores. O plano de negócios deve ser acompanhado constantemente, e esta sujeito a ajustes e correções. Nele deve conter as ideias e objetivos descritos de forma muito clara e especifica. Pois através de um plano de negócios bem aparelhado, pode-se conseguir parceiros, sócios, investidores, fornecedores e clientes. 3.2. Como Elaborar? Cada negócio apresenta suas características, por isso a estrutura de um plano de negócios é flexível. No entanto, deve conter alíneas importantes à elucidação do plano. 3.2.1. Sumario Executivo O sumário executivo é uma seção do plano de negócios que contem uma pequena introdução, geralmente, de cada subdivisão do plano e o seu objetivo principal é persuadir o leitor. É a parte principal do plano, pois será explanado a viabilidade do negócio e responderá questões como: O quê/qual? Onde? Por quê? Quanto? 14 Como? Quando? 3.2.2. Análise de Mercado O Objetivo da análise de mercado e competitividade é um elemento do plano de negócios da empresa que visa é conhecer intimamente setor em que se pretende atuar garantindo o sucesso do investimento. Englobam estudos sobre o perfil dos potenciais consumidores do serviço ou produto, o cenário da econômico, a concorrência no ramo e os fornecedores. A análise de mercado também estudo permite à empresa posicionar melhor os seus produtos ou serviços. As fontes de dados podem ser disponibilizados pelo governos, universidades, institutos, associações do setor, revistas e jornais. Nestes últimos, geralmente, as pesquisas já trazem gráficos, tabelas e dados estatísticos sobre o mercado em questão. 3.2.3. Planejamento de Marketing Plano de marketing é um documento detalhando as todas as ações de marketing da empresa. O plano pode ter foco na marca, no produto em si ou no serviço oferecido. Marian Wood descreve planejamento de marketing: ... é o processo estruturado por meio do qual se determina como fornecer valor para os consumidores, para a organização e para os stakeholders, usando pesquisa e analise da situação atual, incluindo mercados e consumidores, e determina como desenvolver e documentar os objetivos, as estratégias e os programas de marketing, e como implementar, avaliar e controlar as atividades de marketing para atingir os objetivos ... O plano de marketing deve ter em vista diretamente o público-alvo, ou seja, consumidores dos produtos e serviços que serão oferecidos pela empresa. Deve incluir política de preço, canais de distribuição, comunicação e publicidade e diferencial do produto ou serviço. Desta forma, é necessária uma análise constante e delineada do mercado, para perceber quando e como o cliente deseja contrair o produto ou serviço, pois tal 15 compreensão fará com o empresa atinja a real necessidade do cliente, e ofereça o produto ou serviço ideal para o cliente. 3.2.4. Planejamento Operacional O plano operacional é o diagrama que tende suscitar resultados num prazo curto. Nele é descrito todas as tarefas que serão efetivadas pelos colaboradores. Tal plano é indispensável, pois identificam quais são as atividades, os recursos utilizados, a divisão da tarefa e quem são os responsáveis por cada fase do processo. O processo é um conjunto de atividades estruturadas e bem delineadas numa sequência lógica, que podem ser concretizadas por humanos ou máquinas, transformando matéria-prima em bens ou serviços, por meio de um método de processamento. 3.2.5. Plano Financeiro Um planejamento financeiro é parte essencial do plano de negócios. esse documento deve abalizar as diretrizes para que a ideia de produto ou serviço seja atrativa e rentável , deve estabelecer as ferramentas de controle para garantir um caixa sempre positivo e honrando com objetivos propostos para curto, médio e longo prazos. Se o plano financeiro for detalhado, melhor preparado estará o gestor para lidar bem com todos os possíveis cenários que poderão surgir, se antecipando aos imprevistos, correndo apenas riscos calculados, não sendo pego desprevenido. Nele deve estar descrito itens importantes, tais como, a projeção do fluxo de caixa, balanço e demonstrativo de resultados, ponto de equilíbrio entre receitas e despesas, previsão do retorno do capital investido. 3.2.6. Construção de Cenários Não se trata de previsão do futuro, mas sim de identificar fatores que poderiam impactar de forma positiva ou negativa os negócios. Essas variáveis podem ser a política, economia, tecnologia, ecológica e social. 16 Análise e construção de Cenários, possibilita o direcionamento e exatidão do planejamento estratégico, pois resultará na criação ou adaptação planos de ação para minimizar os riscos e impactos negativos, e maximizar as oportunidades e os impactos positivos. 3.2.7. Análise Estratégica Existe uma ferramenta muitos utilizada para fazer análise de cenário ou ambiente, pode ser o embasamento para gestão e planejamento estratégico de uma empresa. Esta ferramenta é a análise SWOT (em inglês) ou análise FOFA (Forças, Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, em português) . Basicamente consiste em: Definir os pontos fortes da empresa; Determinar as fraquezas da empresa; Enumerar as oportunidades; Listar as possíveis ameaças. Após identificar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças deve-se correlacioná-los às causas e perpetrar um plano de ação para cada um de monitorá- los. O Ciclo PDCA (sigla em inglês) é um ótima ferramenta a ser utilizado no planejamento financeiro Sendo composto de quatro etapas, podemos descrever: P (Plan) - Planejar - estabelecer os objetivos e delinear o método para se alcançar tal meta. D (Do) – Fazer – execução das tarefas como outrora prevista no plano C (Check) – Checar – comparação, a partir dos dados coletados durante a execução, com os objetivos estabelecidos. A (Action) – Agir – é ação corretiva dos erros desvios ou erros, para que não aconteça novamente. 3.2.8. Avaliação do Plano de Negócios Um plano de negócios deve ser “feito a lápis”, pois não existe um receita pronta para ensinar como fazer uma empresa ou empreendimento ter sucesso. Embora deva ser consultado regularmente, deve-se sempre avaliar a atual situação, identificar fatores de riscos e fazer adaptações necessárias à nova realidade e para não se desviar dos objetivos principais da empresa ou empreendimento. 17 3.3. Empreendedorismo e Plano de Negócios A expressão empreendedora, do francês ‘entrepreneur’ e se refere aquela pessoa que arrisca em começar alguma coisa nova. São pessoas que acreditam em suas ideias e mesmo em um cenário pouco ou nada favorável, seguem em frente. Nãohá uma receita para ser um empreendedor de sucesso. No entanto, há algumas características que o empreendedor deve possuir. Dentre outros aspectos, envolve: Correr riscos; Ter iniciativa; Ser comunicativo; Espírito de liderança e saber lidar com as pessoas; Ter visão de futuro; Se antecipar às situações; Tomar decisões importantes; Ser perseverante e saber lidar com os altos e baixos. Ser um empreendedor é sempre arriscado, mas se este estiver de posse de um plano de negócios bem esboçado e consultá-lo regularmente, terá um auxilio para tomar decisões de maneira mais acertadas, sempre tendo em vista seus objetivos. 3.4. A Autarquia e Plano de Negócios Foi verificado durante o estudo, realizado através de entrevista com colaborador, que a autarquia possui deficiências quanto à distribuição de água para áreas mais altas e distantes do centro, quando o consumo da cidade aumenta. Esse problema decorre do fato os todos os reservatórios estarem localizados na região oeste da cidade e de o encanamento principal, ou adutora, que distribui água para as caixas d’água para as zonas periféricas da cidade, que são mais altas e distantes, ser antigo e pequeno (atualmente de 500 mm), causando falha na distribuição em dias de alto consumo. Há também instabilidade de pressão nos 18 encanamentos, o que causa muitas perdas por vazamentos à noite, quando a pressão aumenta pela diminuição do consumo. Fonte: site Saema – Fluxograma de Captação de água bruta. Alem do estudo para a construção da nova represa na região leste, há um projeto, já em execução chamado Projeto Sabaz, para execução de adutoras, que são tubulações que conduzem a água de um local para o outro. Para tal projeto, foi angariado recurso financeiro junto ao BNDS. Na região sul, está executando obras do Sabaz, resta a região leste que é mais populosa e distante da ETA. Esta fase será mais complexa, pois irá interligar o reservatório da Estação de Tratamento de Água – ETA do Saema direto no reservatório da Estação Elevatória de Água Tratada – EEAT, será de uma extensão de 7.6 mil metros, e diâmetro interno de 600 mm. Algumas medidas emergenciais foram tomadas, ate que se conclua o projeto, como interligar a rede de distribuição central com a do Jardim Fátima, que é pouco 19 mais próximo da região leste; e instalação de VPR (válvulas redutoras de pressão) para diminuir as perdas por vazamentos, principalmente à noite quando é reduzido o consumo, e estabilizar a pressão nos encanamentos, o que daria condições e tempo de encher todas as caixas d’água, evitando a falta de água para a população desta região. 4. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL 4.1. Conceito de Moral A palavra “moral” possui como origem a palavra “morales” do latim, o qual se refere aos costumes. Podemos conceituar moral como um conjunto de costumes e regras que orientam os indivíduos em sociedade, sendo adquirida através do cotidiano, educação, cultura entre outros. A moral tem como fundamento definir o que é certo e o que é errado dentro de um contexto social e histórico, possuindo com atributo a flexibilidade, pois pode sofrer mudanças durante o tempo, o que é considerado moral na atualidade, pode não ser nos próximos anos. 4.2. Conceito de Ética A palavra ética possui como origem etimológica a palavra “ethos” do grego, o que significa o modo de ser, caráter. Pode ser definida com uma reflexão da moral, podendo contestar as regras em vigor definindo as como ultrapassadas. Ela estuda, explica e realiza reflexão sobre o comportamento humano de forma racional. 4.3. Código de Ética e a Responsabilidade Social das Empresas Códigos de ética são condutas definidas a serem seguidas pelas organizações em seu relacionamento com os fornecedores, os seus clientes, as organizações públicas, com o seu ambiente externo. Eles demonstram ao público interno e externo sua visão, missão e os valores da empresa, procurando padronizar comportamentos nas suas operações e nos seus relacionamentos. A sociedade está, a cada dia, mais atenta com as ações das organizações, seja ela pública ou privada. Ela ao selecionar as empresas que irão prestar os serviços ou bens que estão necessitando verifica, além do preço, boas atitudes, como o respeito ao meio ambiente, aos seus colabores e aos seus clientes. Um meio de demonstrar a realização dessas atitudes perante o coletivo e através da 20 instituição de códigos de ética, que precisam ser disseminados tanto ao público interno como ao público externo. Não basta a criação desse instrumento, é primordial a sua execução, algumas organizações podem criar e não colocar em prática essa normas, comprometendo a imagem almejada. O código de ética se relaciona diretamente com a responsabilidade social, tendo em vista que para que as suas normas sejam consideradas éticas, elas devem ir ao encontro das expectativas criada pelas pessoas e por outros entes que se relacionam com o organização instituidora do instrumento ético, se executora de práticas consideradas éticas ela também pode ser considerada responsável socialmente. Quando é definido, por exemplo, como missão empresarial enraizada pelo código de ética a busca pelo desenvolvimento econômico sustentável, o respeito aos seus colaboradores e os seus clientes, possuindo o entendimento que pessoas são diferentes, a busca pela excelência profissional de seu pessoal através treinamentos que visem, não somente resultados operacionais, mas à felicidade deles, o organização está sendo socialmente responsável. 4.4. Ética e a Desconsideração de Pessoa Jurídica É considerada empresa a atividade econômica organizada para a produção, comercialização de bens ou a prestação de serviços. A sociedade empresária ou sociedade simples, que são compostas por dois ou mais sócios possuem personalidade jurídica, o que significa que o patrimônio da empresa se distingue dos seus sócios. Esses somente se responsabilizam pelos prejuízos até o limite do capital subscrito e não integralizado, diferentemente do empresário individual que não existe distinção do capital da empresa do capital do sócio. Os credores de um empresário individual podem demandar os bens do empresário e da empresa caso não tenham os seus direitos satisfeitos. A separação dos bens da sociedade dos sócios de uma pessoa jurídica, entretanto não é absoluta. O juiz ao observar no caso concreto de uma ação proposta por credores que não tiveram os seus direitos cumpridos contra uma sociedade empresária, que não exerce atividade científica, artística ou literária ou uma sociedade simples que exerce as atividades citadas pode desconsiderar a personalidade jurídica, por abusos ou fraudes. Como exemplo de fraude, podemos citar empresas criadas exclusivamente para realização de empréstimos sem a 21 intenção de honrar os seus compromissos, utilizando esses recursos para outras finalidades diferentes dos objetivos empresarias, como a construção de apartamentos para seus sócios. Há também a desconsideração inversa da personalidade jurídicas, que é a situação a qual os bens da empresa podem ser considerados para satisfazer obrigações assumidas pelos sócios quanto pessoas físicas. Exemplo dessa situação uma pessoa que transferira todos os seus bens para uma pessoa jurídica na qual é sócio com o intuito de se abster de suas obrigações contraídas. O Magistrado no caso exemplificado, poderia determinar a desconsideração inversa da personalidade jurídica com a venda do patrimônio empresarial para cumprir com as obrigaçõescontraídas com o intuito de fraude pelo sócio. As organizações as quais são desconsideradas suas personalidades jurídicas pelo judiciário se comportam de forma aética, pois possuem a intenção de fraudar e comprometerem as condições socioeconômicas tanto de pessoas físicas quanto de pessoas jurídicas para obterem vantagens, situações totalmente abominadas pela sociedade. 4.5. Ética e o Direito Trabalhista Uma organização ou um empregador pessoa física para ser considerado ético perante a sociedade deve cumprir todos os direitos trabalhistas de seus empregados. Para ser considerado empregado pela CLT ele deve possuir condições como pessoalidade, ou seja, a própria pessoa deve realizar o trabalho, ser pessoa física, deve receber remuneração, deve ser subordinado, deve exercer atividades em caráter contínuo e de por conta de outra pessoa, o empregador. As leis trabalhistas surgiram contra as situações degradantes na época da Revolução Industrial, em que os empregados eram submetidos a trabalhos além de suas forças e com salários indignos. Surgiram então os sindicatos pra a defesa dos direitos trabalhistas, representando tanto de forma individual, quanto coletiva. Muitos empregadores desrespeitavam os direitos trabalhistas dos empregados domésticos no passado pagando - lhes salários que não correspondiam ao salário mínimo e obrigando os a exercerem rotinas exaustivas por períodos superiores há 8 horas sem realizar o pagamento de horas extras. Felizmente esta rotina tem mudando com a equiparação de muitos direitos dos trabalhadores domésticos aos trabalhadores comum. 22 A organização que respeita os direitos trabalhistas como o pagamento de salário digno e compatível com as atividades dos trabalhadores, dispõe de um ambiente saudável, tentando diminuir os riscos a integridade física e mental de seus colaboradores, segue as determinações da Consolidação da Leis Trabalhistas, respeita os mandamentos da Constituição Federal no capítulo dos direitos sociais, como a não distinção entre o trabalho intelectual e físico, proteção em face da automação, na forma da lei, redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança, duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho, bem como demais normas que dizem respeito a normas trabalhistas, além de estarem praticando a justiça, são também consideradas éticas pelos seus empregados e pela sociedade geral, gerando uma imagem positiva. 4.6. Ética e o Direito do Consumidor O código de defesa do consumidor pode ser definido como um conjunto de normas que visam à proteção do consumidor e a organização e disciplina das relações entre consumidor e fornecedor. Estabelece prazos para que o consumidor busque os seus direitos caso se sinta prejudicado nas suas relações de consumo obrigando os fornecedores a resolverem os problemas dentro desse prazo, caso sejam solicitados, sob pena de serem demandados na esfera judicial. O Código de defesa do consumidor foi criado para satisfazer o art. 48 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias presente na Constituição Federal de 1988, que determina que no prazo de 120 de sua promulgação, fosse elaborado um código de defesa do consumidor, entretanto somente no dia 11 de Setembro de 1990 foi criada esta lei. É recomendável que os consumidores, considerados a parte hipossuficiente nas relações de consumo, visem à resolução consensual dos problemas consumeristas com base no código de defesa do consumidor e posteriormente caso não sejam atendidas suas solicitações justas feitas aos fornecedores, busquem os meios judiciais. São considerados consumidores segundo o código de defesa do consumidor, a pessoa física ou jurídica que adquire de forma onerosa ou não bens ou serviços como destinatário final. Sendo assim a organização que adquire matérias – primas 23 para processamento para posteriormente venderem seus produtos não são considerados consumidores. A coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, são consideradas também consumidores, podemos citar como exemplo um grupo de pessoas que contratam um plano de saúde ou crianças que estufam em uma escola. O fornecedor, segundo o CDC, é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, sendo considerados até mesmo os entes despersonalizados como as pessoas que vendem seus produtos em uma feira aos fins de semana, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. O CDC reconheceu a característica de hipossuficiente perante aos fornecedores, concedendo – lhes a inversão do ônus da prova, quando forem verdadeiras suas alegações no processo civil, ou seja, os fornecedores serão considerados responsáveis, salvo se o defeito do produto ou serviço inexistir, ou ocorrer a culpa do consumidor. Nesse sentido há a responsabilização objetiva do fabricante ou produtor que deverá provar que o prejuízo não ocorreu por causa do produto ou serviço e sim por outros motivos. Importante destacar a proteção dos consumidores contra as práticas realizadas por empresas que se utilizam de publicidades enganosas ou abusivas. São consideradas enganosas as publicidades total ou parcialmente falas, que induzem os consumidores a erros com relação a quantidade, qualidade, características, preços dos produtos ou serviços. As publicidades enganosas são as de caráter discriminatórias, que exploram o medo, a superstição, aproveitam da inocência das crianças, induzem os consumidores a sem comportarem de forma prejudicial à saúde ou segurança. Os fornecedores que respeitam os consumidores, distribuindo produtos ou fornecendo serviços no mercado de consumo com qualidade e que não prejudiquem a vida, a saúde ou segurança e que realizam ações de publicidade não enganosas ou abusivas são considerados éticos e responsáveis pelos consumidores, gerando uma imagem positiva e potencial de crescimento empresarial essas organizações. Por outro lado, ações que vão de encontro aos mandamentos do código de defesa dos consumidores, além de serem aéticas, poderão sofrer forte enfretamento por parte os órgãos de defesa do consumidor e do judiciário. 24 4.7. Ética e Legislação Trabalhista na Autarquia A consolidação das Leis Trabalhistas não é observada pela SAEMA, tendo em vista tratar - se de uma autarquia, devendo observar o estatuto dos servidores públicos de Araras, que estabelece os direitos e deveres funcionais dos colaboradores do órgão público. A ética e cidadania são executadas através de palestras realizadas no CRAS e em empresas do município, e também em visitas a estação de tratamento, tanto de alunos da rede publica quanto da rede privada, a fim de realizar a conscientização a respeito da importância da água e da minimização de seu desperdício. O estatuto do funcionário público do município de Araras cumpre de certa forma, o papel do código de ética estabelecendo condutas e normas a serem seguidos pelos servidores em suas relações internas e externas. Os direitos dos consumidores de água são respeitados pelo SAEMA ao informar aos munícipes a interrupção do fornecimento de água, quando são necessários reparos no sistema de distribuição, destacando – se o papel da transparência na sua relação com os seus consumidores e o respeito ao tentar minimizar as deficiências de distribuição em áreas mais altas,através da execução de projetos. 25 CONCLUSÃO Durante a execução deste projeto, procuramos consolidar os conhecimentos adquiridos neste bimestre aplicando as conjecturas de Finanças e Orçamentos Públicos, Plano de Negócios e Ética e Legislação Trabalhista e Empresarial à realidade da autarquia SAEMA. O presente estudo foi realizado através de entrevistas com servidores do SAEMA e pesquisa junto ao portal de transparência. O SAEMA, pertencente à administração pública indireta, prevê suas receitas e fixa suas despesas para o ano seguinte, passando pela fase inicial de aprovação pelo Conselho Deliberativo. É regulado pelo ARES PCJ, que realiza também, um planejamento de médio e longo prazo, verificando se sua capacidade de arrecadação será suficiente para suprir as necessidades. Após essas ações a autarquia encaminha sua proposta orçamentária ao Executivo, que a analisa e consolida e esse poder posteriormente encaminha o Projeto de LOA municipal, com as previsões de receita e fixação de despesas, ao Legislativo de Araras/SP para autorização e execução no ano posterior. Verificamos durante o estudo, que a autarquia produz água, mas tem falhas na distribuição, devido aos reservatórios estarem apenas na área oeste da cidade e apenas uma adutora ser antiga e pequena. Vimos que alguns projetos para resolução deste problema para longo prazo, como o estudo para a construção de uma nova represa no lado leste do município; projetos de médio prazo, como Sabaz Leste, a adutora que ligara á ETA à região leste; e projeto de curto prazo, sendo a instalação de VRP (válvula redutora de pressão), para conter o desperdício. O SAEMA não é regido pela CLT, e sim pelo estatuto dos servidores públicos de Araras, que estabelece os direitos e deveres e serve como código de ética. Os direitos dos consumidores de água são respeitados pelo SAEMA ao informar aos munícipes a interrupção do fornecimento de água, por necessidade de reparos ou obras. Destacamos o papel da transparência tanto no uso de recursos públicos quanto na tentativa de minimizar as deficiências de distribuição nas áreas afetadas através de estudos, planejamento e execução de projetos. Vimos que a autarquia tenta agir de acordo com conceitos estudados nas disciplinas abrangidas. Sugerimos à autarquia uma caixa sugestões, para que os funcionários coloquem suas ideias, pois quem trabalha no dia a dia da instituição tem conhecimento empírico ou técnico poderia dar boas ideias para melhor 26 condução das rotinas. Percebemos que o Saema faz projetos apenas para problemas pré-existentes e persistentes. Sugerimos uma equipe de projetos, para trabalhar na prevenção de problemas futuros, e não na remediação dos problemas diários, o que resultaria numa economia de vários recursos à longo prazo. 27 BIBLIOGRAFIA https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/a-historia- do-empreendedorismo/48798 acesso em 20 de maio de 2019. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm acesso em 21 de maio de 2019 http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/regulacao acesso em 25 de maio de 2019. http://saema.com.br/noticias/ acesso em 25 de maio de 2019. (Marian Burk Wood, 2015) – Planejamento e Marketing Consolidação das Leis Trabalhistas – 2. Ed. - Barueri/SP - Editora Manole, 2017. Direito Empresarial e Direito do Consumidor/Silvano Álvares Alcântara – 1. Ed. - Curitiba/PR - Editora Intersaberes, 2017. https://www.stoodi.com.br/blog/2016/07/08/qual-diferenca-entre-etica-e- moral/ acesso em 25 de Maio de 2019 https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Cartilh a-Manual-ou-Livro/Como-elaborar-um-Plano-de-Negocio acesso em 24 de maio de 2019.
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