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Resumo unidade 1 - SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA

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SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA: 
COMPREENDENDO NOSSA SOCIEDADE 
 
O ESTUDO DAS CIÊNCIAS SOCIAIS ENQUANTO FORMA DE 
CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
Ciência: forma de organizar sistematicamente o conhecimento adquirido, ou seja, 
de dispor algo que aprendemos ordenadamente para que esse “novo” 
conhecimento possa ser facilmente entendido. E também uma forma de pensar e 
agir, isto e, algo que pensamos e fazemos de determinada maneira. ANT 
 
Ciências Sociais: explicar, a partir de mecanismos científicos, o 
comportamento da sociedade, que se move constantemente em busca de 
uma realidade diferente daquela que nós vivenciamos. 
 
 A sociedade é um grande corpo em movimento, possui seus vícios e 
virtudes, suas vantagens e desvantagens, que estão presentes 
invariavelmente em qualquer uma das áreas. 
 As especialidades fazem com que a sociedade seja formada e moldada de 
acordo com o interesse de cada ser que a integra. A sociedade é dinâmica, se 
inventa e reinventa a cada novo produto, nova moda, nova forma de 
aprendizado e de trabalho ou, ainda, a cada novo século. 
 
A ciência é fixa, com sua metodologia bem delimitada e que busca um 
“padrão” de comportamento e atitude para que se obtenha um resultado, a 
sociedade se move, sendo construída diariamente por todos nós. 
 
As ciências sociais se tornaram um importante e necessário instrumento para a 
análise deste “mundo de maluco” em que vivemos que clama a cada nova 
descoberta por uma analise apurada de nossa realidade social. 
 
Ponto de largada da trajetória de formação dessa área: o conflito entre os 
seres humanos. (disputas quase invisíveis na sociedade, que o cientista social 
tornara objeto de seu estudo. Os espaços de disputa política em que um grupo 
debate contra outro(s); a afirmação de praticas culturais e os conflitos ocasionados 
por essas políticas afirmativas com as demais culturas existentes; a dinâmica 
competitiva do mercado de trabalho e, por fim, as próprias relações sociais, palco 
de todos os primeiros conflitos.) 
 
ORIGENS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS: 
 Grécia Antiga em 500 a.C. 
 A sociedade se diferenciava das demais por um motivo: foi a primeira vez 
que se tentou organizar uma corrente de pensamento sobre a vida humana 
em sociedade. 
 Com o desenvolvimento típico da Democracia e do contato com diferentes 
culturas, os gregos puderam não depender necessariamente da Igreja e do 
Estado ( detentores do poder político, econômico e ideológico daquele 
período) para pensar sobre a natureza dos homens e da sociedade. 
 Prova desse argumento são as idéias de Platão e Aristóteles sobre a 
melhor forma de organizar a política em sociedade, que ganharam força e 
vigor na Grécia Antiga. (ambos proporcionaram o pioneirismo da Grécia, 
que recebeu o titulo distintivo de “berço da civilização ocidental”, pela 
forma “evoluída” que sua população se comportava. 
 Surgimento da primeira universidade: século XVII (com a consolidação 
dos intelectuais no mundo acadêmico apos a ruptura do comando da Igreja 
sobre a educação). A instituição das universidades delimitou uma 
separação entre o mundo “exterior” (a sociedade em si) e o mundo 
“interior” (as instituições de Ensino), o que levava novamente a reflexão 
sobre a importância da discussão da vida em sociedade. 
 
Collins (2009): 
Com o surgimento das universidades e especialmente em virtude da 
criatividade da faculdade filosófica, os intelectuais ganharam seu 
próprio “lar” e conquistaram maior clareza acerca de seus próprios 
propósitos. 
 
 
 Apesar das universidades terem surgido como espaço para a transmissão 
do conhecimento precisavam dialogar mais com a comunidade, uma critica 
que permanece ate os dias de hoje. 
 Nesse contexto: o papel das Ciências Sociais é estabelecer a conexão entre 
o acadêmico e o popular, entre a erudição do conhecimento e a 
praticidade das pessoas, entre a teoria e a pratica. 
 Somente apos o Renascimento e que as Ciências Sociais começaram a 
assumir seu espaço de atuação. 
o período conhecido como Renascença (que ocorreu entre o fim do século XIV e 
inicio do XVII) teve grande relevância para compreender o campo de trabalho de 
um cientista social (transformações econômicas, políticas e sociais do período, com 
fenômenos que alteraram as estruturas da sociedade desde então. Alem da 
valorização de elementos da Antiguidade Clássica (por isso o nome 
“Renascimento”) 
 A ruptura cultural ocasionada a partir do Renascimento e do fim da 
sociedade medieval na Europa oportunizou que o homem (pautado pelo 
antropocentrismo) passasse a figurar como centro das preocupações de 
pesquisas acadêmicas, discussões filosóficas e da sociedade em si. 
 O homem enquanto “centro do universo” abriu espaço para o protagonismo 
das Ciências Sociais, que são basicamente um produto das transformações 
ocorridas no período entre e a Revolução Industrial e a Revolução Francesa 
 As ciências sociais ganham força. 
 
A primeira Ciência Social a ganhar autonomia de atuação para a reprodução e 
produção do saber foi a Antropologia. A partir das descobertas de sociedades 
tribais na America, na África e no Pacifico com as grandes expedições marítimas, o 
homem europeu passou a conhecer realidades muito distintas das que já estava 
acostumado no velho continente. 
 A explicação medieval de que a sociedade européia era uma “operação 
divina” deixou de imperar, surgindo, assim, diversas teorias para explicar a 
evolução da sociedade e do seu relacionamento com o outro. 
 A Antropologia dialogou com a Medicina, buscando explicações 
biológicas para a existência de outro não europeu. 
Antropologia Cultural ou Histórica: estuda os padrões de cultura de determinados 
grupos sociais ou de sociedades especificas, a fim de compreender como essas 
comunidades estão organizadas, quais são seus costumes, sua organização interna, 
seu relacionamento com outras sociedades, entre outros aspectos. 
 Apos essa divisão de áreas de atuação entre o antropólogo de campo e o 
antropólogo histórico-cultural, a Antropologia passou a ter de forma 
evidente seu objeto de pesquisa, consolidado na segunda metade do século 
XIX: o homem e seu duplo relacionamento com seu eu interior e com o 
mundo exterior, ou seja, a sociedade propriamente dita. 
 
A Sociologia como ciência se estabeleceu no campo das Ciências Sociais. 
 Inspirou-se na Historia, na Filosofia, na Política, na Economia, na 
Antropologia, na Psicologia, entre outras. 
 A Sociologia pode ser considerada como a mãe de todas as Ciências Sociais. 
 A Sociologia tem como foco o estudo da sociedade e das diversas 
implicações que essa relação pode estabelecer. 
 Nasce “da constatação de que a ordem social moderna desorganizou as 
formas de convívio social, gerando problemas novos que reclamavam 
interpretações e soluções inovadoras”. 
 A Sociologia esta destinada a analisar as relações sociais e tentar fixar leis 
gerais do comportamento da sociedade. 
 A preocupação em estabelecer a Sociologia como ciência foi um dos 
objetivos de Auguste Comte, considerado por alguns como o “pai da 
Sociologia”. Responsável por popularizar a expressão “Física Social” 
 A Física Social de Comte reflete, assim, dois conceitos distintos em união 
para um mesmo ambiente: a sociedade. 
 
 Física Social nada mais é do que o estudo da dinâmica da ação das 
pessoas socialmente, as quais são influenciadas pela sociedade, ditando suas 
normas, as normas do trabalho e do seu campo próprio de atuação. 
 
A Sociologia passou a intervir nas discussões políticas da sociedade. 
 
 Daí nasce a Ciência Política: Dialogando com a política permanentemente a 
Sociologia estabeleceu uma relação de proximidade com a política, ate 
mesmo conversando com a Filosofia, que em sua origem se destinou a 
estudar os comportamentos políticos. Teve origem no final do Século XIX nos Estados Unidos e buscava se 
estabelecer, desde então, como uma ciência “autônoma”. 
 Tem quebrado barreiras quanto ao pensamento político, na busca de 
estabelecer o seu principal objeto de pesquisa: as relações de poder. 
 Alem de estudar as relações de poder, a Ciência Política tem o desafio de 
explicar como o Estado é constituído, seja enquanto ente governamental ou 
como espaço em que os políticos irão expor suas idéias, conduzir os rumos 
de uma determinada população, enfim, fazer política. 
 Os Sistemas Políticos, tem por finalidade estruturar um Estado especifico, 
alem de incorporar as regras de disputas eleitorais. 
Há um ingrediente especifico para que haja um cientista político analisando algum 
fenômeno em geral: o poder e o local onde esse poder é aplicado, normalmente 
um Estado, um partido político ou um conjunto de forcas políticas. 
 
 As três áreas das Ciências Sociais (Antropologia, Sociologia e Ciência 
Política) tentam explicar, ora em conjunto, ora separado, a complexa 
sociedade em que vivemos. Palavras-chaves: Cultura, relações sociais e 
relações de poder 
 As Ciências Sociais não são exatas, mas são múltiplas e dependem de 
diversos ingredientes para que haja um produto final, uma conclusão de 
determinado fenômeno social. 
 Não é possível educar sem conhecer a diversidade de aspectos que formam 
a sociedade em que vivemos 
 É muito difícil educar e transmitir o conhecimento somente a partir da sua 
própria realidade, sem considerar que o processo de formação educacional 
esta em constante movimento e em constante mudança. 
 
 Ex: Saímos de uma educação rígida, em que as carteiras da sala 
de aula eram enfileiradas; em que os alunos, na maioria das vezes, não tinham a palavra 
durante as aulas; em que o professor era a autoridade absoluta e em que o giz e o 
apagador faziam sucesso. Hoje, a educação mudou. Os alunos aprendem, muitas vezes, em 
grupos, nos quais o dialogo e a troca de conhecimento vale muito mais do que diversas 
aulas. 
 O professor, ao mesmo tempo em que transmite o conhecimento, recebe-o 
dos alunos. 
 Educação se transforma a partir das mudanças que a sociedade impõe. 
 A sociedade impõe novos desafios à educação e esta também em processo 
diário de aprimoramento, devendo aderir aos anseios das pessoas. 
 Essa via firmada entre a sociedade e a educação jamais pode ser 
interrompida, uma vez que elas estão interligadas e são interdependentes 
entre si, o que justifica a necessidade das Ciências Sociais durante a 
formação educacional no Ensino Superior. 
 
 
 
O AMBIENTE PARA A FORMAÇÃO DA SOCIOLOGIA 
 
 As transformações sociais derivadas do modo de produção capitalista na 
Europa entraram em colapso (urbanização, êxodo rural, etc..) 
 Com o desenvolvimento da indústria e a capacidade produtiva integrada a 
uma cadeia mundial de produção, ha uma mudança nas condições de vida 
dos seres humanos. Atingiram primeiro a Europa ( revolução industrial), 
depois o restante do planeta. 
 A industria sediada na Europa necessitou cada vez mais de matéria-prima 
vinda de diversas partes do mundo, assim como o mundo passou a 
consumir, em uma escala crescente, os produtos industriais. 
 Nesta fase do capitalismo ocorre o crescimento da população urbana 
 Numero crescente de pensadores sociais 
a buscar entender qual será o futuro da sociedade diante de uma 
concentração populacional nunca vista na historia humana 
 A ciência agora deveria atender a ordem social instituída na própria 
Europa. 
 Entender as relações sociais constituídas no Ocidente se tornou uma 
prioridade. 
 Buscar uma ação para sua transformação será o objeto de preocupação 
das forcas políticas e também dos cientistas 
Crescimento urbano desse período medido em Londres: praticamente triplico sua 
população entre os séculos XVIII e XIX. A massa populacional que passou a migrar 
para a cidade, com o chamado êxodo rural, fez crescer uma cidade desconexa e 
desordenada. 
 Operários se concentravam em torno das fábricas ou em cortiços 
As moradias eram mal ventiladas, muitas delas tinham apenas um cômodo, onde 
ficava toda família, faltava saneamento e todos estavam expostos a um ambiente 
úmido e insalubre que provocava doenças, como tifo, cólera, varíola e 
escarlatina. A busca de um saneamento básico levara, entre outras atitudes, a 
promover o zoneamento urbano e as políticas de saúde publica 
 Grande desigualdade de condições. Privilégios da elite 
 Problemas como o alcoolismo, homicídios, latrocínios e prostituição 
cresceram, manicômios começaram a se propagar 
 
 
 
Situações que se justificam diante da condição de vida do operariado, que 
trabalhava em torno de 15 horas por dia, sem descanso. Ate mesmo crianças 
de 10 anos eram encontradas nas fabricas sujeitas as mesmas jornadas dos 
adultos. 
 
 
O operariado viu se desfazerem os vínculos sociais que foram a base de sua 
identificação. 
A economia capitalista fez emergir as relações centradas na racionalidade e na 
busca de orientar a convivência social pela produtividade. A vida passou a 
valer na proporção em que gerava a riqueza e na lógica de mercado. 
 
A empresa capitalista estava, ainda, dando os seus primeiros passos nos séculos 
XVIII e XIX, estando longe de uma complexa rede de produção com setores 
específicos em um alto grau de qualificação como temos hoje. 
 
 
 
As condições de trabalho da classe operária durante a Revolução Industrial e sua 
propagação pela Europa foi tema de analise de Eric Hobsbawm em sua obra Era 
das Revoluções. O historiador inglês estabelece uma relação direta entre a 
quantidade de mão de obra ofertada para a produção, o nível de qualificação 
e as condições de trabalho. 
 Como Hobsbawm aponta, nos primeiros momentos da Revolução Industrial, 
a qualificação de mão de obra é um elemento determinante para a forma 
como se estabelece a relação de trabalho e sua remuneração. 
 Se agravou com a massa de pessoas disponíveis para serem utilizadas pela 
produção capitalista, mas o grau de qualificação se ampliou e se 
aprofundou. Com isso, a maioria dos seres humanos disponíveis hoje para o 
trabalho não são utilizados. 
 Como afirma Hobsbawm, os menos qualificados eram, muitas vezes, 
entregue ao comando de um trabalhador mais qualificado, por meio da 
terceirização das relações de produção. 
 As relações de trabalho são marcadas pela violência sem nenhuma 
garantia. Não ha, nos primeiros tempos da indústria, uma legislação 
favorável aos operários. 
 Para o poder publico, buscando atender ao interesse da empresa nascente, 
foi fundamental estabelecer mecanismos de controle social para garantir 
a ordem nos espaços urbanos. Ex: Policiamento ostensivo nas ruas e 
instituições para o aprisionamento. 
 As escolas voltadas às classes populares e mantidas pelo poder público 
teriam como característica retirar os ociosos do mundo urbano e 
preparar os cidadãos para o trabalho. 
 Entre os movimentos operários que surgiram na Europa, alfabetizar os 
filhos era uma garantia de não reproduzir a relação que os pais estavam 
sujeitos para os filhos. 
 Para enfrentar a violência que o mundo urbano apresentava, a classe 
operaria se organizou em associações e sindicatos. 
 
Confrontos em forma de “quebra de maquinas” e paralisação de trabalhadores. 
Aconteceram greves ocasionadas pela luta por melhores condições de trabalho, 
como o Movimento Cartista na Inglaterra do século XIX. 
 
 
As forcas sociais e políticas opostas de trabalhadores e patrões passaram a lutar 
contra problemas comuns e se associar em campanhas para romper 
comportamentos que se mostravam nocivos a sociedade. Um desses“inimigos 
comuns” foi o consumo de bebidas alcoólicas. Como afirma Hobsbawm 
 
As correntes de pensadores que se debruçaram sobre os problemas da vida urbana 
e das condições humanas na sociedade industrial são sensíveis a partir do século 
XVIII. Contudo, foi no século seguinte que essa preocupação se intensificou 
 Das correntes liberais ao Socialismo, as teses políticas emergiram a procura 
de dar resposta ao contexto tenso que o mundo industrial urbano 
apresentava. 
 
 Os movimentos herdados das correntes naturais também emergiram. É o 
caso do Positivismo inaugurado por Comte na França. As teses do 
pensador Frances viriam a inspirar aqueles que consideravam que a analise 
da vida social deveria estar fundada nos mesmos critérios dos fenômenos 
biológicos 
 
 Os problemas emergentes da vida urbana alimentaram as análises de 
pensadores, como Durkheim, Marx e Weber. Eles darão as diretrizes para 
a compreensão da vida social, dos meios para a organização das instituições 
e do seu papel na construção da ordem coletiva 
 
Esse foi o ambiente que propiciou a formação da Sociologia, uma 
ciência da sociedade, que procura compreender a relação do homem 
com seu espaço e seu tempo. 
 
 
 
O ESPAÇO DE SURGIMENTO DA ANTROPOLOGIA: O 
QUE É ESTA CIÊNCIA? 
 O itinerário de formação da Antropologia não foi diferente, já que também é 
fruto da busca por conhecer o “novo”, por descobrir algo que encantava: o 
contato com novos povos e novas culturas por intermédio das grandes 
navegações. 
 já existia uma espécie de “pensamento antropológico” 
A questão fundamental da Antropologia é, portanto, entender como nós, seres 
humanos, tão parecidos em aspectos biológicos, podemos ser tão diferentes em 
aspectos culturais. Essa questão começou a ser respondida a partir da cultura européia, 
dominante nos primórdios da Antropologia. 
 Diante do expansionismo europeu com as grandes navegações - iniciadas 
em Portugal e na Espanha e, posteriormente, na Inglaterra, na Franca e nos 
demais países -, podemos verificar que a relação entre dominante e 
dominado passou a pautar as principais questões voltadas a Antropologia: A 
forca do homem branco europeu era suficiente para dominar culturalmente 
um “novo homem descoberto”? Quem detinha então, o dominio das relações 
culturais: o dominante (aqui visto como o Europeu) ou o dominado de 
qualquer localidade outrora “descoberta”? 
 Estabeleceu-se, assim, um paradoxo para a Antropologia: como agir diante 
dessa situação? Em Aprender Antropologia, Francois Laplantine faz um 
resgate histórico dessa ciência, trazendo a luz uma importante contribuição 
acerca da fundamentação deste “novo” conhecimento. 
 Antropologia é uma ciência racional, direcionada ao conhecimento do 
homem por meio de seu contato com a sociedade, analisando as influencias 
que um tem sobre o outro. Principal objeto de análise: cultura. 
 
 
 
 
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 Existem dois grandes grupos que estruturam a Antropologia: 
 Antropologia Física ou Biológica e a Antropologia Cultural 
 
 
 Destinada a estudar a posição do homem enquanto “herdeiro 
biológico”, ou seja, o homem e a evolução dele desde o surgimento 
da espécie até a atualidade. 
Surge, então, o primeiro trabalho do antropólogo físico, que e estudar a 
Paleontologia (subcampo do conhecimento antropológico, articula as ciências 
naturais coma Historia), destinada a buscar o entendimento do homem a partir 
da interface com a Biologia, a Genética, a Arqueologia e outras áreas. 
 A Antropologia Cultural tem como missão o estudo dos Aspectos que irão 
formar a sociedade a partir daquilo que nos, humanos, consideramos como 
cultura, ou seja, algo que será perpetuado de geração em geração, 
constituindo o conjunto de varias áreas do conhecimento. 
 A palavra “cultura” expressa o cultivo de elementos, como o conhecimento, 
a arte, as crenças, a lei, amoral, os costumes e todos os hábitos e as aptidões 
adquiridos pelo ser humano. 
 
 
A Antropologia Cultural tem por objetivo o estudo das diferentes culturas para 
cada sociedade, por meio de alguns questionamentos: existe um padrão de 
cultura? É possível mensurar semelhanças e diferenças entre diferentes culturas? 
O que faz com que a cultura de um povo seja formada? Ela é sempre imutável ou 
ela pode ser transformada de acordo com a evolução da sociedade? 
 
 
 Laplantine (1987): a Antropologia Social e Cultural (ou Etnologia) é, hoje, o 
principal campo de atuação da Antropologia, uma vez que corresponde a 
praticamente tudo o que ha na sociedade: “seus modos de produção 
econômica, suas técnicas, sua organização política e jurídica, seus sistemas 
de parentesco, seus sistemas de conhecimento, suas crenças religiosas” 
 Etnologia é a área destinada a compreender a sociedade a partir do ponto 
de vista do homem. 
 
A Antropologia pretende estudar a relação do homem em/ na sociedade, 
enquanto o sociólogo estuda o funcionamento da sociedade, seja a partir das 
suas instituições ou a partir dos mecanismos desenvolvidos pelos humanos 
para que a sociedade progrida. 
 
 Bronislaw Malinowski (1884-1942) atribuiu a antropologia um caráter 
cientifico. Com a utilização da Etnografia, o autor ia ate o campo de estudo 
para compreender melhor o dia a dia das comunidades do pacifico 
ocidental. É preciso fazer Antropologia no momento onde observamos 
determinado acontecimento. 
 Seu método conhecido como “observação participante” ate hoje pauta os 
trabalhos na Antropologia. 
 
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O nascimento da Antropologia, como exposto, teve como objeto de estudo o 
homem não europeu. 
 Essa escala serviu para estabelecer a “linha evolutiva” que tinha a “Europa 
civilizada”, como afirma Augusto Comte 
 
 Fundador das teses positivistas estabelecia, no principio da 
evolução civilizadora, as sociedades que tinham comportamentos próximos ao dos 
primatas. 
 
 Charles Darwin: considera que a lei do melhor adaptado reside mais na 
capacidade de assimilação do ser vivo ao meio do que de sua competência 
mental para garantir a permanência. Isto e, formas mais complexa de 
especies podem ser eliminadas se não assimilarem determinadas mudanças 
no meio. 
 
 A literatura também foi uma expressão da superioridade ocidental, 
Romances e aventuras fortaleceram o ideal do vitorioso homem branco. 
 
 O homem branco esta fadado, segundo a produção cientifica e literária 
produzida pelo ocidente, à conquista, a superioridade e a responsabilidade 
de civilizar o mundo e, como um deus, recriá-lo a sua imagem e semelhança 
 
Antes vistas como estranhas e desvalorizadas, as culturas não européias passaram 
a ter a devida importância na discussão antropológica. O que vale hoje para a 
Antropologia é a igualdade de analise das culturas, reforçando as 
particularidades e não a supremacia cultural de um em relação a outrem. 
 
 Laplantine esclarece ser necessário conhecer os conceitos de “social” e de 
“cultura”, uma vez que tanto a Antropologia quanto a Sociologia tem como 
finalidade o homem como objeto de estudo. 
 
A cultura reflete em sociedade os comportamentos individuais de cada grupo, 
que posteriormente ira formar a sociedade. Logo, a cultura passa a integrar um 
objeto antropológico de conhecimento, na tentativa de responder quais são os 
padrões de cultura assumidos por cada grupo na humanidade. 
 
 DaMatta: Relativizar, é valorizar as diferenças culturais existentes, sabendo 
tolerá-las e, sobretudo, integrá-las na vida social. 
 
 
A Antropologia aplicada à educação demonstra que, durante a carreira docente, é 
preciso saber relativizar as culturas, os modos de comportamento e o estilo 
de vida de cada aluno (a), na tentativa de facilitar o relacionamento estabelecido 
no ambienteescolar. 
Ela auxilia na compreensão e comparação entre os dois objetos fundamentais 
e em constante mudança no processo de formacao educacional, ou seja, a 
sociedade e a cultura. Ainda que ambas tenham boa linearidade de pensamento, 
são peças em aperfeiçoamento permanente, em uma engrenagem complexa que é a 
historia e a evolução do pensamento humano. 
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