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SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA: COMPREENDENDO NOSSA SOCIEDADE O ESTUDO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS ENQUANTO FORMA DE CONHECIMENTO CIENTÍFICO Ciência: forma de organizar sistematicamente o conhecimento adquirido, ou seja, de dispor algo que aprendemos ordenadamente para que esse “novo” conhecimento possa ser facilmente entendido. E também uma forma de pensar e agir, isto e, algo que pensamos e fazemos de determinada maneira. ANT Ciências Sociais: explicar, a partir de mecanismos científicos, o comportamento da sociedade, que se move constantemente em busca de uma realidade diferente daquela que nós vivenciamos. A sociedade é um grande corpo em movimento, possui seus vícios e virtudes, suas vantagens e desvantagens, que estão presentes invariavelmente em qualquer uma das áreas. As especialidades fazem com que a sociedade seja formada e moldada de acordo com o interesse de cada ser que a integra. A sociedade é dinâmica, se inventa e reinventa a cada novo produto, nova moda, nova forma de aprendizado e de trabalho ou, ainda, a cada novo século. A ciência é fixa, com sua metodologia bem delimitada e que busca um “padrão” de comportamento e atitude para que se obtenha um resultado, a sociedade se move, sendo construída diariamente por todos nós. As ciências sociais se tornaram um importante e necessário instrumento para a análise deste “mundo de maluco” em que vivemos que clama a cada nova descoberta por uma analise apurada de nossa realidade social. Ponto de largada da trajetória de formação dessa área: o conflito entre os seres humanos. (disputas quase invisíveis na sociedade, que o cientista social tornara objeto de seu estudo. Os espaços de disputa política em que um grupo debate contra outro(s); a afirmação de praticas culturais e os conflitos ocasionados por essas políticas afirmativas com as demais culturas existentes; a dinâmica competitiva do mercado de trabalho e, por fim, as próprias relações sociais, palco de todos os primeiros conflitos.) ORIGENS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS: Grécia Antiga em 500 a.C. A sociedade se diferenciava das demais por um motivo: foi a primeira vez que se tentou organizar uma corrente de pensamento sobre a vida humana em sociedade. Com o desenvolvimento típico da Democracia e do contato com diferentes culturas, os gregos puderam não depender necessariamente da Igreja e do Estado ( detentores do poder político, econômico e ideológico daquele período) para pensar sobre a natureza dos homens e da sociedade. Prova desse argumento são as idéias de Platão e Aristóteles sobre a melhor forma de organizar a política em sociedade, que ganharam força e vigor na Grécia Antiga. (ambos proporcionaram o pioneirismo da Grécia, que recebeu o titulo distintivo de “berço da civilização ocidental”, pela forma “evoluída” que sua população se comportava. Surgimento da primeira universidade: século XVII (com a consolidação dos intelectuais no mundo acadêmico apos a ruptura do comando da Igreja sobre a educação). A instituição das universidades delimitou uma separação entre o mundo “exterior” (a sociedade em si) e o mundo “interior” (as instituições de Ensino), o que levava novamente a reflexão sobre a importância da discussão da vida em sociedade. Collins (2009): Com o surgimento das universidades e especialmente em virtude da criatividade da faculdade filosófica, os intelectuais ganharam seu próprio “lar” e conquistaram maior clareza acerca de seus próprios propósitos. Apesar das universidades terem surgido como espaço para a transmissão do conhecimento precisavam dialogar mais com a comunidade, uma critica que permanece ate os dias de hoje. Nesse contexto: o papel das Ciências Sociais é estabelecer a conexão entre o acadêmico e o popular, entre a erudição do conhecimento e a praticidade das pessoas, entre a teoria e a pratica. Somente apos o Renascimento e que as Ciências Sociais começaram a assumir seu espaço de atuação. o período conhecido como Renascença (que ocorreu entre o fim do século XIV e inicio do XVII) teve grande relevância para compreender o campo de trabalho de um cientista social (transformações econômicas, políticas e sociais do período, com fenômenos que alteraram as estruturas da sociedade desde então. Alem da valorização de elementos da Antiguidade Clássica (por isso o nome “Renascimento”) A ruptura cultural ocasionada a partir do Renascimento e do fim da sociedade medieval na Europa oportunizou que o homem (pautado pelo antropocentrismo) passasse a figurar como centro das preocupações de pesquisas acadêmicas, discussões filosóficas e da sociedade em si. O homem enquanto “centro do universo” abriu espaço para o protagonismo das Ciências Sociais, que são basicamente um produto das transformações ocorridas no período entre e a Revolução Industrial e a Revolução Francesa As ciências sociais ganham força. A primeira Ciência Social a ganhar autonomia de atuação para a reprodução e produção do saber foi a Antropologia. A partir das descobertas de sociedades tribais na America, na África e no Pacifico com as grandes expedições marítimas, o homem europeu passou a conhecer realidades muito distintas das que já estava acostumado no velho continente. A explicação medieval de que a sociedade européia era uma “operação divina” deixou de imperar, surgindo, assim, diversas teorias para explicar a evolução da sociedade e do seu relacionamento com o outro. A Antropologia dialogou com a Medicina, buscando explicações biológicas para a existência de outro não europeu. Antropologia Cultural ou Histórica: estuda os padrões de cultura de determinados grupos sociais ou de sociedades especificas, a fim de compreender como essas comunidades estão organizadas, quais são seus costumes, sua organização interna, seu relacionamento com outras sociedades, entre outros aspectos. Apos essa divisão de áreas de atuação entre o antropólogo de campo e o antropólogo histórico-cultural, a Antropologia passou a ter de forma evidente seu objeto de pesquisa, consolidado na segunda metade do século XIX: o homem e seu duplo relacionamento com seu eu interior e com o mundo exterior, ou seja, a sociedade propriamente dita. A Sociologia como ciência se estabeleceu no campo das Ciências Sociais. Inspirou-se na Historia, na Filosofia, na Política, na Economia, na Antropologia, na Psicologia, entre outras. A Sociologia pode ser considerada como a mãe de todas as Ciências Sociais. A Sociologia tem como foco o estudo da sociedade e das diversas implicações que essa relação pode estabelecer. Nasce “da constatação de que a ordem social moderna desorganizou as formas de convívio social, gerando problemas novos que reclamavam interpretações e soluções inovadoras”. A Sociologia esta destinada a analisar as relações sociais e tentar fixar leis gerais do comportamento da sociedade. A preocupação em estabelecer a Sociologia como ciência foi um dos objetivos de Auguste Comte, considerado por alguns como o “pai da Sociologia”. Responsável por popularizar a expressão “Física Social” A Física Social de Comte reflete, assim, dois conceitos distintos em união para um mesmo ambiente: a sociedade. Física Social nada mais é do que o estudo da dinâmica da ação das pessoas socialmente, as quais são influenciadas pela sociedade, ditando suas normas, as normas do trabalho e do seu campo próprio de atuação. A Sociologia passou a intervir nas discussões políticas da sociedade. Daí nasce a Ciência Política: Dialogando com a política permanentemente a Sociologia estabeleceu uma relação de proximidade com a política, ate mesmo conversando com a Filosofia, que em sua origem se destinou a estudar os comportamentos políticos. Teve origem no final do Século XIX nos Estados Unidos e buscava se estabelecer, desde então, como uma ciência “autônoma”. Tem quebrado barreiras quanto ao pensamento político, na busca de estabelecer o seu principal objeto de pesquisa: as relações de poder. Alem de estudar as relações de poder, a Ciência Política tem o desafio de explicar como o Estado é constituído, seja enquanto ente governamental ou como espaço em que os políticos irão expor suas idéias, conduzir os rumos de uma determinada população, enfim, fazer política. Os Sistemas Políticos, tem por finalidade estruturar um Estado especifico, alem de incorporar as regras de disputas eleitorais. Há um ingrediente especifico para que haja um cientista político analisando algum fenômeno em geral: o poder e o local onde esse poder é aplicado, normalmente um Estado, um partido político ou um conjunto de forcas políticas. As três áreas das Ciências Sociais (Antropologia, Sociologia e Ciência Política) tentam explicar, ora em conjunto, ora separado, a complexa sociedade em que vivemos. Palavras-chaves: Cultura, relações sociais e relações de poder As Ciências Sociais não são exatas, mas são múltiplas e dependem de diversos ingredientes para que haja um produto final, uma conclusão de determinado fenômeno social. Não é possível educar sem conhecer a diversidade de aspectos que formam a sociedade em que vivemos É muito difícil educar e transmitir o conhecimento somente a partir da sua própria realidade, sem considerar que o processo de formação educacional esta em constante movimento e em constante mudança. Ex: Saímos de uma educação rígida, em que as carteiras da sala de aula eram enfileiradas; em que os alunos, na maioria das vezes, não tinham a palavra durante as aulas; em que o professor era a autoridade absoluta e em que o giz e o apagador faziam sucesso. Hoje, a educação mudou. Os alunos aprendem, muitas vezes, em grupos, nos quais o dialogo e a troca de conhecimento vale muito mais do que diversas aulas. O professor, ao mesmo tempo em que transmite o conhecimento, recebe-o dos alunos. Educação se transforma a partir das mudanças que a sociedade impõe. A sociedade impõe novos desafios à educação e esta também em processo diário de aprimoramento, devendo aderir aos anseios das pessoas. Essa via firmada entre a sociedade e a educação jamais pode ser interrompida, uma vez que elas estão interligadas e são interdependentes entre si, o que justifica a necessidade das Ciências Sociais durante a formação educacional no Ensino Superior. O AMBIENTE PARA A FORMAÇÃO DA SOCIOLOGIA As transformações sociais derivadas do modo de produção capitalista na Europa entraram em colapso (urbanização, êxodo rural, etc..) Com o desenvolvimento da indústria e a capacidade produtiva integrada a uma cadeia mundial de produção, ha uma mudança nas condições de vida dos seres humanos. Atingiram primeiro a Europa ( revolução industrial), depois o restante do planeta. A industria sediada na Europa necessitou cada vez mais de matéria-prima vinda de diversas partes do mundo, assim como o mundo passou a consumir, em uma escala crescente, os produtos industriais. Nesta fase do capitalismo ocorre o crescimento da população urbana Numero crescente de pensadores sociais a buscar entender qual será o futuro da sociedade diante de uma concentração populacional nunca vista na historia humana A ciência agora deveria atender a ordem social instituída na própria Europa. Entender as relações sociais constituídas no Ocidente se tornou uma prioridade. Buscar uma ação para sua transformação será o objeto de preocupação das forcas políticas e também dos cientistas Crescimento urbano desse período medido em Londres: praticamente triplico sua população entre os séculos XVIII e XIX. A massa populacional que passou a migrar para a cidade, com o chamado êxodo rural, fez crescer uma cidade desconexa e desordenada. Operários se concentravam em torno das fábricas ou em cortiços As moradias eram mal ventiladas, muitas delas tinham apenas um cômodo, onde ficava toda família, faltava saneamento e todos estavam expostos a um ambiente úmido e insalubre que provocava doenças, como tifo, cólera, varíola e escarlatina. A busca de um saneamento básico levara, entre outras atitudes, a promover o zoneamento urbano e as políticas de saúde publica Grande desigualdade de condições. Privilégios da elite Problemas como o alcoolismo, homicídios, latrocínios e prostituição cresceram, manicômios começaram a se propagar Situações que se justificam diante da condição de vida do operariado, que trabalhava em torno de 15 horas por dia, sem descanso. Ate mesmo crianças de 10 anos eram encontradas nas fabricas sujeitas as mesmas jornadas dos adultos. O operariado viu se desfazerem os vínculos sociais que foram a base de sua identificação. A economia capitalista fez emergir as relações centradas na racionalidade e na busca de orientar a convivência social pela produtividade. A vida passou a valer na proporção em que gerava a riqueza e na lógica de mercado. A empresa capitalista estava, ainda, dando os seus primeiros passos nos séculos XVIII e XIX, estando longe de uma complexa rede de produção com setores específicos em um alto grau de qualificação como temos hoje. As condições de trabalho da classe operária durante a Revolução Industrial e sua propagação pela Europa foi tema de analise de Eric Hobsbawm em sua obra Era das Revoluções. O historiador inglês estabelece uma relação direta entre a quantidade de mão de obra ofertada para a produção, o nível de qualificação e as condições de trabalho. Como Hobsbawm aponta, nos primeiros momentos da Revolução Industrial, a qualificação de mão de obra é um elemento determinante para a forma como se estabelece a relação de trabalho e sua remuneração. Se agravou com a massa de pessoas disponíveis para serem utilizadas pela produção capitalista, mas o grau de qualificação se ampliou e se aprofundou. Com isso, a maioria dos seres humanos disponíveis hoje para o trabalho não são utilizados. Como afirma Hobsbawm, os menos qualificados eram, muitas vezes, entregue ao comando de um trabalhador mais qualificado, por meio da terceirização das relações de produção. As relações de trabalho são marcadas pela violência sem nenhuma garantia. Não ha, nos primeiros tempos da indústria, uma legislação favorável aos operários. Para o poder publico, buscando atender ao interesse da empresa nascente, foi fundamental estabelecer mecanismos de controle social para garantir a ordem nos espaços urbanos. Ex: Policiamento ostensivo nas ruas e instituições para o aprisionamento. As escolas voltadas às classes populares e mantidas pelo poder público teriam como característica retirar os ociosos do mundo urbano e preparar os cidadãos para o trabalho. Entre os movimentos operários que surgiram na Europa, alfabetizar os filhos era uma garantia de não reproduzir a relação que os pais estavam sujeitos para os filhos. Para enfrentar a violência que o mundo urbano apresentava, a classe operaria se organizou em associações e sindicatos. Confrontos em forma de “quebra de maquinas” e paralisação de trabalhadores. Aconteceram greves ocasionadas pela luta por melhores condições de trabalho, como o Movimento Cartista na Inglaterra do século XIX. As forcas sociais e políticas opostas de trabalhadores e patrões passaram a lutar contra problemas comuns e se associar em campanhas para romper comportamentos que se mostravam nocivos a sociedade. Um desses“inimigos comuns” foi o consumo de bebidas alcoólicas. Como afirma Hobsbawm As correntes de pensadores que se debruçaram sobre os problemas da vida urbana e das condições humanas na sociedade industrial são sensíveis a partir do século XVIII. Contudo, foi no século seguinte que essa preocupação se intensificou Das correntes liberais ao Socialismo, as teses políticas emergiram a procura de dar resposta ao contexto tenso que o mundo industrial urbano apresentava. Os movimentos herdados das correntes naturais também emergiram. É o caso do Positivismo inaugurado por Comte na França. As teses do pensador Frances viriam a inspirar aqueles que consideravam que a analise da vida social deveria estar fundada nos mesmos critérios dos fenômenos biológicos Os problemas emergentes da vida urbana alimentaram as análises de pensadores, como Durkheim, Marx e Weber. Eles darão as diretrizes para a compreensão da vida social, dos meios para a organização das instituições e do seu papel na construção da ordem coletiva Esse foi o ambiente que propiciou a formação da Sociologia, uma ciência da sociedade, que procura compreender a relação do homem com seu espaço e seu tempo. O ESPAÇO DE SURGIMENTO DA ANTROPOLOGIA: O QUE É ESTA CIÊNCIA? O itinerário de formação da Antropologia não foi diferente, já que também é fruto da busca por conhecer o “novo”, por descobrir algo que encantava: o contato com novos povos e novas culturas por intermédio das grandes navegações. já existia uma espécie de “pensamento antropológico” A questão fundamental da Antropologia é, portanto, entender como nós, seres humanos, tão parecidos em aspectos biológicos, podemos ser tão diferentes em aspectos culturais. Essa questão começou a ser respondida a partir da cultura européia, dominante nos primórdios da Antropologia. Diante do expansionismo europeu com as grandes navegações - iniciadas em Portugal e na Espanha e, posteriormente, na Inglaterra, na Franca e nos demais países -, podemos verificar que a relação entre dominante e dominado passou a pautar as principais questões voltadas a Antropologia: A forca do homem branco europeu era suficiente para dominar culturalmente um “novo homem descoberto”? Quem detinha então, o dominio das relações culturais: o dominante (aqui visto como o Europeu) ou o dominado de qualquer localidade outrora “descoberta”? Estabeleceu-se, assim, um paradoxo para a Antropologia: como agir diante dessa situação? Em Aprender Antropologia, Francois Laplantine faz um resgate histórico dessa ciência, trazendo a luz uma importante contribuição acerca da fundamentação deste “novo” conhecimento. Antropologia é uma ciência racional, direcionada ao conhecimento do homem por meio de seu contato com a sociedade, analisando as influencias que um tem sobre o outro. Principal objeto de análise: cultura. pc Realce pc Realce pc Realce Existem dois grandes grupos que estruturam a Antropologia: Antropologia Física ou Biológica e a Antropologia Cultural Destinada a estudar a posição do homem enquanto “herdeiro biológico”, ou seja, o homem e a evolução dele desde o surgimento da espécie até a atualidade. Surge, então, o primeiro trabalho do antropólogo físico, que e estudar a Paleontologia (subcampo do conhecimento antropológico, articula as ciências naturais coma Historia), destinada a buscar o entendimento do homem a partir da interface com a Biologia, a Genética, a Arqueologia e outras áreas. A Antropologia Cultural tem como missão o estudo dos Aspectos que irão formar a sociedade a partir daquilo que nos, humanos, consideramos como cultura, ou seja, algo que será perpetuado de geração em geração, constituindo o conjunto de varias áreas do conhecimento. A palavra “cultura” expressa o cultivo de elementos, como o conhecimento, a arte, as crenças, a lei, amoral, os costumes e todos os hábitos e as aptidões adquiridos pelo ser humano. A Antropologia Cultural tem por objetivo o estudo das diferentes culturas para cada sociedade, por meio de alguns questionamentos: existe um padrão de cultura? É possível mensurar semelhanças e diferenças entre diferentes culturas? O que faz com que a cultura de um povo seja formada? Ela é sempre imutável ou ela pode ser transformada de acordo com a evolução da sociedade? Laplantine (1987): a Antropologia Social e Cultural (ou Etnologia) é, hoje, o principal campo de atuação da Antropologia, uma vez que corresponde a praticamente tudo o que ha na sociedade: “seus modos de produção econômica, suas técnicas, sua organização política e jurídica, seus sistemas de parentesco, seus sistemas de conhecimento, suas crenças religiosas” Etnologia é a área destinada a compreender a sociedade a partir do ponto de vista do homem. A Antropologia pretende estudar a relação do homem em/ na sociedade, enquanto o sociólogo estuda o funcionamento da sociedade, seja a partir das suas instituições ou a partir dos mecanismos desenvolvidos pelos humanos para que a sociedade progrida. Bronislaw Malinowski (1884-1942) atribuiu a antropologia um caráter cientifico. Com a utilização da Etnografia, o autor ia ate o campo de estudo para compreender melhor o dia a dia das comunidades do pacifico ocidental. É preciso fazer Antropologia no momento onde observamos determinado acontecimento. Seu método conhecido como “observação participante” ate hoje pauta os trabalhos na Antropologia. pc Realce pc Realce pc Realce O nascimento da Antropologia, como exposto, teve como objeto de estudo o homem não europeu. Essa escala serviu para estabelecer a “linha evolutiva” que tinha a “Europa civilizada”, como afirma Augusto Comte Fundador das teses positivistas estabelecia, no principio da evolução civilizadora, as sociedades que tinham comportamentos próximos ao dos primatas. Charles Darwin: considera que a lei do melhor adaptado reside mais na capacidade de assimilação do ser vivo ao meio do que de sua competência mental para garantir a permanência. Isto e, formas mais complexa de especies podem ser eliminadas se não assimilarem determinadas mudanças no meio. A literatura também foi uma expressão da superioridade ocidental, Romances e aventuras fortaleceram o ideal do vitorioso homem branco. O homem branco esta fadado, segundo a produção cientifica e literária produzida pelo ocidente, à conquista, a superioridade e a responsabilidade de civilizar o mundo e, como um deus, recriá-lo a sua imagem e semelhança Antes vistas como estranhas e desvalorizadas, as culturas não européias passaram a ter a devida importância na discussão antropológica. O que vale hoje para a Antropologia é a igualdade de analise das culturas, reforçando as particularidades e não a supremacia cultural de um em relação a outrem. Laplantine esclarece ser necessário conhecer os conceitos de “social” e de “cultura”, uma vez que tanto a Antropologia quanto a Sociologia tem como finalidade o homem como objeto de estudo. A cultura reflete em sociedade os comportamentos individuais de cada grupo, que posteriormente ira formar a sociedade. Logo, a cultura passa a integrar um objeto antropológico de conhecimento, na tentativa de responder quais são os padrões de cultura assumidos por cada grupo na humanidade. DaMatta: Relativizar, é valorizar as diferenças culturais existentes, sabendo tolerá-las e, sobretudo, integrá-las na vida social. A Antropologia aplicada à educação demonstra que, durante a carreira docente, é preciso saber relativizar as culturas, os modos de comportamento e o estilo de vida de cada aluno (a), na tentativa de facilitar o relacionamento estabelecido no ambienteescolar. Ela auxilia na compreensão e comparação entre os dois objetos fundamentais e em constante mudança no processo de formacao educacional, ou seja, a sociedade e a cultura. Ainda que ambas tenham boa linearidade de pensamento, são peças em aperfeiçoamento permanente, em uma engrenagem complexa que é a historia e a evolução do pensamento humano. pc Realce
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