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AULA_20_ADM I

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FUNDAÇÃO EDSON QUEIROZ
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA
Vice-Reitoria de Ensino de Graduação – VREGRAD 
 Divisão de Assuntos Pedagógicos – DAP 
	
	Código e Nome da Disciplina J589 – DIREITO ADMINISTRATIVO I
	Créditos Teórico / Prático 4,0
	
	
	Curso DIREITO
	Centro CCJ
	Segundas e Quartas
19h00min – 20h40min
21h00min – 22h40min
 
	Professor: João Marcelo Rego Magalhães
	Aula 20
	UNIDADE V – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
Administração Pública 
Atividade administrativa
Órgãos públicos
Agentes públicos
Administração Indireta
Entidades paraestatais
A administração atual e as modernas técnicas de gestão pública
5. Administração Indireta
5.2. Fundações
Fundação é uma universalidade de bens a qual se atribui personalidade jurídica com a intenção de ser realizado um determinado objetivo social.
São exemplo de fundações públicas: FUNAI, IBGE, FUNASA e Fundação Escola de Administra Pública, dentre outras.
Antes de analisarmos as fundações que compõe a Administração Indireta devemos esclarecer que tais figuras podem ter natureza de direito público ou privado, mas sempre serão tratadas como fundações públicas. Não trataremos das fundações privadas propriamente ditas, instituídas por particulares e cuja natureza jurídica será sempre de pessoa jurídica de direito privado.
A natureza jurídica das fundações criadas pelo Poder Publico – se de direito público ou privado – tem causado intermináveis discussões na doutrina, alguns autores chegando até mesmo a afirmar que a fundação de direito público não passa de uma autarquia. Para solucionar tal problema, segundo o STF, devem ser observadas as prerrogativas elencadas em seu documento constitutivo. Se a caracterização, segundo o documento constitutivo, as aproximar do regime das autarquias, teremos, inegavelmente, uma fundação pública de direito público; caso contrário, teremos um fundação pública de direito privado.
Devemos destacar 3 elementos essenciais no conceito de fundação:
a) a figura do instituidor, que faz uma determinada dotação patrimonial;
b) o objeto consistente em atividades de interesse social;
c) a ausência de fins lucrativos.
Deve-se notar que destes 3 elementos, os 2 últimos não servem para divisar a fundação pública das fundações privadas propriamente ditas, até porque devem ser observados por ambas. Essa “essência” comum deve-se ao fato de que as fundações públicas são uma figura recente, criada muito mais tarde do que as cogêneres privadas, tendo destas procurado extrair as principais características. 
No que concerne à figura do instituidor, é possível apontar uma relevante diferença: na fundação pública o instituidor é uma pessoa política (União, estado, Distrito Federal ou município), enquanto na fundação privada o instituidor será um particular.
Fundações públicas são, portanto, entidades assemelhadas às fundações privadas, tanto no que se refere à sua finalidade social, quanto no que diz respeito ao objeto não lucrativo. Diferem, porém, quanto à figura do instituidor. Vale ressaltar que a criação das fundações de direito público por iniciativa do Poder Público, a partir de um determinado patrimônio também público, pressupõe a edição de lei específica.
Assim, conforme a professora Maria Sylvia Di Pietro, “pode-se definir a fundação instituída pelo poder público como o patrimônio, total ou parcialmente público, dotado de personalidade jurídica, de direito público ou privado, destinado, por lei, ao desempenho de atividades do Estado na ordem social, com capacidade de auto-administração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da lei”.
Com a edição da Emenda Constitucional 19/98, passou a estar previsto no texto constitucional que seja editada lei complementar com o escopo de definir as áreas em que as fundações públicas podem atuar.
O entendimento jurisprudencial e doutrinário dominante é de que as fundações públicas com personalidade jurídica de direito público são, simplesmente, uma espécie de autarquia, o que leva a uma conclusão irrefutável: às fundações públicas de direito público são aplicáveis todas as prerrogativas que as autarquias possuem (imunidade tributária, impenhorabilidade e imprescritibilidade de seus bens, prescrição qüinqüenal, créditos sujeitos à execução fiscal, prazos processuais diferenciados e foro na Justiça Federal no caso de fundações de direito público instituídas pela União).
A situação das fundações públicas com personalidade jurídica de direito privado, diferentemente, não é bem definida, havendo incontornáveis divergências doutrinárias e muito pouca jurisprudência conclusiva sobre os pontos mais polêmicos.
Em alguns poucos casos, a própria legislação estabelece uma diferenciação entre o tratamento dado às fundações públicas de direito público e as fundações públicas de direito privado. São exemplo de tais situações o art. 1º-A da Lei 9.494/97 e o art. 475 do CPC.
Art. 1º-A. Estão dispensadas de depósito prévio, para interposição de recurso, as pessoas jurídicas de direito público federais, estaduais, distritais e municipais.
...
Art. 475. Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: 
I - proferida contra a União, o Estado, o Distrito Federal, o Município, e as respectivas autarquias e fundações de direito público; (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)
II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução de dívida ativa da Fazenda Pública (art. 585, VI). (Redação dada pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)
§ 1o Nos casos previstos neste artigo, o juiz ordenará a remessa dos autos ao tribunal, haja ou não apelação; não o fazendo, deverá o presidente do tribunal avocá-los. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)
§ 2o Não se aplica o disposto neste artigo sempre que a condenação, ou o direito controvertido, for de valor certo não excedente a 60 (sessenta) salários mínimos, bem como no caso de procedência dos embargos do devedor na execução de dívida ativa do mesmo valor. (Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)
§ 3o Também não se aplica o disposto neste artigo quando a sentença estiver fundada em jurisprudência do plenário do Supremo Tribunal Federal ou em súmula deste Tribunal ou do tribunal superior competente. �� HYPERLINK ""�(Incluído pela Lei nº 10.352, de 26.12.2001)
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