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PIM6 Gestão Pública

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UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
Ângelo Ferreira da Rocha Júnior RA 1802584 
 Erica Camargos Bonanome RA 1811490 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAEMA – Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente. 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Montes Claros – MG 
Araras – SP 
2019 
 
 
 
UNIVERSIDADE PAULISTA 
 
 
Ângelo Ferreira da Rocha Júnior RA 1802584 
Erica Camargos Bonanome RA 1811490 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAEMA – Serviço de Água, Esgoto e Meio Ambiente. 
 
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR VI 
 
 
 
 
 
 
Projeto Integrado Multidisciplinar VI 
para obtenção do título de Gestão 
Pública apresentado a Universidade 
Paulista – UNIP Orientador: 
Prof. Mauro de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Montes Claros – MG 
Araras – SP 
2019 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
A autarquia SAEMA, localizada no município de Araras SP, é responsável pela 
captação, tratamento, distribuição de água e disposição final dos efluentes 
domésticos foi o objeto do presente projeto. O presente Projeto Multidisciplinar VI 
(PIM VI) foi desenvolvido por meio de pesquisas bibliográficas, pesquisas e 
entrevistas com colaboradores da autarquia afim de, por meio desse estudo, explicar 
e demonstrar a aplicação de alguns conceitos estudados nas disciplinas de Finanças 
e Orçamento Público, Plano de Negócios e Ética e Legislação: Trabalhista e 
Empresarial. Em Finanças e Orçamento Publico será apresentado os conceitos 
básicos de planejamento plurianual, lei de diretriz orçamentária, lei orçamentária 
anual e de que forma a autarquia se relaciona a esses conceitos. Em seguida, Plano 
de Negócios elucidará sobre a importância do planejamento e como elaborar um 
plano de negócios, e a forma como a autarquia faz seu planejamento em 
consonância com o orçamento público. Em Ética e Legislação: Trabalhista e 
Empresarial apresenta o conceito de ética e moral, e as forma como a ética esta 
conectada a legislação trabalhista, empresarial e ao consumidor. Ao final da leitura 
do presente projeto, espera-se ter sido específico e conciso, tentando alcançar a 
coesão entre as opiniões do autor e do leitor. 
Palavras - Chave: orçamento, planejamento, ética. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sumário 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 5 
2. FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS ............................................ 6 
2.1. Conceito de Orçamento .................................................................. 6 
2.2. Plano Plurianual – PPA ................................................................... 6 
2.3. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO ......................................... 6 
2.4. Lei Orçamentária Anual - LOA ....................................................... 7 
2.5. Princípios Orçamentários ............................................................... 7 
2.5.1. Princípio da Universalidade ....................................................... 7 
2.5.2. Princípio da Unidade e da Totalidade ........................................ 7 
2.5.3. Princípio da Anualidade .............................................................. 8 
2.5.4. Princípio da Legalidade .............................................................. 8 
2.5.5. Princípio da Reserva Legal ......................................................... 8 
2.5.6. Princípio da Publicidade ............................................................. 8 
2.5.7. Princípio do Orçamento Bruto ................................................... 8 
2.5.8. Princípio da Exclusividade ......................................................... 8 
2.5.9. Princípio da Especificação ou Discriminação .......................... 9 
2.5.10. Princípio da Não Afetação das Receitas ................................. 9 
2.6. Estágios da Receita Pública ........................................................... 9 
2.6.1. Previsão ....................................................................................... 9 
2.6.2. Lançamento ................................................................................. 9 
2.6.3. Arrecadação ............................................................................... 10 
2.6.4. Recolhimento ............................................................................. 10 
2.7. Estágios da Despesa Pública ....................................................... 10 
2.7.1. Fixação ........................................................................................... 10 
2.7.2. Empenho .................................................................................... 10 
2.7.3. Liquidação ................................................................................. 10 
2.7.4. Pagamento ................................................................................. 11 
 
 
2.8. A autarquia SAEMA e as Finanças Públicas .............................. 11 
3. PLANO DE NEGÓCIOS ........................................................................ 12 
3.1. O que é? ......................................................................................... 13 
3.2. Como Elaborar? ............................................................................ 13 
3.2.1. Sumario Executivo .................................................................... 13 
3.2.2. Análise de Mercado ................................................................... 14 
3.2.3. Planejamento de Marketing ...................................................... 14 
3.2.4. Planejamento Operacional ....................................................... 15 
3.2.5. Plano Financeiro........................................................................ 15 
3.2.6. Construção de Cenários ........................................................... 15 
3.2.7. Análise Estratégica ................................................................... 16 
3.2.8. Avaliação do Plano de Negócios ............................................. 16 
3.3. Empreendedorismo e Plano de Negócios ................................... 17 
3.4. A Autarquia e Plano de Negócios ................................................ 17 
4. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL .............. 19 
4.1. Conceito de Moral ......................................................................... 19 
4.2. Conceito de Ética .......................................................................... 19 
4.3. Código de Ética e a Responsabilidade Social das Empresas ... 19 
4.4. Ética e a Desconsideração de Pessoa Jurídica .......................... 20 
4.5. Ética e o Direito Trabalhista ......................................................... 21 
4.6. Ética e o Direito do Consumidor .................................................. 22 
4.7. Ética e Legislação Trabalhista na Autarquia .............................. 24 
CONCLUSÃO ................................................................................................. 25 
BIBLIOGRAFIA .............................................................................................. 27 
 
 
 
 
 
5 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 O processo de fornecimento de água e tratamento da mesma é essencial à 
coletividade, pois, sem água de boa qualidade fica seriamente comprometida a 
qualidade de vida da população. O objetivo do presente estudo é apresentar e 
analisar a autarquia SAEMA. O Saema é uma Entidade Autárquica Municipal, compersonalidade jurídica e patrimônio próprio. Criada como Autarquia Pública, pela Lei 
Municipal nº 937 de 04 de agosto de 1971, é responsável pela captação, tratamento 
e distribuição de água; captação e disposição final dos efluentes domésticos do 
município de Araras/SP. . 
O SAEMA conta com aproximadamente trezentos colaboradores, entre 
engenheiros, químicos, administradores, contadores, auxiliares administrativos, 
pedreiros, eletricistas, motoristas e auxiliares de serviços gerais. 
O presente projeto tem a finalidade de demonstrar através de estudos dessa 
autarquia, mediante análise estrutural, entrevistas com colaborares e pesquisas 
bibliográficas a consolidação do conteúdo de Finanças e Orçamento Publico, Plano 
de Negócios e Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial. ..... 
Em Finanças e Orçamento Publico, entenderemos conceito de PPA – Plano 
Plurianual, LDO – Lei de Diretrizes Orçamentária e LOA – Lei Orçamentária Anual, 
princípios orçamentários, os estágios das receitas e despesas públicas e como a 
autarquia planeja suas despesas para o ano subsequente, os trâmites e processos 
para realizar o orçamento anual, quais são os projetos que integram o orçamento e 
quais dependem de subsídios. 
Em Plano de Negócios, analisaremos como o planejamento estratégico esta 
intimamente associado ao sucesso do empreendedorismo, como elaborar um plano 
de negócios e de que forma a autarquia realiza seu planejamento de curto, médio e 
longo prazo visando o atendimento à população e estar em consonância com o 
orçamento pré-estabelecido. 
Em Ética e Legislação: Trabalhista e Empresarial, apresentaremos conceito 
de ética e moral, legislação trabalhista e direito do consumidor. Analisaremos a qual 
legislação trabalhista a autarquia esta submetida, e a estima abonada à ética e a 
cidadania. 
 
 
6 
 
2. FINANÇAS E ORÇAMENTOS PÚBLICOS 
 
2.1. Conceito de Orçamento 
 
O orçamento pode ser conceituado como o ato pelo qual o Poder Executivo 
prevê receitas e fixa despesas e o Poder Legislativo autoriza esses dispêndios para 
custeio de serviços aos cidadãos e para adoção de políticas econômicas de acordo 
como o governo vigente para um determinado período. É um instrumento que o 
governo utiliza para a resolução das falhas de mercado como o fornecimento de 
bens públicos, mercados incompletos, monopólios naturais e as falhas de 
comunicação existentes. 
A Constituição de República Federativa do Brasil de 1988 determina a 
integração do planejamento e orçamento através da criação do Plano Plurianual e 
da Lei de Diretrizes Orçamentárias. 
No Brasil são adotadas três espécies de orçamentos que possuem 
características e períodos diferentes, sendo eles o Plano Plurianual, a Lei de 
Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual. 
 
2.2. Plano Plurianual – PPA 
 
Assim como as organizações privadas possuem planejamento estratégico, o 
governo também possui. Esse realiza seus projetos de médio prazo através de um 
planejamento chamando de Plano Plurianual, que estabelece de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para 
as despesas de capital e para as relativas aos programas de duração continuada. 
O PPA possui um período de quatro anos de vigência, não coincidindo com o 
mandato presidencial. Esse instrumento de planejamento e aprovado no primeiro 
ano de mandato presidencial, vigorando a partir do segundo ano de governo até o 
primeiro ano do governo posterior. 
A Constituição de 1988 determina que os demais orçamentos devam estar em 
consonância com o PPA. 
 
2.3. Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO 
 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias tem como função realizar o elo entre o 
Plano Plurianual e a Lei Orçamentária, estabelecendo as metas e prioridades da 
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício 
7 
 
subsequente, dispondo também sobre a elaboração da lei orçamentária anual, sobre 
as alterações da legislação tributária e a política de aplicação das agências oficiais 
de fomento. 
Além dessas funções, a Lei de Responsabilidade Fiscal determina que, a 
LDO deve possuir o anexo de metas fiscais e o anexo de riscos fiscais e dispor 
sobre o equilíbrio entre receitas e despesas. . 
O encaminhamento da LDO pelo Executivo deve ser realizado até oito meses 
e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido pelo Legislativo 
para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa. Essa lei 
possui vigência de um ano. 
 
2.4. Lei Orçamentária Anual - LOA 
 
A Lei Orçamentária Anual é o orçamento propriamente dito, é o meio pelo 
qual o Executivo prevê as receitas e fixa as despesas, sempre dependendo da 
aprovação do Legislativo para sua execução. A LOA somente deve conter matérias 
atinentes a matérias de previsão de receitas e fixação de despesas, salvo 
autorização para créditos suplementares e operações de créditos, inclusive por 
antecipação da receita. 
O objetivo dessa lei é execução dos objetivos e das metas estabelecidas no 
PPA, possuindo duração de um ano, devendo ser encaminhado pelo Executivo para 
aprovação do Legislativo quatro meses antes do término do exercício financeiro e 
devolvido ao executivo até o encerramento da sessão legislativa. 
 
2.5. Princípios Orçamentários 
 
 Os princípios orçamentários são linhas norteadoras a serem seguidas na 
elaboração e execução das leis orçamentárias. 
 
2.5.1. Princípio da Universalidade 
 
Este princípio determina que orçamento deva possui todas as receitas e todas 
as despesas do ente federativo, assim o Legislativo pode conhecer mediante 
autorização todas as receitas e despesas do governo. 
 
2.5.2. Princípio da Unidade e da Totalidade 
 
8 
 
Segundo esse princípio, o orçamento deve ser único para cada ente de 
federação. Não obstante o fato de a Lei Orçamentária Anual possuir o orçamento 
fiscal, orçamento de seguridade social e orçamento de investimentos das empresas 
estatais, esses são consolidados em uma só LOA, a consolidação desses 
orçamentos é o princípio da totalidade. 
 
2.5.3. Princípio da Anualidade 
 
Conhecido também como princípio da periodicidade determina que o 
orçamento deva ser elaborado e autorizado para um período de um ano, coincidindo 
esse com o exercício financeiro. 
 
2.5.4. Princípio da Legalidade 
 
O orçamento deve ser sempre aprovado por lei e observar o processo 
legislativo. O Poder executivo deve elaborar um projeto de lei enviar o projeto pra 
aprovação do Legislativo para a execução de despesas no ano seguinte. 
 
2.5.5. Princípio da Reserva Legal 
 
Cabe somente ao Poder Executivo a consolidação e elaboração da proposta 
orçamentária, não pode outro poder executar tão função. É reservada 
constitucionalmente esta atividade. 
 
2.5.6. Princípio da Publicidade 
 
A publicação da lei orçamentária em veículos oficiais de comunicação é 
condição de validade para sua execução. 
 
2.5.7. Princípio do Orçamento Bruto 
 
Esse princípio determina que os valores de receitas e despesas públicas 
devem constar no orçamento pelo seu valor bruto, sem deduções. 
 
2.5.8. Princípio da Exclusividade 
 
Surgiu para impedir que o orçamento contivesse matérias estranhas ao 
estabelecimento de previsão e fixação de receitas. A única exceção é a autorização 
9 
 
de créditos suplementares e operações de créditos, inclusive por antecipação de 
receitas. 
 
2.5.9. Princípio da Especificação ou Discriminação 
 
Esse princípio determina que orçamento deva conter as fontes de recursos, 
ou seja, suas origens, e suas respectivas despesas.2.5.10. Princípio da Não Afetação das Receitas 
 
O princípio da não afetação ou não vinculação das receitas dispõe que 
receitas de impostos não devem estar vinculadas a despesas específicas, salvo 
algumas reservas constitucionais como a repartição constitucional de impostos e a 
destinação de recursos para a saúde e desenvolvimento de ensino. 
 
2.6. Estágios da Receita Pública 
 
Os estágios da receita são todos os passos que identificam o comportamento 
de uma receita e são dependentes da ordem de ocorrência de fenômenos 
econômicos. São estágios da receita a previsão, lançamento, arrecadação e 
recolhimento. Nem todas as receitas públicas passam por todos os estágios, como 
uma doação recebida. 
 
2.6.1. Previsão 
 
A previsão e a estimativa de receitas de um ente público, levando em conta 
as alterações das legislações tributárias, o crescimento econômico, desonerações 
fiscais e os efeitos inflacionários. Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, além 
desses fatores, as previsões devem conter todo fator relevante e serem 
acompanhadas de demonstrativos de evolução dos últimos três anos e projeção 
para os próximos dois. 
 
2.6.2. Lançamento 
 
O lançamento é segundo o código tributário nacional um procedimento 
administrativo que verifica a ocorrência de um fato gerador, o montante devido pelo 
credor identificado e pode impor penalidade, caso descumprida obrigação por parte 
10 
 
do sujeito passivo. São passíveis de lançamento impostos e quaisquer vencimento 
em contrato, seja em lei, contrato ou regulamentos. 
 
2.6.3. Arrecadação 
 
A arrecadação é o estágio que o sujeito passivo entrega recursos aos bancos 
ou agentes arrecadadores autorizados pelo ente que possui o direito de exigir a 
prestação pecuniária. 
 
2.6.4. Recolhimento 
 
O recolhimento é a fase que os recursos arrecadados são transferidos pelos 
bancos e agentes autorizados pelo ente para a conta única desse, que é o 
responsável pela realização da execução orçamentária. 
 
2.7. Estágios da Despesa Pública 
 
São estágios das despesas a fixação, empenho, liquidação e pagamento, 
sendo que esses estágios devem seguir a ordem citada, não sendo permitida pela 
legislação qualquer inversão. 
 
2.7.1. Fixação 
 
A fixação e a dotação inicial na lei orçamentária, sendo a identificação de 
despesas, concluída com autorização pelo Poder Legislativo para sua execução. 
Importante destacar, que nem todas as despesas passam pela fixação, como no 
exemplo de abertura de créditos extraordinários para o custeio de calamidades 
públicas ou guerras. 
 
2.7.2. Empenho 
 
O empenho é a criação de uma obrigação para o Estado caso sejam 
cumpridas as condições estabelecidas a serem realizados pela parte credora, não 
podendo exceder o limite dos créditos orçamentários. Serve como garantia de 
pagamento para o credor. É vedada a realização de despesa sem prévio empenho. 
 
2.7.3. Liquidação 
 
11 
 
A liquidação verifica se as condições estabelecidas foram cumpridas pelo 
credor, gerando no caso do programo da obrigação, como a entrega de bens ou a 
realização de um serviço, um direito adquirido. A liquidação tem por base, também, 
títulos e documentos comprobatórios do crédito. 
 
2.7.4. Pagamento 
 
Representa e entrega da remuneração após a fase de liquidação pelo ente 
federativo ao credor, através de créditos em conta, ordem de pagamento ou 
cheques nominativos. 
 
2.8. A autarquia SAEMA e as Finanças Públicas 
 
A autarquia Saema faz previsões orçamentárias de um ano para o outro. 
Neste orçamento, é previsto o quanto será gasto em despesas fixas e o quanto 
ficará à disposição para possíveis despesas inopinadas. O ARES PCJ, a agência 
que faz regulação da autarquia, faz estudos anuais da saúde financeira do Saema 
levando em conta a inflação do período e indica valores de reajustes para a 
cobrança da tarifa de água e esgoto, para que não haja defasagem e nem 
desequilíbrio financeiro, ou seja, as tarifas são reajustadas conforme o custo 
operacional apreciado pela inflação. 
Após a previsão sendo feita, é avaliada e aprovada pelo Conselho 
deliberativo, e então é encaminhado à Câmara Municipal, assim como a prestação 
de contas do ano anterior, e se aprovado passa a integrar o Balanço do Município. 
Em entrevista com colaborador do Saema, verificamos que as represas que 
abastecem a estação de tratamento de água, são antigas e não estavam em 
conformidades com a legislação da ANA (Agência Nacional de Águas). A Lei nº 
12.334/2010 dita em seu terceiro artigo: 
Art. 3
o
 São objetivos da Política Nacional de Segurança de Barragens 
(PNSB): 
I - garantir a observância de padrões de segurança de barragens de 
maneira a reduzir a possibilidade de acidente e suas consequências; 
II - regulamentar as ações de segurança a serem adotadas nas fases de 
planejamento, projeto, construção, primeiro enchimento e primeiro 
vertimento, operação, desativação e de usos futuros de barragens em todo 
o território nacional; 
III - promover o monitoramento e o acompanhamento das ações de 
segurança empregadas pelos responsáveis por barragens; 
12 
 
IV - criar condições para que se amplie o universo de controle de barragens 
pelo poder público, com base na fiscalização, orientação e correção das 
ações de segurança; 
V - coligir informações que subsidiem o gerenciamento da segurança de 
barragens pelos governos; 
VI - estabelecer conformidades de natureza técnica que permitam a 
avaliação da adequação aos parâmetros estabelecidos pelo poder público; 
VII - fomentar a cultura de segurança de barragens e gestão de riscos. 
 
 Segundo a lei, os barramentos que não estiverem regularizados poderiam 
sair de operação e serem demolidos. 
Art. 18. A barragem que não atender aos requisitos de segurança nos 
termos da legislação pertinente deverá ser recuperada ou desativada pelo 
seu empreendedor, que deverá comunicar ao órgão fiscalizador as 
providências adotadas. 
§ 1
o
 A recuperação ou a desativação da barragem deverá ser objeto de 
projeto específico. 
O projeto para se adequar a Lei 12.334/2010, para obter a Outorga e 
Elaboração dos Planos de Segurança de Barragens e Plano de Ação de 
Emergência, foi incluso e aprovado para orçamento 2018/2019, e atualmente está 
em fase de licitação e contratação de empresa especializada. Para tal foi realizada 
uma reserva no orçamento no valor estimado de R$ 315.189,20 (trezentos e quinze 
mil cento e oitenta e nove reais e vinte centavos). 
Após as tragédias, como o rompimento da barragem em Mariana/MG e mais 
recentemente o rompimento da barragem de Brumadinho/MG, a fiscalização ficou 
mais intensa, e a ANA estipulou o prazo para requisição de outorga e adequação a 
segurança de barragens e plano de emergências, para o ultimo 07 de maio. 
Melhorias e projetos grandes e dispendiosos, como a construção da Estação 
do tratamento de esgoto, reforma da estação de tratamento de água construção de 
tratamento de lodo, são inclusos na prestação de contas no portal de transparência, 
mas não são inclusos no orçamento, pois a realização ou não depende de subsídios 
adquiridos junto à União, como verbas do PAC do Ministério das Cidades. 
Todos os reservatórios de água bruta que abastecem a ETA (estação de 
tratamento de água), incluindo as quatro represas e o rio Mogi-Guaçú, estão 
localizados na região oeste do município de Araras. Há um projeto em fase de 
desenvolvimento e estudo topográfico e hidrológico para a construção de uma nova 
represa, desta vez na região Leste, pois é a regiãomais afetada com a falta de 
água. Este é um projeto dispendioso e de impacto que, quando concluído, será 
apresentado ao Ministério das Cidades para tentativas de subsídios da União. 
 
3. PLANO DE NEGÓCIOS 
13 
 
 
3.1. O que é? 
 
Um plano de negócio é um documento onde é descrito todos objetivos de um 
negócio e o passo a passo para que esses objetivos sejam obtidos. Um plano de 
negócios minimiza os riscos e as inseguranças e permite identificar e corrigir erros 
antes de serem cometidos. 
Para elaboração de um bom plano de negócios será necessário informações 
sobre o setor que se deseja empreender, é necessário que se pesquise e procure 
conhecer tudo sobre este setor. Informações podem ser conseguidas na internet, em 
jornais, revistas, associações, feiras, cursos, com empresários do ramo, com 
potenciais clientes ou fornecedores. 
O plano de negócios deve ser acompanhado constantemente, e esta sujeito a 
ajustes e correções. Nele deve conter as ideias e objetivos descritos de forma muito 
clara e especifica. Pois através de um plano de negócios bem aparelhado, pode-se 
conseguir parceiros, sócios, investidores, fornecedores e clientes. 
 
3.2. Como Elaborar? 
 
Cada negócio apresenta suas características, por isso a estrutura de um 
plano de negócios é flexível. No entanto, deve conter alíneas importantes à 
elucidação do plano. 
 
3.2.1. Sumario Executivo 
 
O sumário executivo é uma seção do plano de negócios que contem uma 
pequena introdução, geralmente, de cada subdivisão do plano e o seu objetivo 
principal é persuadir o leitor. É a parte principal do plano, pois será explanado a 
viabilidade do negócio e responderá questões como: 
 O quê/qual? 
 Onde? 
 Por quê? 
 Quanto? 
14 
 
 Como? 
 Quando? 
 
3.2.2. Análise de Mercado 
 
O Objetivo da análise de mercado e competitividade é um elemento do plano 
de negócios da empresa que visa é conhecer intimamente setor em que se pretende 
atuar garantindo o sucesso do investimento. Englobam estudos sobre o perfil dos 
potenciais consumidores do serviço ou produto, o cenário da econômico, a 
concorrência no ramo e os fornecedores. 
A análise de mercado também estudo permite à empresa posicionar melhor 
os seus produtos ou serviços. As fontes de dados podem ser disponibilizados pelo 
governos, universidades, institutos, associações do setor, revistas e jornais. Nestes 
últimos, geralmente, as pesquisas já trazem gráficos, tabelas e dados estatísticos 
sobre o mercado em questão. 
 
3.2.3. Planejamento de Marketing 
 
Plano de marketing é um documento detalhando as todas as ações 
de marketing da empresa. O plano pode ter foco na marca, no produto em si ou no 
serviço oferecido. 
Marian Wood descreve planejamento de marketing: 
... é o processo estruturado por meio do qual se determina como fornecer 
valor para os consumidores, para a organização e para os stakeholders, 
usando pesquisa e analise da situação atual, incluindo mercados e 
consumidores, e determina como desenvolver e documentar os objetivos, 
as estratégias e os programas de marketing, e como implementar, avaliar e 
controlar as atividades de marketing para atingir os objetivos ... 
 
O plano de marketing deve ter em vista diretamente o público-alvo, ou seja, 
consumidores dos produtos e serviços que serão oferecidos pela empresa. Deve 
incluir política de preço, canais de distribuição, comunicação e publicidade e 
diferencial do produto ou serviço. 
Desta forma, é necessária uma análise constante e delineada do mercado, 
para perceber quando e como o cliente deseja contrair o produto ou serviço, pois tal 
15 
 
compreensão fará com o empresa atinja a real necessidade do cliente, e ofereça o 
produto ou serviço ideal para o cliente. 
 
3.2.4. Planejamento Operacional 
 
O plano operacional é o diagrama que tende suscitar resultados num prazo 
curto. Nele é descrito todas as tarefas que serão efetivadas pelos colaboradores. Tal 
plano é indispensável, pois identificam quais são as atividades, os recursos 
utilizados, a divisão da tarefa e quem são os responsáveis por cada fase do 
processo. 
 O processo é um conjunto de atividades estruturadas e bem delineadas 
numa sequência lógica, que podem ser concretizadas por humanos ou máquinas, 
transformando matéria-prima em bens ou serviços, por meio de um método de 
processamento. 
 
3.2.5. Plano Financeiro 
 
Um planejamento financeiro é parte essencial do plano de negócios. esse 
documento deve abalizar as diretrizes para que a ideia de produto ou serviço seja 
atrativa e rentável , deve estabelecer as ferramentas de controle para garantir um 
caixa sempre positivo e honrando com objetivos propostos para curto, médio e longo 
prazos. 
Se o plano financeiro for detalhado, melhor preparado estará o gestor para 
lidar bem com todos os possíveis cenários que poderão surgir, se antecipando aos 
imprevistos, correndo apenas riscos calculados, não sendo pego desprevenido. 
Nele deve estar descrito itens importantes, tais como, a projeção do fluxo de 
caixa, balanço e demonstrativo de resultados, ponto de equilíbrio entre receitas e 
despesas, previsão do retorno do capital investido. 
 
3.2.6. Construção de Cenários 
 
Não se trata de previsão do futuro, mas sim de identificar fatores que 
poderiam impactar de forma positiva ou negativa os negócios. Essas variáveis 
podem ser a política, economia, tecnologia, ecológica e social. 
16 
 
 Análise e construção de Cenários, possibilita o direcionamento e exatidão do 
planejamento estratégico, pois resultará na criação ou adaptação planos de ação 
para minimizar os riscos e impactos negativos, e maximizar as oportunidades e os 
impactos positivos. 
 
3.2.7. Análise Estratégica 
 
Existe uma ferramenta muitos utilizada para fazer análise de cenário ou 
ambiente, pode ser o embasamento para gestão e planejamento estratégico de uma 
empresa. Esta ferramenta é a análise SWOT (em inglês) ou análise FOFA (Forças, 
Oportunidades, Fraquezas e Ameaças, em português) . Basicamente consiste em: 
 Definir os pontos fortes da empresa; 
 Determinar as fraquezas da empresa; 
 Enumerar as oportunidades; 
 Listar as possíveis ameaças. 
Após identificar os pontos fortes, fracos, oportunidades e ameaças deve-se 
correlacioná-los às causas e perpetrar um plano de ação para cada um de monitorá-
los. 
O Ciclo PDCA (sigla em inglês) é um ótima ferramenta a ser utilizado no 
planejamento financeiro Sendo composto de quatro etapas, podemos descrever: 
 P (Plan) - Planejar - estabelecer os objetivos e delinear o método para se 
alcançar tal meta. 
 D (Do) – Fazer – execução das tarefas como outrora prevista no plano 
 C (Check) – Checar – comparação, a partir dos dados coletados durante a 
execução, com os objetivos estabelecidos. 
 A (Action) – Agir – é ação corretiva dos erros desvios ou erros, para que não 
aconteça novamente. 
 
3.2.8. Avaliação do Plano de Negócios 
 
Um plano de negócios deve ser “feito a lápis”, pois não existe um receita 
pronta para ensinar como fazer uma empresa ou empreendimento ter sucesso. 
Embora deva ser consultado regularmente, deve-se sempre avaliar a atual situação, 
identificar fatores de riscos e fazer adaptações necessárias à nova realidade e para 
não se desviar dos objetivos principais da empresa ou empreendimento. 
17 
 
 
3.3. Empreendedorismo e Plano de Negócios 
 
A expressão empreendedora, do francês ‘entrepreneur’ e se refere aquela 
pessoa que arrisca em começar alguma coisa nova. São pessoas que acreditam em 
suas ideias e mesmo em um cenário pouco ou nada favorável, seguem em frente. 
Nãohá uma receita para ser um empreendedor de sucesso. No entanto, há 
algumas características que o empreendedor deve possuir. Dentre outros aspectos, 
envolve: 
 Correr riscos; 
 Ter iniciativa; 
 Ser comunicativo; 
 Espírito de liderança e saber lidar com as pessoas; 
 Ter visão de futuro; 
 Se antecipar às situações; 
 Tomar decisões importantes; 
 Ser perseverante e saber lidar com os altos e baixos. 
Ser um empreendedor é sempre arriscado, mas se este estiver de posse de 
um plano de negócios bem esboçado e consultá-lo regularmente, terá um auxilio 
para tomar decisões de maneira mais acertadas, sempre tendo em vista seus 
objetivos. 
 
3.4. A Autarquia e Plano de Negócios 
 
Foi verificado durante o estudo, realizado através de entrevista com 
colaborador, que a autarquia possui deficiências quanto à distribuição de água para 
áreas mais altas e distantes do centro, quando o consumo da cidade aumenta. 
 Esse problema decorre do fato os todos os reservatórios estarem localizados 
na região oeste da cidade e de o encanamento principal, ou adutora, que distribui 
água para as caixas d’água para as zonas periféricas da cidade, que são mais altas 
e distantes, ser antigo e pequeno (atualmente de 500 mm), causando falha na 
distribuição em dias de alto consumo. Há também instabilidade de pressão nos 
18 
 
encanamentos, o que causa muitas perdas por vazamentos à noite, quando a 
pressão aumenta pela diminuição do consumo. 
 
Fonte: site Saema – Fluxograma de Captação de água bruta. 
 
Alem do estudo para a construção da nova represa na região leste, há um 
projeto, já em execução chamado Projeto Sabaz, para execução de adutoras, que 
são tubulações que conduzem a água de um local para o outro. Para tal projeto, foi 
angariado recurso financeiro junto ao BNDS. 
 Na região sul, está executando obras do Sabaz, resta a região leste que é 
mais populosa e distante da ETA. Esta fase será mais complexa, pois irá interligar o 
reservatório da Estação de Tratamento de Água – ETA do Saema direto no 
reservatório da Estação Elevatória de Água Tratada – EEAT, será de uma extensão 
de 7.6 mil metros, e diâmetro interno de 600 mm. 
Algumas medidas emergenciais foram tomadas, ate que se conclua o projeto, 
como interligar a rede de distribuição central com a do Jardim Fátima, que é pouco 
19 
 
mais próximo da região leste; e instalação de VPR (válvulas redutoras de pressão) 
para diminuir as perdas por vazamentos, principalmente à noite quando é reduzido o 
consumo, e estabilizar a pressão nos encanamentos, o que daria condições e tempo 
de encher todas as caixas d’água, evitando a falta de água para a população desta 
região. 
 
4. ÉTICA E LEGISLAÇÃO: TRABALHISTA E EMPRESARIAL 
 
4.1. Conceito de Moral 
 
A palavra “moral” possui como origem a palavra “morales” do latim, o qual se 
refere aos costumes. Podemos conceituar moral como um conjunto de costumes e 
regras que orientam os indivíduos em sociedade, sendo adquirida através do 
cotidiano, educação, cultura entre outros. A moral tem como fundamento definir o 
que é certo e o que é errado dentro de um contexto social e histórico, possuindo 
com atributo a flexibilidade, pois pode sofrer mudanças durante o tempo, o que é 
considerado moral na atualidade, pode não ser nos próximos anos. 
 
4.2. Conceito de Ética 
 
A palavra ética possui como origem etimológica a palavra “ethos” do grego, o 
que significa o modo de ser, caráter. Pode ser definida com uma reflexão da moral, 
podendo contestar as regras em vigor definindo as como ultrapassadas. Ela estuda, 
explica e realiza reflexão sobre o comportamento humano de forma racional. 
 
4.3. Código de Ética e a Responsabilidade Social das Empresas 
 
Códigos de ética são condutas definidas a serem seguidas pelas 
organizações em seu relacionamento com os fornecedores, os seus clientes, as 
organizações públicas, com o seu ambiente externo. Eles demonstram ao público 
interno e externo sua visão, missão e os valores da empresa, procurando padronizar 
comportamentos nas suas operações e nos seus relacionamentos. 
A sociedade está, a cada dia, mais atenta com as ações das organizações, 
seja ela pública ou privada. Ela ao selecionar as empresas que irão prestar os 
serviços ou bens que estão necessitando verifica, além do preço, boas atitudes, 
como o respeito ao meio ambiente, aos seus colabores e aos seus clientes. Um 
meio de demonstrar a realização dessas atitudes perante o coletivo e através da 
20 
 
instituição de códigos de ética, que precisam ser disseminados tanto ao público 
interno como ao público externo. Não basta a criação desse instrumento, é 
primordial a sua execução, algumas organizações podem criar e não colocar em 
prática essa normas, comprometendo a imagem almejada. 
O código de ética se relaciona diretamente com a responsabilidade social, 
tendo em vista que para que as suas normas sejam consideradas éticas, elas devem 
ir ao encontro das expectativas criada pelas pessoas e por outros entes que se 
relacionam com o organização instituidora do instrumento ético, se executora de 
práticas consideradas éticas ela também pode ser considerada responsável 
socialmente. 
Quando é definido, por exemplo, como missão empresarial enraizada pelo 
código de ética a busca pelo desenvolvimento econômico sustentável, o respeito aos 
seus colaboradores e os seus clientes, possuindo o entendimento que pessoas são 
diferentes, a busca pela excelência profissional de seu pessoal através treinamentos 
que visem, não somente resultados operacionais, mas à felicidade deles, o 
organização está sendo socialmente responsável. 
 
4.4. Ética e a Desconsideração de Pessoa Jurídica 
 
É considerada empresa a atividade econômica organizada para a produção, 
comercialização de bens ou a prestação de serviços. A sociedade empresária ou 
sociedade simples, que são compostas por dois ou mais sócios possuem 
personalidade jurídica, o que significa que o patrimônio da empresa se distingue dos 
seus sócios. Esses somente se responsabilizam pelos prejuízos até o limite do 
capital subscrito e não integralizado, diferentemente do empresário individual que 
não existe distinção do capital da empresa do capital do sócio. Os credores de um 
empresário individual podem demandar os bens do empresário e da empresa caso 
não tenham os seus direitos satisfeitos. 
A separação dos bens da sociedade dos sócios de uma pessoa jurídica, 
entretanto não é absoluta. O juiz ao observar no caso concreto de uma ação 
proposta por credores que não tiveram os seus direitos cumpridos contra uma 
sociedade empresária, que não exerce atividade científica, artística ou literária ou 
uma sociedade simples que exerce as atividades citadas pode desconsiderar a 
personalidade jurídica, por abusos ou fraudes. Como exemplo de fraude, podemos 
citar empresas criadas exclusivamente para realização de empréstimos sem a 
21 
 
intenção de honrar os seus compromissos, utilizando esses recursos para outras 
finalidades diferentes dos objetivos empresarias, como a construção de 
apartamentos para seus sócios. Há também a desconsideração inversa da 
personalidade jurídicas, que é a situação a qual os bens da empresa podem ser 
considerados para satisfazer obrigações assumidas pelos sócios quanto pessoas 
físicas. Exemplo dessa situação uma pessoa que transferira todos os seus bens 
para uma pessoa jurídica na qual é sócio com o intuito de se abster de suas 
obrigações contraídas. O Magistrado no caso exemplificado, poderia determinar a 
desconsideração inversa da personalidade jurídica com a venda do 
patrimônio empresarial para cumprir com as obrigaçõescontraídas com o intuito de 
fraude pelo sócio. 
As organizações as quais são desconsideradas suas personalidades jurídicas 
pelo judiciário se comportam de forma aética, pois possuem a intenção de fraudar e 
comprometerem as condições socioeconômicas tanto de pessoas físicas quanto de 
pessoas jurídicas para obterem vantagens, situações totalmente abominadas pela 
sociedade. 
 
4.5. Ética e o Direito Trabalhista 
 
Uma organização ou um empregador pessoa física para ser considerado ético 
perante a sociedade deve cumprir todos os direitos trabalhistas de seus 
empregados. Para ser considerado empregado pela CLT ele deve possuir condições 
como pessoalidade, ou seja, a própria pessoa deve realizar o trabalho, ser pessoa 
física, deve receber remuneração, deve ser subordinado, deve exercer atividades 
em caráter contínuo e de por conta de outra pessoa, o empregador. 
As leis trabalhistas surgiram contra as situações degradantes na época da 
Revolução Industrial, em que os empregados eram submetidos a trabalhos além de 
suas forças e com salários indignos. Surgiram então os sindicatos pra a defesa dos 
direitos trabalhistas, representando tanto de forma individual, quanto coletiva. 
Muitos empregadores desrespeitavam os direitos trabalhistas dos 
empregados domésticos no passado pagando - lhes salários que não correspondiam 
ao salário mínimo e obrigando os a exercerem rotinas exaustivas por períodos 
superiores há 8 horas sem realizar o pagamento de horas extras. Felizmente esta 
rotina tem mudando com a equiparação de muitos direitos dos trabalhadores 
domésticos aos trabalhadores comum. 
22 
 
A organização que respeita os direitos trabalhistas como o pagamento de 
salário digno e compatível com as atividades dos trabalhadores, dispõe de um 
ambiente saudável, tentando diminuir os riscos a integridade física e mental de seus 
colaboradores, segue as determinações da Consolidação da Leis Trabalhistas, 
respeita os mandamentos da Constituição Federal no capítulo dos direitos sociais, 
como a não distinção entre o trabalho intelectual e físico, proteção em face da 
automação, na forma da lei, redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de 
normas de saúde, higiene e segurança, duração do trabalho normal não superior a 
oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de 
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de 
trabalho, bem como demais normas que dizem respeito a normas trabalhistas, além 
de estarem praticando a justiça, são também consideradas éticas pelos seus 
empregados e pela sociedade geral, gerando uma imagem positiva. 
 
4.6. Ética e o Direito do Consumidor 
 
O código de defesa do consumidor pode ser definido como um conjunto de 
normas que visam à proteção do consumidor e a organização e disciplina das 
relações entre consumidor e fornecedor. Estabelece prazos para que o consumidor 
busque os seus direitos caso se sinta prejudicado nas suas relações de consumo 
obrigando os fornecedores a resolverem os problemas dentro desse prazo, caso 
sejam solicitados, sob pena de serem demandados na esfera judicial. 
O Código de defesa do consumidor foi criado para satisfazer o art. 48 do Ato 
das Disposições Constitucionais Transitórias presente na Constituição Federal de 
1988, que determina que no prazo de 120 de sua promulgação, fosse elaborado um 
código de defesa do consumidor, entretanto somente no dia 11 de Setembro de 
1990 foi criada esta lei. 
 É recomendável que os consumidores, considerados a parte hipossuficiente 
nas relações de consumo, visem à resolução consensual dos problemas 
consumeristas com base no código de defesa do consumidor e posteriormente caso 
não sejam atendidas suas solicitações justas feitas aos fornecedores, busquem os 
meios judiciais. 
São considerados consumidores segundo o código de defesa do consumidor, 
a pessoa física ou jurídica que adquire de forma onerosa ou não bens ou serviços 
como destinatário final. Sendo assim a organização que adquire matérias – primas 
23 
 
para processamento para posteriormente venderem seus produtos não são 
considerados consumidores. A coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, 
são consideradas também consumidores, podemos citar como exemplo um grupo de 
pessoas que contratam um plano de saúde ou crianças que estufam em uma 
escola. 
O fornecedor, segundo o CDC, é toda pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, nacional ou estrangeira, sendo considerados até mesmo os entes 
despersonalizados como as pessoas que vendem seus produtos em uma feira aos 
fins de semana, que desenvolvem atividades de produção, montagem, criação, 
construção, transformação, importação, distribuição ou comercialização de produtos 
ou prestação de serviços. 
O CDC reconheceu a característica de hipossuficiente perante aos 
fornecedores, concedendo – lhes a inversão do ônus da prova, quando forem 
verdadeiras suas alegações no processo civil, ou seja, os fornecedores serão 
considerados responsáveis, salvo se o defeito do produto ou serviço inexistir, ou 
ocorrer a culpa do consumidor. Nesse sentido há a responsabilização objetiva do 
fabricante ou produtor que deverá provar que o prejuízo não ocorreu por causa do 
produto ou serviço e sim por outros motivos. 
Importante destacar a proteção dos consumidores contra as práticas 
realizadas por empresas que se utilizam de publicidades enganosas ou abusivas. 
São consideradas enganosas as publicidades total ou parcialmente falas, que 
induzem os consumidores a erros com relação a quantidade, qualidade, 
características, preços dos produtos ou serviços. As publicidades enganosas são as 
de caráter discriminatórias, que exploram o medo, a superstição, aproveitam da 
inocência das crianças, induzem os consumidores a sem comportarem de forma 
prejudicial à saúde ou segurança. 
Os fornecedores que respeitam os consumidores, distribuindo produtos ou 
fornecendo serviços no mercado de consumo com qualidade e que não prejudiquem 
a vida, a saúde ou segurança e que realizam ações de publicidade não enganosas 
ou abusivas são considerados éticos e responsáveis pelos consumidores, gerando 
uma imagem positiva e potencial de crescimento empresarial essas organizações. 
Por outro lado, ações que vão de encontro aos mandamentos do código de defesa 
dos consumidores, além de serem aéticas, poderão sofrer forte enfretamento por 
parte os órgãos de defesa do consumidor e do judiciário. 
24 
 
 
4.7. Ética e Legislação Trabalhista na Autarquia 
 
A consolidação das Leis Trabalhistas não é observada pela SAEMA, tendo 
em vista tratar - se de uma autarquia, devendo observar o estatuto dos servidores 
públicos de Araras, que estabelece os direitos e deveres funcionais dos 
colaboradores do órgão público. 
A ética e cidadania são executadas através de palestras realizadas no CRAS 
e em empresas do município, e também em visitas a estação de tratamento, tanto 
de alunos da rede publica quanto da rede privada, a fim de realizar a 
conscientização a respeito da importância da água e da minimização de seu 
desperdício. 
O estatuto do funcionário público do município de Araras cumpre de certa 
forma, o papel do código de ética estabelecendo condutas e normas a serem 
seguidos pelos servidores em suas relações internas e externas. 
Os direitos dos consumidores de água são respeitados pelo SAEMA ao 
informar aos munícipes a interrupção do fornecimento de água, quando são 
necessários reparos no sistema de distribuição, destacando – se o papel da 
transparência na sua relação com os seus consumidores e o respeito ao tentar 
minimizar as deficiências de distribuição em áreas mais altas,através da execução 
de projetos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
CONCLUSÃO 
 
Durante a execução deste projeto, procuramos consolidar os conhecimentos 
adquiridos neste bimestre aplicando as conjecturas de Finanças e Orçamentos 
Públicos, Plano de Negócios e Ética e Legislação Trabalhista e Empresarial à 
realidade da autarquia SAEMA. O presente estudo foi realizado através de 
entrevistas com servidores do SAEMA e pesquisa junto ao portal de transparência. 
O SAEMA, pertencente à administração pública indireta, prevê suas receitas e 
fixa suas despesas para o ano seguinte, passando pela fase inicial de aprovação 
pelo Conselho Deliberativo. É regulado pelo ARES PCJ, que realiza também, um 
planejamento de médio e longo prazo, verificando se sua capacidade de 
arrecadação será suficiente para suprir as necessidades. Após essas ações a 
autarquia encaminha sua proposta orçamentária ao Executivo, que a analisa e 
consolida e esse poder posteriormente encaminha o Projeto de LOA municipal, com 
as previsões de receita e fixação de despesas, ao Legislativo de Araras/SP para 
autorização e execução no ano posterior. 
Verificamos durante o estudo, que a autarquia produz água, mas tem falhas 
na distribuição, devido aos reservatórios estarem apenas na área oeste da cidade e 
apenas uma adutora ser antiga e pequena. Vimos que alguns projetos para 
resolução deste problema para longo prazo, como o estudo para a construção de 
uma nova represa no lado leste do município; projetos de médio prazo, como Sabaz 
Leste, a adutora que ligara á ETA à região leste; e projeto de curto prazo, sendo a 
instalação de VRP (válvula redutora de pressão), para conter o desperdício. 
O SAEMA não é regido pela CLT, e sim pelo estatuto dos servidores públicos 
de Araras, que estabelece os direitos e deveres e serve como código de ética. Os 
direitos dos consumidores de água são respeitados pelo SAEMA ao informar aos 
munícipes a interrupção do fornecimento de água, por necessidade de reparos ou 
obras. Destacamos o papel da transparência tanto no uso de recursos públicos 
quanto na tentativa de minimizar as deficiências de distribuição nas áreas afetadas 
através de estudos, planejamento e execução de projetos. 
Vimos que a autarquia tenta agir de acordo com conceitos estudados nas 
disciplinas abrangidas. Sugerimos à autarquia uma caixa sugestões, para que os 
funcionários coloquem suas ideias, pois quem trabalha no dia a dia da instituição 
tem conhecimento empírico ou técnico poderia dar boas ideias para melhor 
26 
 
condução das rotinas. Percebemos que o Saema faz projetos apenas para 
problemas pré-existentes e persistentes. Sugerimos uma equipe de projetos, para 
trabalhar na prevenção de problemas futuros, e não na remediação dos problemas 
diários, o que resultaria numa economia de vários recursos à longo prazo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
BIBLIOGRAFIA 
 
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/administracao/a-historia-
do-empreendedorismo/48798 acesso em 20 de maio de 2019. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12334.htm 
acesso em 21 de maio de 2019 
http://www3.ana.gov.br/portal/ANA/regulacao acesso em 25 de maio de 2019. 
http://saema.com.br/noticias/ acesso em 25 de maio de 2019. 
(Marian Burk Wood, 2015) – Planejamento e Marketing 
Consolidação das Leis Trabalhistas – 2. Ed. - Barueri/SP - Editora Manole, 2017. 
Direito Empresarial e Direito do Consumidor/Silvano Álvares Alcântara – 1. Ed. - 
Curitiba/PR - Editora Intersaberes, 2017. 
https://www.stoodi.com.br/blog/2016/07/08/qual-diferenca-entre-etica-e-
moral/ acesso em 25 de Maio de 2019 
https://www.sebraemg.com.br/atendimento/bibliotecadigital/documento/Cartilh
a-Manual-ou-Livro/Como-elaborar-um-Plano-de-Negocio acesso em 24 de maio de 
2019.

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